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Laboratório
NovartisReferência
levodopa, carbidopa e entacaponaApresentação
compr. rev. emb. c/ 10, 30 e 100 compr. rev. de 50 mg/12,5 mg/200 mg; 100 mg/25 mg/200 mg e 150 mg/37,5 mg/200 mg.Indicações
Stalevo é indicado na Doença de Parkinson preferencialmente nas fases mais tardias da doença, onde a associação levodopa/carbidopa deixou de ter efeito satisfatório. Levodopa, carbidopa e entacapona são os ingredientes ativos. Carbidopa é um inibidor periférico da dopa descarboxilase (DDC) e entacapona é um inibidor periférico da catecol-O-metiltransferase (COMT). Ambos reduzem o amplo metabolismo periférico da levodopa, melhorando por meio disso sua disponibilidade para o cérebro.Contra-indicações
Stalevo é contra-indicado em casos de hipersensibilidade aos componentes ativos e outros ingredientes da formulação. Em casos de insuficiência hepática, glaucoma de ângulo estreito, feocromocitoma (um tumor da glândula supra-renal), uma vez que isso pode aumentar o risco de reações severas de hipersensibilidade. Em pacientes que estejam tomando certos tipos de antidepressivos (inibidores seletivos da MAO-A e MAO-B simultaneamente, ou inibidores não seletivos da MAO). Em pacientes com história de síndrome neuroléptica maligna e ou rabdomiólise não traumática (forma rara de distúrbio muscular). Pacientes com história de melanoma ou suspeita de lesões cutâneas não diagnosticadas. Se a paciente estiver grávida ou amamentando.Advertências
Stalevo não é recomendado para o tratamento de pacientes com reações extrapiramidais
induzidas por drogas.
Stalevo deve ser administrado com cautela em pacientes com doença cardiovascular ou
pulmonar grave, asma brônquica, doença renal, hepática ou endócrina, ou história de úlcera
péptica ou de convulsões.
Em pacientes com história de infarto do miocárdio com nodo atrial residual ou arritmias
ventriculares, a função cardíaca deve ser monitorada com cuidados particulares durante o período
de ajuste de dose inicial.
Todos os pacientes tratados com Stalevo devem ser monitorados cuidadosamente em relação
a mudanças mentais (por ex.: alucinoses e psicoses), depressão com tendências suicidas, e
comportamento anti-social sério. Pacientes com psicoses anteriores ou atuais devem ser tratados
com cautela.
A administração concomitante de antipsicóticos com receptores de dopamina de propriedades
bloqueadoras, particularmente antagonistas do receptor D2, deve ser feita com cautela e os
pacientes cuidadosamente observados quanto à perda do efeito antiparkinsoniano ou piora dos
sintomas parkinsonianos.
Pacientes com glaucoma de ângulo amplo crônicos podem ser tratados com Stalevo com
cautela, desde que a pressão intra-ocular seja bem controlada e o paciente seja monitorado
cuidadosamente quanto a alterações de pressões intra-oculares.
Stalevo pode induzir hipotensão ortostática. Portanto, é necessário cuidado ao administrar
Stalevo a pacientes que recebem outros medicamentos que podem causar hipotensão
ortostática.
A entacapona em combinação com levodopa foi associada com sonolência e episódios de início
repentino de sono em pacientes com doença de Parkinson e portanto, deve-se ter cuidado na
condução e operação de máquinas (veja “Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar
máquinas”)..Em estudos clínicos, efeitos dopaminérgicos indesejáveis, por ex. discinesia, são mais comuns em
pacientes que receberam entacapona e agonistas da dopamina (tais como bromocriptina),
selegilina ou amantadina comparada a aqueles que receberam placebo com esta combinação. As
doses de outros medicamentos antiparkinsonianos podem precisar de ajuste quando Stalevo é
introduzido no paciente que não foi tratado previamente com entacapona.
