Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Abbott

Referência

ritonavir

Apresentação

Norvir sol. oral: emb. c/ 1 fr. c/ 240 ml. Inclui copo-medida para administração oral. Norvir cáps.: emb. c/ 2 fr., c/ 84 cáps. cada.

Indicações

Norvir é indicado isoladamente ou combinado com análogos de nucleosídeos no tratamento de pacientes adultos infectados pelo HIV, quando uma terapia anti-retroviral for indicada. O tratamento anti-retroviral pode estar baseado em sinais clínicos ou imunológicos de progressão da doença.

Contra-indicações

Norvir é contra-indicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade ao ritonavir ou a quaisquer componentes da fórmula. Estudos in vitro tem mostrado que ritonavir é um potente inibidor de várias biotransformações mediadas pelo citocromo P450. Com base, principalmente, em revisões da literatura, presume-se que ritonavir produza importantes aumentos das concentrações séricas das seguintes medicações: amiodarona, astemizol, bepridil, bupropion, cisaprida, clozapina, encainida, flecainida, meperidina, piroxicam, propafenona, propoxifeno, quinidina, rifabutin e terfenadina. Estes agentes têm riscos reconhecidos de arritmias, anormalidades hematológicas, convulsões ou de outros efeitos adversos graves potenciais. Estas medicações não devem ser co-administradas com ritonavir. Ritonavir provavelmente produz também importantes aumentos dos seguintes sedativos e hipnóticos altamente metabolizados: alprazolam, clorazepato, diazepam, flurazepam, midazolam, triazolam, estazolam e zolpiden. Devido ao risco potencial de extrema sedação e depressão respiratória destes agentes, eles não devem ser co-administrados com ritonavir.

Advertências

Reações alérgicas: foram relatadas reações alérgicas, incluindo urticária, erupções leves de pele, broncoespasmo, angioedema e, raramente, anafilaxia e síndrome de Stevens-Johnson. Reações hepáticas: o ritonavir é metabolizado e eliminado principalmente pelo fígado. Portanto, deve-se ter cautela ao administrar ritonavir a pacientes com insuficiência hepática moderada a grave. Elevações de transaminases hepáticas excedendo cinco vezes o limite superior de normalidade, hepatite clínica e icterícia ocorreram em pacientes recebendo ritonavir isoladamente ou em combinação com outros medicamentos anti-retrovirais. Pode haver um risco aumentado de elevação de transaminases em pacientes com hepatite B ou C subjacente. Portanto, deve-se ter cautela quando se administra ritonavir a pacientes com doença hepática pré-existente, alterações em enzimas hepáticas ou hepatite. Houve relatos pós-comercialização de disfunção hepática, incluindo alguns óbitos. Esses casos geralmente ocorreram em pacientes tomando múltiplos medicamentos concomitantes e/ou com AIDS avançada. Uma relação causa/efeito definitiva não foi estabelecida. Pancreatite: pancreatite foi observada em pacientes em uso de ritonavir, incluindo aqueles que desenvolveram hipertrigliceridemia. Alguns casos fatais foram relatados. Pacientes com doença avançada pelo HIV podem apresentar risco aumentado de elevação de triglicérides e pancreatite. Pancreatite deve ser considerada se ocorrerem sinais clínicos (náusea, vômitos, dor abdominal) ou alterações laboratoriais (como valores aumentados de lipase ou amilase) sugestivos de pancreatite. Pacientes que apresentem estes sinais ou sintomas devem ser avaliados e o tratamento com ritonavir descontinuado se houver diagnóstico de pancreatite. Diabetes mellitus/Hiperglicemia: foram relatados aparecimento de diabetes mellitus, exacerbação de diabetes mellitus pré-existente e hiperglicemia durante a farmacovigilância pós-comercialização em pacientes infectados por HIV que receberam tratamento com inibidores da protease. Alguns pacientes necessitaram iniciar ou ajustar as doses de insulina ou hipoglicemiantes orais para o tratamento destes eventos. Em alguns casos ocorreu cetoacidose diabética. Nos pacientes que descontinuaram o tratamento com inibidores da protease, a hiperglicemia persistiu em alguns casos. Como estes eventos foram relatados espontaneamente durante a prática clínica, não se pôde estimar a sua freqüência e uma relação causal entre o tratamento com inibidores da protease e estes eventos não foi estabelecida.

