Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Apresentação

Cápsula contendo pó para inalação: embalagem com 30 cápsulas e embalagens com 10 e 30 cápsulas acompanhadas de HandiHaler. Cada cáps. contém: Tiotrópio 18 mcg (Correspondente a 22,5 mcg de brometo monoidratado.)

Indicações

SPIRIVA é indicado para o tratamento de manutenção de pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC - incluindo bronquite crônica e enfisema), da dispnéia associada, e para a prevenção de exacerbações.

Contra-indicações

SPIRIVA pó para inalação é contra-indicado a pacientes com história de hipersensibilidade à atropina ou a seus derivados, p.ex. ipratrópio ou oxitrópio, ou a qualquer componente que faça parte da sua formulação.

Advertências

SPIRIVA é um broncodilatador de manutenção de dose única diária e não deve ser utilizado para o tratamento de resgate em episódios agudos de broncoespasmo. Após a administração de SPIRIVA em pó para inalação podem ocorrer reações de hipersensibilidade imediatas. Assim como outros fármacos anticolinérgicos, SPIRIVA deve ser utilizado com cautela em pacientes com glaucoma de ângulo fechado, hiperplasia prostática ou obstrução do colo vesical. Medicamentos inalatórios podem provocar o aparecimento de broncoespasmo paradoxal. Assim como outros fármacos excretados predominantemente por via renal, a administração de SPIRIVA deve ser monitorada cuidadosamente em pacientes com comprometimento moderado a grave da função renal (depuração de creatinina =< 50 ml/min). Os pacientes devem ser instruídos quanto à correta administração das cápsulas de SPIRIVA. Eles devem ser alertados no sentido de evitar o contato do fármaco com os olhos. Dor ou desconforto nos olhos, visão embaçada, visão de halos ou imagens coloridas em associação com olhos avermelhados decorrentes de congestão conjuntiva e edema de córnea podem ser sinais de glaucoma de ângulo fechado. Desenvolvendo-se qualquer desses sintomas, os pacientes devem procurar um especialista imediatamente. Soluções mióticas não são consideradas um tratamento efetivo. SPIRIVA não deve ser utilizado mais do que uma vez ao dia. As cápsulas de SPIRIVA devem ser usadas somente com o HANDIHALER que acompanha o produto. Este produto contem 5,5 mg de lactose monoidratada por cápsula.

Uso na gravidez

Não existem dados clínicos disponíveis do uso em gestantes. Em doses terapêuticas, estudos em animais não indicaram efeitos prejudiciais diretos ou indiretos na gravidez, no desenvolvimento embrionário/fetal, no trabalho de parto ou no desenvolvimento pós-natal. Não existem dados clínicos disponíveis de uso em mulheres lactantes. Baseado em estudos em roedores lactantes, uma pequena quantidade é excretada no leite. Por essa razão, SPIRIVA não deve ser usado em gestantes ou lactantes a menos que a relação risco/benefício compense qualquer risco possível para o feto ou bebê. O brometo está classificado na categoria de risco C na gravidez. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Interações medicamentosas

