Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Bayer

Referência

Nimodipino comprimidos

Apresentação

Nimotop® é apresentado em embalagens contendo 30 comprimidos de 30 mg de nimodipino.
USO ORAL
USO ADULTO

Indicações

1. Após infusão prévia de nimodipino solução para infusão para profilaxia e tratamento das deficiências neurológicas isquêmicas causadas por vasoespasmo cerebral subseqüente à hemorragia subaracnóidea causada por aneurisma (HSAa).
2. Tratamento das alterações da função cerebral em idosos com sintomas pronunciados, como perda da memória, alterações do comportamento e da concentração e oscilações de humor (AFCI). Antes de iniciar o tratamento com nimodipino, deve-se excluir a possibilidade de os sintomas serem causados por doença subjacente requerendo tratamento específico.

Contra-indicações

O nimodipino não deve ser administrado em caso de hipersensibilidade a substância ativa ou a qualquer um de seus componentes inertes. É contra-indicada a utilização de nimodipino com rifampicina, uma vez que a eficácia do nimodipino pode ser significativamente reduzida quando administrado concomitantemente com rifampicina (vide “Interações medicamentosas”). É contra-indicada a administração concomitante de nimodipino por via oral com os antiepilépticos fenobarbital, fenitoína ou carbamazepina uma vez que a eficácia do nimodipino pode ser significativamente reduzida (vide “Interações medicamentosas”). No tratamento das alterações da função cerebral em idosos (AFCI) considerar adicionalmente: Distúrbios graves da função hepática, particularmente cirrose hepática, podem resultar em aumento da biodisponibilidade de nimodipino por motivo de menor capacidade de primeira passagem e redução da depuração metabólica. Portanto para o tratamento das alterações das funções cerebral em idosos, o nimodipino não deve ser administrado a portadores de insuficiência hepática grave (cirrose).

Advertências

Tratamento das alterações da função cerebral em idosos (AFCI): Recomenda-se muita cautela com pacientes idosos com enfermidades múltiplas com insuficiência renal grave (depuração < 20 ml/min) ou naquelas com insuficiência cardíaca grave, considerandose cuidadosamente a necessidade do uso de nimodipino e o posterior acompanhamento regular. Profilaxia e tratamento das deficiências neurológicas isquêmicas causadas por vasoespasmo cerebral subseqüente à hemorragia subaracnóidea (HSAa): Embora não se tenham constatado aumentos da pressão intracraniana associado ao tratamento com nimodipino, recomenda-se monitorar a dose nesses casos ou quando o teor de água no tecido cerebral for elevado (edema cerebral generalizado). HSAa e AFCI: Requer-se cautela em pacientes com hipotensão (pressão arterial sistólica inferior a 100 mm Hg). O nimodipino é metabolizado pelo sistema citocromo P450 3A4. Fármacos que sabidamente inibam ou induzam esse sistema enzimático podem por isso alterar a primeira passagem ou a depuração de nimodipino (vide “Interações medicamentosas”). Fármacos sabidamente inibidores do sistema citocromo P450 3A4 e que, portanto, podem causar elevações das concentrações plasmáticas do nimodipino são p. ex. - antibióticos macrolídeos (p. ex. eritromicina) - inibidores da protease anti-HIV (p. ex. ritonavir) - antimicóticos azólicos (p. ex. cetoconazol) - os antidepressivos nefazodona e fluoxetina - quinupristina/dalfopristina - cimetidina - ácido valpróico Na co-administração com essas drogas deve-se monitorar a pressão arterial e, se necessário, considerar uma redução da dose de nimodipino. Habilidade para dirigir veículos ou operar máquinas Pode haver comprometimento da capacidade de dirigir veículos ou de operar máquinas em razão da possível ocorrência de tontura.

