As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
PharmaciaApresentação
cáps. 5, 10 e 25 mg cx. c/ 1un.
sol. inj. 5 e 10 mg emb. c/ 1 fr.-ampolaIndicações
Leucemia não linfocítica aguda (LNLA), para induzir remissão na terapia de primeira linha ou
para induzir remissão em pacientes recidivantes ou resistentes. Leucemia linfocítica aguda (LLA)
como tratamento de segunda linha em adultos e crianças. Zavedos (cloridrato de idarrubicina)
Cápsulas pode ser usado em regime de combinação quimioterápica com outros agentes
citotóxicos.Contra-indicações
Zavedos (cloridrato de idarrubicina) não deve ser administrado em pacientes com
hipersensibilidade à idarrubicina e/ou outras antraciclinas. Pacientes com insuficiência renal e/ou
hepática grave, pacientes com infecções incontroláveis, gravidez ou mulheres que estejam
amamentando.Advertências
Geral
Zavedos® (cloridrato de idarrubicina) deve ser administrado apenas sob supervisão de
médicos com experiência em quimioterapia citotóxica.
Os pacientes devem se recuperar de toxicidades agudas (tais como estomatite, neutropenia,
trombocitopenia e infecções generalizadas) de tratamentos citotóxicos prévios antes de
iniciarem o tratamento com Zavedos®.
Função Cardíaca
A cardiotoxicidade é um risco do tratamento com antraciclinas que pode se manifestar por
eventos iniciais (isto é, agudos) ou tardios (isto é, retardados).
Eventos iniciais (agudos)
A cardiotoxicidade inicial da idarrubicina é constituída, principalmente, por taquicardia
sinusal e/ou anormalidades eletrocardiográficas (ECG), como alterações não específicas de
ST-T. Taquiarritmias, incluindo contrações ventriculares prematuras, taquicardia ventricular
e bradicardia, assim como bloqueios átrio-ventriculares e de ramo foram também relatados.
Esses efeitos, usualmente, não predizem desenvolvimento subseqüente de cardiotoxicidade
tardia, e são, raramente, de importância clínica, não devendo ser, geralmente, a razão para
a interrupção do tratamento com Zavedos®.
Eventos tardios (retardados)
A cardiotoxicidade tardia usualmente se desenvolve posteriormente no curso da terapia com
idarrubicina ou dentro de 2 a 3 meses após o término do tratamento, mas a ocorrência de
eventos tardios vários meses ou anos após o término do tratamento também foi relatada. A
cardiomiopatia tardia se manifesta pela redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo
(FEVE) e/ou sinais e sintomas de insuficiência cardíaca congestiva (ICC), tais como
dispnéia, edema pulmonar, edema postural, cardiomegalia, hepatomegalia, oligúria, ascite,
efusão pleural e ritmo de galope. Efeitos subagudos como pericardite/miocardite também
foram relatados. ICC com risco de morte é a forma mais grave de cardiomiopatia induzida
por antraciclina e representa a toxicidade cumulativa limitante da dose do fármaco.
Os limites da dose cumulativa para idarrubicina IV ou oral não foram definidos. No entanto,
cardiomiopatia relacionada à idarrubicina foi relatada em 5% dos pacientes que receberam
doses cumulativas IV de 150 a 290 mg/m2. Dados disponíveis de pacientes tratados com
doses orais cumulativas totais de até 400 mg/m2 sugerem uma baixa probabilidade de
cardiotoxicidade.