Uso na gravidez

Gravidez, fertilidade e reprodução: ritonavir não teve efeitos sobre a fertilidade em ratos machos que receberam doses orais de até 125 mg/kg/dia (exposição média sérica de 61 mcg.h/mL) ou em ratas que receberam até 75 mg/kg/dia (91 mcg.h/mL). Não foi possível administrar doses superiores devido à toxicidade hepática. Em ratos e coelhos, não foram observadas malformações associadas ao tratamento com ritonavir. A toxicidade observada no crescimento dos ratos (reabsorções fetais, diminuição do peso fetal, atraso da ossificação e variações no desenvolvimento) ocorreu com uma dose tóxica materna de 75 mg/kg/dia (exposição média sérica de 45 mcg.h/mL). Um aumento discreto na incidência de criptorquidia foi observado em ratos que receberam 35 mg/kg/dia (34 mcg.h/mL). A toxicidade do crescimento observada em coelhos (reabsorções, diminuição do tamanho da ninhada, diminuição do peso fetal) ocorreu com uma dose tóxica materna de 110 mg/kg/dia. Não existem, porém, ensaios adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Considerando que os estudos de reprodução animal nem sempre podem predizer a resposta humana, este medicamento somente deve ser usado durante a gravidez quando, na opinião do médico, os benefícios potenciais claramente justificarem os possíveis riscos. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Lactação: não se sabe se ritonavir é excretado no leite humano. Já que vários medicamentos são excretados no leite humano e se desconhecem os efeitos de ritonavir no desenvolvimento das crianças, ritonavir somente deve ser administrado a lactantes quando, na opinião do médico, os benefícios potenciais claramente justificarem os possíveis riscos. Não se recomenda que mulheres infectadas pelo HIV amamentem seus filhos para evitar a transmissão do HIV.

Interações medicamentosas

Efeitos sobre o ritonavir: presume-se que medicamentos que aumentam a atividade da CYP3A (por ex.: fenobarbital, carbamazepina,dexametasona, fenitoína, rifampicina e rifabutina) aumentem a depuração de ritonavir, reduzindo, conseqüentemente, as concentrações séricas deste. O uso de tabaco é associado a uma redução de 18% na AUC do ritonavir.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Nas tabelas seguintes estão relacionados os eventos adversos e alterações de parâmetros laboratoriais ocorridos em pacientes tratados com ritonavir, independentemente da comprovação de relação causa/efeito. A maioria dos pacientes recebia outras medicações concomitantes. Tabela Eventos adversos ocorridos em > 2% dos pacientes durante o tratamento com ritonavir (Foram reunidos aqueles com possibilidade, probabilidade ou relação desconhecida com a droga em estudo. Os ensaios de Fase II e III foram combinados) Eventos adversos n % Corpo como um todo Dor abdominal Astenia Febre Cefaléia Dor 120 230 50 160 49 11,6 22,3 4,8 15,5 4,7 Sistema cardiovascular Vasodilatação 91 8,8 Sistema digestivo Anorexia Diarréia Boca seca 30 2,9 Dispepsia Eructação Flatulência Provas hepáticas anormais Irritação local da garganta Úlcera bucal Náusea Vômito 92 464 30 97 23 44 29 69 21 491 244 8,9 44,9 2,9 9,4 2,2 4,3 2,8 6,7 2,0 47,5 23,6 Área metabólica e nutricional Hiperlipemia Perda de peso 47 24 4,5 2,3 Sistema musculoesquelético Mialgia 29 2,8 Sistema nervoso Ansiedade Parestesia perioral Tontura Hiperestesia Insônia Parestesia Parestesia periférica Sonolência 28 275 9,3 53 44 63 159 53 2,7 26,6 9,3 5,1 4,3 6,1 15,4 5,1 Sistema respiratório Aumento da tosse Faringite 21 32 2,0 3,1 Sistema tegumentar Exantema maculopapular Prurido Exantema Transpiração 29 39 78 35 2,8 3,8 7,6 3,4 Sentidos especiais Distúrbio do paladar 118 11,4 Tabela Pacientes que ultrapassaram o limite nos parâmetros bioquímicos ou hematológicos (Os ensaios de Fase II e III foram agrupados) Parâmetro Em relação aos limites normais n % Bioquímica Glicose Glicose Creatinina Ácido úrico Sódio Sódio Potássio Potássio Cloreto Cloreto Cálcio total Cálcio total Fósforo inorgânico Magnésio Magnésio Albumina Bilirrubina total Fosfatase alcalina TGO TGP LHD GGT Triglicerídios Amilase Creatinofosfoquinase (acima) (abaixo) (acima) (acima) (acima) (abaixo) (acima) (abaixo) (acima) (abaixo) (acima) (abaixo) (acima) (acima) (abaixo) (abaixo) (acima) (acima) (acima) (acima) (acima) (acima) (acima) (acima) (acima) 6 1 1 20 2 2 5 15 4 1 1 8 1 10 5 2 11 10 37 53 5 102 69 20 71 1 < 1 < 1 2 < 1 < 1 < 1 2 < 1 < 1 < 1 1 < 1 1 < 1 < 1 1 1 4 6 < 1 12 7 2 8 Hematologia Hemoglobina Leucócitos Leucócitos Plaquetas Neutrófilos Neutrófilos Eosinófilos Tempo de protrombina Tempo de tromboplastina (abaixo) (acima) (abaixo) (abaixo) (acima) (abaixo) (acima) (acima) (acima) 23 8 146 4 9 25 15 6 3 3 1 16 <1 1 3 2 1 < 1

