As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
SanofiReferência
Prednisolona 1mg/mlApresentação
sol. oral. cx. c/ 1 fr. c/ 100 mL de sol. oral. (1mg/ml)Indicações
Prednisolon está indicado nas seguintes condições abaixo.
Desordens Endócrinas: insuficiência adrenocortical primária ou secundária (hidrocortisona ou cortisona na primeira escolha; os análogos sintéticos poderão ser utilizados em associação com mineralocorticóides quando necessário; em lactentes a suplementação mineralocorticóide é de particular importância): hiperplasia adrenal congênita; hipercalcemia associada ao câncer; tireoidite não supurativa.
Desordens reumáticas: como terapia auxiliar para administração a curto prazo (para o paciente superar um episódio agudo ou exacerbação) em: artrite psoriásica; artrite reumatóide, inclusive artrite reumatóide juvenil (casos selecionados poderão necessitar de terapia de manutenção em doses baixas); espondilite anquilosante; bursite aguda e subaguda; tenosinovite inespecífica aguda; artrite gotosa aguda; osteoartrite pós-traumática; sinovite osteoartrítica; epicondilite.
Colagenoses: durante uma exacerbação ou como terapia de manutenção em casos selecionados de lúpus eritematoso sistêmico, dermatomiosite (polimiosite) sistêmica; cardite reumática aguda.
Doenças dermatológicas: pênfigo; dermatite herpetiforme bolhosa; eritema multiforme severo (síndrome de Stevens-Johnson); dermatite esfoliativa; micose fungóide; psoríase severa; dermatite seborréica severa.
Condições alérgicas: controle de condições alérgicas severas ou incapacitantes não responsivas aos meios convencionais de tratamento em: rinite alérgica sazonal ou perene; asma brônquica; dermatite de contato; dermatite atópica; doença do soro; reações de hipersensibilidade a fármacos.Doenças oculares: graves processos inflamatórios e alérgicos, agudos ou crônicos envolvendo o olho e seus anexos, tais como: conjuntivite alérgica; ceratite; úlceras marginais alérgicas da córnea; herpes zoster oftálmico; irite e iridociclite; corioretinite; inflamação do segmento anterior; coroidite e uveite posterior difusa; neurite ótica, oftalmia simpática.
Doenças respiratórias: sarcoidose sintomática; síndrome de Loëffler não controlável por outros meios; beriliose; tuberculose pulmonar fulminante ou disseminada quando utilizado concomitantemente à quimioterapia antituberculosa adequada; pneumonite por aspiração.
Desordens hematológicas: púrpura trombocitopênica idiopática em adultos; trombocitopenia secundária em adultos; anemia hemolítica adquirida (autoimune); eritroblastopenia (anemia eritrocítica); anemia hipoplásica (eritróide) congênita.
Neoplasias: para o tratamento paliativo de: leucemias e linfomas em adultos; leucemia aguda na infância.
Estados edematosos: para induzir a diurese ou remissão da proteinúria da síndrome nefrótica idiopática, sem uremia, ou aquela devida ao lúpus eritematoso.
Doenças gastrintestinais: para auxiliar o paciente a superar um período crítico da doença em: colite ulcerativa, enterite regional.
Sistema nervoso: exacerbações agudas de esclerose múltipla.
Miscelânea: meningite tuberculosa com bloqueio subaracnóide ou bloqueio eminente, quando utilizada concomitantemente à quimioterapia antituberculosa apropriada; triquinose com envolvimento neurológico ou miocárdico.Contra-indicações
Infecções não controladas; infecções micóticas sistêmicas; hipersensibilidade conhecida à prednisona, Prednisolona ou qualquer componente da fórmula.Advertências
Deve-se fazer uma avaliação risco/ benefício para cada paciente quanto à dose e à duração do tratamento e quanto ao uso diário ou intermitente da medicação, visto que complicações devidas ao tratamento com glicocorticóides são dependentes da concentração da dose e da duração do tratamento.