Embora não se tenham realizado estudos para avaliar eventuais interações medicamentosas, o brometo tem sido utilizado concomitantemente com outros medicamentos, comumente utilizados no tratamento de DPOC, incluindo broncodilatadores simpaticomiméticos, metilxantinas, esteróides orais e inalatórios sem evidência clínica de interações medicamentosas. Informações limitadas sobre a co-administração de outros fármacos anticolinérgicos com SPIRIVA estão disponíveis em dois estudos clínicos: a administração aguda de uma única dose de brometo de ipratrópio com SPIRIVA administrado cronicamente em pacientes com DPOC (n=64) e voluntários sadios (n=35) não foi associada a um aumento dos eventos adversos, alterações nos sinais vitais ou achados eletrocardiográficos. Entretanto, a administração crônica de outros fármacos anticolinérgicos com SPIRIVA não foi estudada e, portanto, não é recomendada.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Muitos dos efeitos indesejáveis listados podem ser atribuídos às propriedades anticolinérgicas de SPIRIVA. As reações adversas foram identificadas a partir de dados obtidos de estudos clínicos e de reportes espontâneos durante o uso do medicamento após introduzido no mercado. A base de dados provinda de estudos clínicos incluem 9.149 pacientes tratados com Tiotrópio de 26 estudos clínicos controlados por placebo com períodos de tratamento variando de 4 semanas a 4 anos, com a contribuição de 11.958 pessoas-ano de exposição ao Tiotrópio. Reações adversas comuns (>= 1/100 e < 1/10) Distúrbios gastrintestinais: boca seca, em geral leve. Reações adversas incomuns (>= 1/1000 e < 1/100) Distúrbios do sistema nervoso: vertigem. Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: disfonia, broncoespasmo, tosse, e faringite. Distúrbios gastrintestinais: estomatite. Reações adversas raras (>= 1/10000 e <1/1000) Distúrbios do sistema nervoso: insônia. Distúrbios oculares: visão embaçada, pressão intraocular aumentada. Distúrbios cardíacos: taquicardia, palpitações. Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: epistaxe, laringite, sinusite. Distúrbios gastrintestinais: constipação, doença de refluxo gastroesofágico (Dispepsia), gengivite, glossite, candidíase orofaríngea. Alterações do tecido subcutâneo e da pele e distúrbios do sistema imune: erupção cutânea, urticária, prurido, reações de hipersensibilidade (incluindo reações imediatas). Distúrbios renais e urinários: dificuldade de urinar e retenção urinária (normalmente em homens com fatores predisponentes), infecção do trato urinário. Freqüência desconhecida* Distúrbios do metabolismo e nutrição: desidratação. Distúrbios oculares: glaucoma. Distúrbios cardíacos: taquicardia supraventricular, fibrilação atrial. Distúrbios gastrintestinais: obstrução intestinal, incluindo íleo paralítico, disfagia. Alterações do tecido subcutâneo e da pele e distúrbios do sistema imune: edema angioneurótico, infecção e úlcera de pele, pele seca. Distúrbios do tecido muscoesquelético e conectivo: edema articular. * freqüência desconhecida, reações adversas a medicamentos não observadas em 5.437 pacientes.

Posologia

Cada cápsula para inalação contém 18 mcg, correspondentes a 22,5 mcg de brometo monoidratado e a 21,7 mcg de brometo. A dosagem recomendada é a inalação do conteúdo de uma cápsula de SPIRIVA uma vez ao dia, com o auxílio do HANDIHALER, sempre no mesmo horário. As cápsulas de SPIRIVA não devem ser deglutidas. Pacientes idosos podem utilizar SPIRIVA nas doses recomendadas. Pacientes com função renal comprometida podem utilizar SPIRIVA nas doses recomendadas. Entretanto, assim como com outros fármacos excretados predominantemente por via renal, o uso de SPIRIVA deve ser monitorado cuidadosamente em pacientes com comprometimento moderado a grave da função renal. Pacientes com função hepática comprometida podem utilizar SPIRIVA nas doses recomendadas. A segurança e eficácia, pó para inalação, não foi estabelecida em pacientes pediátricos e, portanto, SPIRIVA não deve ser utilizado em crianças. Conduta em caso de esquecimento de dose Se o paciente não tomar uma dose, deve tomá-la assim que se lembrar, entretanto não deve tomar duas doses ao mesmo tempo ou no mesmo dia. Depois deve prosseguir com o tratamento, tomando SPIRIVA no próximo dia na dose e horário habituais.