Posologia

Norvir (Solução oral e Cápsulas) é administrado oralmente, com ou sem alimentação. A dose recomendada Solução oral é de 600 mg (7,5 ml), duas vezes ao dia. A dose recomendada Cápsulas é de 600 mg (6 cápsulas) duas vezes ao dia. O sabor amargo da formulação líquida pode ser reduzido misturando-a com leite achocolatado, Advera ou Ensure. O copo-medida de ritonavir solução oral deve ser lavado imediatamente com água quente e detergente logo após o uso. A limpeza imediata retira resíduos de medicação. O copo-medida deve estar seco antes de ser usado. Atualmente não existem dados para determinar a posologia em pacientes com função renal comprometida. Porém, pelo fato de ritonavir ligar-se em alto grau às proteínas séricas, é improvável que ele seja retirado pela hemodiálise ou diálise peritoneal. Atualmente não existem dados para determinar a posologia em pacientes com função hepática comprometida (ver Precauções).

Superdosagem

A experiência humana de superdosagem aguda com ritonavir é limitada. Um paciente em um ensaio clínico tomou 1500 mg/dia de ritonavir durante 2 dias e relatou parestesia, que regrediu depois que a dose foi reduzida. Insuficiência renal com eosinofilia foi relatada com superdosagem de ritonavir. Ritonavir tem baixa ordem de toxicidade aguda quando administrado oralmente. A DL50 foi determinada como sendo maior que 2500 mg/kg, tanto em ratos quanto em camundongos. O nível de dose sem efeito foi de 200 mg/kg em camundongos e de 250 mg/kg em ratos. Tratamento da superdosagem Não há antídoto específico para ritonavir. O tratamento de superdosagem com ritonavir deve consistir de medidas gerais de suporte, incluindo o monitoramento de sinais vitais e observação do estado clínico do paciente. É proposto que o tratamento da superdosagem inclua também lavagem gástrica e administração de carvão ativado. Como ritonavir é extensamente metabolizado pelo fígado e altamente ligado a proteínas plasmáticas, é improvável que a diálise seja benéfica na remoção significativa do fármaco.