Durante a terapia a longo prazo com corticosteróide, podem ocorrer supressão e atrofia da adrenal e a secreção de corticotropina pode ser suprimida. A duração do tratamento e a dose são fatores importantes na determinação da supressão do eixo pituitário adrenal e na resposta ao “stress” no término do tratamento com esteróide. A suscetibilidade do paciente à supressão é também variável. Alguns pacientes podem recuperar rapidamente a sua função normal. Em outros, a produção de hidrocortisona em resposta ao “stress” das infecções, operações cirúrgicas ou acidentes pode ser insuficiente, resultando em óbito. Portanto, a interrupção dos corticosteróides sempre deve ser feita de forma gradativa.
A interrupção abrupta do tratamento com corticosteróide pode precipitar insuficiência adrenal aguda (ver item “REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS”). Em alguns casos, os sintomas da interrupção podem simular a recidiva clínica da doença para a qual o paciente tenha sido tratado.
Como a Prednisolona apresenta pequena atividade de retenção de sódio, os primeiros sinais habituais de superdosagem da hidrocortisona (ex.: aumento do peso corpóreo devido à retenção de líquidos) não são índices confiáveis de superdosagem da Prednisolona. Devido a este fato, é recomendado que os níveis de dosagem não sejam excedidos e que todos os pacientes que estejam utilizando Prednisolona fiquem sob cuidadosa supervisão médica. Todas as precauções pertinentes ao uso da hidrocortisona devem ser aplicadas ao Prednisolon.
Cautela nas circunstâncias a seguir
Em casos de colite ulcerativa não-específica, se houver probabilidade de perfuração, abcesso ou outras infecções piogênicas iminentes. O medicamento deve ser usado com cautela em pacientes com diverticulite, anastomose intestinal recente, úlcera péptica ativa ou latente, insuficiência renal, hipertensão e miastenia gravis, quando esteróides são utilizados como terapia direta ou adjuvante.
Em pacientes com epilepsia, diabetes mellitus, uremia e na presença de função cardíaca diminuída ou insuficiência cardíaca congestiva (ver item “REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS”).
A possibilidade de desenvolvimento de osteoporose deve ser uma consideração importante no início e na manutenção do tratamento com corticosteróide, especialmente no período pós-menopausa (ver item “REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS”).
O risco de ulceração gastrintestinal ou hemorragia é aumentado quando o álcool é utilizado concomitantemente aos glicocorticóides.
Embora estudos clínicos controlados tenham demonstrado que os corticosteróides são eficazes na rapidez da resolução de exarcebações agudas de escleroses múltiplas, eles não demonstram que os corticosteróides afetam o último resultado ou a história natural da doença. Os estudos demonstram que doses relativamente elevadas de corticosteróides são necessárias para demonstrar um efeito significativo.
O uso prolongado de corticosteróides pode provocar catarata subcapsular posterior, glaucoma com possível lesão do nervo óptico e pode intensificar o estabelecimento das infecções oculares secundárias causadas por fungos ou vírus. Os corticosteróides devem ser usados com cautela nos pacientes com herpes simples ocular, devido à possível perfuração da córnea.
Infecção: os corticosteróides podem mascarar alguns sinais de infecções (tais como: febre e inflamação) e novas infecções podem aparecer durante o seu uso. O uso de corticosteróides pode diminuir a resistência e pode haver incapacidade em se localizar a infecção. A suscetibilidade à infecção não é específica para qualquer bactéria ou patógeno fúngico.
Os pacientes não devem receber vacinas de vírus vivos enquanto estiverem sob tratamento com corticosteróide. Outros procedimentos de imunização não devem ser utilizados nos pacientes em tratamento com corticosteróides, especialmente em doses elevadas, devido aos possíveis riscos de complicações neurológicas e ausência de resposta imunológica. Procedimentos de imunização podem ser realizados em pacientes que estejam recebendo corticosteróides como terapia de reposição.
