As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
BristolReferência
CisplatinaApresentação
emb. c/ 1 fr.-ampola de 10mg ou de 50mgContra-indicações
Contra-indicado em pacientes com insuficiência renal pré-existente e deficiência auditiva, a menos que no julgamento do médico e do paciente os possíveis benefícios do tratamento excedam os riscos. Platiran não deve ser usado em pacientes com mielodepressão e está também contra-indicado em pacientes com história de reações alérgicas a este produto ou a outros compostos contendo platina.Reações adversas / Efeitos colaterais
Nefrotoxicidade A insuficiência renal cumulativa e relacionada à dose administrada é a principal toxicidade limitante da dose. Manifesta-se por elevações nos níveis séricos de uréia, creatinina e ácido úrico e/ou uma diminuição no clearance- de creatinina. A toxicidade renal torna-se mais prolongada e grave com cursos repetidos da droga. A função renal deve voltar ao normal antes de se administrar outra dose.
A insuficiência renal tem sido associada ao dano tubular renal. A administração, usando uma infusão de 6 a 8 horas com hidratação intravenosa e manitol, tem sido empregada para reduzir a nefrotoxicidade. Contudo, a toxicidade renal ainda pode ocorrer após a utilização desses procedimentos. Ototoxicidade A ototoxicidade manifesta-se por zumbido e/ou perda auditiva na faixa de alta frequencia (4.000 a 8.000 Hz).
Às vezes pode ocorrer uma diminuição na capacidade auditiva para tons de uma conversação normal. Os efeitos ototóxicos podem ser mais graves em crianças recebendo Platiran. A perda auditiva pode ser unilateral ou bilateral e tende a se tornar mais frequente e grave com a repetição das doses, entretanto a surdez tem sido raramente reportada após a dose inicial.
A ototoxicidade pode ser acentuada com irradiação craniana prévia ou simultânea e pode estar relacionada ao pico de concentração plasmática. Não se sabe ao certo se a ototoxicidade induzida pela cisplatina é reversível. Cabe proceder a um cuidadoso controle audiométrico antes do início da terapia e antes das doses subsequentes. Tem-se relatado também a ocorrência de toxicidade vestibular.
Hematológicas A mielodepressão ocorre em 25 a 30% dos pacientes tratados com Platiran. Os nadires das plaquetas circulantes e dos leucócitos ocorrem entre os 18º e 23º dias, com a maioria dos pacientes recuperando-se pelo 39º dia. A leucopenia e a trombocitopenia são mais pronunciadas com doses mais elevadas (> 50 mg/m2).
A anemia (redução de 2 g de hemoglobina/100ml) ocorre aproximadamente à mesma frequência e ao mesmo tempo que a leucopenia e a trombocitopenia. Platiran tem demonstrado sensibilizar as hemácias, resultando, às vezes, em anemia hemolítica direta com Coombs-positivo. A incidência, gravidade e importância relativa desse efeito em relação a outra toxicidade hematológica não foi estabelecida, mas a possibilidade de um processo hemolítico deverá ser levada em consideração em qualquer paciente que esteja recebendo cisplatina e que apresente uma queda inexplicável na hemoglobina. O processo hemolítico é reversível cessada a terapia.
O desenvolvimento de leucemia aguda ligado ao uso raramente foi reportado no homem. Nestes relatos, Platiran foi, em geral, administrado em associação a outros agentes leucemogênicos. Gastrintestinais Quase todos os pacientes tratados com Platiran apresentam náuseas e vômitos acentuados, que são, ocasionalmente tão graves que a droga deve ser suspensa. As náuseas e os vômitos começam, em geral, uma a quatro horas após o tratamento e duram até 24 horas.
Diferentes intensidades de vômitos, náuseas e/ou anorexia podem persistir por uma semana após o tratamento. Náuseas e vômitos prolongados (iniciando ou persistindo 24 horas ou mais após a quimioterapia) ocorreram em pacientes que apresentaram controle emético completo no dia da terapia com Platiran.
Diarréia também foi reportado. Distúrbios Eletrolíticos Séricos Hipomagnesemia, hipocalcemia, hiponatremia, hipocalemia e hipofosfatemia têm sido observadas em pacientes tratados com Platiran e estão provavelmente relacionadas a danos nos túbulos renais. Tetania tem ocorrido ocasionalmente em pacientes com hipocalcemia e hipomagnesemia. Geralmente, os níveis de eletrólitos séricos normais são recuperados através da administração suplementar de eletrólitos e a suspensão do Platiran. A síndrome inadequada do hormônio antidiurético tem também ocorrido.