Superdosagem

Altas doses de SPIRIVA podem levar a sinais e sintomas anticolinérgicos. Entretanto, não ocorreram reações adversas anticolinérgicas sistêmicas após inalação de dose única de até 282 mcg por voluntários sadios. Observou-se conjuntivite bilateral em associação com boca seca, após repetidas inalações de doses únicas diárias de 141 mcg em voluntários sadios, que foram resolvidas durante o tratamento. A única reação adversa atribuída ao Tiotrópio, em estudos com múltiplas doses em pacientes com DPOC recebendo uma dose diária máxima de 36 mcg durante quatro semanas, foi boca seca. A ocorrência de intoxicação aguda pela ingestão oral de cápsulas é improvável, devido à baixa biodisponibilidade oral.

Características farmacológicas

SPIRIVA tem como princípio ativo o brometo, que é um agente antimuscarínico específico de longa duração, comumente denominado na prática médica de anticolinérgico. O Tiotrópio apresenta afinidade similar aos receptores muscarínicos dos subtipos M1 ao M5. A inibição de receptores M3 do músculo liso provoca relaxamento nas vias aéreas. A natureza competitiva e reversível do antagonismo foi demonstrada por meio de receptores de origem humana e animal e em preparações de órgãos isolados. Nos estudos préclínicos in vitro e in vivo, os efeitos broncoprotetores foram dose-dependentes e perduraram por mais de 24 horas. A longa duração do efeito é provavelmente devida à dissociação muito lenta dos receptores M3, exibindo uma meia-vida de dissociação significativamente maior que a observada com o ipratrópio. Por ser um anticolinérgico amônio quaternário, o Tiotrópio é topicamente (bronco-) seletivo quando administrado por inalação, demonstrando uma margem terapêutica aceitável antes de causar efeitos anticolinérgicos sistêmicos. A dissociação dos receptores M2 é mais rápida que a dos receptores M3; em estudos funcionais in vitro, esta particularidade apresentou-se como uma seletividade (controlada cineticamente) ao subtipo de receptor M3 em relação ao M2. A alta potência e lenta dissociação do receptor promovem broncodilatação significante e de longa duração nos pacientes com DPOC. A broncodilatação observada após a inalação é fundamentalmente um efeito local (nas vias aéreas) e não um efeito sistêmico. O programa de desenvolvimento clínico abrangeu quatro estudos de um ano e dois estudos de seis meses de duração, randomizados, duplo cegos com 2663 pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC (1308 recebendo SPIRIVA). O programa de um ano compreendeu dois estudos controlados por placebo e dois controlados por ipratrópio. Os dois estudos de seis meses foram controlados por salmeterol e por placebo. Estes estudos incluíram avaliação da função pulmonar, da dispnéia, das exacerbações da DPOC e da qualidade de vida relacionada à saúde avaliadas pelos próprios pacientes. Nos estudos supracitados, SPIRIVA administrado uma vez ao dia proporciona melhora significativa da função pulmonar (volume expiratório forçado no 1º segundo - VEF1 e capacidade vital forçada - CVF) dentro de 30 minutos após a primeira dose e que se mantém por 24 horas. O estado de equilíbrio farmacodinâmico foi alcançado no prazo de uma semana e a broncodilatação máxima foi observada no terceiro dia. SPIRIVA melhorou significativamente o PFE (Pico de Fluxo Expiratório) matutino e vespertino conforme avaliado pelos registros diários dos pacientes. A melhora na função pulmonar com SPIRIVA foi demonstrada durante todo o período de administração nos seis estudos de longo prazo (figuras 1 – 3). Esta melhora foi mantida sem evidência de taquifilaxia. Figura 1: VEF1 médio ao longo do tempo (antes a após administração da droga estudada) nos dias 1 e 344 em 2 estudos placebo-controlados de 1 ano* (vide bula original) Um estudo randomizado, controlado por placebo em 105 pacientes com DPOC, demonstrou que a broncodilatação foi mantida durante o intervalo de 24 horas entre as doses, comparado com placebo, independentemente de SPIRIVA ter sido administrado pela manhã ou à noite. Observaram-se os seguintes efeitos relacionados à saúde nos estudos de DPOC com uma duração de até um ano: SPIRIVA melhorou significativamente a dispnéia (avaliada pelo Índice de Dispnéia Transicional de Mahler); esta melhora foi mantida durante o período de tratamento. SPIRIVA reduziu significativamente o número de exacerbações de DPOC e retardou o tempo até a primeira exacerbação em comparação com o placebo. Demonstrou-se que SPIRIVA melhorou