Adultos recebendo tratamento com corticosteróides imunossupressores e que não tenham contraído doenças como varicela e sarampo, devem ter cautela especial para evitar estas exposições. Em caso de exposição, pode-se usar terapia com imunoglobulina anti-varicela-zoster (VZIG) ou “pool” de imunoglobulina intravenosa (IVIG), quando apropriado. Em caso de desenvolvimento de varicela, pode ser considerado o tratamento com agentes antivirais.
Foi relatado Sarcoma de Kaposi em pacientes recebendo corticoterapia.
A descontinuação dos corticosteróides pode resultar em debilitação clínica.
Cuidados a serem considerados antes do uso
Durante o tratamento a longo prazo, devem-se realizar estudos laboratoriais e metabólicos. A retenção de líquidos deve ser monitorada pelo balanço de líquidos e pesagem diária. Pode ser necessário reduzir a ingestão de sódio para menos do que 1 g diário e também de suplementos de potássio.
Risco de uso por via de administração não recomendada.
Não há estudos dos efeitos administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente pela via oral.Uso na gravidez
Nas experiências realizadas com animais, os corticosteróides demonstraram causar malformações de diversos tipos (fenda palatina, malformações esqueléticas) e aborto. Estes resultados não parecem ser relevantes em humanos.
Após tratamento a longo prazo, foi relatada redução da placenta e do peso fetal em animais e em humanos.
Devido à possibilidade de supressão do córtex adrenal do recém-nascido, após tratamento prolongado da mãe, deve-se considerar com cautela o risco ao feto quando da prescrição de corticosteróides a mulheres grávidas.
No período pré-parto, o uso de corticosteróides a curto prazo, para a prevenção da síndrome de insuficiência respiratória, não causou risco ao feto ou ao recém-nascido.
Edema pulmonar materno com tocólise e excesso de líquidos foram relatados com o uso.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Categoria de risco na gravidez: categoria C.
Lactação
O fármaco é excretado no leite materno; portanto, a administração a lactantes não é recomendada.Interações medicamentosas
O tratamento da superdose é sintomático, sendo que a dose deve ser diminuída ou o tratamento com o produto ser interrompido.Convulsões foram relatadas durante o uso concomitante de metilPrednisolona e ciclosporina. Visto que o uso concomitante destes agentes resulta em inibição mútua do metabolismo, é possível que os efeitos adversos associados ao uso isolado de cada medicamento sejam mais propensos a ocorrerem.
Os fármacos que induzem as enzimas hepáticas, tais como fenobarbital, fenitoína e rifampicina, podem aumentar o “clearance” dos corticosteróides e podem requerer aumento da dose de corticosteróide para atingir a resposta desejada.
Fármacos como troleandomicina e cetoconazol podem inibir o metabolismo dos corticosteróides e conseqüentemente diminuir o seu “clearance”. Portanto, a dose de corticosteróide deve ser adequada para evitar toxicidade esteroidal.
Pode ocorrer aumento do risco de toxicidade com salicilatos quando da interrupção da corticoterapia. Pacientes portadores de hipoprotrombinemia devem ter cautela quando do uso concomitante de aspirina com corticosteróides.
O efeito dos corticosteróides sobre os anticoagulantes orais é variável. Foram observados tanto aumento como diminuição dos efeitos dos anticoagulantes, quando administrados concomitantemente a corticosteróides. Portanto, os índices de coagulação devem ser monitorados para manter o efeito anticoagulante desejado.
Em pacientes tratados com corticosteróides sistêmicos, o uso de relaxantes musculares não-despolarizantes pode resultar em relaxamento prolongado.
O uso concomitante de estrogênios pode diminuir o metabolismo dos corticosteróides, incluindo a hidrocortisona. A necessidade de corticosteróide pode ser reduzida em pacientes que utilizam estrogênios (por exemplo: medicamentos contraceptivos).
