As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
OrganonApresentação
15 ou 30 mg - Cartucho com 6, 18 ou 30 comprimidos.
45 mg - Cartucho com 6 ou 30 comprimidos.Indicações
Remeron Soltab é indicado no tratamento de episódios de depressão maior.Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a quaisquer dos excipientes.
Uso concomitante da mirtazapina com inibidores da monoamino oxidase (ver
Interações medicamentosas).Advertências
Uso em crianças e adolescentes com idade abaixo de 18 anos
Remeron Soltab não deve ser utilizado no tratamento de crianças e adolescentes
abaixo de 18 anos. Comportamentos relacionados ao suicídio (tentativa de suicídio e
ideias suicidas) e à hostilidade (predominantemente agressão, comportamento hostil e
ódio) foram observados mais frequentemente nos estudos clínicos entre crianças e
adolescentes tratados com antidepressivos, comparados com aqueles tratados com
placebo. Se, com base na necessidade clínica, for tomada a decisão de tratar, o
paciente deve ser monitorado cuidadosamente quanto ao aparecimento de sintomas
suicidas. Além disso, não se dispõe de dados de segurança em crianças e
adolescentes referentes ao crescimento, maturação e desenvolvimento cognitivo e de
comportamento.
Suicídio/ideias suicidas ou piora clínica
A depressão é associada com um aumento do risco de ideias suicidas, autoagressão
e suicídio (eventos relacionados a suicídio). Esse risco persiste até que ocorra
remissão significativa. Como pode não ocorrer melhora durante as primeiras poucas
semanas ou mais de tratamento, os pacientes devem ser rigorosamente monitorados
até que ocorra tal melhora. A experiência clínica geral é de que o risco de suicídio
pode aumentar nas fases precoces da recuperação.
Pacientes com histórico de eventos relacionados a suicídio ou aqueles que
apresentam um grau significativo de ideação suicida antes de iniciar o tratamento, são
conhecidos por apresentar um risco maior de ideias suicidas ou de tentativas de
suicídio e devem receber monitoração cuidadosa durante o tratamento. A meta-análise
de estudos clínicos sobre antidepressivos controlados com placebo em adultos com
distúrbios psiquiátricos, mostrou um aumento do risco de comportamento suicida com
antidepressivos em comparação com o placebo em pacientes com menos de 25 anos
de idade.
A monitoração rigorosa dos pacientes e, em particular daqueles com alto risco, deve
acompanhar o tratamento com antidepressivos, especialmente no início do tratamento
e após alterações da dose. Pacientes (e prestadores de cuidados aos pacientes)
devem ser alertados sobre a necessidade de monitorar qualquer piora clínica,
comportamento suicida ou ideias suicidas e alterações incomuns no comportamento e
procurar auxílio médico imediatamente caso esses sintomas estejam presentes.
Com relação à possibilidade de suicídio, em particular no início do tratamento, deve-se
entregar ao paciente apenas um número limitado de comprimidos revestidos de
Remeron Soltab.
Depressão da medula óssea
Durante o tratamento com Remeron Soltab foi relatada depressão da medula
óssea, usualmente se apresentando como granulocitopenia ou agranulocitose. Foi
relatada agranulocitose como uma rara ocorrência nos estudos clínicos com
Remeron Soltab. No período pós-comercialização com Remeron Soltab
foram relatados casos muito raros de agranulocitose, a maioria deles reversível, mas
algumas vezes fatais. A maioria dos casos fatais se referiu a pacientes com idade
acima de 65 anos. O médico deve estar atento aos sintomas como febre, dor de
garganta, estomatite ou outros sinais de infecção; quando tais sintomas ocorrerem o
tratamento deve ser interrompido e deve-se realizar exame hematológico.
Icterícia
Se ocorrer icterícia, o tratamento deve ser descontinuado.
Condições que necessitam de monitoração
É necessária a administração cautelosa, bem como a monitoração rigorosa e regular
em pacientes com:
- Epilepsia e síndrome cerebral orgânica: Embora a experiência clínica indique
que as convulsões epilépticas sejam raras durante o tratamento com
mirtazapina, assim como com outros antidepressivos, Remeron Soltab
deve ser introduzido com cautela em pacientes com histórico de convulsões. O
tratamento deve ser descontinuado em qualquer paciente que desenvolver
convulsões ou que apresentar um aumento da frequência destas.