significativamente a qualidade de vida relacionada à saúde, por meio do Questionário Respiratório St. George. Esta melhora foi mantida durante o período de tratamento. Além disso, nos estudos de um ano de duração controlados por placebo, SPIRIVA reduziu significativamente o número de hospitalizações associadas às exacerbações de DPOC e retardou o tempo até a primeira hospitalização. O impacto da melhora na dispnéia em atividades funcionais foi investigado em dois estudos randomizados, duplo cegos controlados por placebo, em pacientes com DPOC. Nesses estudos SPIRIVA melhorou significantemente a tolerância ao exercício limitada por sintomas em 19,7% e 28,3% comparado com o placebo. Em um estudo desenhado para avaliar o intervalo QT envolvendo 53 voluntários sadios, SPIRIVA 18 mcg e 54 mcg (isto é, três vezes a dose terapêutica) administrado por 12 dias não prolongou os intervalos QT do ECG. Farmacocinética O Tiotrópio é um composto de amônio quaternário, pouco solúvel em água, administrado pela inalação do pó seco. Muitos dos dados farmacocinéticos descritos a seguir foram obtidos com doses superiores às recomendadas na terapia. Absorção: Após inalação do pó seco por voluntários sadios jovens, a biodisponibilidade absoluta de 19,5% sugere que a parcela que atinge os pulmões é altamente biodisponível. Devido à estrutura química da molécula (composto de amônio quaternário) espera-se que o Tiotrópio seja pouco absorvido pelo trato gastrintestinal. Da mesma forma, não é de se esperar que ocorra influência do alimento na absorção do Tiotrópio. As soluções orais de Tiotrópio têm biodisponibilidade absoluta de 2-3%. As concentrações plasmáticas máximas foram alcançadas 5 minutos após a inalação. Distribuição: Uma parcela de 72% do Tiotrópio liga-se às proteínas plasmáticas e o volume de distribuição é de 32 l/kg. A concentração plasmática máxima de Tiotrópio no estado de equilíbrio, nos pacientes com DPOC, foi de 17 – 19 pg/ml quando determinada 5 minutos após a inalação de 18 mcg do pó seco e diminuiu rapidamente de maneira multi-compartimental. A concentração plasmática mínima, no estado de equilíbrio, foi de 3 – 4 pg/ml. Não se conhecem concentrações pulmonares locais, entretanto, o modo de administração sugere concentrações substancialmente superiores no pulmão. Estudos em ratos demonstraram que o Tiotrópio não atravessa a barreira hemato-encefálica em qualquer nível relevante. Metabolização: O grau de metabolização do fármaco é pequeno. Este fato é evidenciado pela excreção urinária de 74% da substância não modificada após administração de dose intravenosa em voluntários sadios jovens. O Tiotrópio é um éster clivado de maneira não-enzimática ao álcool N-metilescopina e ácido ditienilglicólico e nenhum destes se liga aos receptores muscarínicos. Estudos in vitro com microssomos hepáticos e hepatócitos humanos sugerem que uma parcela do fármaco (<20% da dose administrada por via intravenosa) é metabolizada pela oxidação dependente de citocromo P450 e subseqüente conjugação glutatiônica para uma variedade de metabólitos de fase II. Esta via enzimática pode ser inibida pelos inibidores do CYP450 2D6 (e 3A4), quinidina, cetoconazol e gestodeno. Dessa forma, o CYP450 2D6 e 3A4 estão envolvidos na via metabólica responsável pela eliminação de pequena parte da dose. O Tiotrópio, mesmo em concentrações superiores às consideradas terapeuticamente ativas, não inibe o citocromo P450 1A1, 1A2, 2B6, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 ou 3A nos microssomos hepáticos humanos. Eliminação: A meia-vida de eliminação terminal do Tiotrópio é de 5 a 6 dias após a inalação. A depuração total é de 880 ml/min após dose intravenosa em voluntários sadios jovens, com uma variação de 22% entre os indivíduos. O Tiotrópio administrado por via intravenosa é excretado principalmente na forma não metabolizada pela urina (74%). A excreção urinária é de 14% da dose após inalação do pó seco, sendo que o restante permanece principalmente como droga não absorvida no intestino que é eliminada pelas fezes. A depuração renal do Tiotrópio excede a depuração da creatinina, indicando secreção na urina. Após inalação crônica de dose única diária em pacientes com DPOC, o estado de equilíbrio farmacocinético foi alcançado após 2 - 3 semanas sem ocorrência posterior de acumulação. Linearidade/não-linearidade: O Tiotrópio demonstra farmacocinética linear na faixa terapêutica após administração intravenosa e inalação do pó seco.