Álcool
O risco de ulceração gastrintestinal ou hemorragia é aumentado quando o álcool é utilizado concomitantemente com os glicocorticóides.
Testes laboratoriais
Os glicocorticóides podem diminuir a absorção de I131 e as concentrações de iodo ligado às proteínas, dificultando a monitoração da resposta terapêutica dos pacientes recebendo medicamento para tireoidite.
Os glicocorticóides podem produzir resultados falso-negativos no teste de tetrazólio nitroazul (NBT) para infecções bacterianas sistêmicas. Os glicocorticóides podem suprimir as reações de testes cutâneosReações adversas / Efeitos colaterais
Efeitos prejudiciais são pouco prováveis de ocorrerem com a administração a curto prazo 1 mg/ mL (Fosfato sódicoa), mesmo em altas doses. A maioria das reações adversas dos corticosteróides são aquelas resultantes de interrupção ou de uso prolongado em doses elevadas.
Os efeitos adversos associados ao uso dos corticosteróides em doses elevadas necessárias para produzir a resposta terapêutica são resultantes da ação excessiva sobre o balanço de eletrólito: ação excessiva em outros aspectos do metabolismo incluindo gliconeogênese; ação sobre a reconstituição tecidual e cicatrização e efeito inibitório da secreção de corticotropina pela glândula pituitária anterior. A alteração do balanço hidroeletrolítico manifesta-se na retenção de sódio com edema e hipertensão e na excreção aumentada de potássio com o desenvolvimento de alcalose hipopotassêmica. Em casos extremos, pode induzir insuficiência cardíaca. Alterações no balanço eletrolítico são naturalmente comuns com corticotropinas, cortisona, desoxicortona e hidrocortisona, mas ocorrem menos freqüentemente com derivados sintéticos como a prednisona e Prednisolona. Outros efeitos metabólicos incluem mobilização de cálcio e fósforo, com osteoporose e fraturas espontâneas; depleção de nitrogênio e hiperglicemia, com acentuação ou precipitação de estado diabético. As necessidades de insulina dos pacientes diabéticos são aumentadas e freqüentemente ocorre aumento do apetite.
Os efeitos sobre a reconstituição tecidual manifestam-se como ulceração péptica com hemorragia e perfuração, retardando a cicatrização de feridas e aumentando a predisposição para infecção. Foi relatado aumento na suscetibilidade para todos os tipos de infecções, incluindo septicemia, infecções fúngicas e virais.
Doses elevadas de corticosteróides ou corticotropinas podem produzir sintomas típicos de hiperatividade do córtex adrenal, como cara de lua-, corcova de búfalo-, estrias e acne, algumas vezes levando ao desenvolvimento completo da síndrome de Cushing. Se a administração do hormônio for imediatamente descontinuada na presença destes sintomas, eles são geralmente reversíveis, mas a brusca descontinuação pode ser perigosa. A dose de corticosteróide necessária para causar diminuição ou ausência da corticotropina no sangue, com conseqüente atrofia do córtex adrenal e o tempo necessário para isto ocorrer são variáveis. A insuficiência adrenal aguda, com perda de consciência, pode ocorrer durante o tratamento prolongado ou na interrupção do tratamento e pode ser precipitada por infecção ou trauma.
Foi relatado retardo do crescimento em crianças e neste aspecto a cortisona apresenta 1/10 da potência quando comparada à prednisona e Prednisolona. Outros efeitos tóxicos incluem alterações mentais e neurológicas, hipertensão intracraniana e na redução abrupta da dose durante o tratamento de artrite reumatóide, fatalidades atribuídas a lesões de pequenas artérias e arteríolas similares à poliarterite.