- Alterações hepáticas: Após a dose única oral de 15 mg de mirtazapina, a
depuração da mirtazapina apresentou redução de aproximadamente 35% em
pacientes com alteração hepática leve a moderada, em comparação com
indivíduos com função hepática normal. A concentração plasmática média da
mirtazapina aumentou cerca de 55%.
- Alterações renais: Após a dose única oral de 15 mg de mirtazapina em
pacientes com insuficiência renal moderada (depuração de creatinina >= 10
mL/min e < 40 mL/min) e grave (depuração de creatinina < 10 mL/min) a
depuração de creatinina diminuiu cerca de 30% e 50%, respectivamente, em
comparação com indivíduos normais. A concentração plasmática média da
mirtazapina aumentou cerca de 55% e 115%, respectivamente. Não foram
encontradas diferenças significativas em pacientes com insuficiência renal leve
(depuração de creatinina >= 40 mL/min e < 80 mL/min) em comparação com o
grupo controle.
- Doenças cardíacas, tais como distúrbios da condução, angina pectoris e infarto
do miocárdio recente, nas quais devem ser tomadas precauções habituais e os
medicamentos concomitantes devem ser administrados com cautela.
- Hipotensão arterial.
- Diabetes melito: em pacientes com diabetes, os antidepressivos podem alterar
o controle glicêmico. A dose de insulina ou de outros antidiabéticos pode
necessitar de ajuste e é recomendada monitoração rigorosa.
Assim como para outros antidepressivos, deve-se levar em consideração os seguintes
fatores:
- A piora de sintomas psicóticos pode ocorrer quando antidepressivos são
administrados a pacientes com esquizofrenia ou outros transtornos psicóticos;
as ideias paranoides podem ser intensificadas.
- Quando a fase antidepressiva do transtorno bipolar estiver sendo tratada, ela
pode se transformar em fase maníaca. Pacientes com histórico de
mania/hipomania devem ser monitorados rigorosamente. A mirtazapina deve
ser descontinuada em qualquer paciente que entrar em fase maníaca.
- Embora Remeron Soltab não seja sujeito a acúmulo, a experiência póscomercialização
mostra que a interrupção brusca do tratamento após
administração de longo prazo pode, algumas vezes, resultar em sintomas de
abstinência. A maioria das reações de abstinência é de leve intensidade e
autolimitada. Entre os vários sintomas de abstinência relatados, os mais
frequentes são tontura, agitação, ansiedade, cefaleia e náuseas. Embora
tenham sido relatados como sintomas de abstinência, deve-se entender que
eles podem estar relacionados com a doença de base. Nesse caso, o
tratamento com mirtazapina deve ser interrompido (ver Posologia).
- Recomenda-se cautela em pacientes com distúrbios da micção como na
hipertrofia prostática e em pacientes com glaucoma de ângulo fechado e
aumento da pressão intraocular (embora exista pouca probabilidade de
ocorrerem problemas com Remeron Soltab por causa de sua fraca
atividade anticolinérgica).
- Acatisia/agitação psicomotora: O uso de antidepressivos foi associado com o
desenvolvimento de acatisia, caracterizada por agitação subjetivamente
desagradável ou aflitiva e necessidade de movimentar-se frequentemente
acompanhada por uma incapacidade de manter-se sentado ou em pé. Isso
ocorre principalmente dentro das primeiras semanas de tratamento. Em
pacientes que desenvolverem esses sintomas, o aumento das doses pode ser
prejudicial.
Hiponatremia
Foi relatada muito raramente hiponatremia com o uso de mirtazapina, provavelmente
devida à secreção inadequada do hormônio antidiurético (SIADH). Recomenda-se
cautela em pacientes de risco, tais como idosos ou aqueles tratados
concomitantemente com medicamentos que sabidamente causam hiponatremia.