Características farmacológicas

Em um estudo de farmacocinética de dose única em indivíduos HIV positivos do sexo masculino, em jejum, altos níveis do fármaco foram encontrados e mantidos por várias horas após administração oral de 100 mg, 200 mg, 400 mg, 600 mg, 800 mg ou 1000 mg de ritonavir. A área sob a curva (AUC) da concentração versus tempo variou de 3,92 a 123 mcg.h/mL, respectivamente e a Cmáx variou de 0,416 a 12,7 mcg/mL. A farmacocinética do ritonavir foi dose-dependente e aumentos maiores do que o proporcional na AUC e Cmáx com aumento de dose foram relatados. O Tmáx permaneceu constante por aproximadamente 3 horas com o aumento de dose. A depuração renal foi em média inferior a 0,1 L/h e relativamente constante na faixa de dosagem. Como não há formulação parenteral de ritonavir, a biodisponibilidade absoluta não foi determinada. Após uma dose única de 600 mg sob condições de plenitude gástrica, as formulações em cápsula gelatinosa mole de 100 mg (n=57) e em solução oral (n=18) produziram AUCs de 121,7 ± 53,8 mcg.h/mL e 129,0 ± 39,3 mcg.h/mL (média ± desvio padrão), respectivamente. Em comparação à ingestão em jejum, a extensão de absorção da cápsula gelatinosa mole foi 12% maior quando administrada com uma refeição. Quando a formulação líquida foi dada sob condições de jejum, as concentrações de pico de ritonavir aumentaram 28% em relação às condições de plenitude. A farmacocinética do ritonavir durante regimes de múltiplas doses foram estudadas em voluntários adultos HIV-positivos em condições de plenitude gástrica. Sob condições de múltiplas doses, o acúmulo de ritonavir é ligeiramente menor do que o previsto a partir da dose única devido a um aumento relacionado ao tempo e à dose na depuração aparente (Cl/F). Foi observado que concentrações mínimas de ritonavir diminuem com o tempo, possivelmente devido à indução enzimática, atingindo níveis estáveis após 2 semanas. No estado de equilíbrio, com uma dose de 600 mg duas vezes ao dia, foram observados valores de Cmáx e Cmín de 11,2 e 3,7 mcg/mL, respectivamente. O t½ de ritonavir foi de aproximadamente 3 a 5 horas. A depuração aparente no estado de equilíbrio em pacientes tratados com 600 mg duas vezes ao dia foi em média 8,8 ± 3,2 L/h. Não foram observadas diferenças clinicamente significantes na AUC ou Cmáx entre homens e mulheres. Os parâmetros farmacocinéticos do ritonavir não foram significativamente associados à perda de peso ou massa corpórea magra. O volume aparente de distribuição (VB/F) do ritonavir é de aproximadamente 0,41 ± 0,25 L/kg após uma dose única de 600 mg. A ligação do ritonavir a proteínas no plasma humano foi de aproximadamente 98 a 99%. O ritonavir se liga à alfa-1 glicoproteína ácida (AAG) e à albumina sérica humana (HSA) com afinidades comparáveis. A ligação a proteínas plasmáticas total é constante na faixa de concentração de 1 a 100 mcg/mL. Estudos de distribuição tecidual em ratos com ritonavir marcado com 14C demonstraram que o fígado, as supra-renais, o pâncreas, os rins e a tireóide tinham as maiores concentrações de ritonavir. Uma relação tecidoplasma de aproximadamente 1, medido nos gânglios linfáticos de ratos, sugere que o ritonavir é distribuído no tecido linfático. Ritonavir penetra de maneira mínima no cérebro. Observou-se que o ritonavir é extensamente metabolizado pelo sistema do citocromo hepático P450, principalmente pela isoenzima CYP3A e em menor extensão pela CYP2D6. Estudos em animais, assim como experimentos in vitro com microssomos hepáticos humanos, indicam que o ritonavir sofre principalmente metabolismo oxidativo. Cinco metabólitos de ritonavir foram identificados no homem. O metabólito da oxidação isopropiltiazólico (M-2) é o principal metabólito e tem atividade antiviral similar à da substância precursora. Entretanto, a AUC