Infecções podem ser mascaradas, visto que os corticosteróides apresentam propriedades antiinflamatórias e antipiréticas acentuadas e podem produzir sensação de bem-estar. A administração dos corticosteróides pode também causar redução no número de linfócitos circulantes. Fraqueza muscular é um efeito adverso ocasional da maioria dos corticosteróides, principalmente quando administrados em doses elevadas.
Ocorrem efeitos tóxicos com todas as preparações de corticosteróides e sua incidência eleva-se se a dose aumenta muito acima de 8 mg/ diaa ou seu equivalente.
Freqüência de incidência de reações pós-comercialização
(> 5%):
. Gastrintestinais: aumento de apetite; indigestão.
. Neurológicas: nervosismo ou cansaço; insônia.
(1-5%):
. Dermatológicas: reações alérgicas locais.
. Gastrintestinais: podem ocorrer pancreatite e esofagite ulcerativa. Ulceração péptica é uma complicação ocasional. A elevada incidência de hemorragia e perfuração nestas úlceras e o seu desenvolvimento natural, tornaram-se problemas terapêuticos graves. Alguns investigadores acreditam que a evidência disponível não suporta a conclusão que os esteróides causam úlcera. Outros acreditam que apenas os pacientes com artrite reumatóide apresentam maior incidência de úlcera. Foi proposto que os glicocorticóides alteram o mecanismo de defesa da mucosa.
. Oftalmológicas: o uso prolongado dos glicocorticóides pode resultar em catarata subcapsular posterior (particularmente em crianças), exoftalmia, ou aumento da pressão intraocular que pode resultar em glaucoma ou pode, ocasionalmente, danificar o nervo óptico e em casos raros, levar à cegueira.
O estabelecimento de infecções secundárias fúngicas ou virais dos olhos pode também ser intensificado.
. Bioquímicas: todos os glicocorticóides aumentam a gliconeogênese. A tolerância à glicose e a sensibilidade à insulina são diminuídas; desde que a função das ilhotas pancreáticas seja normal, o metabolismo dos carboidratos não é visivelmente perturbado. 1/5 dos pacientes tratados com elevadas doses de glicocorticóides desenvolveu diabete por esteróide.
O tratamento com doses elevadas de corticosteróides pode induzir hipertrigliceridemia acentuada, com plasma leitoso.
(< 1%):
. Dermatológicas: os efeitos adversos derm.s dos corticosteróides incluem retardo da cicatrização das feridas, eritema facial, aumento da sudorese, facilidade em ter hematoma, hirsutismo, erupção acneiforme na face, peito e costas, rubor nas estrias das coxas, nádegas e ombros. Após vários meses de tratamento com doses elevadas, pode ocorrer diminuição da espessura da pele. Manifestações dermatológicas de hipersensibilidade a corticosteróides incluem erupção cutânea e/ ou dermatite alérgica, urticária e angioedema.
Corticosteróides induziram púrpura semelhante a púrpura senil. Esta púrpura normalmente ocorre em superfícies extensoras, no dorso da mão e na parte radial do antebraço.
. Neurológicas: os efeitos adversos neurológicos incluíram cefaléia, vertigem, atividade motora aumentada, neuropatia isquêmica, anormalidades no EEG e crises. Doses elevadas podem causar alterações comportamentais e de personalidade, variando de nervosismo, euforia ou alterações no humor a episódios psicóticos que podem incluir tanto estado maníaco quanto depressivo, estado paranóico e psicose tóxica aguda.
Há muito não se acredita que problemas psiquiátricos anteriores predispõem alterações comportamentais durante o tratamento com glicocorticóides. Inversamente, a ausência de uma história de doença psiquiátrica não é garantia contra a ocorrência de psicose durante a terapia hormonal.
. Endócrinas: os efeitos endócrinos dos glicocorticóides envolvem variavelmente o eixo hipotalâmico-pituitário adrenal; a paratireóide e tireóide. Existem também efeitos metabólicos, envolvendo principalmente os carboidratos. Pode ocorrer supressão do crescimento nas crianças. A síndrome de Cushing pode resultar de elevação prolongada dos níveis plasmáticos de glicocorticóide.
