Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Medley

Apresentação

compr. rev. de 10 mg: caixa c/ 20 ou 30 unidades. Comprimidos revestidos para uso oral de 20 mg: caixa com 20.

Indicações

Zanidip (cloridrato de lercanidipino) é indicado para o tratamento de hipertensão essencial leve a moderada.

Contra-indicações

Zanidip (cloridrato de lercanidipino) é contra-indicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade a substância ativa, a qualquer diidropiridina ou a qualquer componente da formulação. Não deve ser utilizado na gravidez e lactação, em mulheres em idade fértil, a não ser que estejam utilizando algum método contraceptivo eficaz. Também é contra-indicado em pacientes com obstrução das vias de saída do ventrículo esquerdo, angina pectoris instável, grave insuficiência renal ou hepática, insuficiência cardíaca congestiva não tratada ou até um mês após a ocorrência de infarto do miocárdio. A co-administração com inibidores fortes de CYP3A4, ciclosporina e suco de toranja (grapefruit) também é contra-indicada.

Advertências

Deve-se ter cuidado especial quando Zanidip (cloridrato de lercanidipino) é utilizado em pacientes com síndrome do seio enfermo (se não houver um marcapasso in situ). Embora estudos de controle hemodinâmico tenham revelado que lercanidipino não é prejudicial às funções ventriculares, pacientes com disfunção do ventrículo esquerdo requerem atenção especial. Foi sugerido que a utilização das diidropiridinas de curta ação pode estar associada com o aumento do risco cardiovascular em pacientes com doenças cardíacas isquêmicas. Apesar (cloridrato de lercanidipino) possuir ação de longa duração, é solicitado precaução nestes pacientes. Algumas diidropiridinas podem raramente conduzir a dor precordial ou angina pectoris. Muito raramente pacientes com angina pectoris préexistente podem apresentar aumento na freqüência, duração ou gravidade destes ataques. Casos isolados de infarto do miocárdio podem ser observados. Álcool deve ser evitado, pois pode potencializar os efeitos de fármacos anti-hipertensivo vasodilatadores. Indutores de CYP3A4 como os anticonvulsivantes (por exemplo, fenitoína, carbamazepina) e rifampicina podem reduzir os níveis plasmáticos de lercanidipino e portanto a eficácia deste pode ser menor do que esperado. Cada comprimido (cloridrato de lercanidipino) de 10 mg e 20 mg contém, respectivamente, 30 mg e 60 mg de lactose e, portanto, não devem ser administrados em pacientes com insuficiência de lactase LAPP, galactosemia ou síndrome da má absorção de glicose/galactose. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Uso na gravidez

estudos com lercanidipino não fornecem evidências dos efeitos teratogênicos em ratos e coelhos e a performance reprodutiva em ratos não foi prejudicada. Contudo, uma vez que não existe experiência clínica com lercanidipino na gravidez e lactação, e outros compostos diidropiridínicos foram teratogênicos em animais, Zanidip (cloridrato de lercanidipino) não deve ser administrado durante a gravidez ou em mulheres férteis a menos que seja empregado método adequado de contracepção. Devido à alta lipofilicidade do lercanidipino, a passagem para o leite materno pode ser esperada. Por esta razão, este medicamento não deve ser administrado em mães que estejam amamentando.

