As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
ApsenApresentação
Comprimidos revestidos de 350 mg. Caixas com 60 comprimidos.Indicações
O medicamento VÉDICA, extrato seco de Boswellia serrata, está indicado no tratamento de doenças
inflamatórias intestinais, particularmente da colite ulcerativa e doença de Crohn.
Indicações Complementares
Secundariamente o produto VÉDICA (extrato seco de Boswellia serrata) também pode ser recomendado no
tratamento de osteoartrite e artrite reumatóide.Contra-indicações
O produto VÉDICA (extrato seco de Boswellia serrata) é contra-indicado nos casos de hipersensibilidade a Boswellia serrata ou aos componentes da formulação do produto.Advertências
Em pacientes com gastrite ou doença de refluxo
gastroesofágico pré-existente o uso de extratos de Boswellia serrata deve ser cuidadoso, pois refluxo e dor epigástrica têm sido associados com o uso do produto.Uso na gravidez
A goma-resina de Boswellia serrata tem sido reportada em literaturas tradicionais como tendo atividade emenagoga, podendo interferir na gestação. Assim, deve-se evitar o uso durante a gravidez e lactação sem acompanhamento e consentimento do médico responsável.
Amamentação
Não existem informações disponíveis sobre a utilização deste produto por pacientes grávidas ou que estejam amamentando. Segundo estudos, o óleo essencial especificamente não deve ser administrado durante a gravidez nem na lactação.Interações medicamentosas
Interações medicamentosas
Por apresentar o mesmo mecanismo de ação, VÉDICA pode potencializar a ação de outros inibidores de leucotrienos, como produtos à base da espécie antiinflamatória Harpagophytum procumbens ou dos
fármacos zafrilukast e montelukast, que são utilizados no tratamento da asma.
Podem também ocorrer interações medicamentosas de potencialização de efeitos entre o medicamento VÉDICA (Boswellia serrata) e agentes antineoplásicos, agentes
redutores de lipídeos, medicamentos solúveis em gordura e de redução de efeitos entre VÉDICA (Boswellia serrata) e agentes antiinflamatórios não-esteroidais –
inibidores de COX-2 Interações com alimentos
Recentemente, foi avaliada a ingestão conjunta de 786 mg de um extrato seco da goma-resina de Boswellia serrata com uma dieta rica em lipídeos, avaliando os níveis plasmáticos dos principais ativos por mais de 60
horas através de cromatografia líquida de alta eficiência. Os dados obtidos variaram entre os ativos doseados, mas no geral evidenciaram um grande aumento na absorção dos ácidos boswéllicos nos sujeitos tratados concomitantemente com dieta rica em gorduras,
particularmente para o ácido 11-ceto-beta-bosvélico e também para o ácido acetil-11-ceto-beta-bosvélico;
também se verificou um aumento na meia-vida dos ácidos boswéllicos nos pacientes tratados conjuntamente com dieta gordurosa. Esse aumento expressivo está associado à presença dos ácidos biliares, que devem promover o aumento da solubilidade e absorção dos ativos. Em pacientes em jejum os níveis foram bem menores, mesmo tornando indetectáveis dois dos triterpenos utilizados como marcadores do estudo.Reações adversas / Efeitos colaterais
As manifestações obtidas dos estudos clínicos realizados com extratos da goma-resina, incluem efeitos gastrointestinais (ocorrência de queimação retroesternal, náuseas, flatulência abdominal, dor epigástrica, anorexia e dermatite - 6 de 34 pacientes que consumiram o produto) e efeitos sobre a pele (dermatite verificada em 3 de 42 pacientes com osteoartrite e 1 em 20 pacientes com artrite reumatóide, que receberam um medicamento misto com Boswellia e outros ingredientes).
Ocorrência de dermatite foi relatada em 4 de 62 pacientes (6%) em dois estudos clínicos empregando uma
combinação de Boswellia serrata, Curcuma longa, Withania somnifera e complexo de zinco. Embora o efeito da Boswellia isoladamente não seja claro, esta ocorrência pode ser real para esta droga.Posologia
O produto VÉDICA é apresentado na forma de
comprimidos revestidos de 350mg.
VÉDICA deve ser ingerido depois das refeições,
preferencialmente com algum alimento gorduroso, e a
via de administração proposta é a via oral, com o auxílio
de quantidade suficiente de líquido.