Hiperuricemia Tem sido relatado que a hiperuricemia ocorre com aproximadamente a mesma frequência que o aumento das taxas de uréia e creatinina séricas. É mais pronunciada após doses maiores que 50mg/m2 e os níveis máximos de ácido úrico ocorrem, em geral, entre 3 a 5 dias após a dose. O tratamento com alopurinol para hiperuricemia reduz eficazmente os níveis de ácido úrico. Neurotoxicidade (Vide Advertências)
A neurotoxicidade normalmente caracterizada por neuropatias periféricas tem ocorrido em alguns pacientes. As neuropatias podem ocorrer após tratamento prolongado (4 a 7 meses); entretanto, sintomas neurológicos têm ocorrido após uma dose única. Embora os sinais e sintomas geralmente se desenvolvam durante o tratamento, raramente eles podem começar após a última dose. A neuropatia pode progredir após a interrupção do tratamento.
Tem-se relatado a ocorrência de sinal de L’Hermitte, mielopatia da coluna dorsal e de neuropatia autonômica. A terapia com Platiran deve ser suspensa à primeira constatação de sintomas. Evidência preliminar sugere que a neuropatia periférica pode ser irreversível em alguns pacientes. Cãimbras musculares de início súbito e curta duração têm sido reportados.
Foram, em geral, observados em pacientes que receberam uma dose cumulativa relativamente alta, e que tinham um estágio relativamente avançado de neuropatia periférica. Registraram-se também, perda do paladar e convulsões. Toxicidade Ocular Neurite óptica, edema papilar e cegueira cerebral foram registrados com pouca frequência em pacientes recebendo doses padrões recomendadas.
A melhora e/ou recuperação total ocorre normalmente após suspensão. Esteróides com ou sem manitol têm sido utilizados, no entanto, sua eficácia não foi estabelecida.
Visão turva e percepção alterada de cores foram registradas após terapias com doses mais altas do que aquelas recomendadas. Reações do Tipo Anafiláticas Reações tipo anafiláticas foram registradas ocasionalmente em pacientes expostos previamente a Platiran. As reações consistem em edema facial, zumbido, taquicardia e hipotensão, após poucos minutos de administração da droga. As reações podem ser controladas por epinefrina intravenosa, corticosteróides e anti-histamínicos. Os pacientes recebendo
Platiran devem ser cuidadosamente observados para possíveis reações tipo anafiláticas. Hepática Elevações transitórias das enzimas hepáticas e bilirrubina podem ocorrer quando Platiran for administrado nas doses recomendadas. Outras Toxicidades Toxicidades vasculares coincidentes com o uso em combinação com outros agentes antineoplásicos raramente têm sido relatadas.
Os eventos são clinicamente heterogêneos e podem incluir infarte do miocárdio, acidente cérebro-vascular, microangiopatia trombótica, Síndrome hemolítico urêmica ou arterite cerebral. Vários mecanismos têm sido propostos para estas complicações vasculares. Há também relatos do fenômeno de Raynaud ocorrendo em pacientes tratados com a combinação de bleomicina, vimblastina, com ou sem Platiran. Tem-se sugerido que a hipomagnesemia que se desenvolve ao mesmo tempo com o uso possa ser um fator a mais, embora não essencial, associado a este evento.
Entretanto, não se sabe atualmente se a causa do fenômeno de Raynaud nestes casos é a doença, comprometimento vascular básico, bleomicina, vimblastina, hipomagnesemia ou uma combinação de quaisquer destes fatores. Outras toxicidades registradas como de ocorrência pouco frequente são anormalidades cardíacas, soluços, amilase sérica elevada e erupção cutânea.
Alopécia tem também sido relatada. Raramente foi observado toxicidade local do tecido mole após extravasamento. Infiltração de soluções podem resultar em celulite tissular, fibrose e necrose.Posologia
Platiran solução deve ser usado apenas por via intravenosa e deve ser administrado por infusão I.V. como recomendado abaixo. Posologia Nota: AGULHAS OU EQUIPOS QUE CONTENHAM PARTES DE ALUMÍNIO E QUE POSSAM ENTRAR EM CONTATO COM O Platiran, NÃO DEVEM SER USADOS PARA SUA PREPARAÇÃO OU ADMINISTRAÇÃO.
O ALUMÍNIO REAGE COM Platiran, LEVANDO À FORMAÇÃO DE UM PRECIPITADO E À PERDA DE POTÊNCIA.