Rabdomiólise secundária à discinesia grave ou síndrome neuroléptica maligna (SNM) têm sido
observadas raramente em pacientes com doença de Parkinson. Casos isolados de rabdmiólise
foram relatados com o uso de entacapona. SNM, incluindo rabdomiólise e hipertermia, é
caracterizado por sintomas motores (rigidez, mioclonia, tremor), alterações da condição mental
(por ex.: agitação, confusão, coma), hipertermia, disfunção autonômica (taquicardia, pressão
sangüínea instável) e creatina fosfoquinase sérica elevada. Em casos individuais, somente alguns
desses sintomas e/ou achados serão evidentes. O diagnóstico precoce é importante para o
gerenciamento apropriado da SNM. Uma síndrome semelhante à SNM incluindo rigidez muscular,
temperatura corporal elevada, mudanças mentais e aumento da creatina fosfoquinase sérica tem
sido relatada com retirada abrupta dos agentes antiparkinsonianos. Casos isolados de SNM foram
relatados especialmente após a redução abrupta ou descontinuação de entacapona.
Quando for necessário, a retirada e outro tratamento dopaminérgico deve ser lenta
e se sinais e/ou sintomas ocorrerem apesar da retirada gradual, um aumento na
dose de levodopa pode ser necessário.
Os médicos prescritores devem atentar-se aos pacientes que estão passando da terapia com
Stalevo para a terapia com levodopa/inibidor DDC sem entacapona. Quando for considerada
necessária, a substituição da terapia com Stalevo pela terapia com levodopa/inibidor DDC sem
entacapona deve ser procedida lentamente e um aumento na dosagem de levodopa pode ser
necessário.
Se a anestesia geral for requerida, a terapia com Stalevo pode ser continuada pelo maior
tempo que o paciente puder tomar fluidos e medicação oral. Se a terapia for interrompida
temporariamente, Stalevo pode ser reiniciado tão logo a medicação oral possa ser tomada na
mesma dosagem diária de antes.
Avaliação periódica das funções hepática, hematopoiética, cardiovascular e renal é recomendada
durante terapia estendida com Stalevo.
Para pacientes com diarréia, o acompanhamento do peso é recomendado para evitar o
decréscimo do peso potencial excessivo.
Para pacientes que tiveram anorexia progressiva, astenia e perda de peso em um período de
tempo relativamente curto, uma avaliação médica geral, incluindo função hepática, deverá ser
considerada.Jogo patológico, aumento de libido e hipersexualidade foram relatados em pacientes com doença
de Parkinson tratados com agonistas dopaminérgicos e outras substâncias dopaminérgicas
incluindo Stalevo.
Pacientes com problemas hereditários de intolerância a frutose, malabsorção de glicose-galactose
ou insuficiência da sacarose-isomaltase não devem tomar este medicamento.Uso na gravidez
Gravidez
Não há dados adequados do uso da combinação de levodopa/carbidopa/entacapona em mulheres
grávidas. Estudos em animais têm mostrado toxicidade reprodutiva dos compostos separados
(veja “Dados de segurança pré-clínicos”). O risco potencial em humanos é desconhecido.
Stalevo não deve ser usado durante a gravidez.
Lactação
A levodopa é excretada no leite humano. Há evidências de que a lactação é suprimida durante o
tratamento com levodopa. A carbidopa e entacapona foram excretadas no leite em animais,
entretanto não se sabe se elas são excretadas no leite materno humano. A segurança de
levodopa, carbidopa e entacapona em crianças não é conhecida. As mulheres não devem
amamentar durante o tratamento com Stalevo.Interações medicamentosas
Outros medicamentos antiparkinsonianos
Até o momento não há indicações de interações que evitaria o uso concomitante de
medicamentos antiparkinsonianos padrões com a terapia com Stalevo. A entacapona em altas
doses pode afetar a absorção de carbidopa. No entanto, não foi observada interação com
carbidopa com o esquema de tratamento recomendado (200 mg de entacapona até 10 vezes por
dia). Interações entre entacapona e selegilina têm sido investigadas em estudos com doses
repetidas em pacientes com doença de Parkinson tratados com levodopa/inibidor DDC e nenhuma interação foi observada. Quando usada com Stalevo, a dose diária de selegilina não deve
exceder 10 mg.
