Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Roche

Apresentação

fr. c/ 180 e 270 compr. de 250 mg fr. c/ 144 g de pó para sol. oral. Cada g do pó contém 50 mg de nelfinavir.

Indicações

Viracept (Mesilato de nelfinavir) é indicado em combinação com outros anti-retrovirais para o tratamento de adultos e crianças com mais de 2 anos de idade infectadas pelo HIV-1. A combinação (Mesilato de nelfinavir) com outros agentes anti-retrovirais reduz a carga viral sérica e aumenta a contagem de células CD-4.

Contra-indicações

Hipersensibilidade clinicamente significante ao nelfinavir ou a qualquer dos excipientes. Viracept (Mesilato de nelfinavir) não deve ser administrado concomitantemente com drogas que apresentem janela terapêutica reduzida e que sejam substrato para o citocromo P450 (CYP) 3A (CYP3A4), como por exemplo, terfenadina, astemisol, cisaprida, pimozida, amiodarona, quinidina, triazolam, midazolam e derivados do ergot. Sua co-administração com essas substâncias pode resultar em inibição competitiva de metabolismo dessas drogas e criar um potencial para eventos adversos sérios ou letais.

Advertências

Nelfinavir é metabolizado e eliminado principalmente pelo fígado. Todavia, deve ser tomada precaução quando da administração (mesilato de nelfinavir) em pacientes com função hepática alterada. Apenas 1% a 2% (mesilato de nelfinavir) é excretado na urina, portanto, espera-se que alteração na função renal não afete a concentração plasmática de nelfinavir. A eficácia e segurança de nelfinavir em crianças com idade abaixo de 2 anos não foi estabelecida. Conseqüentemente, nelfinavir pode ser usado em crianças abaixo de 2 anos apenas quando o potencial benefício claramente ultrapasse o risco [refere-se às informações (mesilato de nelfinavir), pó para solução oral]. Têm sido descritos sangramentos, incluindo hematomas cutâneos e hemartrose em pacientes hemofílicos tipo A e B tratados com inibidores de protease. Em alguns pacientes foi administrado fator VIII adicional. Em mais da metade dos casos reportados o tratamento com inibidores de protease foi mantido ou reintroduzido nos casos de descontinuação. Foi evocada uma relação causal apesar dos mecanismos não terem sido elucidados. Pacientes hemofílicos devem em função disso estar cientes da possibilidade de aumento de sangramento. Reincidência de diabetes melito, hiperglicemia ou exacerbação de diabetes melito foram reportados em pacientes recebendo inibidores de protease. Em alguns pacientes a hiperglicemia foi severa e em alguns casos apresentou-se associada a cetoacidose. Muitos pacientes apresentaram condições médicas concomitantes, algumas das quais requereram tratamento com drogas associadas ao desenvolvimento de diabetes melito ou hiperglicemia. Não foi estabelecida uma relação causal entre inibidores de protease e desenvolvimento de hiperglicemia e diabetes melito. A terapia anti-retroviral combinada, inclusive os regimes contendo inibidores de protease, está associado com a redistribuição da gordura corporal em alguns pacientes. Os inibidores de protease também estão associados a anormalidades metabólicas tais como hipertrigliceridemia, hipercolesterolemia, resistência à insulina e hiperglicemia. O exame clínico deve incluir avaliação física para sinais de redistribuição da gordura corporal. Deve-se considerar a possibilidade de medir os níveis séricos de lipídeos e glicemia. O mecanismo desses eventos e as conseqüências em longo prazo, inclusive o aumento no risco de doença cardiovascular, não são conhecidos.

Uso na gravidez

Gestação categoria B: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista Em animais de experimentação (ratos) não foram observados efeitos adversos relativos à reprodução quando as doses usadas propiciaram uma exposição sistêmica comparável àquelas observadas com a dose clínica. Não existem experimentos em mulheres grávidas. Até que esses dados estejam disponíveis, Viracept (mesilato de nelfinavir) só poderia ser administrado durante a gravidez depois de considerações especiais. É recomendado que mulheres infectadas pelo HIV não amamentem seus filhos sob nenhuma circunstância, visando evitar a transmissão do vírus. Em animais de experimentação (ratos) nelfinavir é excretado no leite. Não há dados disponíveis da excreção de nelfinavir no leite humano. Até que mais dados estejam disponíveis, as mães devem ser instruídas a descontinuar a amamentação se estiverem recebendo Viracept (mesilato de nelfinavir).