A função cardíaca deve ser avaliada antes do paciente ser submetido ao tratamento com
Zavedos® e deve ser monitorada durante a terapia para que se minimize o risco de
ocorrência de insuficiência cardíaca grave. O risco pode ser diminuído pela monitoração
regular da FEVE durante o tratamento, com interrupção imediata® ao primeiro
sinal de disfunção. O método quantitativo apropriado para avaliações repetidas da função
cardíaca (avaliação da FEVE) inclui cintilografia nuclear do coração (MUGA) ou
ecocardiografia. A avaliação cardíaca basal com uma eletrocardiografia associada a uma
cintilografia nuclear cardíaca ou a uma ecocardiografia é recomendada, especialmente para
pacientes com fatores de risco aumentados para cardiotoxicidade. Determinações repetidas
da FEVE pela cintilografia cardíaca ou pela ecocardiografia devem ser realizadas,
particularmente com doses cumulativas mais altas de antraciclina. A técnica utilizada na
avaliação cardíaca deve ser consistente durante o acompanhamento.
Fatores de risco para toxicidade cardíaca incluem doença cardiovascular ativa ou não,
radioterapia prévia ou concomitante em região mediastinal/pericardíaca, terapia prévia com
outras antraciclinas ou antracenedionas e uso concomitante de outros fármacos com
capacidade de reduzir a contratilidade cardíaca ou medicamentos cardiotóxicos (p. ex.:
trastuzumabe). As antraciclinas, incluindo a idarrubicina, não devem ser administradas em
associação a outros agentes cardiotóxicos a menos que a função cardíaca do paciente seja
monitorada rigorosamente. Pacientes recebendo antraciclinas após a interrupção do
tratamento com outros agentes cardiotóxicos, especialmente aqueles com meias-vidas
longas, tais como trastuzumabe, podem estar sob risco aumentado de desenvolver
cardiotoxicidade. A meia-vida do trastuzumabe é de aproximadamente 28,5 dias e pode
persistir na circulação por até 24 semanas. Portanto, deve-se evitar terapia baseada em
antraciclinas por até 24 semanas após a interrupção do tratamento com trastuzumabe,
quando possível. Se antraciclinas foram utilizadas antes do tratamento, recomenda-se
monitoramento cuidadoso da função cardíaca. A monitoração da função cardíaca deve ser
particularmente rigorosa em pacientes recebendo altas doses cumulativas e naqueles com
fatores de risco. No entanto, a cardiotoxicidade com a idarrubicina pode ocorrer em doses
cumulativas mais baixas independentemente da presença de fatores de risco cardíacos.
Uma avaliação de longo prazo e periódica da função cardíaca deve ser feita em crianças já
que demonstraram uma maior suscetibilidade à toxicidade cardíaca induzida pela
antraciclina.
É provável que a toxicidade da idarrubicina e outras antraciclinas ou antracenedionas seja
aditiva.
Toxicidade Hematológica
A idarrubicina é um potente supressor da medula óssea. Mielossupressão grave ocorrerá
em todos os pacientes que recebam doses terapêuticas desse agente. O perfil hematológico
deve ser avaliado antes e durante cada ciclo da terapia com Zavedos®, incluindo contagem
diferencial dos glóbulos brancos. Leucopenia reversível, dependente da dose e/ou
granulocitopenia (neutropenia) são as manifestações predominantes da toxicidade
hematológica da idarrubicina, constituindo a toxicidade aguda limitante da dose mais comum
desse fármaco. A leucopenia e a neutropenia são, geralmente, graves; trombocitopenia e
anemia também podem ocorrer. As contagens de leucócitos e neutrófilos alcançam o nadir,
geralmente, entre o 10o e 14o dia após a administração do fármaco, no entanto, as
contagens celulares usualmente retornam a níveis normais durante a terceira semana. As
conseqüências clínicas da mielossupressão grave incluem febre, infecções,
sepse/septicemia, choque séptico, hemorragia, hipóxia tecidual ou morte.
Leucemia secundária
Leucemia secundária, com ou sem fase pré-leucêmica, foi relatada em pacientes tratados
com antraciclinas incluindo a idarrubicina. A leucemia secundária é mais comum quando tais
fármacos são administrados em combinação com agentes antineoplásicos lesivos ao DNA,
quando os pacientes foram pré-tratados intensivamente com fármacos citotóxicos ou
quando as doses de antraciclinas foram aumentadas. Essas leucemias possuem um período
de latência de 1 a 3 anos.