Síndrome serotonínica
Interação com substâncias ativas serotoninérgicas: a síndrome serotonínica pode
ocorrer quando inibidores seletivos da recaptação de serotonina (SSRIs) são utilizados
concomitantemente com outras substâncias ativas serotoninérgicas (ver Interações
medicamentosas). Os sintomas da síndrome serotonínica podem ser hipertermia,
rigidez, mioclonia, instabilidade autonômica com possíveis flutuações rápidas dos
sinais vitais, alterações do estado mental que incluem confusão, irritabilidade e
agitação extrema evoluindo para delírio e coma. De acordo com a experiência póscomercialização,
parece que a síndrome serotonínica ocorre muito raramente em
pacientes tratados com Remeron Soltab isoladamente (ver Reações adversas).
Sacarose
Remeron Soltab contém esferas de açúcar contendo sacarose. Os pacientes com
raros problemas hereditários de intolerância à frutose, mal absorção de glicosegalactose
ou insuficiência da sacarose isomaltase, não devem receber esse
medicamento.
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com
cautela em portadores de Diabetes.
Fenilcetonúricos
Os pacientes fenilcetonúricos devem ser informados que os comprimidos de
Remeron Soltab contém aspartamo, uma fonte de fenilalanina. Cada comprimido
de 15, 30 e 45 mg de mirtazapina corresponde a 2, 6; 5, 2 e 7, 8 mg de fenilalanina,
respectivamente. Ele pode ser perigoso para pacientes com fenilcetonúria.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir e operar máquinas
Remeron Soltab apresenta influência pequena ou moderada sobre a habilidade de
dirigir e operar máquinas. Remeron Soltab pode alterar a concentração e o estado
de alerta (particularmente na fase inicial do tratamento). Os pacientes devem evitar a
realização de atividades potencialmente perigosas, que requeiram alerta e boa
concentração, tais como dirigir veículos ou operar máquinas, a qualquer momento,
quando forem afetados.Uso na gravidez
Categoria C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Dados limitados sobre o uso da mirtazapina em mulheres grávidas não indicam um
aumento do risco de malformações congênitas. Os estudos em animais não
apresentaram efeitos teratogênicos clinicamente relevantes, mas foi observada
toxicidade de desenvolvimento (ver Dados pré-clínicos). Recomenda-se cautela ao
prescrever o medicamento para gestantes. Se Remeron Soltab for utilizado até o
parto ou logo antes do parto, a monitoração pós-natal do recém-nascido é
recomendada para detectar possíveis efeitos de abstinência.
Os estudos em animais e os dados limitados em humanos mostraram excreção da
mirtazapina no leite materno apenas em quantidades muito pequenas. A decisão de
continuar/descontinuar o aleitamento ou continuar/descontinuar o tratamento com
Remeron Soltab deve ser tomada levando em conta o benefício do aleitamento
para a criança e do tratamento com Remeron Soltab para a mãe.Interações medicamentosas
Interações farmacodinâmicas
- A mirtazapina não deve ser administrada concomitantemente com inibidores da MAO
ou dentro das duas semanas após a descontinuação do tratamento com inibidor da
MAO. Por outro lado, deve-se aguardar cerca de duas semanas para que pacientes
tratados com mirtazapina possam ser tratados com inibidores da MAO (ver Contraindicações).
Além disso, assim como com os inibidores seletivos da recaptação de serotonina
(SSRIs), a administração concomitante com outras substâncias ativas serotoninérgicas
(L-triptofano, triptanos, tramadol, linezolida, SSRIs, venlafaxina, lítio e preparações
contendo Erva de São João – Hypericum perforatum) pode levar ao aparecimento de
efeitos associados com a serotonina (síndrome serotonínica: ver Precauções e
Advertências). Recomenda-se cautela e é requerida monitoração rigorosa quando
essas substâncias ativas são combinadas com a mirtazapina.
- A mirtazapina pode aumentar as propriedades sedativas das benzodiazepinas e outros
sedativos (especialmente antipsicóticos, antagonistas H1 anti-histamínicos, opioides).
Recomenda-se cautela quando esses medicamentos são prescritos juntamente com a
mirtazapina.