Resultados de eficácia

Casaburi e cols(1) avaliaram a eficácia e segurança a longo prazo do Tiotrópio 18 mcg pó inalatório, em dose única diária, na DPOC, em dois estudos duplocegos, randomizados, controlados por placebo, de um ano de duração, idênticos. O desfecho espirométrico primário foi o VEF1 pré-dose (isto é, o VEF1 antes da administração). As alterações na dispnéia foram medidas com auxílio do Índice de Dispnéia Transicional (TDI), e o estado de saúde foi avaliado com auxílio do Questionário Respiratório St. George (SGRQ) específico para a doença e com o Short Form 36 (SF-36) genérico. O Tiotrópio produziu uma broncodilatação significativamente superior, em relação ao placebo, na resposta do VEF1 pré-dose (~ 12% em relação ao valor basal) (p<0,01) e na resposta média durante o período de 3 horas após a administração (~ 22% em relação ao valor basal) (p<0,001) durante o período de 12 meses. Os pacientes tratados com Tiotrópio apresentaram menos dispnéia (p<0,001), pontuações de estado de saúde maiores e um número menor de exacerbações da DPOC e hospitalizações (p<0,05). Vincken e cols(2) avaliaram os resultados espirométricos, o pico de fluxo expiratório (PFE), o uso de salbutamol de resgate e efeitos na dispnéia, qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e exacerbações da DPOC em dois estudos idênticos de um ano de duração, randomizados, duplo-cegos e doublé-dummy, na dose de 18 mcg uma vez ao dia (n=356) em comparação com ipratrópio na dose de 40 mcg quatro vezes ao dia (n=179). O VEF1 pré-dose após 1 ano melhorou em 0,12±0,01 l com o Tiotrópio e diminuiu em 0,03±0,02 l com o ipratrópio (p<0,001). Foram observadas melhoras significativas no PFE, no uso de salbutamol, na pontuação focal do TDI e na pontuação de impacto e total do SGRQ com o Tiotrópio (p<0,01). O Tiotrópio reduziu o número de exacerbações (em 24%, p<0,01) e aumentou o tempo até a primeira exacerbação (p<0,01) e o tempo até a primeira hospitalização por exacerbação da DPOC (p<0,05) em comparação com o ipratrópio. Neste estudo, o Tiotrópio demonstrou ser efetivo na melhora da dispnéia, das exacerbações, da qualidade de vida relacionada à saúde e na função pulmonar em pacientes com DPOC e excedeu os benefícios observados com o ipratrópio. Os dados corroboram o uso do Tiotrópio, uma vez ao dia, como tratamento de manutenção de primeira linha em pacientes com DPOC. Donohue e cols(3) avaliaram a eficácia e a segurança e salmeterol com medidas de desfecho múltiplas, incluindo função pulmonar, dispnéia e qualidade de vida relacionada à saúde em pacientes com DPOC, em um estudo duplo-cego, randomizado, doublé-dummy, controlado por placebo, de grupos paralelos, de 6 meses de duração comparando Tiotrópio, na dose de 18 mcg uma vez ao dia, por meio de um inalador de pó seco, com o salmeterol, administrado na dose de 50 mcg duas vezes ao dia, por meio de um aerossol dosimetrado. A eficácia foi avaliada mediante a monitorização