Stalevo contém entacapona, e portanto não deve ser usado junto com qualquer outro
medicamento que contenha entacapona (por ex.: Comtan®).
Deve-se ter cuidado quando as seguintes substâncias ativas são administradas
concomitantemente à terapia com levodopa.
Anti-hipertensivos
Hipertensão postural sintomática pode ocorrer quando levodopa é iniciada em pacientes que já
estejam recebendo anti-hipertensivos. O ajuste de dose do anti-hipertensivo pode ser requerido.
Antidepressivos
Raramente, reações incluindo hipertensão e discinesia têm sido relatadas com o uso
concomitante de antidepressivos tricíclicos e levodopa/carbidopa. Interações entre entacapona e
imipramina e entre entacapona e moclobemida têm sido investigadas em estudos de dose única
em voluntários sadios. Não foram observadas interações farmacodinâmicas. Um número
significante de pacientes com doença de Parkinson tem sido tratado com a combinação levodopa,
carbidopa e entacapona com várias substâncias ativas incluindo inibidores da MAO-A,
antidepressivos tricíclicos, inibidores da recaptação de noradrenalina tais como desipramina,
maprotilina e venlafaxina e medicamentos que são metabolizados pela COMT (por ex. compostos
com estrutura do catecol: rimiterol, isoprenalina, adrenalina, noradrenalina, dopamina, alfametildopa,
apomorfina e paroxetina). Não foram observadas interações farmacodinâmicas. No
entanto, deve-se ter cuidado quando estes medicamentos são usados concomitantemente com
Stalevo (veja “Contra-indicações” e “Precauções e advertências”).
Outras substâncias ativas
Antagonistas dos receptores de dopamina (por ex.: alguns antipsicóticos e antieméticos), fenitoína
e papaverina podem reduzir o efeito terapêutico da levodopa. Os pacientes que tomam estes
medicamentos com Stalevo devem ser cuidadosamente observados quanto à perda da
resposta terapêutica.
Devido à afinidade de entacapona com o citocromo P450 2C9 in vitro (veja “Farmacocinética”),
Stalevo pode interferir potencialmente com substâncias ativas cujo metabolismo é dependente
desta isoenzima, tais como S-varfarina. No entanto, em um estudo de interação com voluntários
sadios, entacapona não alterou o nível plasmático de S-varfarina, enquanto que a AUC para Rvarfarina
aumentou em média 18% [CI90 11–26%]. Os valores de INR aumentou em média 13% [CI90 6–19%]. Desta forma, o controle de INR é recomendado quando Stalevo é iniciado em
pacientes que estejam recebendo varfarina.
Outras formas de interações
Desde que levodopa compete com determinados aminoácidos, a absorção pode ser
prejudicada em alguns pacientes com dieta rica em proteínas.
A levodopa e entacapona podem formar quelados com ferro no trato gastrintestinal. Portanto,
Stalevo e medicamentos contendo ferro devem ser tomados pelo menos com 2-3 horas de
diferença (veja “Reações adversas”).
Stalevo pode ser administrado em pacientes com a doença de Parkinson que estejam tomando
complexos vitamínicos contendo cloridrato de piridoxina (vitamina B6).
Dados in vitro
A entacapona liga-se ao sítio II de ligação da albumina humana o qual também se liga a outros
diversos medicamentos, incluindo diazepam e ibuprofeno. De acordo com estudos in vitro,
deslocamento significante não é antecipado a concentrações terapêuticas dos medicamentos. Até
o momento, não há indicações de tais interações.Reações adversas / Efeitos colaterais
Como todos os medicamentos, Stalevo pode ter efeitos colaterais. Stalevo combina levodopa, carbidopa e entacapona pela primeira vez em um medicamento. Assim, os efeitos colaterais relatados para a terapêutica de levodopa/carbidopa e aquelas relatadas para a terapêutica de entacapona com levodopa também podem ocorrer com Stalevo.
Levodopa/carbidopa: Os efeitos adversos mais comuns de levodopa/carbidopa são movimentos involuntários (discinesia) e náuseas. Essas reações podem geralmente diminuir pela titulação da dose de levodopa. Portanto, se essas reações ocorrerem, deve-se procurar um médico assim que possível. Mudanças mentais, incluindo sintomas paranóides e psicóticos, depressão, com ou sem desenvolvimento de tendências suicidas e disfunção cognitiva também podem ser efeitos colaterais da terapêutica de levodopa/carbidopa. Ocorrendo qualquer um desses efeitos colaterais, informar ao médico assim que possível para receber ajuda adequada. Os efeitos adversos menos freqüentes da terapêutica de levodopa/carbidopa são irregularidades na taxa cardíaca e ritmo, tontura ou desmaios devido à pressão arterial baixa, piora abrupta dos sintomas parkinsonianos, perda de apetite, vômitos, vertigem e sonolência, sangramento gastrintestinal, desenvolvimento de úlcera duodenal, pressão arterial alta, inflamação das veias das pernas, mudanças nos constituintes da célula sangüínea que podem levar a fatiga, desmaio, infecções ou sangramento, dor no peito, encurtamento da respiração, formigamento ou entorpecimento e convulsões. Entacapona: Geralmente as reações adversas causadas pelo entacapona em combinação com a terapêutica de levodopa são leves a moderadas. Em estudos clínicos, as reações adversas mais comuns levando a descontinuação do tratamento de entacapona foram sintomas gastrintestinais (e.g. diarréia, 2,5%) e efeitos colaterais aumentados de levodopa (e.g. discenisia, 1,7%). Assim como com levodopa/carbidopa, os efeitos colaterais mais freqüentes de entacapona são movimentos involuntários e náuseas. Esses estão relacionados à atividade dopaminérgica aumentada dentro do cérebro e podem exigir ajuste ou de outros tratamentos antiparkinsonianos. Uma inofensiva descoloração marrom avermelhado da urina é também comumente relatada com entacapona. Insônia, alucinações, confusão, sonhos desagradáveis, agravamento dos sintomas de Parkinson, vertigem, cãibra muscular, movimentos involuntários, diarréia, dor abdominal, boca seca, constipação, vômitos, fatiga, sudorese aumentada e aumento das quedas são também relatados com entacapona quando combinado com a terapêutica de levodopa. Algumas das reações adversas, tais como discinesia, náuseas e dor abdominal podem ser mais comuns com doses altas de entacapona (1.4000 a 2.000 mg, i.e. 7 a 10 comprimidos, por dia) do que com doses menores de entacapona. Se a ocorrência desses efeitos adversos aumenta ou os efeitos tornam-se mais graves durante o tratamento com Stalevo, é aconselhável contatar um médico assim que possível, pois uma mudança na dosagem ou nos outros medicamentos antiparkinsonianos pode ser necessária. Agitação, valores anormais nos testes de função hepática, prurido e erupção cutânea foram relatados rara ou muito raramente com entacapona em associação com a terapêutica de levodopa.Posologia
Um comprimido contém uma dose de tratamento de levodopa, carbidopa e entacapona. Tomar apenas um comprimido da dose indicada. Não tomar 2 ou mais comprimidos ao mesmo tempo. Os comprimidos não devem ser divididos em duas partes. Deve-se seguir estritamente as instruções dadas pelo médico para o uso, outros medicamentos contendo levodopa e outras drogas antiparkinsonianas. Isto inclui as seguintes instruções sobre quando e como tomar o medicamento. Fale com o seu médico ou farmacêutico se não estiver satisfeito com os benefícios terapêuticos ou se detectou possíveis efeitos colaterais. Se tiver esquecido de tomar Stalevo, deve tomar a próxima dose tão logo tenha notado que esqueceu. Contudo, não tome uma dose dupla para compensar o esquecimento das doses individuais. Também, para evitar os efeitos colaterais da levodopa, tais como náuseas ou movimentos involuntários, é aconselhável não tomar a dose seguinte dentro da próxima hora. Depois, deve voltar para o esquema normal.Superdosagem
A manutenção da superdose aguda com Stalevo é similar à superdose com levodopa. A
hospitalização é aconselhada e medidas gerais de suporte devem ser empregadas com lavagem
gástrica imediata e doses repetidas de carvão em tempo extra. Isso pode acelerar a eliminação de
entacapona em particular, diminuindo sua absorção/reabsorção do trato gastrintestinal. A
adequação dos sistemas respiratório, circulatório e renal devem ser cuidadosamente monitorados
e as medidas de suporte apropriadas devem ser empregadas. O monitoramento do ECG deve ser
iniciado e o paciente cuidadosamente monitorado quanto a possíveis desenvolvimentos de
arritmias. Se requerido, terapia antiarrítmica apropriada deve ser administrada. A possibilidade de
que o paciente tenha tomado outras substâncias ativas em adição ao Stalevo deve ser
colocada em consideração. O valor da diálise no tratamento da superdose não é conhecido.Características farmacológicas
Farmacodinâmica
Classe terapêutica: antiparkinsonianos.
De acordo com o entendimento atual, os sintomas da doença de Parkinson são relacionados à
depleção de dopamina no corpo estriado. A dopamina não atravessa a barreira hematoencefálica.
A levodopa, precursora da dopamina, atravessa a barreira hematoencefálica e alivia os sintomas
da doença. A levodopa é amplamente metabolizada na periferia e apenas uma pequena porção
da dose atinge o sistema nervoso central, quando a levodopa é administrada oralmente sem
inibidores metabólicos enzimáticos.
A carbidopa e, a benserazida são inibidores periféricos da dopa descarboxilase (DDC), que
reduzem o metabolismo periférico da levodopa para dopamina, resultando em um aumento da
quantidade de levodopa disponível no cérebro. Quando a descarboxilação da levodopa é reduzida
com a administração do inibidor DDC, uma menor dose de levodopa pode ser usada e a
incidência dos efeitos indesejáveis, tais como náusea, é reduzida.
Com a inibição da descarboxilase pelo inibidor DDC, a catecol-O-metiltransferase (COMT) tornase
a principal via metabólica periférica que catalisa a conversão de levodopa para 3-O-metildopa
(3-OMD), um metabólito potencialmente nocivo da levodopa. A entacapona é um inibidor
reversível, específico e principalmente de ação periférica da COMT, desenhado para
administração concomitante com levodopa. A entacapona retarda a depuração da levodopa da
corrente sangüínea resultando em uma área sob a curva (AUC) aumentada no perfil
farmacocinético da levodopa. Conseqüentemente, a resposta clínica para cada dose de levodopa
é estendida.A evidência dos efeitos terapêuticos é baseada em dois estudos de fase III, duplocegos,
nos quais 376 pacientes portadores da doença de Parkinson com flutuações motoras de
fim de dose receberam entacapona ou placebo com cada dose de levodopa/inibidor DDC. Os
períodos “ON” com e sem entacapona foram registrados diariamente nos diários dos pacientes.
No primeiro estudo, a entacapona aumentou a média diária do período “ON” em 1h 20min (CI95%
45 min, 1h 56min) da linha de base. Isso corresponde a um aumento de 8,3% na proporção do
período “ON” diário. Correspondentemente, o decréscimo do período “OFF” diário foi de 24% no
grupo da entacapona e 0% no grupo placebo. No segundo estudo, a proporção média do período
“ON” diário aumentou em 4,5% (CI95% 0,93%, 7,97%) da linha de base. Isso significa um aumento
médio de 35 min no período “ON” diário. Correspondentemente, o período “OFF” diário diminuiu
em 18% no grupo da entacapona e 5% no grupo placebo. Considerando que os efeitos do
Stalevo comprimidos são equivalentes ao dos comprimidos de entacapona 200 mg
administrados concomitantemente com preparações de levodopa/carbidopa em doses
correspondentes, os resultados desses estudos são aplicáveis ao Stalevo também.
Farmacocinética
Características gerais das substâncias ativas
Absorção/Distribuição
Existem variações substanciais inter e intra-individuais na absorção de levodopa, carbidopa e
entacapona. A levodopa e a entacapona são rapidamente absorvidas e eliminadas. A carbidopa é
absorvida e eliminada ligeiramente mais lenta quando comparada à levodopa. Quando
administrada separadamente, sem as outras duas substâncias ativas, a biodisponibilidade da
levodopa é 15-33%, da carbidopa é 40-70% e da entacapona é 35%, após uma dose oral de 200
mg. Refeições ricas em aminoácidos neutros podem retardar e diminuir a absorção de levodopa.
O alimento não afeta significativamente a absorção de entacapona. Os volumes de distribuição da
levodopa (Vd 0,36 – 1,6 L/kg) e da entacapona (Vdss 0,27 L/kg) são moderadamente pequenos;
não há dados disponíveis para carbidopa.
A levodopa é ligada às proteínas do plasma somente em uma menor extensão (cerca de 10-30%),
enquanto que a carbidopa é ligada em aproximadamente 36% e a entacapona é ligada
extensivamente (cerca de 98%), principalmente à albumina sérica. Em concentrações
terapêuticas, entacapona não desloca outras substâncias ativas extensivamente ligadas (por ex.
varfarina, ácido salicílico, fenilbutazona ou diazepam), e nem é deslocada por qualquer uma
destas substâncias em concentrações terapêuticas ou maiores.A levodopa é amplamente metabolizada em vários metabólitos, sendo que as mais importantes
vias são a descarboxilação pela dopa descarboxilase (DDC) e a O-metilação pela catecol-Ometiltransferase
(COMT).
A carbidopa é metabolizada em dois metabólitos principais, os quais são excretados na urina
como glicuronídeos e compostos não conjugados. A carbidopa inalterada responde por 30% da
excreção urinária total.
A entacapona é quase completamente metabolizada antes da excreção via urina (10 a 20%) e
bilial/fecal (80 a 90%). A principal via metabólica é a glucuronidação da entacapona e do seu
metabólito ativo, o isômero cis, que ocorre em cerca de 5% da quantidade total no plasma.
A depuração total de levodopa está entre 0,55 – 1,38 L/kg/h, e o da entacapona está em 0,70
L/kg/h. A meia-vida de eliminação (t1/2) é de 0,6 – 1,3 horas para levodopa, 2 – 3 horas para
carbidopa e 0,4 – 0,7 horas para entacapona, separadamente.
Em virtude das curtas meias-vidas de eliminação, nenhuma acumulação verdadeira de levodopa
ou entacapona ocorre quando elas são administradas repetidamente.
Dados de estudo in vitro utilizando preparações microssomais de fígado humano indicam que a
entacapona inibe o citocromo P450 2C9 (IC50 ~ 4 µM). Entacapona demonstra pequena ou
nenhuma inibição de outros tipos de isoenzimas P450 (CYP1A2, CYP2A6, CYP2D6, CYP2E1,
CYP3A e CYP2C19) (veja “Interações medicamentosas e outras formas de interações”).Resultados de eficácia
Stalevo combina três substâncias ativas (levodopa/
carbidopa/ entacapona) em um único comprimido revestido, que são utilizadas no tratamento da
doença de Parkinson, preferencialmente nas fases mais tardias da doença, onde a associação
levopoda/carbidopa deixou de ter efeito satisfatório.Modo de usar
Cada comprimido deve ser administrado oralmente com ou sem alimento (veja “Farmacocinética”).
Um comprimido contém uma dose de tratamento. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros
sempre.
A dosagem diária ótima deve ser determinada por titulação cuidadosa de levodopa em cada
paciente. A dose diária deve preferencialmente ser otimizada utilizando uma das três
concentrações de comprimidos disponíveis (50/12,5/200 mg, 100/25/200 mg ou 150/37,5/200 mg
de levodopa/carbidopa/entacapona).
Os pacientes devem ser instruídos a tomar somente um comprimido por
administração de dose. Pacientes recebendo menos que 70 – 100 mg de carbidopa por dia são
mais prováveis a sentir náusea e vômito. Considera-se que a dose máxima é 10 comprimidos por dia, pois a experiência com a dosagem diária total maior que 200 mg de
carbidopa é limitada, e além disso, a dose diária máxima recomendada de entacapona é 2000
mg.
Geralmente o Stalevo é indicado a pacientes que já estão recebendo tratamento com doses
padrões correspondentes de levodopa/inibidor DDC e entacapona.Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Em pacientes idosos nos quais foram administrados levodopa sem carbidopa e entacapona, a
absorção é maior e a eliminação é mais lenta do que em indivíduos mais jovens. No entanto,
quando combinado com carbidopa, a absorção de levodopa é similar nos pacientes jovens e
idosos, embora a AUC seja ainda 1,5 vezes maior nos idosos devido ao decréscimo da atividade
DDC e da depuração menor causada pelo envelhecimento. Não existem diferenças significantes
na AUC da carbidopa ou entacapona entre indivíduos mais jovens (45 – 64 anos) e idosos (65 –
75 anos).Armazenagem
Cuidados de armazenamento: Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC).
Prazo de validade: A data de validade está impressa no cartucho. Não utilize o produto após a
data de validade.Informações
A levodopa é amplamente metabolizada na periferia e apenas uma pequena porção da dose atinge o sistema nervoso central, quando a levodopa é administrada oralmente sem inibidores metabólicos enzimáticos. A carbidopa é um inibidor da dopa descarboxilase (DDCI), a qual reduz o metabolismo periférico da levopoda para dopamina e assim, mais levodopa fica disponível no cérebro. Com a inibição da descarboxilase pela DDCI, a catecol-O-metiltranferase (COMT) torna-se a principal via metabólica de levodopa. O entacapona é um inibidor reversível, específico e principalmente de ação periférica da COMT desenhado para administração concomitante com levodopa. O entacapona retarda a depuração da levodopa da corrente sangüínea resultando em uma área sob a curva (AUC) de levopoda aumentada e assim, estendendo a resposta clínica para cada dose de levodopa.Dizeres legais
Reg. MS. - 1.0068.0962
Farm. Resp.: Marco A. J. Siqueira - CRF-SP 23.873
Lote, data de fabricação e de validade: vide cartucho
Fabricado por: Orion Corporation, Espoo, Finlândia.
Importado por: Novartis Biociências S.A.
Av. Ibirama, 518 - Complexos 441/3 - Taboão da Serra - SP
CNPJ: 56.994.502/0098-62
Indústria Brasileira
TM = Marca depositada em nome da Orion Corporation, Finlândia.m levodopa. O entacapona retarda a depuração da levodopa da corrente sangüínea resultando em uma área sob a curva (AUC) de levopoda aumentada e assim, estendendo a resposta clínica para cada dose de levodopa.Dizeres legais
Reg. MS. - 1.0068.0962
Farm. Resp.: Marco A. J. Siqueira - CRF-SP 23.873
Lote, data de fabricação e de validade: vide cartucho
Fabricado por: Orion Corporation, Espoo, Finlândia.
Importado por: Novartis Biociências S.A.
Av. Ibirama, 518 - Complexos 441/3 - Taboão da Serra - SP
CNPJ: 56.994.502/0098-62
Indústria Brasileira
TM = Marca depositada em nome da Orion Corporation, Finlândia.