Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Aché

Apresentação

Pó liófilo injet. de 50 mg. emb. c/ 1 fr.-ampola e 1 ampola de diluente c/ 5 ml. sol. inj. de 3 mg/1 ml. emb. c/ 6 amp. c/ 1 ml. Cprs de 15 mg. emb. c/ 10 cprs.

Indicações

Este produto está indicado como antídoto aos efeitos provocados pelos antagonistas do ácido fólico, tais como: metotrexato, pirimetamina ou trimetoprima; como resgate após terapia com altas doses de metotrexato em osteossarcoma e na prevenção de efeitos colaterais graves causados por uma superdose de metotrexato. Para tratar reações severas de doses médias e moderadas de metotrexato usado para esquemas de tratamento de diversas formas de câncer tóxico. No tratamento de anemias megaloblásticas por deficiência de ácido fólico associadas com deficiência nutricional, gravidez, alcoolismo, idosos (melhora dos sintomas psíquicos da deficiência de folatos), pacientes com problemas hepáticos (cirrose e hepatopatias crônicas). O folinato cálcico também pode ser utilizado como pré-tratamento seguido de fluorouracila para prolongar a sobrevida do paciente em tratamentos paliativos para câncer colorretal avançado.

Contra-indicações

Este produto está contra-indicado para pacientes com anemias perniciosas e outras anemias megaloblásticas secundárias à carência de cobalaminas (vitamina B12). Uma remissão hematológica parcial poderá ocorrer enquanto manifestações neurológicas continuarem a progredir.