Adultos: A posologia recomendada de extrato seco de Boswellia serrata 350 mg é de um comprimido três vezes ao dia, por pelo menos seis semanas.Superdosagem
Em altas doses pode ocasionar neurotoxicidade, paresia gástrica e aborto.
Em caso de ingestão acidental de uma grande quantidade deste medicamento de uma só vez, o médico deverá ser contatado urgentemente ou o paciente deverá ser encaminhado ao pronto atendimento mais próximo para procura de socorro médico.Informações
O extrato da goma resina de Boswellia serrata inibe a produção de leucotrienos in vitro através da ação direta sobre a 5-lipoxigenase, uma enzima chave para a produção de leucotrienos.
Os ácidos boswellicos isolados foram identificados como principais agentes biológicos na inibição da 5-
lipoxigenase por se ligarem diretamente à enzima, mas não afetaram a 12-lipoxigenase ou cicloxigenase. Uma mistura de ácidos acetil-boswellicos extraídos da gomaresina
inibiu a liberação de leucotrienos B4 e C4 a partir de neutrófilos e leucócitos polimorfonucleares humanos. O ácido 3-acetil-11-ceto--boswellico (AKBA) foi o mais potente na inibição de leucotrienos, sendo considerado seu princípio ativo mais relevante. A formação de prostaglandinas não foi significativamente inibida.
O estudo da goma-resina de Boswellia serrata e Boswellia carterii na inibição da 5-lipoxigenase de leucócitos humanos constatou que o ácido 3-acetil-11-ceto--boswellico atua seletivamente no sítio triterpeno pentacíclico desta enzima que é diferente dos sítios de ligação dos substratos do ácido araquidônico. Foi observado que o anel triterpeno pentacíclico é crucial para
a ligação com a enzima, onde o grupo funcional é o 11-ceto.
SAILER e colaboradores (1996) estudaram os efeitos dos grupos funcionais do ácido 3-acetil-11-ceto--boswellico e seus análogos sintéticos na inibição da 5-lipoxigenase de neutrófilos de ratos. O resultado revelou que o grupo carboxílico combinado com o grupo 11-ceto é essencial para a inibição da enzima; outros experimentos demonstraram que pequenas modificações na estrutura
podem causar perda da afinidade com a enzima e conseqüente diminuição da atividade farmacológica.
Verificou-se também que a goma-resina de Boswellia serrata bloqueou a biossíntese de leucotrienos em
granulócitos neutrófilos (AMMON, 1991 in ALTMEDDEX
EVALUATIONS, 2006). Outros estudos revelaram que os ácidos boswellicos exibem inibição não-competitiva, direta e não-redox na 5-lipoxigenase. Esta propriedade não-redox é relevante, pois a atividade da enzima 5-lipoxigenase é sensível a antioxidantes e capturadores de radicais livres em geral. Inibidores redoxes dessas classes são inespecíficos e não seletivos, podendo ocasionar uma
variedade de efeitos colaterais se aplicados in vivo; além disso, alguns dos inibidores da lipoxigenase do tipo redox são degradados a metabólicos reativos, aumentando ainda mais o risco de efeitos indesejáveis (SAFAYHI et al., 1996).
Os ácidos boswellicos inibiram a síntese de leucotrienos (de uma maneira concentração-dependente) depois que os grânulos de neutrófilos peritoniais foram estimulados com cálcio ionóforo A23187. Este resultado também foi positivo para o ácido 3-acetil-11-ceto--boswellico, o mais potente componente entre os ácidos boswellicos. Estes ácidos também foram testados para se verificar se atuam
também como antioxidantes, porém este não foi o caso (AMMON, 1996).
Outro ingrediente relevante no mecanismo de ação deste produto é sua propriedade de inibir a enzima elastase leucocitária e do complemento, complementando a ação antiinflamatória, comprovadas em diversos modelos animais (SAFAYHI et al., 1997; KNAUS e WAGNER, 1996; SINGH et al., 1996; RALL et al., 1996). elastase leucocitária e do complemento, complementando a ação antiinflamatória, comprovadas em diversos modelos animais (SAFAYHI et al., 1997; KNAUS e WAGNER, 1996; SINGH et al., 1996; RALL et al., 1996).