Em alguns homens, o uso de corticosteróides resultou em aumento ou diminuição da motilidade e do número de espermatozóides. Irregularidades menstruais são comuns.
Ocorre antagonismo entre a paratireóide e hipercorticismo. O hipoparatiroidismo latente pode não ser mascarado pela administração dos corticosteróides. A retenção de fosfato decorrente de insuficiência renal causada pela insuficiência adrenal pode também provocar manifestações de hipoparatiroidismo.
. Gastrintestinais: os efeitos adversos gastrintestinais dos corticosteróides incluem náusea, vômitos, anorexia (que pode resultar em perda de peso), diarréia ou constipação, distensão abdominal e irritação gástrica.
. Cardiovascular: a atividade mineralocorticóide de um esteróide pode levar a retenção de sal e água, que pode resultar também em hipertensão. Hipopotassemia pode causar arritmia e parada cardíaca.
. Músculo-esqueléticas: osteoporose e fraturas por compressão vertebral podem ocorrer em pacientes de todas as idades. A osteoporose é uma indicação para a suspensão do tratamento.
Miopatia, caracterizada por enfraquecimento da musculatura proximal dos braços, pernas e da sua musculatura pélvica e do ombro associadas, é ocasionalmente relatada em pacientes que estão sob tratamento com doses elevadas de corticosteróides e pode ser causada por relaxantes musculares não-despolarizantes. Isto pode ocorrer logo após o início do tratamento e pode ser suficientemente grave, impedindo os movimentos. Isto é uma indicação para a suspensão do tratamento.
Necrose asséptica avascular dos ossos foi freqüentemente descrita e envolve preferencialmente a cabeça do fêmur e úmero.
. Efeitos adversos causados pela interrupção do tratamento: fraqueza muscular, hipotensão, hipoglicemia, cefaléia, náusea, vômitos, cansaço e dores musculares e nas articulações. Fraqueza muscular e rigidez nas articulações podem persistir por um período de 3 a 6 meses após a descontinuação do tratamento. Reações adversas dos corticosteróides são aquelas resultantes da interrupção ou do uso prolongado em altas doses.
As seguintes reações adversas foram relatadas, entretanto, não existe nenhuma informação sobre sua incidência:
. Gerais: retardo do crescimento em crianças pelo tratamento a longo prazo com costicosteróides.
. Hematológicas: aumento da contagem total de leucócitos, com aumento nos neutrófilos e diminuição nos monócitos, linfócitos e eosinófilos.
. Imunológicas: a freqüência e a gravidade das infecções clínicas aumentam durante a terapia com glicocorticóide.
. Reações graves ou com risco de vida: supressão do eixo hipotalâmico-pituitário adrenal é uma das conseqüências de administrações repetidas de glicocorticóides (ver item Precauções). Em alguns casos, a insuficiência adrenal aguda após um período de tratamento com glicocorticóides foi fatal.
. Neurológicas: epilepsia latente pode ser manifestada pelo tratamento com corticosteróide. Tratamento a longo prazo pode resultar em hipertensão intracraniana benigna.Posologia
A dose inicial 1 mg/ mL (Fosfato sódicoa) poderá variar de 5 a 60 mL (5 a 60 mga básica) por dia dependendo da doença específica em tratamento. Em situações de menor gravidade, doses mais baixas podem ser suficientes, enquanto que determinados pacientes necessitam de doses iniciais mais elevadas. A dose inicial deverá ser mantida ou ajustada até que se observe uma resposta clínica favorável. Se após um período razoável de tempo não houver uma resposta clínica favorável, a Prednisolona deverá ser interrompida e o paciente transferido para outra terapia apropriada. Deve ser enfatizado que as necessidades posológicas são variáveis e devem ser individualizadas tendo por base a gravidade da doença e a resposta do paciente ao tratamento. Após obter-se uma resposta favorável, a dose de manutenção deverá ser determinada diminuindo-se gradativamente a dose inicial a intervalos apropriados, até atingir-se a dose mínima efetiva. Deve-se lembrar que é necessário uma observação constante do paciente em relação à posologia. Dentre as situações que tornam necessário o ajuste de dosagem incluem-se as alterações do quadro clínico por remissão ou exacerbação da doença, a resposta individual do paciente à medicação e o efeito da exposição do paciente a situações estressantes não diretamente relacionadas à doença sob tratamento. Neste último caso, poderá ser necessário o aumento da dosea por um período de tempo adequado à condição do paciente.
