As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Apresentação
Cartucho com 1 blíster-calendário com 28 comprimidos revestidos
Cada comprimido revestido contém 2 mg de estradiol e 1 mg de acetato de noretisterona.
Excipientes: lactose, amido, povidona, estearato de magnésio, hipromelose, macrogol, talco, dióxido de titânio, pigmento de óxido de ferro vermelhoIndicações
Cliane é indicado para o tratamento dos distúrbios decorrentes da deficiência estrogênica (TRH), tais como
sudorese e ondas de calor, incluindo profilaxia da osteoporose, e atrofia urogenital em pacientes
menopausadas há pelo menos um ano.Contra-indicações
A terapia de reposição hormonal (TRH) não deve ser iniciada na presença de qualquer uma das seguintes condições:
- gravidez e lactação;
- sangramento vaginal não-diagnosticado;
- diagnóstico ou suspeita de câncer de mama;
- diagnóstico ou suspeita de condições pré-malignas ou
malignas, dependentes de esteróides sexuais;
- presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou
malignos);
- doença hepática grave;
- tromboembolismo arterial agudo (por exemplo, infarto
do miocárdio, acidente vascular cerebral);
- presença de trombose venosa profunda, distúrbios
tromboembólicos ou antecedentes destas condições;
- hipertrigliceridemia grave;
- hipersensibilidade a qualquer um dos componentes do
medicamento.
Se qualquer uma das condições citadas anteriormente
ocorrer pela primeira vez durante o uso da TRH, a sua
utilização deve ser descontinuada imediatamente.Advertências
Cliane não pode ser usado como contraceptivo (vide item Interações medicamentosas).
Antes de iniciar a terapia, todas as condições/fatores de riscos mencionados a seguir devem ser considerados
quando se determina o risco/benefício do tratamento para cada paciente.
Durante o uso da TRH, a terapia deve ser descontinuada imediatamente caso ocorra qualquer uma das condições
citadas no item contra-indicações, assim como nas seguintes condições:
- enxaqueca ou cefaléias freqüentes com intensidade fora do habitual que ocorram pela primeira vez ou se
houver quaisquer outros sintomas que sejam possíveis sinais prodrômicos de oclusão cerebrovascular;
- recorrência de icterícia colestática ou prurido colestático, os quais tenham surgido inicialmente
durante uma gravidez ou durante o uso anterior de esteróides sexuais;
- sintomas ou suspeita de um evento trombótico.
No caso de ocorrência ou agravamento das condições ou fatores de riscos descritos a seguir, a análise individual
do risco/benefício deve ser realizada novamente, levando-se em consideração a possível necessidade de
descontinuação da terapia.
Tromboembolismo venoso
Estudos epidemiológicos e estudos controlados randomizados sugerem um aumento do risco relativo de desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV)
como, por exemplo, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Portanto, a relação risco-benefício
deve ser cuidadosamente avaliada, em conjunto com a paciente, quando se prescrever TRH para mulheres que
apresentem fator de risco para TEV.
Os fatores de risco geralmente reconhecidos incluem história pessoal ou familiar (a ocorrência de TEV em um
familiar em primeiro grau, em idade relativamente precoce, pode indicar predisposição genética) e
obesidade grave. O risco de TEV também aumenta com a idade. Não há consenso sobre a possível influência de
veias varicosas no desenvolvimento de TEV.
O risco de TEV pode estar temporariamente aumentado em casos de imobilização prolongada, grande cirurgia
eletiva ou pós-traumática ou traumatismo extenso. Dependendo da natureza da ocorrência e da duração da
imobilização, deve-se considerar a interrupção temporária da TRH.
Tromboembolismo arterial
Dois grandes estudos clínicos realizados com estrogênios
eqüinos conjugados (EEC) combinados com acetato de
medroxiprogesterona (AMP), em esquema de
administração contínua, indicaram um possível aumento
do risco de cardiopatia coronariana no primeiro ano de
uso e nenhum benefício após este período. Um estudo
clínico abrangente, realizado com EEC administrados
isoladamente, indicou um potencial para redução da
taxa de cardiopatia coronariana em mulheres com idade
entre 50 e 59 anos e nenhum benefício geral na
população total estudada. Como resultado secundário,
verificou-se um aumento de 30 a 40% no risco de
acidente vascular cerebral em dois grandes estudos
clínicos realizados com EEC administrados isoladamente
ou em combinação com AMP. Não se sabe se estes dados
também se aplicam a outros medicamentos para TRH ou
para vias de administração não-oral.
Câncer endometrial
A exposição prolongada a estrogênios administrados
isoladamente aumenta o risco de desenvolvimento de
hiperplasia ou carcinoma endometrial. Estudos sugerem
que a adição apropriada de progestógeno na terapia
elimina esse aumento no risco.
Câncer de mama
Estudos clínicos e estudos de observação relataram
aumento do risco de se ter diagnosticado câncer de
mama em mulheres que usaram TRH por vários anos.
Estes resultados podem ser devido ao diagnóstico
precoce, aos efeitos da promoção do crescimento de
tumores preexistentes ou à combinação de ambos.
A estimativa para o risco relativo global de diagnóstico
de câncer de mama fornecida em mais de 50 estudos
epidemiológicos variou entre um e dois, na maioria dos
estudos.
O risco relativo aumenta com a duração do tratamento e
pode ser mais baixo ou possivelmente neutro com
medicamentos contendo somente estrogênios.
Dois extensos estudos clínicos randomizados, realizados
com estrogênios eqüinos conjugados (EEC) administrados
isoladamente ou em combinação com AMP em uso
contínuo, apresentaram riscos estimados de 0,77 (IC
95%: 0,59 – 1,01) ou de 1,24 (IC 95%: 1,01 – 1,54) após 6
anos de TRH. Não se sabe se o risco aumentado também
se aplica a outros medicamentos para TRH.
Aumentos similares em diagnóstico de câncer de mama
são observados, por exemplo, nos casos de atraso da
menopausa natural, ingestão de bebida alcoólica ou
adiposidade.
O aumento do risco desaparece dentro de poucos anos
após a descontinuação do uso da TRH.
A maioria dos estudos tem relatado que tumores
diagnosticados em usuárias de TRH atuais ou recentes
tendem a ser melhor diferenciados do que os verificados
em não-usuárias. Dados referentes a localização fora da
área da mama não são conclusivos.
A TRH aumenta a densidade de imagens mamográficas, o
que pode afetar adversamente a detecção radiológica
do câncer de mama em alguns casos.
Tumor hepático
Após o uso de hormônios como os contidos em
medicamentos destinados à TRH foram observados em
casos raros tumores hepáticos benignos e, mais
raramente, tumores malignos que, em casos isolados,
podem ocasionar hemorragias intra-abdominais com
risco de vida para a paciente. Se ocorrer dor no abdome
superior, aumento do tamanho do fígado ou sinais de
hemorragia intra-abdominal, deve-se incluir tumor
hepático nas considerações diagnóstico-diferenciais.
Doença da vesícula biliar
É conhecido o aumento da litogenicidade da bile provocado por estrogênios. Algumas mulheres são predispostas a desenvolver doenças da vesícula biliar durante a terapia estrogênica.
Demência
Existe evidência limitada, observada em estudos clínicos realizados com produtos contendo estrogênios eqüinos conjugados (EEC), de que a terapia hormonal pode aumentar o risco de demência se iniciada em mulheres com idade igual ou superior a 65 anos. O risco pode diminuir se o tratamento for iniciado no princípio da menopausa, como observado em outros estudos. Não se sabe se estes dados também se estendem a outros medicamentos para TRH.
Outras condições
Não foi estabelecida uma associação geral entre o uso da TRH e o desenvolvimento de hipertensão clínica.
Foram relatados pequenos aumentos na pressão arterial em usuárias de TRH; os aumentos clinicamente
relevantes são raros. Entretanto, deve-se considerar a descontinuação do tratamento em casos individuais de desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente significativa durante a TRH.
Distúrbios moderados da função hepática, incluindo hiperbilirrubinemias, tais como as síndromes de Dubin-Johnson ou de Rotor, necessitam de rigorosa supervisão,
sendo que a função hepática deve ser monitorada periodicamente. Em caso de alteração nos indicadores da
função hepática, deve-se descontinuar a TRH.
Mulheres com níveis moderadamente elevados de triglicérides necessitam de acompanhamento especial. A
TRH, nestes casos, pode estar associada a um aumento adicional do nível de triglicérides levando ao risco de
pancreatite aguda.
Embora a TRH possa ter efeito na resistência insulínica periférica e na tolerância à glicose, geralmente não há
necessidade de alterar o regime terapêutico para pacientes diabéticas que estiverem usando TRH.
Entretanto, estas pacientes devem ser cuidadosamente monitoradas durante a terapia.
Algumas pacientes podem desenvolver manifestações indesejáveis geradas pela estimulação estrogênica
durante a TRH, como sangramento uterino anormal. Se durante a terapia ocorrer sangramento uterino anormal
de forma freqüente, persistente ou recorrente, recomenda-se avaliação endometrial.
Miomas uterinos podem aumentar de tamanho sob a influência de estrogênios. Caso seja observado este
aumento, o tratamento deve ser descontinuado.
Se ocorrer reativação de endometriose durante a TRH, recomenda-se a descontinuação do tratamento.
Havendo suspeita de prolactinoma, deve-se excluir esta possibilidade antes de iniciar o tratamento.
Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, especialmente em mulheres com história de cloasma gravídico.
Mulheres com tendência a cloasma devem evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto
estiverem em tratamento.
A ocorrência ou agravamento dos quadros abaixo foram relatados com o uso da TRH. Embora não exista
evidência conclusiva da associação com a TRH, as mulheres que apresentarem alguma das condições
abaixo e que estiverem em terapia de reposição hormonal devem ser cuidadosamente monitoradas.
- epilepsia;
- doença benigna da mama;
- asma;
- enxaqueca;
- porfiria;
- otosclerose;
- lupo eritematoso sistêmico;
- coréia menor.Uso na gravidez
A TRH é contra-indicada durante a gravidez ou lactação. Se ocorrer gravidez durante a utilização de Cliane, o
tratamento deve ser descontinuado imediatamente. Estudos epidemiológicos abrangentes realizados com
hormônios esteróides utilizados em contracepção e em terapia de reposição hormonal não revelaram risco
aumentado de malformação congênita em crianças cujas mães utilizaram hormônios sexuais antes da gravidez,
nem efeitos teratogênicos quando hormônios sexuais foram tomados de forma inadvertida durante a fase
inicial da gestação.
Pequenas quantidades de hormônios sexuais podem ser excretadas com o leite materno.Interações medicamentosas
A contracepção hormonal deve ser descontinuada quando for iniciada a TRH e a paciente deve ser
orientada a adotar medidas contraceptivas nãohormonais, se necessário.
Interações com outros medicamentos
Tratamentos prolongados com fármacos indutores de enzimas hepáticas como, por exemplo, vários
anticonvulsivantes e antimicrobianos podem aumentar a depuração de hormônios sexuais e reduzir a eficácia
clínica. Tais propriedades de indução de enzimas hepáticas foram estabelecidas para hidantoínas,
barbitúricos, primidona, carbamazepina e rifampicina,
assim como suspeita-se da existência dessas propriedades também para oxcarbazepina, topiramato,
felbamato e griseofulvina. A indução enzimática máxima geralmente não ocorre antes da segunda ou terceira
semana, mas pode ser mantida por, no mínimo, 4 semanas após o término da terapia com algum desses
fármacos.
Em casos raros, níveis reduzidos de estradiol foram observados com o uso concomitante de certos
antibióticos (por exemplo, penicilinas e tetraciclina).
Substâncias que sofrem conjugação substancial como por exemplo o paracetamol, podem aumentar a
biodisponibilidade do estradiol pela inibição competitiva do sistema de conjugação durante a absorção.
Em casos individuais, as necessidades de hipoglicemiantes orais ou insulina podem ser alteradas
como resultado do efeito sobre a tolerância à glicose.
Interação com bebidas alcoólicas
A ingestão aguda de bebidas alcoólicas durante a TRH
pode ocasionar elevação nos níveis de estradiol circulante.Reações adversas / Efeitos colaterais
As reações adversas mais graves que estão associadas à
utilização da terapia de reposição hormonal estão
citadas no item Precauções e Advertências.
Outras reações adversas que foram reportadas em
usuárias da terapia de reposição hormonal (dados póscomercialização),
mas para as quais a associação com
Cliane não foi confirmada e nem descartada são:
Classificação por sistema corpóreo MedDRA v. 8.0
Freqüente (>1/100, <1/10)
Pouco Freqüente (>1/1.000, <1/100)
Raro (>1/10.000, <1/1.000)
(vide bula original)
Alterações em exames laboratoriais:
O uso de esteróides sexuais pode influenciar os resultados de
certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros
bioquímicos das funções hepática, tiroidiana, adrenal e
renal; níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), por
exemplo, globulina de ligação a corticosteróides e frações
lipídicas/lipoprotéicas, parâmetros do metabolismo de
carboidratos e parâmetros da coagulação e fribrinólise.Posologia
Como iniciar Cliane
Mulheres que não utilizavam estrogênios ou que estão
mudando de um produto combinado contínuo podem
iniciar o uso de Cliane a qualquer momento.
Para mulheres que estejam mudando de uma TRH contínua
seqüencial ou cíclica, deve-se completar o ciclo atual da
terapia utilizada antes de iniciar o uso de Cliane.
Dose
Tomar um comprimido rosa por dia.
Administração
Cada cartela contém o tratamento para 28 dias.
O tratamento é contínuo, isto é, após terminar a cartela atual,
deve-se iniciar a próxima no dia seguinte, sem intervalo entre
as mesmas. Os comprimidos devem ser ingeridos com
pequena quantidade de líquido, sem mastigar.
Os comprimidos devem ser ingeridos todos os dias,
preferencialmente no mesmo horário.
Comprimidos esquecidos
Se ocorrer o esquecimento de um comprimido, deve-se ingeri-lo
o quanto antes. Se o atraso for de mais de 24 horas, nenhum
comprimido adicional deve ser ingerido. Pode ocorrer
sangramento se houver o esquecimento de vários comprimidos.
Padrão de sangramento
Cliane é adequado apenas para pacientes cuja menopausa
tenha ocorrido há pelo menos um ano, isto é, que tenham
apresentado seu último sangramento menstrual natural há
pelo menos um ano. Se Cliane for administrado durante o
período da perimenopausa, a probabilidade de ocorrer
sangramento de escape irregular é bastante elevada devido a
possível atividade hormonal cíclica dos ovários.
O tratamento com Cliane destina-se a promover a terapia de
reposição hormonal com ausência de sangramento cíclico,
porém pode ocorrer sangramento nos primeiros ciclos de uso.
Esse sangramento pode ser imprevisível, mas é pouco
provável que seja excessivo. As pacientes devem ser
orientadas com relação a este fato e também informadas que
o sangramento deverá diminuir significativamente, cessando
por completo na maioria dos casos.Superdosagem
Estudos de toxicidade aguda não indicaram risco de reações
adversas agudas em caso de ingestão acidental de um
múltiplo da dose terapêutica diária. Não existe um antídoto
específico e o tratamento deve ser sintomático.Características farmacológicas
Cliane contém estradiol (estrogênio natural humano) e acetato de noretisterona (progestógeno sintético). O estradiol
fornece reposição hormonal durante e após o climatério e a adição do acetato de noretisterona impede o
desenvolvimento de hiperplasia endometrial. A maioria dos estudos clínicos demonstra que a
administração oral de 17-beta-estradiol associado ao acetato de noretisterona, nas quantidades contidas em
Cliane, diminui o colesterol total e triglicérides, assim como as lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C).
Durante o uso prolongado de 17-beta-estradiol associado ao acetato de noretisterona, nas quantidades contidas em
Cliane, os parâmetros bioquímicos do turn-over ósseo diminuem significativamente. O efeito preventivo desta
combinação sobre a perda óssea na pós-menopausa foi demonstrado em numerosos estudos clínicos. Estudos de
acompanhamento realizados por 10 anos indicaram aumento na densidade mineral óssea da espinha lombar
durante os três primeiros anos de tratamento e, posteriormente, a preservação da massa óssea. O tratamento
com TRH, por período prolongado, tem igualmente demonstrado reduzir o risco de fraturas periféricas em
pacientes na pós-menopausa. Estudos observacionais e o estudo do Women’s Health
Initiative (WHI) com estrogênios eqüinos conjugados (EEC) associados ao acetato de medroxiprogesterona (AMP)
sugerem uma redução na morbidade do câncer de cólon em mulheres na pós-menopausa que utilizam TRH. No estudo
WHI com monoterapia de EEC não foi observada uma redução no risco. Não se sabe se estes dados também se
estendem a outros medicamentos para TRH.Resultados de eficácia
-Modo de usar
-Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Pacientes idosas:
Ver item Precauções e advertências – Demência.Armazenagem
O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 °C e 30 °C). Proteger da umidade.Dizeres legais
Farm. Resp.: Dr. Paulo Camossa - CRF-SP nº 15927
Schering do Brasil, Química e Farmacêutica Ltda.
Rua Cancioneiro de Évora, 255/339/383 - Santo Amaro
04708-010 - São Paulo - SP
www.schering.com.br
C.N.P.J. no 56.990.534/0001-67
Indústria Brasileira
Atendimento ao Consumidor 0800 7021241
Venda sob prescrição médica
Lote, data de fabricação e validade: vide cartucho.
Subsidiária da Schering AG - Alemanha
Rua Cancioneiro de Évora, 255/339/383 - Santo Amaro
04708-010 - São Paulo - SP
www.schering.com.br
C.N.P.J. no 56.990.534/0001-67
Indústria Brasileira
Atendimento ao Consumidor 0800 7021241
Venda sob prescrição médica
Lote, data de fabricação e validade: vide cartucho.
Subsidiária da Schering AG - Alemanha