Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Abl

Referência

Pó liofilizado para injeção

Apresentação

fr. 10 mg.O sulfato de vimblastina é o sal de um alcalóide extraído da Vinca rósea Linn, uma planta florescente comum, conhecida como pervinca (mais propriamente conhecida como Catharanthus roseus G. Don.). Anteriormente o nome genérico era vincaleucoblastina, abreviado VLB. Quando células em proliferação foram tratadas com esta preparação in vitro ficaram retidas na metáfase.

Indicações

Velban (sulfato de vimblastina) é indicado no tratamento de: 1) Neoplasias que respondem com maior freqüência: - Doença de Hodgkin generalizada (estádios III e IV, modificação Ann Arbor do sistema Rye de estadiamento); - Linfoma linfocítico (nodular e difuso, bem e mal diferenciado); - Linfoma histiocítico; - Micoses fungóides (estádios avançados); - Carcinoma avançado dos testículos; - Sarcoma de Kaposi; - Doença de Letterer-Siwe (histiocitose X). 2) Neoplasias que correspondem com menor freqüência: - Coriocarcinoma resistente a outros agentes quimioterápicos; - Carcinoma de mama que não responde a cirurgia endócrina e a terapia hormonal.

Contra-indicações

Velban (sulfato de vimblastina) é contra-indicado em casos de: leucopenia; hipersensibilidade à droga; infecção bacteriana; mulheres com possibilidade de engravidar; pacientes com diminuição de células sangüíneas denominadas granulócitos (a menos que esta seja resultante da doença que está sendo tratada); em pacientes com infecções bacterianas e/ou virais. Velban (sulfato de vimblastina) exige avaliação dos riscos e benefícios em casos de: depressão da medula óssea; herpes zoster; idosos; infi ltração de células tumorais da medula óssea; diminuição da função hepática; infecção; insufi ciência pulmonar; tratamento anterior com droga citotóxica ou radioterapia; varicela. Se a contagem de leucócitos estiver abaixo de 3000 por mm3 é aconselhável descontinuar o tratamento e prescrever antibióticos profi laticamente. Deve-se monitorar as contagens sangüíneas regularmente.

Advertências

A administração intratecal de sulfato de vimblastina geralmente resulta em morte. Se ocorrer administração intratecal acidental, intervenção neurocirúrgica imediata é requerida para prevenir paralisia ascendente que leva à morte. Em pequeno número de pacientes, paralisia com risco de vida e morte subseqüente foram evitadas, mas resultaram em seqüelas neurológicas devastadoras, com recuperação limitada posteriormente. Se sulfato de vimblastina for administrado erroneamente através da via intratecal, o tratamento a seguir deve ser feito imediatamente:

Uso na gravidez

USO NA GRAVIDEZ – Risco D (segundo classificação do FDA) O sulfato de vimblastina só deve ser administrado a mulheres grávidas quando realmente necessário. Mulheres férteis devem ser avisadas para evitar a gravidez. Se esta droga for usada durante a gravidez ou se a paciente engravidar durante o tratamento, deverá ser avisada do risco potencial para o feto. A informação sobre o uso de sulfato de vimblastina na gravidez é muito limitada. Estudos com sulfato de vimblastina em animais sugerem que podem ocorrer efeitos teratogênicos. O sulfato de vimblastina pode causar dano fetal quando administrado a mulheres grávidas. Animais de laboratório que receberam esta droga no início da gravidez sofreram reabsorção do concepto e os fetos sobreviventes demonstraram deformidades marcantes. Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. LACTANTES Não é conhecido se esta droga é excretada no leite humano. Devido ao fato de muitas drogas serem excretadas no leite humano e do potencial de reações adversas graves causadas pelo sulfato de vimblastina em lactentes, não amamentar.