do metabólito M-2 foi aproximadamente 3% da AUC da substância precursora. Estudos em humanos com ritonavir marcado radioativamente demonstraram que sua eliminação se faz principalmente pela via hepatobiliar; aproximadamente 86% da substância marcada foi recuperada nas fezes. Nestes estudos, a via renal de eliminação não foi observada como via de eliminação importante do ritonavir. Efeitos no Eletrocardiograma O intervalo QTcF foi avaliado em um estudo controlado cruzado, randomizado, placebo e ativo (moxifloxacina 400 mg/uma vez ao dia), com 45 adultos sadios, com 10 medidas durante 12 horas no Dia 3. A média de diferença máxima (limite de confiança superior a 95%) no QTcF do placebo foi de 5,5 (7,6) mseg para ritonavir 400 mg duas vezes ao dia. A exposição ao ritonavir no Dia 3 foi aproximadamente 1,5 vezes maior que a observada com a dose de 600 mg duas vezes ao dia no estado de equilíbrio. Nenhum voluntário teve um aumento na QTcF > 60 mseg da baseline ou um intervalo QTcF que excedesse o limite clinicamente relevante de 500 mseg. Um discreto prolongamento no intervalo PR também foi verificado em voluntários recebendo ritonavir durante o mesmo estudo no Dia 3. O intervalo PR máximo foi de 252 mseg e não houve bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro graus. Populações Especiais Insuficiência renal: atualmente não há dados específicos sobre esta população de pacientes. Entretanto, devido à alta ligação protéica de ritonavir é pouco provável que o ritonavir seja significativamente removido por hemodiálise ou diálise peritoneal. Insuficiência hepática: em seis indivíduos adultos, com doença hepática leve, infectados pelo HIV, recebendo 400 mg de ritonavir duas vezes ao dia, a exposição ao ritonavir foi semelhante em comparação com os indivíduos controles recebendo 500 mg de ritonavir duas vezes ao dia. Os resultados indicam que não é necessário ajuste de doses em pacientes com doença hepática leve. Dados adequados de farmacocinética não estão disponíveis para pacientes com doença hepática moderada. A ligação protéica do ritonavir não foi afetada de modo estatisticamente significativo pela doença hepática leve e moderada. Pacientes pediátricos: a farmacocinética no estado de equilíbrio foi avaliada em 37 pacientes com idades entre 2 e 14 anos, infectados por HIV, que recebiam doses variando entre 250 mg/m2 de superfície corporal e 400 mg/m2 de superfície corporal duas vezes ao dia, no Grupo de Estudo de Pacientes Pediátricos com AIDS do estudo 310 (PACTG), e em 41 pacientes com idades entre 1 mês e 2 anos, infectados por HIV, em doses de 350 e 450 mg/m2 duas vezes ao dia, no estudo 345 em PACTG. A depuração de ritonavir oral no estado de equilíbrio foi aproximadamente 1, 5 a 1,7 vezes mais rápida em pacientes pediátricos do que em adultos. As concentrações de ritonavir em pacientes pediátricos, maiores de 2 anos, obtidas após 350 a 400 mg/m2 duas vezes ao dia, foram comparáveis àquelas obtidas em adultos recebendo 600 mg (aproximadamente 330 mg/m2) duas vezes ao dia. As seguintes observações foram feitas a respeito das concentrações do ritonavir após a administração de 350 ou 450 mg/m2, duas vezes ao dia, em crianças menores de 2 anos de idade. Exposições mais elevadas do ritonavir não foram evidentes com 450 mg/m2 duas vezes ao dia comparado a 350 mg/m2 duas vezes ao dia. As concentrações mais baixas de ritonavir eram um pouco menores do que aquelas obtidas nos adultos que receberam 600 mg duas vezes ao dia. A área sob a curva de concentração plasmática de ritonavir/tempo e menores concentrações obtidas após a administração de 350 ou 450 mg/m2, duas vezes ao dia, em crianças menores de 2 anos, foram aproximadamente 16% e 60% mais baixas, respectivamente, do que aquelas obtidas em adultos que receberam 600 mg duas vezes ao dia.

