Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Apresentação

USO ADULTO USO INTRAVENOSO Nimotop é apresentado em frasco contendo solução para infusão com 10 mg de nimodipino em 50 ml de solvente alcoólico. Cada frasco de infusão de 50 ml contém 10 mg de nimodipino. Componentes inertes: etanol, macrogol, citrato de sódio, ácido cítrico e água.

Indicações

Profilaxia e tratamento das deficiências neurológicas isquêmicas causadas por vasospasmo cerebral, após hemorragia subaracnóidea conseqüente a aneurisma.

Contra-indicações

O nimodipino solução para infusão não deve ser administrado em caso de hipersensibilidade ao nimodipino ou a qualquer um de seus excipientes; na gravidez e na amamentação.

Advertências

Embora não se tenham constatado aumentos de pressão intracraniana em associação com o tratamento com nimodipino, recomenda-se monitorar a dose nesses casos ou quando o teor de água no tecido cerebral for elevado (edema cerebral generalizado). Cuidado também no uso por pacientes com hipotensão (pressão arterial sistólica inferior a 100 mm Hg). Este medicamento contém 23,7% de etanol (álcool) em volume, ou seja, até 50 g por dose diária (250 ml). Isto pode ser perigoso para quem sofre de alcoolismo ou alterações de metabolismo alcoólico e deve ser levado em conta em mulheres grávidas e lactantes, em crianças e em grupos de alto risco, tais como pacientes com hepatopatia ou epilepsia. O teor de álcool neste medicamento pode alterar os efeitos de outros medicamentos (vide Interações medicamentosas).

Uso na gravidez

não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Portanto, havendo a necessidade de administrar nimodipino solução para infusão durante a gravidez, os riscos potenciais deverão ser considerados cuidadosamente, levando-se em conta a gravidade do quadro clínico. Lactação: O nimodipino e seus metabólitos foram encontrados no leite humano em concentrações correspondentes às concentrações plasmáticas maternas. Assim, as lactantes não deverão amamentar seus bebês durante o tratamento com este medicamento. NÃO DEVE SER UTILIZADO DURANTE A GRAVIDEZ E A AMAMENTAÇÃO, EXCETO SOB ORIENTAÇÃO MÉDICA.

Interações medicamentosas

Drogas que afetam nimodipino: · fluoxetina: houve um aumento de cerca de 50% da concentração plasmática de nimodipino quando administrado concomitantemente com fluoxetina em condições estacionárias. Houve redução acentuada da fluoxetina, enquanto o seu metabólito ativo, a norfluoxetina, não foi afetado. · nortriptilina: a administração concomitante em estado de equilíbrio de nortriptilina e nimodipino causou uma leve redução deste, sem afetar a concentração plasmática de nortriptilina. Efeitos de nimodipino sobre outras drogas: · medicamentos anti-hipertensivos: nimodipino pode aumentar o efeito hipotensor de antihipertensivos administrados concomitantemente, tais como: - diuréticos - beta-bloqueadores - inibidores da ECA - antagonistas A1 - outros antagonistas de cálcio - bloqueadores alfa-adrenérgicos - inibidores de PDE5 - alfa-metildopa Todavia, se alguma combinação desse tipo for inevitável, o paciente deverá ser monitorado com particular atenção. A administração intravenosa simultânea de beta-bloqueadores pode causar potencialização mútua da ação inotrópica negativa, podendo chegar a descompensação com insuficiência cardíaca. A função renal pode deteriorar-se se administrado simultaneamente com drogas potencialmente nefrotóxicas (p. ex. aminoglicosídeos, cefalosporinas ou furosemida) e também em pacientes com essa função já comprometida. Nesses casos, deve-se monitorar cuidadosamente a função renal e em caso de deterioração considerar a interrupção do tratamento. · zidovudina: a administração simultânea de zidovudina i.v. e de nimodipino i.v. em macacos resultou em significativo aumento da AUC da zidovudina, enquanto o volume de distribuição e a depuração foram significativamente reduzidos. Outras formas de interação: Como nimodipino solução para infusão contém 23,7% de álcool em volume, interações com substâncias incompatíveis com álcool devem ser consideradas (vide Advertências e precauções).