Caso queira-se interromper o tratamento com Prednisolon 1 mg/ mL (Fosfato sódicoa) após um longo período de tempo, recomenda-se que a dose seja reduzida gradualmente, e nunca abruptamente.
Modo de Usar:
Prednisolon 1 mg/ mL (Fosfato sódicoa) vem acompanhado de uma seringa graduada e de um adaptador. Deve-se acoplar este adaptador à boca do frasco antes de administrar o produto. A função deste adaptador é permitir que o paciente consiga retirar, com o auxílio da seringa graduada, a quantidade exata de solução oral a ser administrada mesmo quando o conteúdo do frasco estiver no final.
Prednisolon 1 mg/ mL (Fosfato sódicoa) deve ser administrado, por via oral, com o auxílio da seringa graduada que acompanha o medicamento.Superdosagem
O tratamento da superdose é sintomático, sendo que a dose deve ser diminuída ou o tratamento com o produto ser interrompido.Características farmacológicas
Propriedades farmacodinâmicas
A Prednisolona é um glicocorticóide sintético com as propriedades gerais dos corticosteróides. Comparado à hidrocortisona, a Prednisolona possui uma atividade glicocorticóide e antiinflamatória três vezes mais potente, porém é consideravelmente menos ativa no que diz respeito à sua atividade mineralocorticóide.
A Prednisolona, assim como a hidrocortisona, é um potente agente terapêutico que influencia a atividade bioquímica da maioria dos tecidos corpóreos.
O mecanismo de ação dos corticosteróides parece ser por controle da síntese das proteínas. Os corticosteróides reagem com os receptores de proteínas no citoplasma das células sensíveis na maioria dos tecidos para formar um complexo receptor-esteróide.
Propriedades farmacocinéticas
O fosfato sódicoa é um pró-fármaco, hidrolisado in vivo para Prednisolona, pela fosfatase alcalina em toda parede intestinal antes da absorção.A Prednisolona é rapidamente e bem absorvida (tmáx = 1-2 horas) pelo trato gastrintestinal após sua administração oral; 90-95% da Prednisolona liga-se às proteínas plasmáticas, tanto menos em doses maiores. O volume aparente de distribuição para a Prednisolona livre é 1,5 ± 0,2 L/kg.
A Prednisolona é eliminada do plasma com meia-vida de 2 a 4 horas. A Prednisolona é metabolizada principalmente no fígado. Aproximadamente 7-15% de uma dose orala é excretada na urina como Prednisolona inalterada, sendo o restante recuperado como metabólitos, incluindo sulfatos e conjugados glicuronídeos.
Carcinogenicidade/Mutagenicidade
Em ratos machos, a administraçãoa com água em nível de dose diário de 0,4mg/kg durante 2 anos causou um aumento na incidência de tumores hepatocelulares. Resultados similares foram obtidos com a acetonida de triancinolona e budesonida, indicando um efeito da classe dos glicocorticóides. A resposta hepatocarcinogênica a estes fármacos não parece ser relacionada à atividade genotóxica.Resultados de eficácia
A eficáciaa está demonstrada nos seguintes estudos: “A pharmacological and clinical comparison of Prednisolone and betamethasone in rheumatoid arthritis.” (MARWAH, R. J. 1982); “Dose response of patients to oral corticosteroid treatment during exacerbations of asthma.” (WEBB R. W. 1986).Modo de usar
Prednisolon deve ser administrado, por via oral, com o auxílio do copo medida que acompanha o medicamento.Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Grupos de risco
Nos pacientes com insuficiência hepática, pode ser necessária uma redução da dose. No tratamento de doenças hepáticas crônicas ativas com Prednisolon, as principais reações adversas, como fratura vertebral, diabete, hipertensão, catarata e síndrome de Cushing, ocorreram em cerca de 30% dos pacientes.