- A mirtazapina pode aumentar o efeito depressor do álcool sobre o SNC. Os pacientes
devem ser advertidos a evitar o consumo de bebidas alcoólicas enquanto estiverem em
tratamento com mirtazapina.
- A mirtazapina, na dose de 30 mg uma vez ao dia causou um aumento pequeno, mas
estatisticamente significativo, na razão internacional normalizada (INR) em indivíduos
tratados com varfarina. Considerando que com doses mais elevadas de mirtazapina
não pode ser excluído um efeito mais pronunciado, é recomendável monitorar a INR
em caso de tratamento concomitante de varfarina com mirtazapina.
Interações farmacocinéticas
- A carbamazepina e a fenitoína, que são indutores da CYP3A4, aumentaram a
depuração da mirtazapina cerca de duas vezes, resultando em uma redução nas
concentrações plasmáticas médias da mirtazapina de 60% e 45%, respectivamente.
Quando a carbamazepina ou qualquer outro indutor do metabolismo hepático (tal como
a rifampicina) for adicionado ao tratamento com mirtazapina, a dose desta precisa ser
aumentada. Se o tratamento com tal medicamento for descontinuado, poderá ser
necessário reduzir a dose de mirtazapina.
- A administração concomitante do potente inibidor da CYO3A4, cetoconazol, aumentou
os níveis plasmáticos de pico e a AUC da mirtazapina aproximadamente 40% e 50%,
respectivamente.
- Quando a cimetidina (fraco inibidor da CYP1A2, CYP2D6 e CYP3A4) for administrada
com a mirtazapina, a concentração plasmática média da mirtazapina pode aumentar
mais de 50%. Recomenda-se cautela e a dose poderá precisar ser reduzida ao
administrar mirtazapina com potentes inibidores da CYP3A4, inibidores da HIV
protease, antifúngicos azoles, eritromicina, cimetidina ou nefazodona.
- Os estudos sobre interações não indicaram nenhum efeito farmacocinético relevante
com o tratamento concomitante da mirtazapina com paroxetina, amitriptilina,
risperidona ou lítio.Reações adversas / Efeitos colaterais
Pacientes deprimidos apresentam vários sintomas associados com a própria doença.
Por isso, algumas vezes, é difícil determinar quais sintomas resultaram da própria
doença ou do tratamento com Remeron Soltab.
As reações adversas relatadas mais comumente, ocorrendo em mais de 5% dos
pacientes tratados com Remeron Soltab em estudos clínicos randomizados
controlados com placebo (ver abaixo) são sonolência, sedação, boca seca, aumento
de peso, aumento de apetite, tontura e fadiga.
Todos os estudos randomizados controlados com placebo em pacientes (incluindo
indicações diferentes do transtorno de depressão maior) foram avaliados com relação
às reações adversas. A meta-análise considerou 20 estudos,
com uma duração de tratamento planejada de até 12 semanas, incluindo 1.501
pacientes (134 indivíduos/anos) recebendo doses de mirtazapina de até 60 mg e 850
pacientes (79 indivíduos/anos) recebendo placebo. Fases de extensão desses estudos
clínicos foram excluídas para manter a comparabilidade ao tratamento com placebo.
A Tabela 1 apresenta a incidência, por categoria, das reações adversas que ocorreram
nos estudos clínicos, com frequência estatisticamente mais significativa durante o
tratamento com Remeron Soltab do que com placebo, acrescentada por reações
adversas de relatos espontâneos. A frequência das reações adversas dos relatos
espontâneos são baseadas no índice de relatos desses eventos nos estudos clínicos.
A frequência das reações adversas dos relatos espontâneos que não foram
observadas em pacientes dos estudos clínicos randomizados controlados com
placebo, mas que foram observadas com mirtazapina, foi classificada como não
conhecida.
Tabela 1. Reações adversas de REMERON
Classe de órgãos e sistemas Muito comum (>= 1/10) Comum (>= 1/100 to < 1/10) Incomum (>= 1/1,000 to < 1/100) Rara (>= 1/10,000 to < 1/1,000) Frequência não conhecida
(tabela na bula original)
1. Nos estudos clínicos, esses eventos ocorreram mais frequentemente
(estatisticamente significativos) durante o tratamento com Remeron Soltab do que
com placebo.