Tumores Metastáticos de Testículo A dose usual para o tratamento de câncer de testículo em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados é 20mg/m² I.V., diariamente por 5 dias cada 3 semanas por um mínimo de 4 ciclos. Tumores Metastáticos de Ovário
A dose usual para o tratamento de tumores metastáticos de ovário em combinação com outros agentes quimioterápicos aprovados é 75-100 mg/m² I.V. uma vez cada 3 a 4 semanas por um mínimo de 4 ciclos. Como agente único, Platiran deve ser administrado na dose de 100mg/m² por via I.V., uma vez a cada 4 semanas. Câncer Avançado de Bexiga Platiran deve ser administrado como agente único na dose de 50 a 70mg/m² I.V., uma vez a cada 3 a 4 semanas dependendo da extensão dos tratamentos radioterápicos e/ou quimioterápicos anteriores. Em pacientes com tratamentos prévios muito agressivos, recomenda-se uma dose inicial de 50 mg/m2, repetida a cada 4 semanas. Carcinoma espino-celulares de cabeça e pescoço A dose usual para o tratamento de carcinoma espino-celulares de cabeça e pescoço em associação com outros agentes quimioterápicos aprovados é 60-100mg/m² I.V. uma vez ao dia cada 3 semanas. Administração Os seguintes princípios importantes devem ser levados em consideração por ocasião da administração da cisplatina:
A cisplatina deve ser administrada em solução intravenosa contendo pelo menos 0,3% de NaCl. Esta quantidade de íons cloreto é essencial para a manutenção da estabilidade da cisplatina na solução intravenosa. A droga deve ser diluída em solução fisiológica a 0,9% ou em 1/2 ou 1/3 de solução fisiológica com solução glicosada a 5%.
Uma diurese de 100 ml/hora ou mais, tenderá a minimizar a nefrotoxicidade da cisplatina. Isto pode ser obtido através de hidratação prévia com 2 litros de uma solução intravenosa apropriada e de hidratação similar após a administração da cisplatina (recomenda-se 2.500 ml/m²/24 horas). Se uma hidratação vigorosa for insuficiente para manter uma diurese adequada, um diurético osmótico pode ser administrado (por exemplo, manitol).
A cisplatina pode ser administrada por infusão de 1mg/minuto com pré e pós hidratação como recomendado acima. Alternativamente, a cisplatina pode ser administrada em um período de 6 a 8 horas com fluido suficiente para manter uma diurese adequada durante e após a administração.
A administração da cisplatina tem sido associada a desequilíbrios eletrolíticos, incluindo hipomagnesemia sintomática. Portanto, recomenda-se a monitorização dos eletrólitos séricos antes, durante e após cada ciclo de cisplatina. Não administrar novo ciclo até que a creatinina sérica seja inferior a 1,5 mg/100ml e/ou a uréia esteja abaixo de 25mg/100ml e os elementos circulantes do sangue estejam em níveis aceitáveis (plaquetas maior ou igual a 100.000/mm³ e leucócitos maior ou igual a 4.000/mm³). Doses subsequentes não devem ser administradas até que uma análise audiométrica indique que a acuidade auditiva esteja dentro dos limites normais. Assim como outros compostos potencialmente tóxicos, deve-se tomar cuidado na manipulação da solução de cisplatina. Podem ocorrer reações cutâneas associadas à exposição acidental à cisplatina. Recomenda-se o uso de luvas. Se a solução de cisplatina entrar em contato com a pele ou mucosa, lavar bem a região imediatamente com água e sabão. Nota: Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e descarte das drogas anticâncer. Já foram publicados vários guias sobre este assunto (1 a 7); porém, não há um acordo geral de que todos os procedimentos recomendados nestes guias sejam necessários ou apropriados.uditiva esteja dentro dos limites normais. Assim como outros compostos potencialmente tóxicos, deve-se tomar cuidado na manipulação da solução de cisplatina. Podem ocorrer reações cutâneas associadas à exposição acidental à cisplatina. Recomenda-se o uso de luvas. Se a solução de cisplatina entrar em contato com a pele ou mucosa, lavar bem a região imediatamente com água e sabão. Nota: Devem ser considerados os procedimentos quanto à manipulação e descarte das drogas anticâncer. Já foram publicados vários guias sobre este assunto (1 a 7); porém, não há um acordo geral de que todos os procedimentos recomendados nestes guias sejam necessários ou apropriados.