Interações medicamentosas

Drogas que afetam nimodipino: O nimodipino é metabolizado por meio do sistema citocromo P450 3A4 localizado tanto na mucosa intestinal como no fígado; portanto, fármacos que inibam ou induzam esse sistema enzimático podem alterar a primeira passagem ou a depuração de nimodipino. O grau e a duração das interações deve ser levada em conta na administração de nimodipino com os seguintes fármacos:
rifampicina
Experiências relatadas com outros antagonistas de cálcio levam a crer que a rifampicina deva acelerar por indução enzimática o metabolismo de nimodipino. Portanto, a administração concomitante de rifampicina pode reduzir a eficácia de nimodipino. Portanto, a administração de nimodipino em combinação com rifampicina é contra-indicada (vide “Contra-indicações”). Antiepilépticos que induzem o sistema citocromo P450 3A4, tais como fenobarbital, fenitoína ou carbamazepina
A administração crônica anterior dos antiepilépticos fenobarbital, fenitoína ou carbamazepina reduz acentuadamente a biodisponibilidade do nimodipino administrado oralmente. Portanto é contraindicado o uso concomitante de nimodipino comprimidos com esses antiepilépticos (vide “contraindicações”). Na co-administração com os seguintes inibidores do sistema citocromo P450 3A4 deve-se monitorar a pressão arterial e, se necessário, considerar uma adaptação da dose de nimodipino (vide “Posologia” e “Modo de usar”).
antibióticos macrolídeos (p. ex. eritromicina)
Não se realizaram estudos de interação entre nimodipino e antibióticos macrolídeos. Sabe-se que certos antibióticos macrolídeos inibem o sistema citocromo P450 3A4, de modo que, neste estágio, o potencial para interação medicamentosa não pode ser excluído. Portanto, os antibióticos macrolídeos não devem ser administrados em combinação com nimodipino (vide “Advertências e precauções”). A azitromicina, embora estruturalmente relacionada com a classe dos antibióticos macrolídeos, não inibe o CYP3A4.
inibidores da protease anti-HIV (p. ex. ritonavir)
Não se realizaram estudos formais para investigar a possível interação entre nimodipino e os inibidores da protease anti-HIV. Consta que os fármacos dessa classe sejam potentes inibidores do sistema citocromo P450 3A4. Portanto não se pode excluir a possibilidade de uma elevação acentuada e clinicamente relevante das concentrações plasmáticas de nimodipino com esses inibidores da protease (vide “Advertências e precauções”).
antimicóticos azólicos (p. ex. cetoconazol) Não se realizaram estudos para investigar o potencial de interação medicamentosa entre nimodipino e cetoconazol. Sabe-se que os antimicóticos azólicos inibem o sistema citocromo P450 3A4 e existem relatos de várias interações com outros antagonistas do cálcio diidropiridínicos. Portanto, na administração concomitante com nimodipino oral, não se pode excluir uma elevação substancial da biodisponibilidade sistêmica de nimodipino em razão de decréscimo do metabolismo de primeira passagem (vide “Advertências e precauções”).
nefazodona Não se realizaram estudos para investigar a possível interação entre nimodipino e nefazodona. Este antidepressivo consta ser um potente inibidor do citocromo P450 3A4. Portanto, as possibilidades de elevação das concentrações plasmáticas de nimodipino na co-administração com nefazodona não podem ser excluídas (vide “Advertências e precauções”). fluoxetina Houve um aumento de cerca de 50% da concentração plasmática do nimodipino quando administrado concomitantemente com fluoxetina. Houve redução acentuada da fluoxetina, enquanto o seu metabólito ativo, a norfluoxetina, não foi afetado (vide “Advertência e precauções”).
quinupristina/dalfopristina Tendo em vista as experiências com o antagonista de cálcio nifedipino, a co-administração de quinupristina/dalfopristina pode causar elevações das concentrações plasmáticas de nimodipino (vide “Advertências e precauções”).
cimetidina A administração simultânea com o antagonista H2 cimetidina pode aumentar a concentração plasmática de nimodipino (vide “Advertências e precauções”).