Gastrintestinal
A idarrubicina é emetigênica. A mucosite (principalmente estomatite, menos freqüentemente
esofagite) geralmente aparece no início do tratamento com o fármaco e, se grave, pode
progredir em poucos dias para úlceras de mucosa. A maioria dos pacientes se recupera
desse evento adverso até a terceira semana de terapia.
Ocasionalmente, episódios de eventos gastrintestinais sérios (como perfuração ou
sangramento) foram observados em pacientes recebendo idarrubicina por via oral que
possuíam leucemia aguda ou história de outras patologias ou que tinham recebido
medicações que sabidamente levam a complicações gastrintestinais. Em pacientes com
doença gastrintestinal ativa com risco aumentado de sangramento e/ou perfuração, o
médico deve pesar o benefício da terapia oral com Zavedos® em relação ao risco.
Função hepática e/ou renal
Uma vez que a função hepática e/ou renal insuficiente pode afetar a distribuição da
idarrubicina, a função do fígado e dos rins deve ser avaliada com os exames laboratoriais e
clínicos convencionais (utilizando bilirrubina sérica e creatinina sérica como indicadores)
antes e durante o tratamento. Em várias experiências clínicas de Fase III, o tratamento era
contraindicado se os níveis séricos de bilirrubina e/ou creatinina excedessem 2 mg%. Com
outras antraciclinas, uma redução de 50% da dose é geralmente empregada se os níveis de
bilirrubina e creatinina estiverem em torno de 1,2 – 2,0 mg% (vide “Posologia”).
Efeitos no local de infusão
Fleboesclerose pode resultar da infusão do fármaco em vaso de pequeno calibre ou de
infusões repetidas na mesma veia. Seguir os procedimentos de administração
recomendados pode minimizar o risco de flebite/tromboflebite no local de infusão (vide
“Posologia”).
Extravasamento
O extravasamento de idarrubicina durante a administração intravenosa pode produzir dor
local, lesões teciduais graves (vesicação, celulite grave) e necrose. Caso ocorram sinais ou
sintomas de extravasamento durante a administração intravenosa®, a infusão
do fármaco deve ser imediatamente interrompida.
Síndrome da Lise Tumoral
A idarrubicina pode induzir à hiperuricemia devido ao extenso catabolismo das purinas que
acompanha a rápida lise de células neoplásicas induzida pelo fármaco (síndrome de lise
tumoral). Níveis séricos de ácido úrico, potássio, cálcio, fosfato e creatinina devem ser
avaliados após o tratamento inicial. Hidratação, alcalinização urinária e profilaxia com
alopurinol para prevenir a hiperuricemia podem minimizar as complicações potenciais da
síndrome de lise tumoral.
Imunossupressantes Efeitos/Aumento da Suscetibilidade à Infecções
A administração de vacinas com antígenos vivos ou atenuados em pacientes
imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo a idarrubicina, pode resultar
em infecções graves ou fatais. A vacinação com antígenos vivos deve ser evitada em
pacientes recebendo idarrubicina. Vacinas com antígenos mortos ou inativos podem ser
administradas, no entanto a resposta à vacina pode estar diminuída.
Outros
Assim como ocorre com outros agentes citotóxicos, tromboflebite e fenômenos
tromboembólicos, incluindo embolismo pulmonar, foram coincidentemente relatados com o
uso de idarrubicina.Uso na gravidez
Zavedos® está classificado na categoria D de risco na gravidez. Portanto, este
medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Prejuízo na fertilidade
A idarrubicina pode induzir dano cromossômico em espermatozóides humanos. Por essa
razão, homens submetidos a tratamento com Zavedos® devem utilizar métodos
contraceptivos efetivos.