Interações medicamentosas

Pelo fato de lercanidipino ser metabolizado pela enzima CYP3A4, a administração em conjunto com inibidores e indutores de CYP3A4 pode fazer com que ocorra interação com o metabolismo e eliminação do lercanidipino. A co-prescrição com inibidores de CYP3A4 (por exemplo, cetoconazol, itraconazol, ritonavir, eritromicina, troleandomicina) deve ser evitada. Um estudo de interações com cetoconazol mostrou um aumento considerável dos níveis plasmáticos de lercanidipino (aumento de 15 vezes da AUC e de 8 vezes de Cmáx para S-lercanidipino). A co-administração (cloridrato de lercanidipino) com indutores de CYP3A4, como os anticonvulsivantes (por exemplo, fenitoína, carbamazepina) e rifampicina, deve ser introduzida com cautela uma vez que os efeitos anti-hipertensivos podem estar reduzidos e a pressão sangüínea deve ser monitorada mais freqüentemente que o habitual. Um estudo de interação com fluoxetina (um inibidor de CYP2D6 e CYP3A4), conduzido em voluntários entre 58 e 72 anos, não mostrou nenhuma modificação clínica significativa da farmacocinética de lercanidipino. A ciclosporina e o lercanidipino não devem ser administrados juntamente. Neste caso, observa-se aumento dos níveis plasmáticos tanto da ciclosporina como de lercanidipino. Um estudo com voluntários jovens e sadios mostrou que quando a ciclosporina foi administrada 3 horas antes da administração (cloridrato de lercanidipino), os níveis plasmáticos de lercanidipino não foram atingidos, enquanto que a AUC da ciclosporina foi aumentada em 27%. Contudo, a co-administração (cloridrato de lercanidipino) com ciclosporina causou um aumento de 3 vezes no nível de lercanidipino e um aumento de 21% da AUC de ciclosporina. O lercanidipino não deve ser ingerido com suco de toranja (grapefruit). Como ocorre com outras diidropiridinas, o metabolismo de lercanidipino é sensível a este suco, ocorre aumento de sua disponibilidade e do efeito hipotensivo. Quando Zanidip (cloridrato de lercanidipino) foi administrado na dose de 20 mg juntamente com midazolam em idosos, a absorção de lercanidipino aumentou (em cerca de 40%) e a taxa de absorção diminuiu (tmáx foi retardado de 1,75 para 3 horas). As concentrações de midazolam não foram modificadas. Deve-se ter precaução quando Zanidip (cloridrato de lercanidipino) é prescrito juntamente com outros substratos de CYP3A4, como terfenadina, astemizol, fármacos antiarrítmicos da classe III como amiodarona, quinidina. Quando Zanidip (cloridrato de lercanidipino) foi administrado juntamente com metoprolol, um beta-bloqueador eliminado principalmente pelo fígado, a biodisponibilidade deste não foi alcançada enquanto que a de lercanidipino foi reduzida em cerca de 50%. Este efeito deve ser devido a redução do fluxo sangüíneo causado pelos betabloqueadores e deve conseqüentemente ocorrer com outras drogas desta classe. Conseqüentemente, lercanidipino pode ser administrado com segurança com drogas bloqueadoras beta-adrenoceptoras. Mas ajustes na dose podem ser necessários. A administração concomitante de doses de 800 mg de cimetidina não causa modificações significativas nos níveis plasmáticos de lercanidipino, mas é necessário cuidado com altas doses uma vez que a biodisponibilidade e o efeito hipotensivo de lercanidipino pode estar aumentado. A co-administração de 20 mg de lercanidipino em pacientes cronicamente tratados com beta-metildigoxina não mostrou evidência de interação farmacocinética. Voluntários sadios tratados com digoxina seguido de 20 mg de lercanidipino tiveram um rápido aumento médio de 33% no Cmáx de digoxina, enquanto que o clearance renal e AUC não foram modificados. Pacientes em tratamentos concomitantes com digoxina devem ser monitorados clinicamente e rigorosamente pelos sinais de toxicidade de digoxina. Quando uma dose de 20 mg (cloridrato de lercanidipino) foi repetidamente co-administrado com 40 mg de sinvastatina, o AUC de lercanidipino não foi significantemente modificado, enquanto que o AUC de sinvastatina aumentou em cerca de 56% e do seu metabólito ativo em cerca de 28%. É improvável que estas mudanças sejam de importância clínica. Nenhuma interação é esperada quando lercanidipino é administrado pela manhã e sinvastatina à noite, como indicado para cada fármaco. A co-administração de 20 mg de lercanidipino em voluntários sadios em jejum não altera a farmacocinética de varfarina. Zanidip (cloridrato de lercanidipino) tem sido administrado com segurança com diuréticos e inibidores da enzima conversora de angiotensina. O uso concomitante com álcool não é recomendado, pois pode ocorrer potencialização dos efeitos de fármacos anti-hipertensivo vasodilatadores.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Cerca de 1,8% dos pacientes tratados apresentaram reações adversas. Os efeitos colaterais mais comumente observados foram dor de cabeça, vertigem, edema periférico, taquicardia, palpitações, vermelhidão, com uma freqüência menor de 1%. De acordo com a classificação da incidência das Reações Adversas, proposta pela OMS o paciente pode apresentar algumas das seguintes reações: Raras (> 1/10.000 < 1/1.000) - Pele e Anexos: rash - Sistema Músculo-esquelético: mialgia - Psiquiátricas: sonolência - Gastrintestinal: náusea, dispepsia, diarréia, dor abdominal, vômitos - Miocárdio, endocárdio, pericárdio e válvula: angina pectoris - Sistema urinário: poliúria - Gerais: astenia e fadiga Incomuns (> 1/1.000 < 1/100) - Sistema nervoso central e periférico: dor de cabeça, vertigem - Cardiovasculares (geral): edema periférico - Freqüência cardíaca / Ritmo cardíaco: taquicardia, palpitações - Vascular (extracardíaca): rubor