Interações medicamentosas

Nelfinavir é metabolizado parcialmente via citocromo CYP3A. Deve-se ter precaução ao se coadministrar drogas que induzem o citocromo CYP3A ou drogas potencialmente tóxicas que sejam metabolizadas pelo citocromo CYP3A. Baseado em dados in vitro, é improvável que nelfinavir iniba outras isoformas do P450 em concentrações dentro dos limites terapêuticos. Outros anti-retrovirais Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos (ITRANs): Interações clinicamente significantes não foram observadas entre nelfinavir e análogos de nucleosídeo (especificamente zidovudina mais lamivudina, estavudina, estavudina mais didanosina). Na medida em que recomenda-se a administração de didanosina com o estômago vazio, Viracept (mesilato de nelfinavir) deve ser administrado (com alimentos) 1 hora após ou mais de 2 horas antes da didanosina. Inibidores da Transcriptase Reversa Não-Nucleosídeos (ITRNNs): A segurança e a eficácia das seguintes combinações de drogas não foi estabelecida. Efavirenz: A co-administração de efavirenz e Viracept (mesilato de nelfinavir) aumenta a área sob a curva de nelfinavir em 20% sem alterações na área sob a curva de efavirenz. Não se faz necessário um ajuste de dose quando efavirenz for coadministrado ao nelfinavir. Delavirdina: A co-administração (mesilato de nelfinavir) e delavirdina resultou num aumento de 107% na área sob a curva de nelfinavir e numa redução de 31% na área sob a curva de delavirdina. Nevirapina: Não houve interação clínica relevante entre Viracept (mesilato de nelfinavir) quando coadministrado com nevirapina. O ajuste de dose não se fez necessário. Outros inibidores de protease A segurança e eficácia das combinações de drogas a seguir não foram estabelecidas. Os resultados apresentados para ritonavir, indinavir e saquinavir advêm de estudos de interação após administração de dose única. Ritonavir: A co-administração de ritonavir com Viracept (mesilato de nelfinavir) resultou num aumento de 152% na área sob a curva de nelfinavir no plasma e uma alteração muito pequena na área sob a curva de ritonavir. Indinavir: A co-administração de indinavir com Viracept (mesilato de nelfinavir) resultou num aumento de 83% na área sob a curva de nelfinavir no plasma e num aumento de 51% na área sob a curva da concentração plasmática de indinavir. Saquinavir cápsulas gelatinosas moles: A co-administração de saquinavir nessa formulação com Viracept (mesilato de nelfinavir) resultou num aumento de 18% na área sob a curva plasmática de nelfinavir e num aumento de 4 vezes na área sob a curva plasmática de saquinavir. Amprenavir: A co-administração de amprenavir com Viracept (mesilato de nelfinavir) resultou num pequeno aumento na área sob a curva plasmática de nelfinavir e amprenavir e num aumento de 189% na Cmin de amprenavir. Na combinação desses dois antivirais não é necessário qualquer ajuste de dose. (continua na bula original)

Reações adversas / Efeitos colaterais

A segurança (Mesilato de nelfinavir) foi avaliada em pacientes que receberam a droga em combinação com análogos de nucleosídeos e em monoterapia. A maioria dos efeitos adversos observados com Viracept (Mesilato de nelfinavir) foram de intensidade leve. O efeito mais freqüentemente referido foi a diarréia. Outros efeitos menos freqüentes reportados foram: Pele e anexos: rash; Desordens gastrointestinais: flatulência, náusea, dor abdominal; Corpo como um todo: fraqueza; Anormalidades laboratoriais: diminuição de neutrófilos, aumento de linfócitos, aumento de creatina quinase, aumento de ALT/AST.