Gravidez
O potencial embriotóxico da idarrubicina foi demonstrado em estudos in vitro e in vivo. No
entanto, não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Mulheres
com potencial para engravidar devem ser aconselhadas a evitarem a gravidez durante o
tratamento. Zavedos® deve ser utilizado durante a gravidez apenas se o benefício potencial
justificar o risco potencial ao feto. A paciente deve ser informada do dano potencial ao feto.
Lactação
Não se sabe se a idarrubicina ou seus metabólitos são excretados no leite humano.
As mães devem ser aconselhadas a não amamentar enquanto estiverem em quimioterapia
com esse fármaco.Interações medicamentosas
Zavedos® (cloridrato de idarrubicina) é um potente mielossupressor e esquemas
combinados de quimioterapia que contêm outros agentes com ação similar podem levar à
toxicidade aditiva, especialmente em relação a efeitos medulares/hematológicos e
gastrintestinais (vide “Advertências e Precauções”). O uso® em combinação
quimioterápica com outros fármacos potencialmente cardiotóxicos, assim como o uso
concomitante de outros compostos cardioativos (por exemplo, bloqueadores do canal de
cálcio), requer a monitoração da função cardíaca durante o tratamento.
Alterações na função hepática ou renal induzidas por terapias concomitantes podem afetar o
metabolismo, a farmacocinética, a eficácia terapêutica e/ou toxicidade da idarrubicina.
Um efeito mielossupressor aditivo pode ocorrer quando radioterapia é administrada
concomitantemente ou dentro de 2 a 3 semanas antes do tratamento com Zavedos®.
Reações adversas / Efeitos colaterais
Mielodepressão grave e toxicidade cardíaca são as duas maiores reações adversas. Outras reações
adversas são: alopecia reversível na maioria dos pacientes, náusea aguda e vômito, mucosite, que
habitualmente compromete a mucosa oral e aparece 3-10 dias após o início do tratamento;
esofagite e diarréia; febre, calafrios, erupções cutâneas; aumento das transaminases hepáticas e da
bilirrubina em cerca de 10-20% dos casos. Infecções graves e às vezes fatais foram observadas
com a idarrubicina isolada ou associada com citarabina. Enterocolite com perfuração foi relatada
muito raramente. Idarrubicina pode dar uma cor avermelhada à urina durante 1-2 dias após a
administração. Os pacientes deverão ser avisados de que isto não representa motivo para alarme.Posologia
Zavedos (cloridrato de idarrubicina) Injetável: para a reconstituição, o conteúdo do frascoampola
de 5 mg será dissolvido com 5 ml de água para injeção e o conteúdo do frasco-ampola de
10 mg, com 10 ml de água para injeção. Zavedos (cloridrato de idarrubicina) deve ser
administrado somente por via intravenosa e a solução reconstituída será administrada através de
um sistema de flebóclise conectado a um frasco de solução de cloreto de sódio a 0,9%. A duração
da injeção deverá ser de 5-10 minutos. Esta técnica torna mínimo o risco de trombose ou
extravasamento perivenoso que pode provocar celulite grave ou necrose. Pode ocorrer uma
esclerose venosa, especialmente quando a injeção é efetuada em vasos pequenos ou repetida na
mesma veia.
A dosagem é habitualmente calculada com base na área de superfície corpórea.
Leucemia não linfocítica aguda (LNLA): em adultos com LNLA a dose sugerida é de 12 mg/m2
I.V. diariamente durante 3 dias, associada com citarabina. Outro esquema de dosagem na LNLA,
como agente isolado e associado, é de 8 mg/m2 I.V. diariamente durante 5 dias.
Leucemia linfocítica aguda (LLA): como agente isolado, a dose sugerida na LLA em adultos é
de 12 mg/m2 I.V. diariamente durante 3 dias e em crianças, de 10 mg/m2 I.V. diariamente durante
3 dias.