Posologia

A posologia recomendada é de 10 mg, uma vez ao dia, pelo menos 15 minutos antes das refeições, podendo ser aumentada para 20 mg, dependendo da resposta individual do paciente. O ajuste na dose deve ser feito gradualmente, pois pode levar cerca de 2 semanas antes que o efeito anti-hipertensivo máximo seja atingido. Alguns indivíduos, que não foram adequadamente controlados com um único agente anti-hipertensivo, podem ser beneficiados com a adição (cloridrato de lercanidipino) ao tratamento com uma droga beta-bloqueadora (atenolol), um diurético (hidroclorotiazida) ou inibidores da enzima conversora de angiotensina (captopril ou enalapril). Uma vez que a curva dose-resposta tem uma inclinação acentuada com platô entre as doses de 20 e 30 mg, é improvável que a eficácia do medicamento seja melhorada com a utilização de doses maiores; ao passo que a probabilidade do aparecimento de efeitos colaterais pode aumentar.

Superdosagem

Após a comercialização do medicamento, dois casos de superdose foram relatados (150 mg e 280 mg de lercanidipino, respectivamente, ingeridos numa tentativa de cometer suicídio). O primeiro paciente apresentou sonolência e foi tratado através de lavagem gástrica. O segundo paciente desenvolveu choque cardiogênico com isquemia grave do miocárdio e insuficiência renal moderada e foi tratado com altas doses de catecolaminas, furosemida, digitálicos e dilatadores parenterais de plasma. Ambos os casos foram resolvidos sem seqüelas. Como para outros compostos diidropiridínicos, pode ser que a superdose resulte em excessiva vasodilatação periférica, com hipotensão acentuada e taquicardia reflexa. No caso de hipotensão grave, bradicardia e inconsciência, suporte cardiovascular pode ser necessário, com administração intravenosa de atropina para a bradicardia. Em vista do prolongado efeito farmacológico de lercanidipino, é essencial que o estado cardiovascular do paciente que tomou a superdose seja monitorado por pelo menos 24 horas. Não há informação sobre valores da diálise. Uma vez que o lercanidipino é altamente lipofílico, é muito provável que os níveis plasmáticos não indiquem a duração do período de risco e a diálise pode não ser efetiva.

Informações

o cloridrato de lercanidipino, princípio ativo deste medicamento, pertence ao grupo farmacoterapêutico dos bloqueadores seletivos do canal de cálcio. O lercanidipino é um antagonista do cálcio do grupo das diidropiridinas que inibe o influxo transmembrana do íon cálcio no interior dos músculos cardíaco e liso vascular. O mecanismo de ação anti-hipertensiva do lercanidipino deve-se ao seu efeito relaxante direto na musculatura vascular lisa, reduzindo, desta maneira, a resistência periférica total. Apesar da sua curta meia-vida plasmática, o lercanidipino é dotado de prolongada ação anti-hipertensiva, devido ao seu alto coeficiente de partição na membrana bi-lipídica das células musculares dos vasos sanguíneos, e é destituído de efeito inotrópico negativo devido a sua alta seletividade vascular. Uma vez que a vasodilatação induzida pelo Zanidip (cloridrato de lercanidipino) é gradual no começo, hipotensão aguda com taquicardia reflexa foi raramente observada em pacientes hipertensivos. Assim como outras 1,4-diidropiridinas assimétricas, a ação anti-hipertensiva do lercanidipino deve-se, principalmente, ao seu enantiômero (S). Além disso, a análise dos estudos clínicos conduzidos para validar as indicações terapêuticas demonstrou, num pequeno estudo não controlado, randomizado, realizado com pacientes com hipertensão grave (média da pressão sangüínea diastólica de 114,5 +- 3,7 mmHg) mostrou que a pressão sangüínea foi normalizada em 40% dos 25 pacientes que recebiam 20 mg/dia (cloridrato de lercanidipino) e em 56% dos 25 pacientes que recebiam diariamente 10 mg duas vezes ao dia (cloridrato de lercanidipino). Num outro estudo, duplo-cego, randomizado, controlado versus placebo em pacientes com hipertensão sistólica isolada, Zanidip (cloridrato de lercanidipino) foi eficaz em reduzir a pressão sangüínea sistólica de valores iniciais médios de 172,6 +- 5,6 mmHg para 140,2 +- 8,7 mmHg.

(cloridrato de lercanidipino) e em 56% dos 25 pacientes que recebiam diariamente 10 mg duas vezes ao dia de Zanidip (cloridrato de lercanidipino). Num outro estudo, duplo-cego, randomizado, controlado versus placebo em pacientes com hipertensão sistólica isolada, Zanidip (cloridrato de lercanidipino) foi eficaz em reduzir a pressão sangüínea sistólica de valores iniciais médios de 172,6 +- 5,6 mmHg para 140,2 +- 8,7 mmHg.