da espirometria durante 12 horas, índice de dispnéia transicional (TDI) e Questionário Respiratório St. George (SGRQ) de qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) específico para doença respiratória. Em comparação com o tratamento com placebo, o VEF1 matinal médio antes da administração do medicamento após 6 meses de tratamento aumentou significativamente mais no grupo tratado com Tiotrópio (0,14 l) do que no grupo tratado com salmeterol (0,09 l; p<0,01). O VEF1 médio (0 a 12 h) para o Tiotrópio foi estatisticamente superior ao do salmeterol (diferença, 0,08 l; p<0,001). O Tiotrópio melhorou a pontuação focal do TDI em 1,02 U, em comparação com o placebo (p = 0,01), enquanto não houve nenhuma alteração significativa na pontuação focal do TDI com o salmeterol (0,24 U). O Tiotrópio foi superior ao salmeterol no que se refere a melhora da pontuação focal do TDI (p<0,05). Em 6 meses, a melhora média na pontuação total do SGRQ versus o basal foi -5,14 U para o Tiotrópio (p<0,05 vs placebo); -3,54 U para o salmeterol (p = 0,4 vs placebo); e -2,43 U para o placebo. Uma proporção significativamente maior de pacientes tratados com Tiotrópio obteve uma alteração de pelo menos 4 U na pontuação do SGRQ, em comparação com os pacientes que receberam placebo. Ambas as drogas ativas reduziram a necessidade de salbutamol de resgate (p<0,0001). O estudo concluiu que o Tiotrópio, administrado uma vez ao dia, produziu broncodilatação superior, melhorias na dispnéia e na proporção de pacientes que obtiveram alterações significativas na QVRS, em comparação com o salmeterol, administrado duas vezes ao dia em pacientes com DPOC. Brusasco e cols(4), avaliaram as exacerbações e a utilização de serviços de saúde em pacientes com DPOC, em dois estudos de 6 meses de duração, randomizados, duplo-cegos controlados por placebo e doublé-dummy, na dose de 18 mcg uma vez ao dia via HANDIHALER em comparação com salmeterol na dose de 50 mcg duas vezes ao dia por meio de aerossol dosimetrado. 1207 pacientes participaram do estudo (Tiotrópio 402, salmeterol 405 e placebo 400). Comparado ao placebo, o Tiotrópio (mas não o salmeterol) retardou significativamente o tempo para o início da 1ª exacerbação. Menos exacerbações de DPOC/paciente-ano ocorreram no grupo Tiotrópio (1,07) que no grupo placebo (1,49, p<0,05); o grupo salmeterol (1,23 eventos/ano) não diferiu do placebo. O grupo Tiotrópio teve 0,10 hospitalizações por paciente-ano devido a exacerbações de DPOC em comparação a 0,17 para salmeterol e 0,15 para placebo (sem diferença estatística). Para todas as causas (respiratórias e não-respiratórias) o Tiotrópio (mas não o salmeterol), associou-se a menos hospitalizações, enquanto que os dois grupos tiveram menos dias de hospitalização que o grupo placebo. O número de dias durante os quais os pacientes não foram capazes de realizar suas atividades diárias comuns foi menor no grupo Tiotrópio (Tiotrópio 8,3 (0,8), salmeterol 