Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Astrazeneca

Apresentação

compr.: caixa c/ 20 un. de 200 mg

Indicações

Tratamento de manutenção para prevenção de recorrência de fibrilação atrial. Taquicardia paroxística supraventricular e ventricular. Extrassístoles ventriculares sintomáticas.

Contra-indicações

- Reconhecida hipersensibilidade à quinidina ou à quinina. - Bloqueio AV parcial ou total, na ausência de marca-passo. - Trombocitopenia anterior ou concomitante ao tratamento. - Prolongamento do intervalo Q-T. - Intoxicação digitálica. - Infecções agudas ou processos tóxicos

Reações adversas / Efeitos colaterais

As reações adversas gastrintestinais são freqüentes e ocorrem em aproximadamente 30% dos pacientes. Gastrintestinais: diarréia, náuseas e vômitos. Sistema nervoso central e periférico: raramente sinais de cinchonismo, por exemplo: tinido, visão borrada, cefaléia e tonturas. Cardiovasculares: arritmias como taquicardia ventricular, na maioria das vezes do tipo de torsades de pointes ou fibrilação ventricular. Raramente pode ocorrer hipotensão e bradicardia, podendo conduzir a parada cardíaca. Reações de hipersensibilidade: raramente urticária, febre e erupção cutânea. Em casos isolados podem ocorrer hepatite, trombocitopenia, pancitopenia, agranulocitose, fotossensibilidade, síndrome lupus eritematoso-simile, mialgia e artralgia.

Posologia

O início do tratamento de arritmias ventriculares graves, deve, assim como para outros antiarrítmicos, ser feito em hospitais. A dose deve ser individualizada. A dose de quinidina deve preferencialmente ser estabelecida por determinação dos níveis plasmáticos após cerca de uma semana de tratamento. Os níveis plasmáticos terapêuticos estão entre 1 a 6 mg/l (3-18 umol/l). A duração do intervalo Q-T deve ser verificada antes e após o tratamento. Em geral tais níveis se obtêm com 2 a 5 comprimidos (0,4-1 g) pela manhã e à noite. A dose normal para a terapia de manutenção, após a conversão da fibrilação atrial, é de 3 (0,6 g) comprimidos pela manhã e à noite. A ingestão concomitante de alimento pode aumentar a tolerabilidade gástrica ao medicamento. Os comprimidos devem ser deglutidos, inteiros, com líquido e não quebrados ou mastigados

Informações

A quinidina reduz a excitabilidade, automaticidade e velocidade de condução no átrio, nó AV e no ventrículo, e aumenta a duração do potencial de ação e o período refratário (antiarrítmico classe IA de acordo com a classificação de Vaughan Williams e Harrison). Estes efeitos estão relacionados ao bloqueio dos canais de sódio nas membranas celulares, resultando em redução do potencial de ação (fase 0) e, conseqüentemente, diminuição de condução e redução do automatismo nas fibras de Purkinje (fase 4). O efeito é consideravelmente menor quando a concentração extra-celular de potássio está diminuída e maior quando aumentada. Os efeitos eletrofisiológicos diretos da quinidina são modificados por um efeito anticolinérgico relativamente acentuado, particularmente dominante em baixas concentrações plasmáticas. A frequência do nó sinusal e a velocidade de condução ao nível AV podem, portanto, aumentar. A quinidina, em concentrações plasmáticas terapêuticas, aumenta os intervalos PQ, QRS e Q-T (vide precauções). A quinidina tem uma ação inotrópica negativa, que não apresenta importância em concentrações plasmáticas terapêuticas, se a contratilidade não estiver reduzida. Em caso de alteração da função miocárdica, entretanto, pode produzir insuficiência cardíaca. A quinidina tem um modesto efeito vasodilatador, reduzindo, desta forma, a resistência vascular periférica. A biodisponibilidade oral da quinidina é de 70 a 80%. A absorção não é influenciada por ingestão concomitante de alimento. O volume aparente de distribuição é de 3l/kg. A ligação protéica plasmática é de 70 a 95%. A meia-vida biológica na fase de eliminação é de aproximadamente 6 horas e a dose é quase que inteiramente excretada na urina, sendo 10 a 20% sob forma não metabolizada. A alcalinização da urina prolonga o tempo de eliminação da quinidina. Foi demonstrado que a eficácia terapêutica está associada a níveis plasmáticos que variam de 1 a 6 mg/l (3 a 18 umol/l), utilizando a metodologia mais moderna e específica de HPLC (SAMI, M. et al Am. J. Cardiol., 1981; 48; 147-156, CARLINER, Nh et al. Am. Heart J. 1980; 100: 483-9). A formulação DURILES propicia uma liberação gradual da substância ativa, de tal forma a reduzir os picos de concentração plasmática da droga. Comparada aos comprimidos comuns, a fase de absorção é prolongada e se obtém um efeito mais constante e prolongado, reduzindo-se o número de doses necessárias por dia. A concentração plasmática máxima é atingida 4 horas após a ingestão. A administração continuada de quinidina reduz o risco de recorrência de arritmias.

gado, reduzindo-se o número de doses necessárias por dia. A concentração plasmática máxima é atingida 4 horas após a ingestão de Quinidine Duriles. A administração continuada de quinidina reduz o risco de recorrência de arritmias.