As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
BoehringerApresentação
PERSANTIN 75 mg: emb. c/ 40 e 200 drágeas.
PERSANTIN 100 mg: emb. c/ 50 drágeas.Indicações
PERSANTIN é indicado como coadjuvante de anticoagulantes orais na profilaxia de tromboses decorrentes de próteses de válvulas cardíacas.Contra-indicações
Hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula.Advertências
Dentre outras propriedades, o dipiridamol atua como vasodilatador e deve
ser utilizado com prudência em pacientes com doença arterial coronariana
grave, incluindo angina instável e infarto do miocárdio recente, em casos de
estenose aórtica subvalvular ou de instabilidade hemodinâmica (por
exemplo, insuficiência cardíaca descompensada).
A experiência clínica demonstra que pacientes tratados com dipiridamol
oral, que também necessitam do teste de stress farmacológico com
dipiridamol intravascular, devem descontinuar o uso de dipiridamol via oral
vinte e quatro horas antes do teste de stress. Caso contrário, a sensibilidade
do teste pode ser prejudicada.
Em pacientes com miastenia grave pode haver necessidade de reajuste da
terapêutica durante o emprego de dipiridamol (vide Interações
medicamentosas).
Relatou-se pequeno número de casos apresentando dipiridamol nãoconjugado
incorporado em grau variável a cálculos biliares (de até 70 % do
peso seco do cálculo). Todos os pacientes eram idosos, tinham ascendência
evidente de colangite e haviam sido tratados com dipiridamol por via oral
durante vários anos. Não há evidência de que dipiridamol tenha sido o fator
principiante na formação de cálculos biliares nesses pacientes. A
desglicuronização bacteriana de dipiridamol conjugado na bile pode ser o
mecanismo responsável para a presença de dipiridamol em cálculos biliares.Uso na gravidez
Não se evidencia total segurança no uso deste medicamento durante a
gravidez, mas PERSANTIN tem sido usado por muitos anos durante a
gestação sem aparentes efeitos à saúde. Estudos pré-clínicos não evidenciaram nenhum risco à saúde. Todavia, medicamentos devem ser
evitados durante a gravidez, principalmente no primeiro trimestre, a menos
que o benefício esperado supere um possível risco ao feto. PERSANTIN
somente deve ser usado na amamentação se considerado essencial pelo
médico.Interações medicamentosas
O dipiridamol aumenta os níveis plasmáticos e efeitos cardiovasculares da
adenosina, devendo-se considerar um ajuste da dosagem desta. No uso
concomitante de anticoagulantes ou de ácido acetilsalicílico, devem-se
considerar os relatos de intolerância e riscos destes medicamentos. A
adição de dipiridamol ao ácido acetilsalicílico não aumenta a incidência de
hemorragias. Quando o dipiridamol foi administrado concomitantemente
com varfarina, a freqüência ou severidade de hemorragia não foi maior do
que a observada com a administração isolada de varfarina. O dipiridamol
pode potencializar o efeito hipotensor de fármacos anti-hipertensivos e pode
atuar contra os efeitos anticolinesterásicos dos inibidores da colinesterase;
deste modo, é potencialmente um agravante da miastenia grave.Reações adversas / Efeitos colaterais
Reações adversas a doses terapêuticas de PERSANTIN são em geral leves e
passageiras. Têm sido observados vômitos, diarréia, sintomas subjetivos,
tais como vertigem, náuseas, cefaléia e mialgia. Na maioria das vezes, estes
efeitos desaparecem durante tratamentos a longo prazo.
As propriedades vasodilatadoras de PERSANTIN podem determinar
hipotensão, sensação de falta de ar e taquicardia. Observou-se piora de
cardiopatia coronariana.
Existem relatos de reações de hipersensibilidade, tais como ocorrência de
exantemas, urticária, broncoespasmo severo e angioedema.
Raramente ocorreu um grau maior de hemorragia durante ou após cirurgias.
Relataram-se casos isolados de trombocitopenia associados ao tratamento
com PERSANTIN.
Há relatos de incorporação de dipiridamol em cálculos biliares (ver Precauções).Posologia
Uso oral: Recomendam-se doses entre 300 e 450 mg/dia, em administração fracionada. A dose diária máxima é de 600 mg.
Sobre o uso de PERSANTIN em crianças, as informações disponíveis são limitadas.Superdosagem
Sintomas: Devido ao pequeno número observado de casos de superdosagem, a
experiência com superdosagem de dipiridamol é limitada. Os seguintes sintomas
são esperados: sensação de calor, rubor, sudorese, inquietação, astenia, vertigem
e sintomatologia anginosa. Podem ocorrer hipotensão e taquicardia.
Tratamento: Recomenda-se terapia sintomática. Em caso de superdose oral,
considerar lavagem gástrica. A administração de derivados da xantina (p. ex.
aminofilina) pode anular o efeito hemodinâmico da superdosagem de dipiridamol.
Devido à sua ampla distribuição nos tecidos e eliminação hepática predominante,
é pouco provável que se consiga acessar o dipiridamol por processos de remoção.Informações
A substância ativa de PERSANTIN, o dipiridamol, exerce atividade antitrombótica e antiagregante plaquetária por dois mecanismos distintos: a inibição da recaptação de adenosina nos trombócitos, eritrócitos e células endoteliais da parede vascular, assim como a inibição da GMPc-fosfodiesterase. O nucleotídeo de adenina das células sangüíneas ou das células da parede vascular é rapidamente dissociado para adenosina. Adenosina tem meia-vida muito curta no sangue, menos que 10 segundos, devido à sua imediata reabsorção pelas células sangüíneas. Esta reabsorção de adenosina é inibida pelo dipiridamol em concentrações terapêuticas. Isto leva a uma elevação do volume de adenosina circulante. A adenosina inibe a adesão e agregação das plaquetas através de uma estimulação da adenilciclase; como o dipiridamol é também um inibidor da AMPc-fosfodiesterase, isto pode intensificar o efeito da adenosina. O mesmo pode ser aplicado às prostaglandinas (PGI2, PGE1, PGD2), que inibem a agregação plaquetária através da estimulação da adenilciclase.o o dipiridamol é também um inibidor da AMPc-fosfodiesterase, isto pode intensificar o efeito da adenosina. O mesmo pode ser aplicado às prostaglandinas (PGI2, PGE1, PGD2), que inibem a agregação plaquetária através da estimulação da adenilciclase.