Nos pacientes com hipotireoidismo e naqueles com cirrose existe efeito acentuado dos corticosteróides
Pacientes com tuberculose ativa ou quiescente duvidosa, não devem utilizar Prednisolon, exceto como adjuvante ao tratamento com fármacos tuberculostáticos, pois pode ocorrer recidiva da doença. A quimioprofilaxia é indicada durante o tratamento prolongado com corticosteróide.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o diagnóstico precoce e tratamento.
Atenção diabéticos: contém solução de sorbitol 70% (567,12 mg/mL).Idosos
É recomendada cautela em pacientes idosos, pois eles são mais suscetíveis às reações adversas.Crianças
As crianças que utilizam esteróides em longo prazo devem ser cuidadosamente observadas em relação ao aparecimento de reações adversas graves potenciais, como: obesidade, retardo no crescimento, osteoporose e supressão adrenal.As crianças tratadas com medicamentos imunossupressores são mais suscetíveis a infecções do que as crianças saudáveis. Varicela e sarampo, por exemplo, podem apresentar conseqüências mais graves ou até mesmo fatais em crianças recebendo tratamento com corticosteróides imunossupressores. Nestas crianças, ou em adultos que não tenham contraído estas doenças, deve-se ter cautela especial para evitar tal exposição. Se ocorrer exposição, pode-se usar terapia com imunoglobulina anti-varicela-zoster (VZIG) ou “pool” de imunoglobulina intravenosa (IVIG), quando apropriado. Em caso de desenvolvimento de varicela, pode ser considerado o tratamento com agentes antivirais.Armazenagem
Prednisolon deve ser armazenado em sua embalagem original e em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).Informações
Composição
Cada 1 mL de solução oral contém:
fosfato sódicoa(*)...............................................................1,34 mg
excipientes q.s.p. ............................................................................................1 mL
(metilparabeno, sorbitol (solução 70%), edetato dissódico, fosfato de sódio dibásico heptaidratado, fosfato de sódio monobásico, essência de framboesa, água purificada).
(*) equivalente a 1 mga base
A solução oral não contém corante ou álcool.Dizeres legais
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
MS 1.1300.0282
Farm. Resp.: Antonia A. Oliveira
CRF-SP no 5854
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Rua Conde Domingos Papais, 413
Suzano – São Paulo
CEP 08613-010
C.N.P.J. 02.685.377/0008-23
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IB 090600D
Atendimento ao Consumidor: 0800-703-0014
www.sanofi-aventis.com.br
Número do lote - Data de fabricação - Vencimento: vide cartucho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
R. J. MARWAH, et al. A pharmacological and clinical comparison of Prednisolone and betamethasone in rheumatoid arthritis. Eur. J. Clin. Pharmacol,, 1982 23(4):321-325.
R. W. WEBB. Dose response of patients to oral corticosteroid treatment during exacerbations of asthma. British Medical Journal. abril, 1986 292: 1045-1047.>Dizeres legais
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
R. J. MARWAH, et al. A pharmacological and clinical comparison of Prednisolone and betamethasone in rheumatoid arthritis. Eur. J. Clin. Pharmacol,, 1982 23(4):321-325.
R. W. WEBB. Dose response of patients to oral corticosteroid treatment during exacerbations of asthma. British Medical Journal. abril, 1986 292: 1045-1047.