Bulas de Remédios
As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Uxalun
Laboratório
SandozApresentação
Pó liófilo para infusão intravenosa.Uxalun ™ 50 mg. Embalagem contendo 1 frasco-ampola com 50 mg de oxaliplatina.
Uxalun ™ 100 mg. Embalagem contendo 1 frasco-ampola com 100 mg de oxaliplatina.
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de 50 mg contém:
oxaliplatina ................................................................................................................. 50,0 mg
lactose q.s.p. ............................................................................................................. 500,0 mg
Cada frasco-ampola de 100 mg contém:
oxaliplatina ............................................................................................................... 100,0 mg
lactose q.s.p. ........................................................................................................... 1000,0 mg
Indicações
Uxalun ™ (oxaliplatina) é indicado no tratamento do câncer colorretal metastático em associação às fluoropirimidinas. Uxalun ™ (oxaliplatina) pode também ser administrada a pacientes que não toleram fluoropirimidinas.Contra-indicações
Uxalun ™ (oxaliplatina) é contraindicado nos seguintes casos:- Pacientes com história de hipersensibilidade a derivados de platina;
- Pacientes que apresentam histórico de mielosupressão antes da primeira administração de oxaliplatina;
- Pacientes que apresentam neuropatia periférica sensitiva com problemas funcionais antes da primeira administração do oxaliplatina;
- Pacientes que estejam grávidas ou amamentando. Não existem dados clínicos consistentes sobre a segurança do uso da oxaliplatina em mulheres grávidas ou em período de amamentação. Como qualquer citostático, a oxaliplatina pode ter efeito tóxico para o feto e para o lactente e, portanto, está contraindicada durante a gravidez e a lactação.
Advertências
Uxalun ™ (oxaliplatina) deve ser administrado somente em centros médicos especializados no uso de agentes antineoplásicos e sob supervisão de um médico capacitado, com experiência na utilização de quimioterapia antineoplásica.A tolerabilidade neurológica à oxaliplatina deve ser monitorada cuidadosamente, especialmente quando Uxalun ™ (oxaliplatina) for associada a outros medicamentos com toxicidade neurológica potencial.
A neuropatia periférica sensorial é caracterizada por disestesia e/ou parestesia das extremidades com ou sem câimbras, frequentemente desencadeada pelo frio. A duração destes sintomas, os quais usualmente regridem entre os intervalos de tratamento, aumenta com o número de ciclos de tratamento.
O aparecimento de um princípio de dor e/ou distúrbios funcionais são indicativos, dependendo da duração dos sintomas, da necessidade de ajustes de dose, ou mesmo da descontinuidade do tratamento.
Os distúrbios funcionais incluem dificuldades em realizar movimentos delicados e possível consequência da ocorrência de problemas sensoriais. Sinais e sintomas neurológicos aumentam, na maioria dos casos, quando o tratamento é descontinuado. O risco de ocorrência de distúrbio funcional para doses cumulativas de aproximadamente 800 mg/m2 (i.e. 10 ciclos) é de 15% ou menos.
Se a parestesia persistir durante o intervalo de dois ciclos de tratamento ou se problemas funcionais estiverem presentes, é recomendada uma redução de 25% na dose (i.e. 100 mg/m2). Se estes sintomas ainda persistirem ou piorarem, é recomendada a descontinuação da administração da oxaliplatina.
A toxicidade gastrintestinal da oxaliplatina (náuseas e vômitos) justifica o uso de terapia profilática e/ou terapêutica com antieméticos.
Caso ocorra toxicidade hematológica (leucócitos < 2000/mm3 ou plaquetas < 50.000/mm3), a administração do próximo ciclo terapêutico deve ser adiada até que os valores hematológicos retornem a níveis aceitáveis. Proceder a avaliação do hemograma antes de iniciar o tratamento e antes de cada novo ciclo. Realizar exame neurológico antes do tratamento e repetir periodicamente.
Pacientes com histórico de reações alérgicas aos compostos de platina devem ser monitorados. No caso de uma reação do tipo anafilática à oxaliplatina, a infusão deve ser imediatamente descontinuada e o tratamento apropriado deve ser iniciado. Uma nova administração de oxaliplatina é contraindicada nestes casos.
Gravidez: Os estudos realizados não fornecem informações sobre a segurança do uso da oxaliplatina em mulheres grávidas. Baseado em dados clínicos, a oxaliplatina parece ser letal e/ou teratogênica ao feto humano nas doses terapêuticas recomendadas, e, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento. A oxaliplatina somente deverá ser considerada após uma rigorosa avaliação do paciente e o do risco para o feto.