ácido valpróico A administração simultânea com o antiepiléptico ácido valpróico pode aumentar a concentração plasmática de nimodipino (vide “Advertências e precauções”). nortriptilina A administração concomitante de nortriptilina e nimodipino causou uma leve redução deste, sem afetar a concentração plasmática de nortriptilina.
Efeitos de nimodipino sobre outros fármacos: Medicamentos anti-hipertensivos: Nimodipino pode aumentar o efeito hipotensor de anti-hipertensivos administrados concomitantemente, tais como: - diuréticos - β-bloqueadores - inibidores da ECA - antagonistas A1 - outros antagonistas de cálcio - bloqueadores α-adrenérgicos - inibidores de PDE5 - α-metildopa Todavia, se alguma combinação desse tipo for inevitável, o paciente deverá ser monitorado com particular atenção.
zidovudina
A administração simultânea do anti-HIV zidovudina i.v. e de nimodipino i.v. em macacos resultou em significativo aumento da AUC da zidovudina, enquanto o volume de distribuição e a depuração foram significativamente reduzidos. suco de toronja (grapefruit) O suco de toronja (grapefruit) inibe o sistema citocromo P450 3A4. A administração de antagonista de cálcio diidropiridínico junto com suco de toranja eleva as concentrações plasmáticas de nimodipino por reduzir o metabolismo de primeira passagem ou a sua depuração. Em conseqüência, o efeito anti-hipertensivo pode aumentar. Após a ingestão de suco de toranja, esse efeito poderá permanecer por pelo menos 4 dias após a última ingestão do suco de toranja. Portanto, deve-se evitar a ingestão de toranja ou suco de toranja durante o tratamento com nimodipino.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Seguem abaixo as reações adversas ao medicamento baseadas em estudos clínicos com nimodipino na indicação para profilaxia e tratamento das deficiências neurológicas isquêmicas causadas por vasoespasmo cerebral subseqüente à hemorragia subaracnóidea (HSAa), classificadas por categoria de freqüência CIOMS III (estudos placebo-controlados: nimodipino N = 703, placebo N = 692; estudos não controlados: nimodipino N = 2496; posição de 31/08/2005).
Alterações do sangue e do sistema linfático: trombocitopenia é incomum. Alterações do sistema imunológico: reações agudas de hipersensibilidade incluem reações alérgicas leves a moderadas de ocorrência incomum; sintomas clínicos associados relativos à pele (erupção cutânea incomum). Alterações do sistema nervoso: sintomas vasculares cerebrais inespecíficos incluem ocorrência incomum de cefaléia. Distúrbios cardíacos: arritmias cardíacas inespecíficas: taquicardia é incomum; bradicardia é rara. Distúrbios vasculares: sintomas cardiovasculares inespecíficos, tais como hipotensão e vasodilatação, incomuns. Distúrbios gastrintestinais: os sintomas gastrintestinais e abdominais inespecíficos incluem ocorrência incomum de náusea; há raros relatos de íleo. Alterações hepatobiliares: as reações hepáticas incluem raras ocorrências de elevação transitória das enzimas hepáticas (incl. elevação de transaminases, fosfatase-alcalina e gama-GT).
Seguem abaixo as reações adversas ao medicamento baseadas em estudos clínicos com nimodipino na indicação para tratamento das alterações da função cerebral em idosos (AFCI), classificadas por categoria de freqüência CIOMS III (estudos placebo-controlados: nimodipino N = 1.594; placebo N = 1.558; estudos não controlados: nimodipino N = 8.049; posição de 20/10/2005) e relatos pós-comercialização (posição de 10/2005).
Alterações do sistema imunológico: reações agudas de hipersensibilidade incluem reações alérgicas leves a moderadas de ocorrência incomum; sintomas clínicos associados relativos à pele (erupção cutânea incomum). Alterações do sistema nervoso: os sintomas cerebrovasculares inespecíficos incluem ocorrência incomum de cefaléia e vertigem; sintomas neurológicos inespecíficos incluem ocorrência incomum de tontura, hipercinesia e tremor. Distúrbios cardíacos: arritmias cardíacas inespecíficas são incomuns e incluem palpitação e taquicardia. Distúrbios vasculares: os sintomas cardiovasculares inespecíficos incluem ocorrência comum de hipotensão e vasodilatação e ocorrência incomum de síncope e edema. Distúrbios gastrintestinais: os sintomas gastrintestinais inespecíficos incluem ocorrência incomum de constipação, diarréia e flatulência.