11,1 (0,8), placebo 10,9 (0,8), p<0,05). A pontuação total do SGRQ melhorou em 4,2 (0,7), 2,8 (0,7) e 1,5 (0,7) unidades durante o estudo de 6 meses para o grupo Tiotrópio, salmeterol e placebo, respectivamente (p<0,01 Tiotrópio vs placebo). Em comparação com o grupo placebo, a pontuação focal do TDI melhorou tanto no grupo Tiotrópio (1,1 (0,3) unidades, p<0,001) quanto no grupo salmeterol (0,7 (0,3) unidades, p<0,05). A avaliação do VEF1 matutino pré-dose, do VEF1 máximo e do VEF1 médio (0–3 horas) demonstrou que o Tiotrópio foi superior ao salmeterol ao passo que ambas as drogas ativas foram mais eficazes que placebo. O estudo concluiu que as exacerbações de DPOC e a utilização de serviços de saúde foram afetadas positivamente pelo tratamento diário com Tiotrópio. Exceto pelo número de dias de hospitalização associado a todas as causas, o salmeterol duas vezes ao dia não resultou em alterações significativas comparado ao placebo. O Tiotrópio também melhorou a qualidade de vida relacionada à saúde, dispnéia e função pulmonar em pacientes com DPOC. Em um estudo com 5.993 pacientes conduzido por 4 anos (5), SPIRIVA manteve melhoras no parâmetro volume de expiração forçada no primeiro segundo (VEF1) através dos 4 anos no entanto não alterou a taxa de declínio anual do VEF1. Figura 4. VEF1 pré-dose matinal (isto é, o VEF1 antes da administração) nos grupos que receberam Tiotrópio e placebo durante 4 anos. P< 0,001 para todos os pontos após randomização. (vide bula original) Durante o tratamento, houve uma redução de 16% do risco de morte. A taxa de incidência de morte foi de 4,78 por 100 pacientes ao ano no grupo de pacientes que receberam placebo versus 4,10 por 100 pacientes ao ano no grupo de pacientes que receberam Tiotrópio (risco relativo (Tiotrópio/placebo)= 0,84, IC 95%= 0,73; 0,97). O tratamento com Tiotrópio diminuiu o risco de insuficiência respiratória em 19% (2,09 versus 1,68 casos por 100 pacientes, risco relativo (Tiotrópio/placebo)= 0,81, IC 95%= 0,65 , 1,00). 1. Casaburi R, Mahler DA, Jones PW, et al. A long-term evaluation of once-daily inhaled tiotropium in chronic obstructive pulmonary disease. Eur Respir J 2002;19:217-224. 2. Vincken W, Noord JA van, Greefhorst APM, et al. Improved health outcomes in patients with COPD during 1 yrs treatment with tiotropium. Eur Respir J 2002;19:209-216. 3. Donohue JF, Noord JA van, Bateman ED, Langley SJ, Lee A, Witek TJ, et al. A 6- month, placebo-controlled study comparing lung function and health status changes in COPD patients treated with tiotropium or salmeterol. Chest 2002;122(1):47-55. 4. Brusasco V, Hodder R, Miravitlles M, et al. Health outcomes following treatment for six months with once daily tiotropium compared with twice daily salmeterol in patients with COPD. Thorax 2003;58:399–404. 5. Tashkin DP, Celli B, Senn S, et al. A 4-Year Trial of Tiotropium in Chronic Obstrutive Pulmonary Disease. N Engl J Med 2008; 359:1543-54.