Lactação: A excreção da oxaliplatina no leite materno não foi estudada. Portanto, a amamentação é contraindicada durante a terapia com oxaliplatina.
Dados de segurança pré-clínicos:
Os órgãos alvo identificados em estudos pré-clínicos (conduzidos em camundongos, ratos, cães e/ou macacos) com a administração de doses únicas ou múltiplas ™ (oxaliplatina), incluíram a medula óssea, o sistema gastrintestinal, o fígado, o sistema nervoso e o coração. A toxicidade do Uxalun ™ (oxaliplatina), observada nos órgãos alvos de animais, é consistente com a toxicidade produzida por outras drogas contendo platina e danificadoras de DNA e drogas citotóxicas usadas no tratamento de cânceres humanos, com exceção dos efeitos produzidos no coração.
Os eventos cardíacos foram observados somente em cães e incluem a ocorrência de distúrbios eletrofisiológicos como fibrilação ventricular letal. A ocorrência de cardiotoxicidade é considerada específica do cão, não somente porque isso foi observado somente em cães, mas também porque doses similares àquelas que produziram cardiotoxicidade letal em cães (150 mg/m2) foram bem toleradas em humanos.
Mutagenicidade, carcinogenicidade:
A oxaliplatina foi mutagênica e clastogênica em sistemas de testes com mamíferos e produziu toxicidade embrio-fetal em ratos. A oxaliplatina é considerada um carcinógeno provável, embora estudos carcinogênicos não tenham sido realizados.
Interações medicamentosas
Devido à incompatibilidade com cloreto de sódio e com soluções básicas (em particular a 5-fluoruracila e o trometanol), a oxaliplatina não deve ser misturada com estas substâncias ou administrada pela mesma via venosa. Deve-se evitar o uso de materiais de administração intravenosa contendo alumínio.Não se observa in vitro deslocamento da oxaliplatina de suas ligações proteicas por ação das seguintes substâncias: eritromicina, salicilatos, granisetrona, paclitaxel e valproato de sódio. Foi constatada sinergia in vivo com a 5-fluorouracila, tanto no homem como em animais de laboratório.
Os efeitos da oxaliplatina na farmacocinética da fluoruracila (na presença do ácido folínico) são incosistentes. Enquanto uma infusão de oxaliplatina 85 mg/m2 por duas horas não afeta os parâmetros farmacocinéticos de fluoruracila, outro estudo descreveu aumento significativo dos níveis plasmáticos de fluoruracila quando oxaliplatina 130 mg/m2 foi adicionada no regime. Um terceiro estudo relatou que o padrão de eliminação linear foi aumentado e a AUC de fluoruracila diminuiu (p = 0,05 para ambos os parâmetros), na presença de oxalipaltina. As propriedades farmacocinéticas da oxaliplatina não foram afetadas pelo fluoruracila.
Não foram relatadas interações farmacocinéticas entre oxaliplatina 85 ou 110 mg/m2 e irinotecano 150 a 250 mg/m2, durante a coadministração. De modo semelhante, a farmacocinética da oxaliplatina 85 mg/m2 e da topotecana 0,5 mg/m2 não foram afetadas quando estes agentes foram administradas em conjunto. Doses elevadas de raltitrexede ( 3 a 3,75 mg/m2) parecem não afetar as propriedades farmacocinéticas da oxalipaltina 130 mg/m2. Todavia, em outro estudo, o clearance de oxaliplatina pareceu aumentar e a meia-vida terminal diminuiu em aproximadamente 87% e 36%, respectivamente, durante a coadministração com raltitrexede.
Reações adversas / Efeitos colaterais
Sistema hematopoiético: oxaliplatina é pouco hematotóxica. Quando em monoterapia, pode causar os seguintes efeitos indesejáveis: anemia, leucopenia, granulocitopenia e trombocitopenia, às vezes de graus 3 ou 4 (grau 4: neutrófilos < 500/mm3, plaquetas < 25.000/mm3, hemoglobinas < 6,5 g%). A associação com 5-fluorouracila aumenta a toxicidade quanto neutropenia e à trombocitopenia.Sistema digestivo: administrada em monoterapia, oxaliplatina pode causar náuseas, vômitos e diarreia, às vezes graves. A associação com 5-fluorouracila aumenta claramente a frequência desses efeitos.
Aconselha-se o uso profilático e/ou terapêutico de um antiemético potente.