Todos os esquemas de dosagem, de qualquer maneira, dependerão do estado hematológico do
paciente e das doses dos outros medicamentos citotóxicos, quando usado em associação.
Zavedos (cloridrato de idarrubicina) Cápsulas: em LNLA de adultos o esquema de dosagem
recomendada é de 30 mg/m2 administrado diariamente por via oral por 3 dias como agente único,
ou entre 15 e 30 mg/m2 administrado diariamente por via oral durante 3 dias em combinação com
outros agentes antileucêmicos. Este esquema de dosagem deve, entretanto, levar em consideração
o estado hematológico do paciente e as doses de outras drogas citotóxicas quando usadas em
combinação. A redução da dose (cloridrato de idarrubicina) deve ser considerada
em pacientes com insuficiência hepática. A dose é usualmente calculada com base na área de
superfície corpórea.Características farmacológicas
Propriedades Farmacodinâmicas
A idarrubicina é um análogo da daunorrubicina que se intercala ao DNA, interage com a
topoisomerase II e tem um efeito inibidor sobre a síntese do ácido nucléico. A falta do grupo
metil na posição 4 da antraciclina proporciona um composto de elevada lipofilia que resulta
em um aumento da captação celular quando comparado com a doxorrubicina e a
daunorrubicina.
Idarrubicina mostrou possuir uma potência mais elevada em relação à daunorrubicina e
eficácia contra a leucemia murina e linfomas por via IV e por via oral. Estudos in vitro em
células humanas e murinas resistentes à antraciclina mostraram um grau mais baixo de
resistência cruzada para a idarrubicina quando comparada com a doxorrubicina e a
daunorrubicina. Estudos de cardiotoxicidade em animais evidenciaram que a idarrubicina
tem um índice terapêutico melhor do que a daunorrubicina e a doxorrubicina. O principal
metabólito, idarrubicinol, mostrou in vivo e in vitro, atividade antitumoral em modelos
experimentais. No rato, o idarrubicinol, administrado nas mesmas doses do fármaco
inalterado é claramente menos cardiotóxico do que a idarrubicina.
Propriedades Farmacocinéticas
Após administração IV em pacientes com funções renal e hepática normais, a idarrubicina é
eliminada da circulação sangüínea com um t1/2 plasmático terminal que varia entre 11 e 25
horas e é metabolizada amplamente em um metabólito ativo, idarrubicinol, que é eliminado
mais lentamente com um t1/2 plasmático que varia entre 41 e 69 horas. O medicamento é
eliminado por excreção biliar e renal, na maior parte sob a forma de idarrubicinol.
Estudos das concentrações do medicamento nas células (células nucleadas do sangue e
células da medula óssea) em pacientes com leucemia, mostraram que o pico das
concentrações celulares de idarrubicina é alcançado alguns minutos após a injeção. As
concentrações de idarrubicina e idarrubicinol nas células nucleadas do sangue e nas células
da medula óssea são cem vezes maiores do que as concentrações plasmáticas. A
velocidade de desaparecimento da idarrubicina no plasma e nas células foi quase
comparável com uma vida média terminal de cerca de 15 horas. A vida média terminal do
idarrubicinol foi de cerca de 72 horas.
Populações Especiais
Prejuízo na função hepática e renal
A farmacocinética da idarrubicina em pacientes com prejuízo da função hepática e/ou renal
ainda não foi totalmente avaliada. Espera-se que em pacientes com disfunção hepática
moderada a grave, o metabolismo da idarrubicina pode ser prejudicado levando a níveis
sistêmicos elevados do fármaco. A distribuição da idarrubicina também pode ser afetada em
pacientes com insuficiência renal. Portanto, deve-se considerar a redução da dose em
pacientes com insuficiência hepática e/ou renal (vide “Posologia” e “Advertências e
Precauções”) e que a idarrubicina é contra-indicada em pacientes com falência hepática
e/ou renal grave (vide “Contra-indicações”).