Resultados de eficácia

ritonavir é um inibidor peptidomimético oral ativo das aspartil-proteases do HIV-1 e HIV-2. A inibição da protease do HIV torna a enzima incapaz de processar o precursor da poliproteína gag-pol, fazendo com que as partículas virais produzidas se tornem imaturas e, portanto, incapazes de iniciar um novo ciclo de infecção. O ritonavir tem afinidade seletiva pela protease do HIV e pouca atividade inibitória diante da aspartil-protease humana. Pode ser utilizado também em conjunto com outros anti-retrovirais da mesma classe com a finalidade de reduzir sua metabolização, diminuindo a dose necessária a cada tomada ou aumentando o intervalo entre as tomadas.

Modo de usar

Norvir? (ritonavir) solução oral e cápsulas devem ser administrados por via oral, de preferência com alimentos. Norvir? (ritonavir) solução oral: agitar bem antes de usar. Adultos Solução oral: a dose recomendada? (ritonavir) solução oral é de 600 mg (7,5 mL) duas vezes por dia. Cápsulas: a dose recomendada? (ritonavir) cápsulas é de 600 mg (6 cápsulas) duas vezes por dia. A utilização de um esquema de titulação de doses pode ajudar a reduzir os eventos adversos decorrentes do tratamento, mantendo níveis plasmáticos adequados de ritonavir. Norvir? (ritonavir) deve ser iniciado com doses de, no mínimo, 300 mg duas vezes ao dia durante período de três dias, com incrementos de 100 mg duas vezes ao dia, até atingir a dose máxima de 600 mg duas vezes ao dia em um período não superior a 14 dias. Os pacientes devem ser informados de que os eventos adversos freqüentemente observados no início do tratamento, como distúrbios gastrintestinais leves a moderados e parestesia, podem diminuir com a continuidade do tratamento. Os pacientes não devem ser mantidos com dose de 300 mg duas vezes ao dia por mais de três dias.Crianças Norvir? (ritonavir) solução oral deve ser utilizado em combinação com outros anti-retrovirais. A dose recomendada de ritonavir em crianças com mais de 1 mês de idade é de 350 a 400 mg/m2 de superfície corporal, por via oral, duas vezes por dia e não deve exceder 600 mg duas vezes por dia. Norvir? (ritonavir) deve ser iniciado com doses de 250 mg/m2 e incrementos de 50 mg/m2 duas vezes ao dia, em intervalos de 2 a 3 dias. Se os pacientes não tolerarem a dose máxima diária devido às reações adversas, a dose máxima tolerada deve ser utilizada como tratamento de manutenção, em combinação com outros agentes anti-retrovirais. Sempre que possível, a dose deve ser administrada através de uma seringa calibrada.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso pediátrico: em pacientes com idade entre 1 mês e 21 anos, infectados por HIV, a atividade antiviral e o perfil de eventos adversos observados durante estudos clínicos e a experiência pós-comercialização foram similares aos de pacientes adultos.

Armazenagem

Norvir?(ritonavir) solução oral: conservar em temperatura ambiente (20-25ºC) e não refrigerar. É importante manter Norvir? (ritonavir)solução oral no frasco de origem. Não transferir para outra embalagem. Manter o frasco bem fechado. Norvir? (ritonavir) cápsulas: conservar a temperatura entre 2 e 8°C (refrigeração) e proteger da luz e umidade. É importante manter Norvir? (ritonavir) cápsulas no frasco de origem. Não deve ser transferido para outra embalagem. Norvir? (ritonavir) solução oral e Norvir? (ritonavir) cápsulas não devem ser expostos a temperaturas extremas (não devem, por exemplo, ser guardados no freezer ou deixados expostos ao sol). Evitar a exposição ao calor excessivo e congelamento.