Modo de usar

O HANDIHALER possibilita a inalação do medicamento contido na cápsula de SPIRIVA. O HANDIHALER foi desenvolvido especialmente para SPIRIVA, não devendo ser usado com nenhum outro medicamento. O HANDIHALER pode ser usado por até um ano para administração de SPIRIVA. As cápsulas de SPIRIVA devem ser usadas dentro de 9 dias após a abertura do blíster. 1 - Tampa 2 - Bocal 3 - Base 4 - Botão que perfura a cápsula 5 - Compartimento central 1. Abrir a tampa puxando-a para cima. Em seguida abrir o bocal. 2. Remover uma cápsula de SPIRIVA do blíster imediatamente antes do uso. Separar as tiras do blíster, rasgando-o na parte picotada. Levantar e puxar a folha de alumínio do blíster até que uma cápsula fique completamente visível, removê-la (Fig. A, B e C), e colocá-la no compartimento central (5). Caso uma segunda cápsula seja exposta ao ar inadvertidamente, a mesma deverá ser descartada. A posição da cápsula no compartimento não tem importância. Observação: as cápsulas de SPIRIVA não devem ser expostas (nem no blíster e nem no HANDIHALER) a temperaturas superiores a 25 ¦C, isto é, elas não devem ser expostas à luz do sol e ao calor. As cápsulas devem ser usadas dentro de 9 dias após a abertura do blíster. As cápsulas de SPIRIVA contêm somente uma pequena quantidade de pó, e desse modo, as cápsulas são apenas parcialmente preenchidas. 3. Fechar firmemente o bocal até ouvir um clic. Manter a tampa aberta. 4. Segurar o HANDIHALER com o bocal para cima. Pressionar completamente o botão (4), liberando-o em seguida. Este perfura a cápsula efetuando pequenos orifícios na mesma os quais permitem a passagem do medicamento no momento da inspiração. 5. Fazer uma expiração completa. Observação: Não expirar dentro do bocal em nenhum momento. 6. Levar o HANDIHALER até a boca e fechar os lábios firmemente ao redor do bocal. Manter a cabeça na posição vertical e inspirar lenta e profundamente, mas de maneira que se possa ouvir a vibração da cápsula. Inspirar até encher os pulmões; prender a respiração o quanto possível, mas de forma confortável e ao mesmo tempo retirar o HANDIHALER da boca. Reassumir a respiração normal. Repetir os itens 5 e 6, o que irá esvaziar a cápsula completamente. 7. Abrir o bocal novamente. Descartar a cápsula utilizada. Fechar o bocal e a tampa e guardar o HANDIHALER. Limpeza do HANDIHALER Limpar o HANDIHALER uma vez por mês. Abrir a tampa e o bocal. Abrir também a base levantando o botão que perfura a cápsula (4). Enxaguar todo o inalador com água morna para remover qualquer resíduo de pó. Secar completamente o HANDIHALER, batendo-o de leve em um papel toalha para remover o excesso de água e depois deixá-lo secar ao ar, deixando abertos a tampa, o bocal e a base. O tempo para que o ar seque completamente o HANDIHALER é de 24 horas, portanto, proceder à limpeza imediatamente após o uso para que este esteja pronto na administração da próxima dose. Se necessário, pode-se efetuar a limpeza externa com um pano úmido, evitando-se panos molhados.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Desconhecem-se restrições ou precauções especiais para o uso do produto em pacientes com idade acima de 65 anos, desde que sigam corretamente as precauções e a orientação médica. A segurança e eficácia, pó para inalação, não foi estabelecida em pacientes pediátricos e, portanto, SPIRIVA não deve ser utilizado em crianças.

Armazenagem

Conserve o produto em temperatura inferior a 25°C, ao abrigo da luz do sol e da umidade. Evite o congelamento.

Dizeres legais

MS-1.0367.0137 Farmacêutica responsável: Laura M. S. Ramos – CRF/SP – 6870 N° do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide cartucho. Esta bula é atualizada continuamente. Por favor, proceda à sua leitura antes de utilizar o medicamento. Para sua segurança, mantenha esta embalagem até o uso total do medicamento. Fabricado e embalado por: Boehringer Ingelheim PharmaGmbH & Co. KG Ingelheim am Rhein – Alemanha Importado por: Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda. Rod. Regis Bittencourt (BR116), km 286 Itapecerica da Serra – SP CNPJ/MF n° 60.831.658/0021-10 SAC 0800-7016633

Armazenagem

Conserve o produto em temperatura inferior a 25°C, ao abrigo da luz do sol e da umidade. Evite o congelamento.

Dizeres legais

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