Dados de Segurança Pré-clínicos
A idarrubicina foi genotóxica na maioria dos testes in vitro ou in vivo realizados. A
idarrubicina intravenosa foi carcinogênica, tóxica para órgãos reprodutivos e embriotóxica e
teratogênica em ratos. Nenhum efeito notável nas mães ou na prole foi observado em ratos
que receberam idarrubicina intravenosa durante os períodos peri e pós-natal com doses até
0,2 mg/kg/dia. Não se sabe se o fármaco é excretado no leite. A idarrubicina intravenosa,
assim como outras antraciclinas e agentes citotóxico, foi carcinogênica em ratos. Um estudo
local de segurança em cachorros mostrou que o extravasamento do medicamento causa
necrose tecidual.
A DL50 (valor médio) da idarrubicina intravenosa foi 4,4 mg/Kg para camundongos, 2,9
mg/Kg em ratos e 1,0 mg/Kg em cachorros. Os principais alvos após uma dose única foram
o sistema hemolinfopoiético e, especialmente em cachorros, o trato gastrintestinal.
Os efeitos tóxicos após repetidas doses de idarrubicina intravenosa foram investigados em
ratos e cães. Os principais alvos após administração intravenosa nas espécies estudadas
foram o sistema hemolinfopoiético, o trato gastrintestinal, o fígado, o rim e os órgãos
reprodutores masculino e feminino.
Com relação ao coração, estudos subagudo e de cardiotoxicidade indicaram que a
idarrubicina intravenosa foi leve a moderadamente cardiotóxica apenas nas doses letais
enquanto que a doxorrubicina e a daunorrubicina provocaram danos claros no miocárdio em doses não letaisModo de usar
Este produto é de uso restrito a hospitais ou ambulatórios especializados, com
emprego específico em neoplasias malignas, e deve ser manipulado apenas por
pessoal treinado. As informações ao paciente serão fornecidas pelo médico
assistente, conforme necessário.Armazenagem
Zavedos® (cloridrato de idarrubicina) pó liofilizado deve ser conservado em
temperatura ambiente (entre 15 e 30°C), protegido da luz. A solução obtida após
reconstituição pode ser conservada até 48 horas entre 2 e 8°C ou até 24 horas a
temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Descartar devidamente qualquer solução não
utilizada após a reconstituição.Informações
A idarrubicina, antraciclina original sintetizada nos Laboratórios de
Pesquisa da Pharmacia & Upjohn S.p.A., se intercala ao DNA, interage com a topoisomerase II e
tem um efeito inibidor sobre a síntese do ácido nucléico. A modificação na posição 4 da estrutura
antraciclínica proporcionou um composto de elevada lipofilia que resulta em um aumento da
captação celular quando comparado com a doxorrubicina e a daunorrubicina. Idarrubicina
mostrou possuir uma potência mais elevada em relação à daunorrubicina e ser um agente eficaz
contra a leucemia murina e linfomas por via I.V. e por via oral.
Estudos in vitro em células humanas e murinas antraciclina resistentes mostraram um grau mais
baixo de resistência cruzada para a idarrubicina quando comparada com a doxorrubicina e a
daunorrubicina. Estudos de cardiotoxicidade em animais evidenciaram que a idarrubicina tem um
índice terapêutico melhor do que a daunorrubicina e a doxorrubicina. O principal metabólito,
idarrubicinol mostrou, in vivo e in vitro, atividade antitumoral em modelos experimentais. No
rato, o idarrubicinol, administrado nas mesmas doses do composto de origem é claramente menos
cardiotóxico do que a idarrubicina. tem um
índice terapêutico melhor do que a daunorrubicina e a doxorrubicina. O principal metabólito,
idarrubicinol mostrou, in vivo e in vitro, atividade antitumoral em modelos experimentais. No
rato, o idarrubicinol, administrado nas mesmas doses do composto de origem é claramente menos
cardiotóxico do que a idarrubicina.