Interações medicamentosas

NOTA: qualquer medicamento, combinado ou não, que possua alguma das substâncias a seguir, dependendo da quantidade presente, pode interagir com o sulfato de vimblastina. O sulfato de vimblastina interage com os seguintes medicamentos e pode: - Diminuir a ação da vacina de vírus mortos; - Diminuir as concentrações de fenitoína; - Aumentar os riscos de reações adversas de: vacinas de vírus vivos; - Aumentar as taxas de acido úrico e exigir ajustes de doses de: alopurinol; colchicina; probenecida e sulfimpirazona; - Ter efeitos aditivos depressores da medula óssea com: outros depressores da medula óssea; terapia radioativa; - Ter seu efeito leucopênico e trombocitopênico aumentados por: medicamentos que produzem discrasias sangüíneas. Deve-se ter cautela com pacientes usando drogas conhecidamente inibidoras do citocromo P450, sub-família CYP 3A, ou pacientes com disfunção hepática. Administração concomitante de sulfato de vimblastina com um inibidor desta via metabólica pode causar uma antecipação do início de ação ou um aumento da gravidade das reações adversas do agente antineoplásico (ver REAÇÕES ADVERSAS). Quando os alcalóides da vinca foram usados em combinação com a mitomicina-C, as reações adversas de dispnéia aguda e broncoespasmo grave foram mais freqüentes.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Antes de usar a droga, o paciente deve ser avisado da possibilidade de sintomas indesejáveis. Em geral, a incidência de reações adversas relativas ao uso de sulfato de vimblastina parece estar relacionada à magnitude da dose empregada. Com exceção de queda de cabelo, leucopenia e manifestações neurológicas, as reações adversas geralmente não têm persistido por mais de 24 horas. Reações adversas neurológicas não são comuns, porém, quando ocorrem duram freqüentemente mais de 24 horas. A leucopenia, a reação adversa mais comum, é geralmente o fator limitante da dose. As seguintes manifestações têm sido relatadas como reações adversas, as mais comuns estão sublinhadas:

Posologia

Informação especial de dispensação: Quando dispensar Velban (sulfato de vimblastina) em outro recipiente que não o original, é imperativo que o mesmo seja embalado e rotulado com os seguintes dizeres: NÃO REMOVA A EMBALAGEM ATÉ O MOMENTO DA INJEÇÃO. A ADMINISTRAÇÃO INTRATECAL É FATAL. SOMENTE PARA USO INTRAVENOSO (Ver ADVERTÊNCIAS) Uma seringa contendo uma dose específi ca deve ser rotulada com um rótulo adesivo, com a seguinte frase: A ADMINISTRAÇÃO INTRATECAL É FATAL. SOMENTE PARA USO INTRAVENOSO. As doses de sulfato de vimblastina são administradas a cada 7 dias. Dose inicial - adultos: uma dose única intravenosa de 3,7 mg/m2 de superfície corporal. Dose inicial - crianças: uma dose única intravenosa de 2,5 mg/m2 de superfície corporal. Daí em diante, as contagens da série branca devem ser feitas para determinar a sensibilidade do paciente ao sulfato de vimblastina. Após a dose inicial, o aumento de doses a intervalos semanais pode ser delineado como segue: ADULTOS CRIANÇAS Dose inicial 3,7 mg/m2 superfície corporal 2,5 mg/m2 superfície corporal Segunda dose 5,5 mg/m2 superfície corporal 3,75 mg/m2 superfície corporal Terceira dose 7,4 mg/m2 superfície corporal 5,0 mg/m2 superfície corporal Quarta dose 9,25 mg/m2 superfície corporal 6,25 mg/m2 superfície corporal Quinta dose 11,1 mg/m2 superfície corporal 7,5 mg/m2 superfície corporal Os aumentos acima mencionados podem ser usados até que seja atingida uma dose máxima (não excedendo 18,5 mg/m2 de superfície corporal para adultos e 12,5 mg/m2 de superfície corporal para crianças) ou até que a contagem de leucócitos tenha caído para 3000 por mm3. A dose não deve ser aumentada após aquela dose que reduzir a contagem de leucócitos a aproximadamente 3.000/mm3. Em alguns adultos, 3,7 mg/m2 de superfície corporal podem produzir esta leucopenia; outros adultos podem requerer mais que 11,1 mg/m2 de superfície corporal e muito raramente 18,5 mg/m2 de superfície corporal podem ser necessários. Para a maioria dos pacientes adultos, contudo, a dose semanal estará entre 5,5 a 7,4 mg/m2 de superfície corporal. Dose de manutenção: quando a dose de sulfato de vimblastina que produzir o grau acima de leucopenia tiver sido estabelecida, uma dose imediatamente menor deverá ser administrada a intervalos semanais para manutenção. Assim, o paciente estará recebendo a dose máxima que não causa leucopenia. Há variações na intensidade da resposta leucopênica que se segue à terapia com Velban (sulfato de vimblastina); por esta razão é recomendado que o produto não seja administrado com freqüência maior que 1 vez a cada 7 dias. Deve-se salientar que, mesmo embora 7 dias tenham se passado, a dose seguinte de sulfato de vimblastina não deverá ser administrada até que a contagem de leucócitos tenha retornado a no mínimo 4.000/mm3. Em alguns casos, a atividade oncolítica poderá ser obtida antes do efeito leucopênico, quando isto ocorrer não há necessidade de se aumentar as doses subseqüentes (Ver PRECAUÇÕES). Condições especiais: uma redução de 50% na dose de sulfato de vimblastina é recomendada para pacientes com bilirrubina sérica direta acima de 3 mg/mL. Sendo o metabolismo e a excreção do sulfato de vimblastina por via hepática, não é recomendada nenhuma modifi cação de dose para pacientes com insufi ciência renal. Duração do tratamento: a terapia de manutenção varia de acordo com a doença que esteja sendo tratada e a combinação de agentes antineoplásicos que esteja sendo usada. Há diferença de opinião a respeito da duração da terapia de manutenção com o mesmo protocolo para uma determinada doença. A quimioterapia prolongada para manter remissões envolve diversos riscos, entre os quais estão as moléstias infecciosas com mau prognóstico, esterilidade e possivelmente o aparecimento de outros cânceres através da imunossupressão. Em algumas afecções, a sobrevida que se segue à remissão completa pode não ser tão prolongada como a que é obtida com períodos mais curtos de terapia de manutenção. Por outro lado, a falha em administrar a terapia de manutenção em alguns pacientes poderá levar a uma recidiva; remissões completas em pacientes com câncer testicular, a menos que mantidas por no mínimo 2 anos, resultam freqüentemente em recidivas precoces.