2. Nos estudos clínicos, esses eventos ocorreram mais frequentemente durante o
tratamento com placebo do que com Remeron Soltab, mas não com frequência
estatisticamente mais significativa.
3. Nos estudos clínicos, esses eventos ocorreram mais frequentemente
(estatisticamente significativos) durante o tratamento com placebo do que com
Remeron Soltab.
4. Nota: a redução da dose geralmente não leva a menos sonolência/sedação, mas
pode prejudicar a eficácia antidepressiva.
5. Em tratamentos com antidepressivos em geral, ansiedade e insônia (que podem ser
sintomas da depressão) podem se desenvolver ou se tornar piores. No tratamento com
mirtazapina, foi relatado o desenvolvimento ou piora da ansiedade e da insônia.
6. Foram relatados casos de ideação suicida e comportamentos suicidas durante o
tratamento com mirtazapina ou no início ou após a descontinuação do tratamento (ver
Advertências).
Nas avaliações laboratoriais nos estudos clínicos foram observados aumentos
transitórios nas transaminases e na gama-glutamiltransferase (entretanto, não foram
relatados eventos adversos associados, estatisticamente significativamente mais
frequentemente com Remeron Soltab do que com placebo).Posologia
Adultos:
A dose diária eficaz geralmente varia entre 15 e 45 mg; a dose inicial é de 15 ou 30 mg. A
mirtazapina começa a exercer seu efeito, em geral, após 1 a 2 semanas de tratamento. O
tratamento com uma dose adequada deve resultar em uma resposta positiva dentro de 2 a 4
semanas. Com uma resposta insuficiente, a dose pode ser aumentada até a dose máxima. Se não houver resposta dentro das 2 a 4 semanas seguintes, então, o tratamento deve ser
interrompido.
Pacientes idosos
A dose recomendada é a mesma que a de adultos mais jovens. Em pacientes idosos um
aumento da dose pode ser adotado sob rigorosa supervisão para permitir uma resposta
satisfatória e segura.
Crianças e adolescentes menores de 18 anos
Remeron Soltab não deve ser utilizado no tratamento de crianças e adolescentes menores
de 18 anos (ver Precauções e Advertências).
Pacientes com insuficiência renal:
A depuração da mirtazapina pode ser reduzida em pacientes que apresentam insuficiência
renal moderada a grave. (depuração de creatinina < 40 mL/min). Isso deve ser considerado ao
prescrever Remeron Soltab para pacientes dessa categoria (ver Precauções e
Advertências).
Pacientes com insuficiência hepática:
A depuração da mirtazapina pode ser reduzida em pacientes com insuficiência hepática. Isso
deve ser considerado ao prescrever Remeron Soltab para pacientes dessa categoria,
particularmente com insuficiência hepática grave, uma vez que estes não foram estudados (ver
Precauções e Advertências)..
A mirtazapina apresenta meia-vida de eliminação de 20 a 40 horas e, portanto, REMERON
SOLTAB é apropriado para administração única diária. Ele deve ser administrado
preferencialmente em dose única na hora de deitar. Remeron Soltab também pode ser
administrado dividido em duas doses (uma dose pela manhã e outra à noite, sendo que a dose
mais elevada deve ser administrada à noite).
O comprimido deve ser administrado por via oral. Os comprimidos irão
dissolver-se rapidamente sobre a língua, podendo ser engolidos sem água.
Os pacientes com depressão devem ser tratados durante o período suficiente de pelo menos 6
meses para assegurar que fiquem livres de sintomas.
Recomenda-se descontinuar gradativamente o tratamento com mirtazapina para evitar
sintomas de abstinência (ver Precauções e Advertências).Superdosagem
A experiência atual referente à superdose com Remeron Soltab isoladamente indica que
os sintomas usualmente são leves. Foi relatada depressão do sistema nervoso central com
desorientação e sedação prolongada, juntamente com taquicardia e leve hipertensão ou
hipotensão. Entretanto, existe a possibilidade de evolução mais grave (incluindo casos fatais)
com doses muito mais elevadas do que a dose terapêutica, especialmente em superdoses
múltiplas.