Informações

Ação esperada do medicamento: Norvir? (ritonavir) é um medicamento destinado ao tratamento da infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e deve ser administrado combinado com outros medicamentos para o tratamento da infecção pelo HIV. Norvir? (ritonavir) não cura a infecção por HIV e os pacientes podem adquirir outras doenças associadas à infecção por HIV, incluindo infecções oportunistas. Cuidados de armazenamento: Norvir?(ritonavir) solução oral: conservar em temperatura ambiente (20-25ºC) e não refrigerar. É importante manter Norvir? (ritonavir)solução oral no frasco de origem. Não transferir para outra embalagem. Manter o frasco bem fechado. Norvir? (ritonavir) cápsulas: conservar a temperatura entre 2 e 8°C (refrigeração) e proteger da luz e umidade. É importante manter Norvir? (ritonavir) cápsulas no frasco de origem. Não deve ser transferido para outra embalagem. Norvir? (ritonavir) solução oral e Norvir? (ritonavir) cápsulas não devem ser expostos a temperaturas extremas (não devem, por exemplo, ser guardados no freezer ou deixados expostos ao sol). Evitar a exposição ao calor excessivo e congelamento. Prazo de validade: ao adquirir medicamentos, confira sempre o prazo de validade impresso na embalagem externa do produto. Norvir?(ritonavir) solução oral: se armazenado nas condições indicadas, o medicamento se manterá próprio para consumo pelo prazo de validade de 6 meses, a partir da data de fabricação impressa na embalagem externa. Norvir? (ritonavir) cápsulas: se armazenado nas condições indicadas, o medicamento se manterá próprio para consumo pelo prazo de validade de 24 meses, a partir da data de fabricação impressa na embalagem externa. Não use medicamento com o prazo de validade vencido, pode ser perigoso para sua saúde. Gravidez e lactação: Norvir? (ritonavir) não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que estejam amamentando, a menos que, na opinião do médico, os benefícios potenciais claramente justifiquem os possíveis riscos. Não se recomenda que mulheres infectadas pelo HIV amamentem seus filhos, para evitar a transmissão do HIV. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao médico se estiver amamentando. Cuidados de administração: Norvir? (ritonavir) solução oral e Norvir? (ritonavir) cápsulas geralmente são administrados 2 vezes por dia. Habitualmente, inicia-se o tratamento com doses menores, com aumentos gradativos, até que se chegue à dose completa. Para abrir o frasco? (ritonavir) solução oral, aperte para baixo e gire a tampa. Use o copo-medida fornecido para medir a dose. Seque bem o copo-medida antes de colocar a dose. Coloque o medicamento no copo-medida até a marca, de acordo com a dose indicada pelo médico. O copo-medida? (ritonavir) solução oral deve ser lavado imediatamente após o uso com água quente e detergente; não usar máquina de lavar louça. A limpeza imediata retira resíduos de medicamento. O copo-medida precisa estar seco antes de ser usado. Norvir? (ritonavir) deve ser administrado preferencialmente com alimentos. A forma solução oral pode ser mais adequada para pacientes que apresentam dificuldades para engolir as cápsulas. Norvir? (ritonavir) solução oral pode deixar um sabor desagradável na boca. Para diminuí-lo, Norvir? (ritonavir) pode ser misturado com leite achocolatado. Misture só uma dose por vez e tome-a imediatamente. Não misture com água. Siga a orientação do médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Caso esqueça de tomar uma dose? (ritonavir), tome-a tão logo se lembre. Se estiver próximo à dose seguinte, espere e tome a dose no horário previsto. Não duplique a dose seguinte. Interrupção do tratamento: não interromper o tratamento sem o conhecimento de seu médico. Reações desagradáveis: informe o seu médico o aparecimento de reações desagradáveis como fraqueza, distúrbios gastrintestinais e neurológicos, incluindo náusea, diarréia, vômito, falta de apetite, dor abdominal, alteração do paladar e sensação de formigamento ou adormecimento nas mãos, nos pés, em torno dos lábios ou dor de cabeça. Algumas destas reações podem regredir após 1 a 2 semanas de tratamento. Ingestão concomitante com outras substâncias: Norvir? (ritonavir) não deve ser utilizado com certos tipos de medicamentos, pois podem ocorrer potenciais eventos adversos sérios ou diminuição da atividade de quaisquer dos medicamentos utilizados. Pacientes que utilizam anticoncepcionais orais e adesivos devem tomar medidas adicionais para evitar gravidez durante o uso? (ritonavir). Norvir? (ritonavir) não deve ser tomado com produtos à base de ervade- São-João (Hypericum perforatum). Informe ao médico se estiver utilizando medicamentos que contenham dissulfiram ou metronidazol.O uso? (ritonavir) e sildenafila, tadalafila ou vardenafila pode causar aumento no risco de efeitos adversos associados a essas drogas, incluindo hipotensão e ereção persistente. Informe seu médico se estiver usando estes ou outros medicamentos, antes do início ou durante o tratamento. Contra-indicações: Norvir? (ritonavir) é contra-indicado a pacientes que tiveram reações alérgicas graves ao ritonavir ou a quaisquer componentes da fórmula. Atenção: o uso incorreto causa resistência do vírus da AIDS e falha no tratamento. Não tome remédio sem o conhecimento do seu médico, pode ser perigoso para sua saúde. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Dizeres legais

ATENÇÃO: O USO INCORRETO CAUSA RESISTÊNCIA DO VÍRUS DA AIDS E FALHA NO TRATAMENTO. MS: 1.0553.0204 Farm. Resp.: Fabio Bussinger da Silva CRF-RJ nº 9277 Norvir? (ritonavir) solução oral: Fabricado por: Abbott Laboratories North Chicago, Illinois - EUA Norvir? (ritonavir) cápsulas: Fabricado por: Catalent Pharma Solutions, LLC St. Petersburg, FL ? E.U.A. Embalado por: Abbott Laboratories Abbott Park, Illinois ? E.U.A. Importado por: Abbott Laboratórios do Brasil Ltda. Estrada dos Bandeirantes, 2400 ? Rio de Janeiro - RJ CNPJ: 56.998.701/0012-79 INDÚSTRIA BRASILEIRA VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA Nº do lote, data de fabricação e validade: vide rótulo e cartucho.

) cápsulas: Fabricado por: Catalent Pharma Solutions, LLC St. Petersburg, FL ? E.U.A. Embalado por: Abbott Laboratories Abbott Park, Illinois ? E.U.A. Importado por: Abbott Laboratórios do Brasil Ltda. Estrada dos Bandeirantes, 2400 ? Rio de Janeiro - RJ CNPJ: 56.998.701/0012-79 INDÚSTRIA BRASILEIRA VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA Nº do lote, data de fabricação e validade: vide rótulo e cartucho.