Superdosagem

Após a administração de doses elevadas, os pacientes podem apresentar exacerbação de reações relacionadas ao sulfato de vimblastina (ver FARMACOLOGIA e REAÇÕES ADVERSAS). Pode ser observada neurotoxicidade. A toxicidade pode ser aumentada quando há insuficiência hepática.

Características farmacológicas

Dados experimentais indicam que o sulfato de vimblastina tem uma ação diferente de outros agentes antineoplásicos conhecidos. Estudos em culturas de células indicam uma interferência no metabolismo de aminoácidos, e os testes in vivo tendem a confirmar os testes in vitro. Outros estudos in vitro e in vivo demonstraram que o sulfato de vimblastina age na fase M da divisão celular resultando em células atípicas. No entanto, as respostas terapêuticas não são completamente explicadas pelas alterações citológicas. O ácido glutâmico e o triptofano podem reverter a ação antitumoral. Também tem sido observado que, em ratos, o ácido glutâmico e o ácido aspártico possuem um efeito protetor quando doses letais de sulfato de vimblastina são administradas. Outros estudos indicam que o sulfato de vimblastina possui um efeito sobre a produção da energia celular necessária para a mitose e interfere na síntese do ácido nucléico. O mecanismo de ação do sulfato de vimblastina está relacionado com a inibição da formação de microtúbulos no fuso mitótico, resultando em uma parada da divisão celular na metáfase. Estudos farmacocinéticos em pacientes com câncer demonstraram uma queda trifásica do nível sérico após uma injeção intravenosa rápida de sulfato de vimblastina. A meia-vida inicial é de 3,7 minutos, a meia-vida média é de 1,6 hora e a meia-vida final é de 24,8 horas. Baixas concentrações estão presentes no organismo 48 a 72 horas após a injeção. Como a principal via de excreção é o sistema biliar, a toxicidade dessa droga pode ser aumentada quando há diminuição da função hepática. Foi demonstrado que o metabolismo dos alcalóides da vinca é mediado por isoenzimas hepáticas do citocromo P450 na sub-família CYP 3A. Esta via metabólica pode estar prejudicada nos pacientes com função hepática diminuída ou que estão utilizando concomitantemente potentes inibidores destas isoenzimas como a eritromicina, o que causaria um aumento da toxicidade do sulfato de vimblastina. Após injeção de vimblastina tritiada em pacientes cancerosos, 10% da radioatividade foram encontradas nas fezes, 14% na urina e a atividade restante não foi computada. Estudos similares em cães mostraram que após 9 dias, 30 a 36% da radioatividade foram detectadas na bile e 12 a 17% na urina. Um estudo similar em ratos demonstrou que as concentrações mais altas de radioatividade foram encontradas no pulmão, fígado, baço e rins, duas horas após a injeção.