Sistema nervoso: observa-se com frequência neuropatias periféricas sensitivas, caracterizadas por parestesias das extremidades. Podem ser acompanhadas de cãibras, de disestesias da região perioral e laringe, podendo mesmo simular quadro clínico de espasmos de laringe sem substrato anatômico, reversível espontaneamente e sem sequelas. Tais manifestações são frequentemente provocadas ou agravadas por temperaturas baixas. As parestesias geralmente regridem entre os ciclos de tratamento, mas podem tornar-se permanentes e provocar distúrbio funcional após dose acumulada, geralmente superior a 800 mg/m2 (6 ciclos). A neurotoxicidade regride ou desaparece em mais de 3/4 dos pacientes nos meses que se seguem à interrupção do tratamento. A ocorrência de parestesias espontaneamente reversíveis não requer adaptação da dose nos eventuais novos ciclos de tratamento. Entretanto, aconselha-se adaptar a posologia da oxaliplatina em função da duração e da gravidade dos sintomas neurológicos observados. Em caso de parestesias persistentes entre dois ciclos, de parestesias dolorosas e/ou de início de comprometimento funcional, recomenda-se reduzir em 25% a dose de oxaliplatina; caso a sintomatologia se mantenha ou se agrave, a despeito da redução da dose, aconselha-se interromper o tratamento. A critério médico, o tratamento poderá ser reiniciado na dose padrão ou com dose reduzida, após a regressão total ou parcial dos sintomas. Outros efeitos foram observados, em caráter excepcional: episódios de febre, erupção cutânea e mal-estar. Não se constatou ocorrência de alopecia ou toxicidade auditiva, renal, hepática ou cardíaca, por ocasião dos estudos clínicos.
Posologia
A dose recomendada ™ (oxaliplatina) é de 130mg/m2, seja em monoterapia ou em associação com outro quimioterápico. Essa dose deve ser repetida a intervalos de três semanas, caso não ocorram sinais e sintomas de toxicidade importante. Uxalun ™ (oxaliplatina) é geralmente administrado em infusão intravenosa de curta duração (duas a seis horas), diluído em 250 mL a 500mL de solução de glicose 5%.A dosagem pode ser modificada em função da tolerabilidade, particularmente neurológica. Uxalun ™ (oxaliplatina) deve ser sempre administrado antes das fluoropirimidinas, em caso de terapia combinada.
Superdosagem
Não se conhece antídoto específico para a oxaliplatina. Em casos de superdose, deve-se esperar uma exacerbação dos efeitos adversos. O monitoramento dos parâmetros hematológicos deve ser iniciado juntamente com o tratamento sintomático de outras manifestações de toxicidade.Características farmacológicas
FarmacodinâmicaA oxaliplatina pertence a uma nova classe de sais da platina, na qual o átomo central de platina é envolvido por um oxalato e um 1,2-diaminociclohexano (DACH) em posição trans. A oxaliplatina é um esteroisômero. Assim como os outros derivados de platina, a oxaliplatina atua sobre o DNA, formando ligações alquil que levam a formação de pontes inter e intrafilamentos, inibindo a síntese e a formação posterior de novas moléculas de DNA. A cinética de ligação da oxaliplatina com o DNA é rápida, ocorrendo no máximo em 15 minutos, enquanto que com a cisplatina essa ligação é bifásica, com uma fase tardia após 4 a 8 horas. No homem, observou-se presença dos complexos de inclusão nos leucócitos uma hora após a administração. A replicação e posterior separação do DNA são inibidas, da mesma forma que, secundariamente, é inibida a síntese do RNA e das proteínas celulares. A oxaliplatina é eficaz sobre certas linhas de tumores resistentes à cisplatina.
Farmacocinética
O pico plasmático de platina total é de 5,1 ± 0,8 μg e a área sob a curva de 1 a 48 horas é de 189 ± 45 μg/mL/h, após administração por 2 horas de perfusão venosa de 130 mg/m2 de oxaliplatina. Ao final da perfusão, 50% da platina estão fixados nos eritrócitos e 50% se encontram no plasma, sendo que 25% na forma livre e 75% ligados às proteínas plasmáticas. A ligação às proteínas aumenta progressivamente, estabilizando-se em 95% no quinto dia após a administração. A eliminação é bifásica, com meia-vida terminal de cerca de 40 horas. Um máximo de 50% da dose administrada é eliminada na urina em 48 horas, e 55% ao fim de 6 dias. A excreção fecal é pequena (5% da dose ao final de 11 dias). Não há necessidade de adaptação posológica nos pacientes com insuficiência renal, pois apenas a depuração da platina ultrafiltrável se mostrou diminuída nesses pacientes, não ocorrendo, portanto, aumento da toxicidade. A eliminação da platina dos eritrócitos é bastante lenta: no 22° dia o nível de platina intra-eritrocitária corresponde a 50% da concentração plasmática máxima, sendo que a maior parte da platina plasmática já foi eliminada nesse período. Ao longo do curso de ciclos sucessivos de tratamento, observou-se que não há aumento significativo dos níveis plasmáticos de platina total e ultrafiltrável, enquanto que há um acúmulo nítido e precoce da platina eritrocitária. Em animais de laboratório, a oxaliplatina demonstra o perfil de toxicidade geral característica dos complexos da platina.
