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Laboratório
NovartisApresentação
fr. c/ 100 compr. sulcados de 250 mg.Indicações
- Carcinoma de mama avançado, em pacientes pós-menopausadas (induzido natural ou artificialmente). • Tratamento paliativo do carcinoma metastatizante da próstata. • Síndrome de Cushing causada por: - tumores adrenocorticais (adenoma ou carcinoma); - hiperplasia adrenocortical e - produção de ACTH extra-hipofisário (síndrome de ACTH ectópico). Na síndrome de Cushing, Orimeten pode ser utilizado: - como pré-medicação antes da cirurgia; - como tratamento de recidivas, após adrenalectomia sub-total e - como tratamento nos casos não-operáveis.Contra-indicações
História de reações de hipersensibilidade grave à aminoglutetimida, à glutetimida (veja Advertências e precauções ), ou a outros componentes da formulação, porfiria e gravidez.Reações adversas / Efeitos colaterais
Sistema nervoso central (SNC) Freqüentes: sonolência, letargia. São geralmente observadas no início do tratamento, sendo que regridem após cerca de 6 semanas. Ocasional: vertigem. Raras: ataxia, cefaléia, depressão. Casos isolados: insônia, confusão. Pele e anexos Freqüente: rash (erupção), algumas vezes acompanhado de febre. Isso geralmente ocorre durante as duas primeiras semanas após o início do tratamento e usualmente se resolve espontaneamente, mesmo com a continuidade do tratamento. Raras: prurido, urticária. Casos isolados: dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens Johnson. Foi relatado um caso de síndrome de Lyell. Sistema gastrintestinal Ocasional: náusea. Raras: diarréia, vômito, constipação, anorexia. Sistêmica Raras: febre, sudorese. Fígado Casos isolados: hepatite (do tipo colestático, associada com prurido e rash (erupção) cutâneo), icterícia. Sistema endócrino Rara: insuficiência adrenal (hiponatremia, hipotensão, vertigem, hipoglicemia). Casos isolados: hipotireoidismo, secreção inapropriada de ADH, masculinização e hirsutismo em mulheres.
Rins
Casos isolados: anormalidades na função renal. Sistema cardiovascular Rara: hipotensão. Sistema hematológico Raras: agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia. Casos isolados: pancitopenia, anemia. Alergia Casos isolados: reações alérgicas/anafiláticas, alveolite alérgica (infiltração eosinófila pulmonar). Quando houver suspeita desse tipo de alveolite, Orimeten deve ser descontinuado imediatamente. Anomalias laboratoriais Raras: aumento de gamaglutamil transferase (gama-GT). Isso é causado pelo efeito indutor enzimático e usualmente não é um sinal de dano hepático. Hiponatremia, hiperpotassemia, hipoglicemia. Casos isolados: hipercolesterolemia. Reações adversas causadas pela terapia de reposição glicocorticóide Casos isolados: sintomas do tipo Cushing (face de lua, ganho de peso, edema), hipertensão arterial, hiperglicemia, cãimbras musculares.Posologia
É extremamente importante que Orimeten seja administrado inicialmente em doses baixas, sendo gradualmente elevadas (por exemplo: iniciando-se com 125 mg duas vezes ao dia), pois isso melhora substancialmente a tolerabilidade. Os comprimidos devem ser administrados preferencialmente durante as refeições. - Carcinoma metastatizante de mama ou de próstata: Para o tratamento do câncer de mama ou de próstata, Orimeten deve ser administrado em combinação com um glicocorticóide. Essa associação compensa a diminuição da biossíntese endógena de corticocosteróides que pode ser provocada por Orimeten. Para essa terapia de substituição, a hidrocortisona e o acetato de cortisona demonstraram bons resultados, pois Orimeten não tem influência na degradação dessas substâncias. São menos adequados os corticosteróides sintéticos, como a dexametasona, a prednisona ou a prednisolona, por exemplo, pois Orimeten pode acelerar sua degradação em graus variáveis e assim tornar difícil o estabelecimento de doses adequadas. Orientações de dosagem A dose diária inicial de 125 mg duas vezes ao dia deverá ser elevada em 250 mg a cada semana, até que se atinja a dose máxima tolerada; essa dose não deve ultrapassar 1000 mg ao dia. Alguns estudos em pacientes com câncer de mama demonstram que 250 mg duas vezes ao dia têm uma eficácia similar à do regime de dose de 1000 mg ao dia. Para a terapia de substituição são adequados a hidrocortisona em doses diárias de 30 mg (preferencialmente 20 mg pela manhã e 10 mg à tarde/noite) ou o acetato de cortisona na dose diária de 37,5 mg (25 mg pela manhã e 12,5 mg à tarde). O seguinte esquema de dosagem pode ser recomendado para Orimeten: 1ª semana: 2 tomadas de ½ comprimido (250 mg) ao dia, às 8-9 h e às 16-18 h. 2ª semana: 2 tomadas de 1 comprimido (500 mg) ao dia, às 8-9 h e às 16-18 h. E, se necessário:
3ª semana: 3 tomadas de 1 comprimido (750 mg) ao dia ,às 8-9 h às 12-14 h e 16-18 h. 4ª semana em diante: 4 tomadas de 1 comprimido (1000 mg) ao dia, às 8-9 h às 12- 14 h, às 16-18 h e às 20-22 h. • Síndrome de Cushing: Nos casos de adenoma adrenocortical, uma dose de 250 mg 2-3 vezes ao dia é geralmente suficiente para normalizar a concentração plasmática do cortisol. No carcinoma adrenocortical, uma dose de 250 mg 2-4 vezes ao dia é necessária para reduzir o cortisol plasmático a níveis normais. Na síndrome do ACTH ectópico, a dose eficaz é de 250 mg 4-7 vezes ao dia. Ao se tratar a síndrome de Cushing, deve-se determinar regularmente o nível plasmático de cortisol e adaptar adequadamente a dosagem de aminoglutetimida. A terapia de substituição com corticosteróides é necessária ocasionalmente. Uso em idosos - Não há evidências que sugiram que as dosagens devam ser diferentes em idosos. Uso em crianças - A segurança e a eficácia não foram estabelecidas em crianças.Informações
A aminoglutetimida, substância ativa, inibe a enzima aromatase, a qual converte andrógenos em estrógenos. A aromatase está presente em vários tecidos, incluindo-se ovários, tecido adiposo, músculos, fígado e tecido de câncer de mama. Em mulheres pré-menopausadas, a fonte primária dos estrogênios circulantes é o ovário, enquanto que em mulheres pós-menopausadas os estrógenos são primariamente derivados da aromatização extraglandular (não-ovariana) de precursores adrenais. A inibição da aromatase conduz a uma redução na biossíntese de estrógenos em mulheres pré- e pós-menopausadas. Entretanto, em mulheres pré-menopausadas a redução na síntese ovariana pode ser superada pelo aumento compensatório nas gonadotrofinas. Os estrógenos são importantes na manutenção do crescimento de câncer de mama hormônio-dependente. O tratamento projetado para reduzir os níveis de estrógenos circulantes resulta na regressão do tumor nos pacientes com tumores receptorespositivos de estrógenos. A inibição da aromatase por Orimeten suprime a biossíntese de estrógenos em tecidos periféricos e no próprio tecido do câncer de mama. A experiência clínica com Orimeten mostra ser este um tratamento efetivo para câncer de mama avançado em mulheres pós-menopausadas. Pacientes com metástases de tecido mole e de ossos apresentam os mais altos índices de resposta a Orimeten. Alguns pacientes sentem pronunciado alívio subjetivo da dor óssea. O efeito inibitório é causado pela ligação competitiva com o citocromo P450. Orimeten inibe várias etapas de hidroxilação de esteróides dependentes do citocromo P450 no córtex adrenal, incluindo-se a conversão enzimática do colesterol em pregnenolona. Desse modo, Orimeten reduz a produção de glicocorticóides e de mineralocorticóides do córtex adrenal e reduz o excesso de cortisol plasmático em pacientes com hiperfunção adrenocortical, tal como na síndrome de Cushing (secundária a tumores produtores de adrenesteróides ou a tumores produtores de ACTH). Um decréscimo na secreção adrenal do cortisol conduz a um aumento reflexo no hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), que irá superar o efeito de redução do cortisol. Esse aumento compensatório da secreção de ACTH pode ser suprimido pela administração simultânea de um glicocorticóide. Orimeten pode também ser utilizado como terapia paliativa em carcinoma avançado da próstata. Enquanto respostas objetivas têm sido observadas em alguns pacientes, o mecanismo de ação não está totalmente compreendido. Orimeten inibe a síntese de tiroxina. Entretanto, ocorre um aumento compensatório na secreção de TSH, que é usualmente suficiente para superar essa atividade. Portanto, raramente é requerida uma terapia de reposição de tiroxina.servadas em alguns pacientes, o mecanismo de ação não está totalmente compreendido. Orimeten inibe a síntese de tiroxina. Entretanto, ocorre um aumento compensatório na secreção de TSH, que é usualmente suficiente para superar essa atividade. Portanto, raramente é requerida uma terapia de reposição de tiroxina.