Posologia

Salvo prescrição médica contrária, recomenda-se a seguinte posologia:
A) Tratamento das alterações da função cerebral em idosos (AFCI): A dose diária é de três vezes 1 comprimido de nimodipino (3 x 30 mg de nimodipino). Em pacientes com função renal seriamente comprometida (taxa de filtração glomerular <20 ml/min), a necessidade do tratamento deve ser cuidadosamente avaliada, com realização regular de exames de acompanhamento.
B) Profilaxia e tratamento das deficiências neurológicas isquêmicas causadas por vasoespasmo cerebral subseqüente à hemorragia subaracnóidea (HSAa): Tendo-se completado o tratamento parenteral (5 a 14 dias), prosseguir a administração de nimodipino por via oral por aproximadamente sete dias: 6 x 2 comprimidos de nimodipino de 4 em 4 horas (60 mg de nimodipino – seis vezes ao dia em intervalos de quatro horas). Em pacientes que desenvolverem efeitos colaterais, deve-se reduzir a dose conforme a necessidade ou interromper o tratamento. Na insuficiência hepática grave, em especial na cirrose, a biodisponibilidade do nimodipino pode aumentar devido à diminuição do efeito de primeira passagem e à redução na depuração metabólica. Nesses casos, os efeitos terapêuticos e os efeitos colaterais (p. ex. hipotensão) podem ser mais pronunciados. Nessas circunstâncias, a dose deverá ser reduzida ou, se necessário, o tratamento deverá ser descontinuado.

Superdosagem

Sintomas da intoxicação: Nos casos de intoxicação aguda, pode-se esperar queda acentuada da pressão arterial, acompanhada de taquicardia ou de bradicardia, desconforto gastrintestinal e náuseas.
Tratamento da intoxicação:
O tratamento com nimodipino deve ser descontinuado imediatamente. Adotar medidas de suporte, de acordo com os sintomas apresentados. Recomenda-se lavagem gástrica imediata, acrescida de carvão como medida de emergência. Para tratamento da hipotensão arterial, administrar dopamina ou noradrenalina i.v..Como não existe antídoto específico o tratamento subseqüente dos demais efeitos secundários dependerá dos sintomas mais evidentes.

Características farmacológicas

2. PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
ATC code (HSAa): C08 CA06 ATC code (AFCI): N06 DX18 O nimodipino apresenta acentuada seletividade de ação em algumas áreas do cérebro. Suas propriedades terapêuticas relacionam-se com sua capacidade de inibir a contração das células musculares lisas induzidas por íons de cálcio. O nimodipino protege os neurônios e estabiliza suas funções, promove o fluxo sangüíneo cerebral e amplia a tolerabilidade isquêmica agindo nos receptores neuronais e vasculares cerebrais ligados ao canal de cálcio. Outros pesquisadores demonstraram que isso não leva a fenômeno de roubo. Demonstrou-se clinicamente que o nimodipino melhora os transtornos de memória e a concentração em pacientes com comprometimento da função cerebral. Outros sintomas típicos também foram favoravelmente influenciados, tendo-se demonstrado os efeitos benéficos na avaliação da impressão clínica global e dos transtornos individuais, pela observação do comportamento e por testes psicométricos de desempenho.
PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Absorção A substância ativa nimodipino, administrada por via oral é absorvida de forma praticamente completa. A concentração plasmática máxima e a área sob a curva aumentam proporcionalmente à dose até a dose máxima testada (90 mg). O volume de distribuição (Vss, modelo bicompartimental) para administração IV foi calculado como sendo de 0,9 – 1,6 l/kg de peso corporal. A depuração total (sistêmica) é de 0,6 – 1,9 l/h/kg. Ligação protéica e distribuição O nimodipino apresenta 97 - 99 % de ligação às proteínas plasmáticas. Metabolismo, eliminação e excreção O nimodipino é eliminado por via metabólica, através do sistema citocromo P450 3A4. Biodisponibilidade A biodisponibilidade absoluta de 5 – 15% é atribuída ao extenso metabolismo de primeira passagem (aprox. 85 – 95%).
DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICOS
Não constam riscos especiais para humanos nos dados pré-clínicos baseados em estudos convencionais de toxicidade, genotoxicidade, carcinogenicidade e fertilidade masculina e feminina com doses simples e repetidas. Em ratas prenhes, doses de 30 mg/kg/dia e superiores inibiram o crescimento fetal e resultaram em redução do peso fetal. Com 100 mg/kg/dia ocorreu embrioletalidade. Não se observou evidência de teratogenicidade. Em coelhas não ocorreu embriotoxicidade nem teratogenicidade com doses de até 10 mg/kg/dia. Em um estudo intra e pósnatal em ratas, observou-se mortalidade e desenvolvimento físico retardado com doses de 10 mg/kg/dia e superiores. Os achados não se confirmaram em estudos subseqüentes.

Resultados de eficácia

Hemorragia subaracnóidea (HSAa) O papel do nimodipino na prevenção ou no tratamento das deficiências isquêmicas decorrentes da HSAa foi estudado em sete estudos clínicos prospectivos, randomizados, duplo-cegos, controlados com placebo, usando-se nimodipino comprimidos ou cápsulas ou somente nimodipino por via intravenosa, ou em esquema seqüencial de infusão intravenosa seguida de administração oral de comprimidos, e também em dois estudos prospectivos, randomizados, duplo-cegos com variação de dose, usando-se nimodipino oral ou intravenoso. A análise global de eficácia de todos os estudos evidenciou efeito favorável com nimodipino. Para aumentar o poder estatístico nos objetivos primários, os resultados agrupados de sete destes estudos controlados com placebo foram posteriormente sujeitos a uma metanálise formal. Os resultados, classificados segundo a Escala de Resultados Glasgow, foram agrupados em categorias de resultado bom ou resultado insatisfatório. O grupo bom incluiu todos os pacientes que se recuperaram completamente ou ficaram moderadamente incapacitados. O grupo insatisfatório incluiu todos os pacientes que apresentaram incapacitação grave, estado vegetativo persistente ou óbito. Para os estudos controlados individuais, o risco relativo e o risco de obter resultado insatisfatório (óbito, estado vegetativo, incapacitação grave) foram calculados levando-se em conta a taxa de probabilidade com intervalo de confiança de 95%. A aplicação da taxa de probabilidade também foi usada como ferramenta de interpretação geral para todos os estudos. Calculado em 0,58 (IC 95% 0,45 a 0,74), essa taxa mostra que o risco de obter resultado insatisfatório foi aproximadamente 40% menor na população de nimodipino do que nos pacientes tratados com placebo. Existem descrições independentes de resultados similares, de modo que há a evidência clínica definitiva de que o nimodipino reduz a ocorrência de deficiência isquêmica em pacientes com hemorragia subaracnóidea e melhora assim o resultado clínico.
Outras Síndromes vasculares cerebrais
Na chamada síndrome de disfunção cerebral crônica, estudou-se nimodipino em ensaios clínicos abertos e em ensaios duplo-cegos em mais de 1.000 pacientes com sintomatologia vascular cerebral, mas sem antecedentes de AVC. Os resultados correspondem às informações obtidas em 12 estudos clínicos duplo-cegos de comparação com placebo. Cada um desses estudos demonstrou a eficácia do nimodipino nos diferentes processos vasculares cerebrais crônicos, proporcionando uma idéia suficientemente clara do benefício/risco da utilização de nimodipino na terapêutica dessas síndromes cerebrais de difícil identificação e classificação. Para cada um dos sintomas analisados, a porcentagem de pacientes com melhora de pelo menos dois pontos sobre a situação basal após três meses de tratamento com nimodipino foi claramente superior à registrada com placebo.

Modo de usar

Na co-administração com inibidores ou indutores de CYP 3A4 poderá haver necessidade de uma adaptação da dose (vide “Interações medicamentosas”). De modo geral, os comprimidos devem ser deglutidos inteiros com um pouco de líquido, independentemente das refeições. Evitar suco de toranja (grapefruit) (vide “Interações medicamentosas”). O intervalo entre as doses sucessivas de comprimido não deve ser inferior a 4 horas. Os comprimidos de nimodipino devem ser mantidos na embalagem original, à temperatura ambiente (15° - 30°C).

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Não deve ser administrado a indivíduos com menos de 18 anos sem recomendação médica.

Armazenagem

Nicorette® goma ou tablete deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de
25ºC), protegido da luz e umidade.

Dizeres legais

MS – 1.5721.0008
Farmacêutica Responsável: Fernanda P. Runha – CRF-SP nº 29.761
Número do lote e data de fabricação: vide embalagem.
Fabricado e embalado por:
Mc Neil AB
Helsingborg – Suécia
Importado por e distribuído por:
Johnson & Johnson INDUSTRIAL Ltda.
Rod. Presidente Dutra, km 154 - São José dos Campos - SP
CNPJ: 59.748.988/0001-14
Indústria Brasileira

Bula para o Paciente

1. Como este medicamento funciona?
O nimodipino é um medicamento que age nas células nervosas (é um agente terapêutico cerebral antagonista do cálcio).
2. Por que este medicamento foi indicado?
1. O nimodipino é indicado no tratamento de alterações das funções cerebrais em idosos com sintomas graves de alterações de memória, de comportamento ou de concentração e de oscilações de humor.
2. O nimodipino é indicado para profilaxia e tratamento das deficiências neurológicas isquêmicas causadas por vasoespasmo cerebral subseqüente à hemorragia subaracnóidea causada por aneurisma. Antes de se iniciar o tratamento com nimodipino, deve-se excluir a possibilidade de os sintomas serem causados por uma doença subjacente requerendo tratamento específico.
3. Quando não devo usar este medicamento?
Contra-indicações:
O nimodipino não deve ser usado nas situações abaixo:
•Em caso de conhecida alergia ao nimodipino ou a qualquer outro ingrediente do produto ou em caso de problemas graves do fígado (p. ex. cirrose hepática).
•Em tratamento concomitante com rifampicina, pois este pode reduzir a eficácia de nimodipino.
•O uso de medicamentos antiepilépticos do tipo indutor de enzima (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina) reduz a concentração do nimodipino no sangue e conseqüentemente a sua eficácia. Por esse motivo, não se recomenda o uso de nimodipino com os medicamentos mencionados (vide “Interações”).
•Na gravidez, na amamentação, em crianças e adolescentes. Advertências: Nas seguintes situações, nimodipino deve ser usado com muito cuidado:
•Baixa pressão arterial (pressão arterial sistólica abaixo de 100 mm Hg).
•Pacientes muito idosos com várias doenças.
•Pacientes com deficiência renal grave (velocidade de filtração glomerular menor que 20 ml/min). Nesses pacientes, os efeitos indesejáveis, p. ex. queda da pressão arterial, podem ser mais acentuados. O médico decidirá se deve diminuir a dose, conforme o resultado do eletrocardiograma e a pressão arterial.
•Pacientes com insuficiência cardíaca.
•Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica. Informe o seu médico se ocorrer gravidez ou se iniciar amamentação durante o uso deste medicamento.
Precauções
Condução de veículos e uso de máquinas Os efeitos individuais do medicamento podem afetar as reações, prejudicando a capacidade de dirigir veículos, operar máquinas ou trabalhar sem um apoio seguro. O paciente poderá não ser mais capaz de reagir rápida ou apropriadamente a imprevistos, não devendo dirigir, operar máquinas perigosas ou trabalhar sem um apoio seguro. O uso de álcool afetará ainda mais a capacidade de dirigir.
INFORME AO MÉDICO O APARECIMENTO DE REAÇÕES INDESEJÁVEIS.
Interações medicamentosas
Uso de nimodipino com outros medicamentos e alimentos As seguintes substâncias podem ter seu efeito alterado se tomadas com nimodipino ou podem influenciar o efeito deste:
•O nimodipino pode acentuar a queda da pressão arterial produzida por medicamentos para tratar a pressão arterial elevada, tais como: diuréticos, beta-bloqueadores, inibidores da ECA, antagonista A1, outros antagonistas de cálcio, bloqueadores alfa-adrenérgicos, inibidores de PDE5 e alfa-metildopa.
•A fluoxetina (tratamento da depressão) aumenta a concentração de nimodipino no sangue, enquanto a concentração de fluoxetina no plasma diminui acentuadamente, mas sem afetar seu metabólito ativo, a norfluoxetina.
•A nortriptilina (tratamento da depressão) reduz a concentração de nimodipino no sangue, enquanto a concentração da nortriptilina no sangue permanece inalterada.
•A administração simultânea intravenosa de zidovudina e nimodipino solução para infusão em estudos resultou na elevação das concentrações de zidovudina no sangue.
•O uso simultâneo de cimetidina (para o tratamento de úlceras gástricas/ intestinais) ou de ácido valpróico (antiespasmódico) ou de quinupristina/dalfopristina pode aumentar a concentração de nimodipino no sangue e assim intensificar seu efeito.
•Não se pode excluir a possibilidade de aumento da concentração de nimodipino no sangue quando usado simultaneamente com os inibidores da protease anti-HIV (p. ex. ritonavir) ou com antimicóticos azólicos (p. ex. cetoconazol) ou com a nefazodona ou ainda com antibióticos macrolídeos (p.ex. eritromicina, exceto azitromicina).
•O uso anterior prolongado de medicamentos antiepilépticos do tipo indutor de enzima (fenobarbital, fenitoína, carbamazepina) baixa a concentração de nimodipino no sangue, diminuindo seu efeito. Por esse motivo, não se deve tomar nimodipino com esses medicamentos. •Da experiência de uso simultâneo de outros medicamentos diidropiridínicos (nifedipino, nisoldipino) com a rifampicina (antibiótico/medicamento para tuberculose) é de se esperar a redução da concentração de nimodipino no sangue. Assim o uso simultâneo de nimodipino e rifampicina pe contra-indicado.
•Evite tomar suco de toronja (grapefruit) com nimodipino, pois pode aumentar a concentração deste no sangue. INFORME SEU MÉDICO SE VOCÊ ESTIVER USANDO OU SE USOU RECENTEMENTE QUALQUER OUTRO MEDICAMENTO. NÃO USE MEDICAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE.
4. Como devo usar este medicamento?
Aspecto físico: Nimotop® é um comprimido redondo, amarelo. Características organolépticas: Nimotop® é um comprimido sem cheiro. Dosagem: Salvo indicação médica em contrário, recomendam-se:
1) Tratamento das alterações da função cerebral em idosos (AFCI):
Tomar 1 comprimido de nimodipino três vezes por dia. Os efeitos desejados e indesejados, p. ex. redução da pressão arterial, podem ser mais acentuados em pacientes com disfunção renal grave. Nesses casos, seu médico decidirá se deve reduzir a dose, dependendo do eletrocardiograma e da avaliação da pressão arterial.