Entretanto, nenhum órgão-alvo em particular foi identificado, a não ser a cardiotoxicidade no cão, própria desta espécie de animal. Digno de nota é que a oxaliplatina não apresenta a nefrotoxicidade da cisplatina nem a mielotoxicidade da carboplatina.
Modo de usar
A reconstituição da solução ™ (oxaliplatina) e a sua manipulação devem obedecer aos cuidados especiais preconizados para todos os medicamentos citotóxicos. Uxalun ™ (oxaliplatina) deve ser reconstituído e diluído antes do uso. A preparação da solução deve ser feita por um especialista treinado, em condições que garantam a proteção do ambiente bem como o manuseio pessoal de fármacos.A reconstituição da solução deve ser realizada somente com água para injetáveis ou solução de glicose a 5%:
- Uxalun ™ (oxaliplatina) 50mg: adicionar ao produto liofilizado 10 mL a 20 mL de solvente para obter uma concentração final de 5,0mg/mL a 2,5 mg/mL de oxaliplatina, respectivamente;
- Uxalun ™ (oxaliplatina) 100mg: adicionar ao produto liofilizado 20 mL a 40 mL de solvente para obter uma concentração final de 5,0mg/mL a 2,5 mg/mL de oxaliplatina, respectivamente;
As soluções reconstituídas podem ser conservadas no frasco original por 48 horas no frasco original em uma temperatura controlada (temperatura entre 2° a 8°C). Para infusão do produto, as soluções reconstituídas devem ser subsequentemente diluídas em 250 mL ou 500 mL de solução de glicose 5 %.
Essas novas soluções podem ser estocadas por 24 horas em temperatura inferior a 25°C. A inutilização das sobras do medicamento e de todo o material que entre em contato com o mesmo deve obedecer às recomendações vigentes para o tratamento de resíduos citotóxicos.
Recomendações especiais
Qualquer solução reconstituída mostrando evidência de precipitação não deve ser usada e deve ser descartada seguindo os procedimentos descritos para o descarte de resíduos citotóxicos.
Caso o concentrado de oxaliplatina ou a solução reconstituída para infusão entrem em contato com a pele ou com membranas mucosas, deve-se lavar e enxaguar a região atingida imediatamente com água corrente em abundância.
Uxalun ™ (oxaliplatina) não deve ser usado em associação com drogas, soluções alcalinas ou cloretos, incluindo cloreto de sódio, em qualquer concentração.
Uxalun ™ (oxaliplatina) não deve ser misturado com outros medicamentos.
Uxalun ™ (oxaliplatina) pode ser degradado, caso entre em contato com alumínio.
Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Pacientes idosos: os estudos realizados com oxaliplatina em pacientes idosos não encontraram diferença entre os efeitos da droga em pacientes idosos, quando em comparação com pacientes jovens.Uso em Crianças: até o dado momento, a eficácia e segurança do uso de oxaliplatina em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.
Gravidez e lactação: não existem dados disponíveis sobre a segurança do uso de oxaliplatina em mulheres grávidas ou em período de amamentação. Como qualquer citostático, oxaliplatina pode ter efeito tóxico para o feto e para o lactente, e, portanto está contraindicada durante a gravidez e a lactação.
Armazenagem
Conservar este medicamento em sua embalagem original até o uso. Conservar em temperatura inferior a 25°C. Proteger da luz.Dizeres legais
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICAUSO RESTRITO A HOSPITAIS
“Para sua segurança, não descarte a bula e o cartucho até o uso total deste medicamento”.
Lote, data de fabricação e data de validade: vide cartucho.
Reg. M.S.: 1.0047.0418
Farm. Resp.: Luciana A. Perez Bonilha
CRF-PR nº 16.006
TM = Marca depositada em nome de Novartis AG, Basiléia, Suíça
Fabricado por:
Sandoz S.A.
Rua Crámer 4130
Buenos Aires - Argentina
Uma empresa do grupo Novartis.
Importado por:
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda.
Rod. Celso Garcia Cid (PR-445), Km 87, Cambé-PR
CNPJ: 61.286.647/0001-16 - Indústria Brasileira
rtis.
Importado por:
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda.
Rod. Celso Garcia Cid (PR-445), Km 87, Cambé-PR
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