Modo de usar

- Produto vesicante. - Este medicamento é somente para USO INTRAVENOSO. - Freqüentemente os hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulhas 40x12, que aumentam a incidência de pequenos fragmentos de rolha serem levados para dentro do frasco durante o procedimento. Agulhas 30x8 ou 25x8, embora dificultem o processo de reconstituição, têm menor probabilidade de carregarem partículas de rolhas para dentro dos frascos. Deve-se, no entanto, sempre inspecionar visualmente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

USO PEDIÁTRICO Em estudos realizados até o momento não foram constatados problemas com relação ao uso deste medicamento por crianças. O esquema de dose para crianças está indicado na seção POSOLOGIA. IDOSOS Apesar de não existirem muitos estudos apropriados sobre a ação do sulfato de vimblastina sobre a população de idosos, a resposta leucopênica pode ser maior em pacientes idosos que sofrem de desnutrição ou úlceras na pele.

Armazenagem

Antes de aberto, manter em geladeira (2 a 8°C), protegido da luz.

Informações

COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA? Sulfato de vimblastina é um medicamento denominado antineoplásico, usado em pacientes com câncer, que bloqueia a divisão das células. QUAIS AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES DESTE MEDICAMENTO? Doença de Hodgkin generalizada; linfoma linfocítico; linfoma histiocítico; micoses fungóides; carcinoma avançado dos testículos; sarcoma de Kaposi; doença de Letterer-Siwe (histiocitose X); coriocarcinoma resistente a outros agentes quimioterápicos; carcinoma de mama que não responde a cirurgia e a terapia hormonal. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Condições que exigem avaliações dos Riscos e Benefícios: Depressão da medula óssea; herpes zoster; varicela; infiltração de células tumorais da medula óssea; diminuição da função hepática; infecção; tratamento anterior com droga citotóxica ou radioterapia; histórico de gota ou de pedra nos rins; sensibilidade ao sulfato de vimblastina; idosos; insuficiência pulmonar; paciente com isquemia cardíaca. “Informe ao médico ou cirurgião-dentista o aparecimento de reações indesejáveis”. “Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica”. “Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento”. “Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde”. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO? Este medicamento é de uso injetável e deve ser aplicado por serviços especializados sob monitoração do médico. “Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.” “Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.” “Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Antes de usar observe o aspecto do medicamento”. QUAIS AS EVENTUAIS REAÇÕES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE CAUSAR? As principais reações são a diminuição dos glóbulos brancos no sangue e a perda de cabelo. Outras reações menos freqüentes são náusea e vômito, dor nos ossos, dor no tumor, dor ou vermelhidão no local da injeção, aumento do ácido úrico ou doença renal, inflamação na língua e diminuição do número de plaquetas. Reações menos freqüentes são sangramento retal, colite hemorrágica, sangramento de úlcera péptica existente e neurotoxicidade caracterizada por dificuldade de andar, tontura, visão dupla, dor de cabeça, dor na mandíbula, depressão mental, formigamento ou dor nos dedos, dor nos testículos e fraqueza. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA GRANDE QUANTIDADE DESTE MEDICAMENTO DE UMA SÓ VEZ? Procurar um hospital ou Centro de Controle de Intoxicação, para tratamento dos sintomas. ONDE E COMO DEVO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO? Velban® (sulfato de vimblastina) deve ser guardado em geladeira (2 a 8ºC), protegido da luz. “Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças”.

Dizeres legais

REGISTRO MS N° 1.5562.0015 Farm. Resp.: Márcia A. Takano – CRF-SP Nº 21.373 Fabricação, Validade e Número do lote, Vide cartucho e rótulo. Fabricado por: Gedeon Richter Ltd. – Budapest Gyömrói út 19-21 – H-1103, Hungria Importado por: ANTIBIÓTICOS DO BRASIL LTDA. Rod. Gal. Milton Tavares de Souza, SP – 332, Km 135 – Cosmópolis – SP CNPJ 05.439.635/0001-03 Indústria Brasileira SAC 0800 7015456 USO RESTRITO A HOSPITAIS VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA

BRASIL LTDA. Rod. Gal. Milton Tavares de Souza, SP – 332, Km 135 – Cosmópolis – SP CNPJ 05.439.635/0001-03 Indústria Brasileira SAC 0800 7015456 USO RESTRITO A HOSPITAIS VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA