Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Splough

Apresentação

emb. c/ um fr.-ampola c/ 100 mg de infliximabe.

Indicações

Artrite reumatóide: Remicade é uma terapia anti-reumática controladora da doença (DCART — Disease-Controlling Anti-Rheumatic Therapy) indicada para: redução de sinais e sintomas; prevenção de lesão articular estrutural (erosões e estreitamento do espaço articular); melhora do desempenho físico em pacientes com doença ativa, apesar de tratamento com metotrexato. Espondilite anquilosante: Remicade é indicado para: redução dos sinais e sintomas; melhora da função física em pacientes com doença ativa. Doença de Crohn: Redução de sinais e sintomas na doença de Crohn de moderada a grave; indução e manutenção da remissão clínica; indução da cicatrização da mucosa e melhora da qualidade de vida em pacientes com resposta inadequada às terapias convencionais (Remicade permite a redução ou suspensão do uso de corticosteróides pelos pacientes); tratamento de fístulas enterocutâneas com drenagem em pacientes com doença de Crohn fistulizante.

Contra-indicações

Remicade é contra-indicado em pacientes com: hipersensibilidade conhecida a qualquer componente do produto ou a proteínas murinas; infecções graves, como tuberculose, sepse, abscessos e infecções oportunistas. insuficiência cardíaca moderada ou grave (NYHA de classe III/IV) (ver Precauções e advertências e Reações adversas).

Reações adversas / Efeitos colaterais

Em estudos clínicos com Remicade, reações adversas à droga atribuíveis ao tratamento foram observadas em 36% dos pacientes tratados com o placebo e 57% dos pacientes tratados com Remicade. As reações adversas estão relacionadas na Tabela, segundo classificação sistêmica e freqüência (comum > 1/100, < 1/10; incomum > 1/1.000, < 1/100; rara > 1/10.000, < 1/1.000). A freqüência é baseada na incidência aumentada da reação adversa à droga, em comparação com o placebo, em dados agrupados a partir de estudos clínicos envolvendo 227 pacientes recebendo placebo e 1.421 pacientes recebendo Remicade (doença de Crohn e artrite reumatóide). A maioria das reações adversas à droga foi de intensidade leve a moderada. As reações adversas mais comumente relatadas referem-se à infusão. As causas mais comuns para a interrupção do tratamento foram as reações relacionadas à infusão: dispnéia, urticária e cefaléia. Continua...

Posologia

Remicade destina-se ao uso intravenoso em adultos. O tratamento com Remicade deve ser administrado sob supervisão de médicos especializados no diagnóstico e tratamento de artrite reumatóide ou doenças inflamatórias intestinais. Todos os pacientes que receberem Remicade deverão ser observados durante pelo menos uma hora, após a infusão, em relação aos efeitos colaterais. Medicamentos, respirador artificial e outros equipamentos apropriados devem estar disponíveis para o tratamento desses efeitos colaterais (ver Precauções e advertências). Artrite reumatóide: Inicialmente, uma infusão intravenosa de 3 mg/kg durante um período de duas horas deve ser seguida por infusões adicionais na dose de 3 mg/kg, nas semanas 2 e 6 após a primeira infusão, e, a partir de então, a cada oito semanas. Depois de 22 semanas de tratamento a dose pode ser aumentada para até 10 mg/kg, se necessário. Remicade deve ser administrado em combinação com o metotrexato. Espondilite anquilosante: Deve-se administrar 5 mg/kg como infusão intravenosa durante um período de duas horas, seguida de infusões de doses adicionais de 5 mg/kg nas semanas 2 e 6 após a primeira infusão e, a partir de então, até cada oito semanas. Doença de Crohn moderada a grave: Para o melhor controle de sintomas em longo prazo, deve-se administrar 5 mg/kg em infusão intravenosa única, em um período de no mínimo duas horas como um esquema de indução nas semanas 0, 2 e 6, seguida de um esquema de manutenção de 5 mg/kg a cada oito semanas. Para pacientes que apresentem uma resposta incompleta durante o tratamento de manutenção, deve-se considerar o ajuste da dose para até 10 mg/kg. Alternativamente, uma infusão intravenosa inicial de 5 mg/kg, administrada durante um período de no mínimo duas horas, poderá ser seguida de infusões repetidas de 5 mg/kg, quando sinais e sintomas da doença reaparecerem; todavia, existem dados limitados em relação a intervalos de dose superiores a 16 semanas. Doença de Crohn fistulizante: Administra-se a dose intravenosa de 5 mg/kg, em período de duas horas, seguida por doses adicionais de 5 mg/kg administradas nas semanas 2 e 6 após a primeira infusão para o tratamento de fístulas na doença de Crohn. Readministração para doença de Crohn e artrite reumatóide: Se os sinais e sintomas da doença reaparecerem, Remicade pode ser readministrado dentro de 16 semanas após a última infusão. Uma nova administração de uma formulação alternativa de infliximabe, depois de um intervalo sem droga de dois a quatro anos em relação a uma infusão prévia, está associada a uma reação de hipersensibilidade tardia em 10 pacientes com doença de Crohn (ver Precauções e advertências e Reações adversas — Hipersensibilidade tardia). Não se conhece o risco de hipersensibilidade tardia depois da readministração, em um intervalo sem droga de 16 semanas a dois anos. Portanto, depois de um intervalo de 16 semanas, não se pode recomendar a readministração. Readministração para espondilite anquilosante: No momento não há dados disponíveis que suportem a readministração, além de até cada oito semanas.