Posologia

Viracept (Mesilato de nelfinavir) é administrado oralmente e deve ser ingerido com alimentos. Adultos e crianças acima de 13 anos A dose recomendada (Mesilato de nelfinavir) comprimido é 750 mg (3 comprimidos de 250 mg) 3 vezes ao dia por via oral. Pacientes com idade de 2 até 13 anos Para crianças a dose recomendada é de 25 - 30 mg/kg por dose administrada 3 vezes ao dia. Para crianças capazes de ingerir comprimidos, Viracept (Mesilato de nelfinavir) comprimidos pode ser administrado ao invés do pó para solução oral. A dose pediátrica recomendada (Mesilato de nelfinavir) comprimidos a ser administrada 3 vezes ao dia é como segue: Peso Corporal - Número de Comprimidos Kg 18 a < 23 - 2 >=23 - 3 * Consultar as informações sobre Viracept (Mesilato de nelfinavir) pó para solução oral Pó: Para estas crianças, a dose recomendada é de 25 a 30 mg/kg por dose administrada, 3 vezes ao dia. Para crianças capazes de ingerir comprimidos, Viracept (Mesilato de nelfinavir) comprimidos poderá ser administrado ao invés (Mesilato de nelfinavir) pó para solução. [Consultar as informações de prescrição para Viracept (Mesilato de nelfinavir) comprimidos]. A dose pediátrica recomendada (Mesilato de nelfinavir) pó oral, a ser administrada, 3 vezes ao dia, em crianças de 2 a 13 anos de idade, é a seguinte Peso Corporal Quantidade de medidas Quantidade de medidas ao nível Kg no nível 1g colheres de chá 7 a < 8,5 4 1 8,5 a < 10,5 5 1 1/4 10,5 a < 12 6 1 1/2 12 a < 14 7 1 3/4 14 a <16 8 2 16 a < 18 9 2 ¼ 18 a < 23 10 2 ½ ³ 23 15 3 3/4 O pó oral deve ser misturado com água, leite, leite de soja, suplementos dietéticos ou pudins. Recomenda-se que Viracept (Mesilato de nelfinavir) pó para solução oral misturado a esses meios sejam utilizados em 6 horas. Não é recomendável a mistura do pó oral a qualquer alimento ácido (p. ex. suco de laranja, suco de maçã ou purê de maçã) pois pode resultar num sabor amargo. Não adicionar água aos frascos (Mesilato de nelfinavir) pó oral.

Superdosagem

A experiência humana na superdosagem aguda (mesilato de nelfinavir) é limitada. Não há antídoto específico para overdose com Viracept (mesilato de nelfinavir). Se indicado, a eliminação da droga ainda não absorvida deve ser induzida através de êmese ou lavagem gástrica. A administração de carvão ativado pode também ser utilizada para remover a droga não absorvida. Na medida em que nelfinavir tem alta afinidade por proteínas, é pouco provável que a diálise remova significantemente a droga do sangue.

Informações

A protease do HIV é uma enzima requerida para quebra proteolítica dos precursores da poliproteína viral das proteínas individuais encontradas no HIV infectivo. A quebra dessas proteínas é essencial para maturação do vírus infectivo. Nelfinavir liga-se ao sítio ativo da protease do HIV e evita a quebra das poliproteínas resultando na formação de uma partícula viral imatura não infecciosa. Mecanismo de ação A atividade antiviral de nelfinavir in vitro foi demonstrada em linhagens de células linfoblastóides aguda e cronicamente infectadas, linfócitos de sangue periférico e macrófagos/monócitos. Nelfinavir é ativo contra um largo espectro de cadeias virais e isolados clínicos de HIV1 e HIV2 ROD. A CE95 (95% da concentração efetiva) de nelfinavir alcançou de 7 - 111 nM (média de 58 nM). Nelfinavir demonstrou efeito aditivo e sinérgico contra o HIV em combinação dupla ou tripla com os inibidores de transcriptase reversa zidovudina (ZDV), lamivudina (3TC), didanosina (DDI), zalcitabina (ddC) e estavudina (d4T), sem aumento de citotoxicidade.

as linfoblastóides aguda e cronicamente infectadas, linfócitos de sangue periférico e macrófagos/monócitos. Nelfinavir é ativo contra um largo espectro de cadeias virais e isolados clínicos de HIV1 e HIV2 ROD. A CE95 (95% da concentração efetiva) de nelfinavir alcançou de 7 - 111 nM (média de 58 nM). Nelfinavir demonstrou efeito aditivo e sinérgico contra o HIV em combinação dupla ou tripla com os inibidores de transcriptase reversa zidovudina (ZDV), lamivudina (3TC), didanosina (DDI), zalcitabina (ddC) e estavudina (d4T), sem aumento de citotoxicidade.