Advertências

Durante o tratamento de superdose acidental dos antagonistas do ácido fólico, o folinato de cálcio deve ser administrado o mais rápido possível. À medida que o intervalo de tempo entre a administração dos antagonistas do ácido fólico (p.e. metrotexato) e do resgate de folinato de cálcio aumenta, a eficácia do folinato de cálcio na contenção da toxicidade hematológica diminui. Pacientes recebendo folinato de cálcio como resgate aos efeitos tóxicos do metotrexato devem estar sob supervisão de um médico experiente em terapias de altas doses de metotrexato. Além disso, o folinato de cálcio deve ser usado com cuidado na presença de disfunção renal ou efusão peritoneal ou pleural, devido tais problemas poderem afetar a excreção do metotrexato. A monitorização da concentração sérica do metotrexato é essencial na determinação da dose ótima e duração do tratamento com o folinato de cálcio. A excreção retardada de metotrexato pode ser causada por um acúmulo de fluidos no terceiro compartimento (p.e. ascites, efusão pleural), insuficiência renal ou hidratação inadequada. Sob estas circunstâncias, doses maiores de folinato de cálcio ou administração prolongada podem ser indicadas. Doses maiores que as recomendadas para uso via oral devem ser administradas via intravenosa. Se o metotrexato for administrado intratecalmente como terapia local e o folinato de cálcio for administrado concomitantemente, a presença de tetra-hidrofolato, que difunde rapidamente para o fluido cérebro-espinal, poderá anular o efeito antineoplásico do metotrexato. O folinato de cálcio intensifica a toxicidade da 5-fluorouracila. Quando estas drogas são administradas concomitantemente, a dosagem da 5-fluorouracila deve ser menor que a usualmente administrada. A terapia com folinato de cálcio mais 5-fluorouracila não deve ser iniciada ou continuada em pacientes que apresentem sintomas de toxicidade gastrintestinal de qualquer intensidade, até que estes sintomas estejam completamente resolvidos. O folinato de cálcio não está recomendado para o tratamento de anemia perniciosa ou outras anemias megaloblásticas secundárias à perda de vitamina B12, pois, embora ela possa produzir uma remissão hematológica, as manifestações neurológicas continuam a progredir. Pacientes com diarréia devem ser monitorados com atenção especial até a mesma ter sido resolvida, pois pode ocorrer uma deterioração clínica rápida levando à morte do paciente. Pacientes idosos e/ou debilitados mostraram ser susceptíveis de grande toxicidade gastrintestinal severa. Convulsões e/ou síncopes foram raramente reportadas em pacientes com câncer recebendo folinato de cálcio, normalmente em associação com a administração de fluoropirimidina, e, mais comumente naqueles com metástases no SNC ou outros fatores predispostos, mas, entretanto, uma relação causal não foi estabelecida. Folinato de cálcio oral: Mortes por enterocolite severa, diarréia e desidratação têm sido reportadas em pacientes idosos recebendo folinato de cálcio e fluorouracila semanalmente. Granulocitopenia e febre concomitantes estavam presentes em alguns dos pacientes. Uso pediátrico: O folinato de cálcio pode aumentar a freqüência de convulsões em crianças susceptíveis pela inibição dos efeitos anticonvulsivantes dos barbituratos, hidantoína e primidona (vide interações medicamentosas). O pó liofilizado deste produto, quando reconstituído com um diluente contendo álcool benzílico, não deve ser administrado em recém-nascidos e prematuros. Uso em idosos: Não existem informações específicas sobre o uso de folinato de cálcio em pacientes geriátricos. Contudo, estes pacientes são mais susceptíveis a terem uma disfunção renal idade-relacionada, podendo requerer ajustes de dosagem para os pacientes recebendo resgate de folinato de cálcio. Uso em pacientes com disfunção renal: O risco da toxicidade pelo metotrexato está aumentado, podendo ocorrer acúmulo do mesmo devido sua eliminação estar prejudicada; até mesmo pequenas doses de metotrexato podem levar a uma mielossupressão e mucosite severas. Assim, doses maiores e/ou aumento da duração do tratamento com folinato de cálcio podem ser necessários, acompanhados de cuidadosa monitorização das concentrações de metotrexato. PRECAUÇÕES Gerais: Após a quimioterapia com antagonistas do ácido fólico, a administração parenteral de folinato de cálcio é preferível à dose oral quando houver a possibilidade do paciente vomitar e não absorver o folinato de cálcio. O folinato de cálcio não exerce efeito sobre outras toxicidades relacionadas ao metotrexato, como a nefrotoxicidade resultante da precipitação da droga nos rins. Quando o resgate de folinato de cálcio é usado em conjunto com terapia de altas doses de metotrexato, as drogas devem ser administradas apenas por médicos experientes em quimioterapia de câncer, em centros onde estejam disponíveis equipamentos para medidas da concentração sanguínea de metotrexato. O folinato de cálcio é normalmente eficaz contra a toxicidade severa do metotrexato nestes regimes, mas suas reações tóxicas podem ocorrer mesmo com a terapia com folinato de cálcio, especialmente quando a meiavida do metotrexato está aumentada (p.e. disfunção renal). Por isso, é extremamente importante que o folinato de cálcio seja administrado até que a concentração sanguínea do metotrexato decaia a concentrações nãotóxicas. Ele deve ser usado com cautela como resgate dos efeitos de altas doses de metotrexato quando problemas médicos posteriores existirem: acidúria (pH da urina menor que 7), ascite, desidratação, obstrução gastrintestinal, efusão pleural ou peritoneal. Monitorização de pacientes que recebem altas doses de metotrexato: As determinações dos clearances de creatinina são recomendadas antes do início da terapia com altas doses de metotrexato com resgate com folinato de cálcio ou se a concentração de creatinina sérica tiver aumentado 50% ou mais. As concentrações de metotrexato sérico devem ser determinadas a cada 12-24 horas após administração de altas doses da droga, a fim de determinar a dose e a duração do tratamento com folinato de cálcio necessárias para manter o resgate. Em geral, a monitorização deve continuar até as concentrações estarem menores que 5 x 10-8M. As concentrações de creatinina sérica devem ser determinadas antes e 24 horas após cada dose de metotrexato, até as concentrações plasmáticas ou séricas de metotrexato serem menores que 5 x 10-8M, para detectar-se o desenvolvimento de disfunção renal e toxicidade esperada do metotrexato. O pH da urina deve ser determinado antes de cada dose de terapia de altas concentrações de metotrexato e aproximadamente a cada 6 horas do resgate completo de folinato de cálcio, até as concentrações séricas ou plasmáticas de metotrexato estarem menores que 5 x 10-8M. O pH deve permanecer maior que 7,0 para minimizar o risco de nefropatia causada pela precipitação de metotrexato seus metabólitos na urina.

Uso na gravidez

Estudos de reprodução animal não foram conduzidos com folinato de cálcio. Não se tem conhecimento se o folinato de cálcio pode causar dano fetal quando administrado a pacientes grávidas ou afetar a capacidade reprodutora. Por isso, o folinato de cálcio só deve ser administrado a pacientes grávidas se realmente necessário. Pacientes com suspeita de gravidez não devem ser iniciadas no tratamento com folinato de cálcio até a gravidez ser descartada e devem ser alertadas quanto aos sérios riscos para o feto se engravidarem durante o tratamento. Não se tem conhecimento se esta droga é excretada pelo leite materno. Devido diversas drogas serem excretadas pelo leite materno, deve-se ter precaução ao administrar folinato de cálcio a mulheres em fase de lactação.