Informações

O infliximabe é um anticorpo monoclonal quimérico, humano-murino, que se liga com alta afinidade a formas solúveis e transmembranais do fator de necrose tumoral alfa (TNFa), mas não à linfotoxina alfa (TNFb). O infliximabe inibe a atividade funcional do TNFa em vários tipos de bioensaios in vitro. O infliximabe previne o surgimento de doenças em camundongos transgênicos, que desenvolvem poliartrite resultante de expressão constitutiva do TNFa humano e, quando administrado após o início da doença, promove a cura de articulações com erosão. In vivo, o infliximabe forma rapidamente complexos estáveis com o TNFa humano, um processo paralelo à perda de bioatividade do TNFa. Propriedades farmacodinâmicas: A avaliação histológica de biópsias de cólon, obtidas antes e quatro semanas após a administração, revelou redução substancial do TNFa detectável. O tratamento de pacientes com a doença de Crohn com Remicade também foi associado com redução substancial do marcador inflamatório sérico comumente elevado, a proteína C reativa (PCR). O número total de leucócitos em sangue periférico foi muito pouco afetado em pacientes tratados com Remicade, embora alterações em linfócitos, monócitos e neutrófilos refletissem desvios dentro dos intervalos normais. Células mononucleares de sangue periférico (PBMCs — peripheral blood mononuclear cells) de pacientes tratados com Remicade não apresentaram diminuição das respostas proliferativas, em resposta a estímulos, em comparação com pacientes não-tratados. Não foram observadas alterações substanciais na produção de citocinas pelas PBMCs estimuladas depois do tratamento com Remicade. A análise de células mononucleares da lâmina própria, obtidas por biópsia da mucosa intestinal, mostrou que o tratamento com Remicade provoca redução do número de células capazes de expressar o TNFa e a interferona gama. Estudos histológicos adicionais forneceram evidência de que o tratamento com Remicade reduz a infiltração de células inflamatórias em áreas afetadas do intestino e a presença de marcadores inflamatórios nesses sítios. Foram encontradas concentrações elevadas de TNFa nas articulações de pacientes com artrite reumatóide, que se correlacionam com atividade elevada da doença. Na artrite reumatóide o tratamento com Remicade reduz a infiltração de células inflamatórias em áreas inflamadas da articulação, bem como a expressão de moléculas mediadoras da adesão celular, a quimiotaxia e a degradação tecidual. Depois do tratamento com Remicade os pacientes apresentaram níveis reduzidos de interleucina 6 (IL-6) sérica e proteína C reativa, em comparação com o período basal. Os linfócitos do sangue periférico não apresentaram redução significativa em número ou em respostas proliferativas à estimulação mitogênica in vitro, quando comparados a células de pacientes não-tratados.

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