2) Profilaxia e tratamento das deficiências neurológicas isquêmicas causadas por vasoespasmo cerebral subseqüente à hemorragia subaracnóidea (HSAa): Tendo-se completado o tratamento parenteral (5 a 14 dias), prosseguir a administração de nimodipino por via oral por aproximadamente sete dias: 6 x 2 comprimidos de nimodipino de 4 em 4 horas (60 mg de nimodipino – seis vezes ao dia em intervalos de quatro horas). Em pacientes que desenvolverem efeitos colaterais, deve-se reduzir a dose conforme a necessidade ou interromper o tratamento. Na insuficiência hepática grave, em especial na cirrose, a biodisponibilidade do nimodipino pode aumentar devido à diminuição do efeito de primeira passagem e à redução na depuração metabólica. Nesses casos, os efeitos terapêuticos e os efeitos colaterais (p. ex. hipotensão) podem ser mais pronunciados. Nessas circunstâncias, a dose deverá ser reduzida ou, se necessário, o tratamento deverá ser descontinuado. Modo e via de administração Os comprimidos revestidos de nimodipino devem ser ingeridos com um pouco de líquido. O intervalo entre as administrações ao longo do dia deve ser uniforme. Não é necessário tomar o medicamento às refeições. Duração do tratamento A duração do tratamento é determinada pelo médico. Sempre consulte seu médico antes de decidir interromper o tratamento, por exemplo pelo surgimento de efeitos indesejáveis. Caso tenha esquecido de tomar uma ou mais doses de nimodpino, não tome mais comprimidos no próximo horário programado. Simplesmente continue o tratamento com a dose indicada. Geralmente, uma dose esquecida não piorará a situação. No entanto, o nimodipino somente terá efeito adequado e garantido quando tomado regularmente. NÃO INTERROMPA O TRATAMENTO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. SIGA A ORIENTAÇÃO DE SEU MÉDICO, RESPEITANDO SEMPRE OS HORÁRIOS, AS DOSES E A DURAÇÃO DO TRATAMENTO. NÃO USE MEDICAMENTO COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO. ANTES DE USAR OBSERVE O ASPECTO DO MEDICAMENTO. ESTE MEDICAMENTO NÃO PODE SER PARTIDO OU MASTIGADO.
5. Quais os males que este medicamento pode causar?
Podem ocorrer os seguintes efeitos indesejáveis: dor de cabeça, aumento do número de batimentos cardíacos (taquicardia), queda da pressão arterial (especialmente quando o valor inicial for muito alto), problemas gastrintestinais, tontura, tremor, movimentos exagerados e descontrolados (hipercinesia), inchaço das pernas (edema periférico), elevação de transaminases, fosfatase-alcalina e gama-GT. Constatou-se em alguns casos uma redução na contagem de plaquetas do sangue (trombocitopenia).
6. O que fazer se alguém usar uma grande quantidade deste medicamento de uma só vez? Uma superdose intencional ou inadvertida pode resultar em efeitos indesejáveis mais pronunciados, tais como queda acentuada da pressão, aumento ou queda do número de batimentos cardíacos, problemas gastrintestinais, náusea e sintomas neurológicos. Na suspeita de superdose, informe o médico imediatamente e ele decidirá que providências tomar. O tratamento da superdose segue os procedimentos gerais para superdose, com medidas adequadas conforme a gravidade da intoxicação. Na superdose aguda, interromper imediatamente o tratamento com nimodipino. Não há ainda antídoto específico. A ação deve ser orientada pelo estado clínico do paciente.
7. Onde e como devo guardar este medicamento? Os comprimidos devem ser guardados na embalagem original, em temperatura ambiente (15° - 30ºC). TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

este medicamento? Os comprimidos devem ser guardados na embalagem original, em temperatura ambiente (15° - 30ºC). TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.