Interações medicamentosas

Folinato de cálcio/fenobarbital/fenitoína/primidona: amplas doses de folinato de cálcio podem inibir os efeitos anticonvulsivantes destes medicamentos e aumentar a freqüência de convulsões em crianças susceptíveis. Folinato de cálcio/fluorouracila: o uso concomitante de folinato de cálcio pode aumentar os efeitos tóxicos da flourouracila. Um ajuste de dosagem pode ser necessário (vide Advertências). Folinato de cálcio/metotrexato via intratecal: estudos preliminares em animais e humanos mostraram que pequenas quantidades de folinato de cálcio administradas sistemicamente entram inicialmente no SNC como 5-metiltetra- hidrofolato e, em humanos, permanecem de 1 a 3 ordens de magnitude menores que as concentrações de metotrexato usuais administradas intratecalmente.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Sensibilização alérgica incluindo reações anafilactóides e urticária foram reportadas após a administração tanto de folinato cálcico oral quanto parenteral. Relatou-se também trombocitose em pacientes recebendo folinato cálcico durante infusão intra-arterial de metotrexato.

Posologia

Produtos de uso parenteral devem ser inspecionados visualmente quanto à presença de materiais particulados ou descoloração, antes da administração, quando a solução e o recipiente permitirem. Resgate de folinato cálcico após terapia com altas doses de metotrexato: As recomendações para o resgate de folinato cálcico são baseadas nas doses de metotrexato de 12 a 15 mg/m2 administradas por infusão intravenosa durante 4 horas. O resgate de folinato cálcico é feito com doses de 15 mg (aproximadamente 10 mg/m2), a cada 6 horas (totalizando 10 doses), iniciando-se 24 horas após o início da infusão de metotrexato. Na presença de toxicidade gastrintestinal, náusea ou vômito, o folinato cálcico deve ser administrado parenteralmente. Os níveis de creatinina sérica e metotrexato devem ser determinados pelo menos uma vez ao dia. Quando da administração de folinato cálcico, a hidratação e a alcalinização urinária (pH de 7,0 ou mais) devem ser continuadas até que o nível de metotrexato esteja abaixo de 5 x 10-8M (0,05 micromolar). A dose de folinato cálcico deve ser ajustada, ou o resgate de folinato cálcico prolongado, baseados nas seguintes recomendações: (vide bula)

Superdosagem

Quantidades excessivas de folinato de cálcio podem anular o efeito quimioterapêutico dos antagonistas do ácido fólico. O folinato de cálcio é similar ao ácido fólico, solúvel em água e rapidamente excretado na urina. O ácido fólico tem toxicidade aguda e crônica baixas no homem. Não relatou-se reações adversas em adultos após ingestão de 400 mg/dia durante 5 meses ou 10 mg/dia durante 5 anos. Não são necessárias medidas específicas de tratamento.

Informações

Prevax (Folinato Cálcico) é uma mistura de diasteroisômeros do ácido tetra-hidrofólico, uma coenzima essencial para a síntese de ácidos nucleicos. O composto biologicamente ativo é o L-isômero, conhecido como ácido folínico ou fator citrovorum. Devido sua rápida conversão para outros derivados do ácido tetra-hidrofólico, o folinato cálcico é um potente antídoto para os efeitos tóxicos que atingem os sistemas hematopoiético e reticuloendotelial causados pelos antagonistas do ácido fólico (metotrexato, pirimetamina e trimetoprima). Ele também demonstrou ser eficaz na correção de diversas anemias megaloblásticas e macrocíticas por deficiência de folato. Em alguns tipos de cânceres, postulou-se que o folinato cálcico entra e resgata- células normais dos efeitos tóxicos dos antagonistas do ácido fólico, preferencialmente as células tumorais, devido à diferença de mecanismo de transporte de membrana; este conceito é a base da terapia de alta dose de metotrexato com resgate de folinato cálcico-. O folinato cálcico administrado em tempo apropriado resgata as células da medula óssea e gastrintestinais do metotrexato, mas não tem efeito aparente ou nefrotoxicidade preexistente ao metotrexato. Devido não necessitar de redução pela diidrofolato redutase como o ácido fólico, o folinato cálcico não é afetado pela inibição desta enzima pelos antagonistas do ácido fólico (inibidores da diidrofolato redutase). Esta permite a síntese de purina e timidina e eventualmente podem ocorrer a síntese de proteínas do DNA e RNA.

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