Casos de superdose devem receber tratamento sintomático apropriado e de suporte para as
funções vitais. Também, deve-se considerar a administração de carvão ativado ou lavagem
gástrica.Informações
Remeron Soltab pertence ao grupo farmacoterapêutico de Outros antidepressivos (código
ATC: N06AX11).
Propriedades farmacodinâmicas
A mirtazapina é um antagonista alfa-2 de ação pré-sináptica central, que aumenta a
neurotransmissão central noradrenérgica e serotonérgica. Esse aumento é especificamente
mediado pelos receptores 5-HT1, porque os receptores 5-HT2 e 5-HT3 são bloqueados pela
mirtazapina. Presume-se que os enantiômeros da mirtazapina contribuem para a atividade
andepressiva, o S(+) enantiômero bloqueando receptores alfa-2 e 5-HT2 e o S(-) enantiômero
bloqueando os receptores 5-HT3. A atividade antagonista histamínica H1 da mirtazapina é
associada com suas propriedades sedativas. Ela praticamente não apresenta atividade
anticolinérgica e, em doses terapêuticas, praticamente não apresenta efeitos sobre o sistema
cardiovascular.
Propriedades farmacocinéticas
Após a administração oral a substância ativa mirtazapina é
rapidamente bem absorvida (biodisponibilidade aproximadamente igual a 50%), atingindo níveis
plasmáticos de pico aproximadamente após 2 horas. A ligação da mirtazapina às proteínas
plasmáticas é de aproximadamente 85%. A meia-vida de eliminação é de 20-40 horas; meiasvidas
mais longas foram observadas em homens jovens. A meia-vida de eliminação é suficiente
para justificar a posologia de administração única diária. O estado de equilíbrio é atingido após
3-4 dias, após o que não ocorre acúmulo. A mirtazapina apresenta farmacocinética linear
dentro da variação de dose recomendada. A ingestão de alimentos não influencia a
farmacocinética da mirtazapina.
A mirtazapina é amplamente metabolizada e é eliminada pela urina e fezes dentro de poucos
dias. As principais vias de biotransformação são desmetilação e oxidação seguidas por
conjugação. Dados in vitro de microssomos de fígado humano indicaram que as enzimas
CYP2D6 e CYP1A2 do sistema citocromo P450 estão envolvidas na formação do metabólito 8-
hidróxi da mirtazapina, enquanto que a CYP3A4 é considerada como responsável pela
formação dos metabólitos N-desmetil e N-óxido. O metabólito desmetil é farmacologicamente
ativo e parece apresentar o mesmo perfil farmacocinético do composto de origem.
A depuração da mirtazapina pode ser reduzida como resultado de insuficiência renal ou
hepática.
Dados de segurança pré-clínicos
Os dados pré-clínicos não revelaram perigo especial para humanos, com base nos estudos
convencionais de farmacologia de segurança, toxicidade de doses repetidas, carcinogenicidade
ou genotoxicidade.
Nos estudos de toxicidade reprodutiva em ratos e coelhos não foram observados efeitos
teratogênicos. Na exposição sistêmica duas vezes maior que a exposição sistêmica durante o
uso terapêutico da mirtazapina em humanos, houve um aumento na perda pós-implantação, diminuição no peso das crias ao nascimento e redução na sobrevida das crias durante os
primeiros três dias de amamentação em ratos.
A mirtazapina não foi genotóxica em uma série de testes para mutação de genes e danos
cromossômicos e do DNA. Foram encontrados tumores da tireoide em um estudo de
carcinogenicidade em ratos e neoplasias hepatocelulares em um estudo de carcinogenicidade
em camundongos, que foram considerados como sendo respostas não genotóxicas específicas
das espécies, associadas com tratamento de longo prazo com doses elevadas de indutores de
enzimas hepáticas.os
cromossômicos e do DNA. Foram encontrados tumores da tireoide em um estudo de
carcinogenicidade em ratos e neoplasias hepatocelulares em um estudo de carcinogenicidade
em camundongos, que foram considerados como sendo respostas não genotóxicas específicas
das espécies, associadas com tratamento de longo prazo com doses elevadas de indutores de
enzimas hepáticas.