Reações adversas / Efeitos colaterais

Seguem abaixo as reações adversas ao medicamento baseadas em estudos clínicos com nimodipino na indicação para hemorragia subaracnóidea de origem aneurismática e classificadas por categoria de freqüência CIOMS III (estudos controlados com placebo: nimodipino N = 703; placebo N = 692; estudos não controlados: nimodipino N = 2496; posição de 31/08/2005). Alterações do sangue e do sistema linfático: trombocitopenia é incomum. Alterações do sistema imunológico: reações agudas de hipersensibilidade incluem reações alérgicas leves a moderadas de ocorrência incomum; sintomas clínicos associados relativos à pele (erupção cutânea incomum). Alterações do sistema nervoso: sintomas vasculares cerebrais inespecíficos incluem ocorrência incomum de cefaléia. Distúrbios cardíacos: arritmias cardíacas inespecíficas: taquicardia é incomum; bradicardia é rara. Distúrbios vasculares: sintomas cardiovasculares inespecíficos, tais como hipotensão e vasodilatação, são incomuns. Distúrbios gastrointestinais: os sintomas gastrointestinais e abdominais inespecíficos incluem ocorrência incomum de náusea; há raros relatos de íleo. Alterações hepatobiliares: as reações hepáticas incluem raras ocorrências de elevação transitória das enzimas hepáticas (incl. elevação de transaminases, fosfatase-alcalina e ?-GT). Distúrbios gerais e condição no local da administração: reações no local da infusão e injeção são raras (incluindo infusão (trombo-) flebite).

Posologia

Salvo indicação médica contrária, recomenda-se a seguinte posologia: Infusão endovenosa: Inicia-se o tratamento com uma dose de 1 mg/h de nimodipino (= 5 ml de nimodipino solução para infusão/h), durante 2 horas (cerca de 15 µg/kg de peso/h). Caso se verifique boa tolerância, especialmente com ausência de acentuada queda da pressão arterial, aumenta-se a dose após a segunda hora para 2 mg/h de nimodipino (= 10 ml de nimodipino solução para infusão/h, ou seja, cerca de 30 µg/kg de peso/h). Nos pacientes com peso corporal pronunciadamente inferior a 70 kg e/ou com pressão arterial instável, deve-se iniciar o tratamento com uma dose de 0,5 mg/h de nimodipino (= 2,5 ml de nimodipino solução para infusão/h). Instilação intracisternal: Durante intervenções cirúrgicas pode-se proceder à instilação intracisternal de solução diluída de nimodipino (1 ml de nimodipino solução para infusão em 19 ml de solução de Ringer) à temperatura corporal. Esta solução de nimodipino diluída deve ser utilizada imediatamente após sua preparação. Duração de uso: Uso profilático: o tratamento endovenoso deverá ser iniciado o mais tardar até o 4o dia (inclusive) do episódio de hemorragia, e mantido durante todo o período de maior risco de vasoespasmo, isto é, do 10o ao 14o dia após a hemorragia subaracnóidea. Se durante a administração profilática o foco hemorrágico for controlado cirurgicamente, o tratamento endovenoso com nimodipino deverá continuar por no mínimo 5 dias após a cirurgia. Após o término do tratamento parenteral, recomenda-se a administração oral diária de 6 x 60 mg de nimodipino, ou seja, 2 comprimidos de 4 em 4 horas, por mais 7 dias. Uso terapêutico: Nos casos de alterações isquêmico-neurológicas já existentes, causadas por vasoespasmos após hemorragia subaracnóidea por aneurisma, deve-se iniciar o tratamento parenteral o mais rapidamente possível e prosseguir com ele por 5 dias no mínimo e, no máximo por 14 dias. Decorrido esse período, recomenda-se a administração oral diária de 6 x 60 mg de nimodipino, ou seja, 2 comprimidos a cada 4 horas, por 7 dias. Se o foco hemorrágico for controlado cirurgicamente durante o uso terapêutico de nimodipino, deve-se prosseguir com o tratamento endovenoso no pós-operatório por no mínimo 5 dias.

Superdosagem

Sintomas da intoxicação: Nos casos de intoxicação aguda, pode-se esperar queda acentuada da pressão arterial, acompanhada de taquicardia ou de bradicardia e, quando administrado por via oral, desconforto gastrintestinal e náuseas. Tratamento da intoxicação: O tratamento com nimodipino deve ser descontinuado imediatamente em caso de superdose aguda. Adotar medidas de suporte de acordo com os sintomas apresentados. Se a intoxicação for decorrente de administração oral, recomenda-se como tratamento de urgência lavagem gástrica imediata, acrescida de carvão. Para tratamento da hipotensão arterial, pode-se administrar por via intravenosa dopamina ou noradrenalina. Como não existe antídoto específico, o tratamento subseqüente dos demais efeitos secundários dependerá dos sintomas mais evidentes.

Características farmacológicas

O nimodipino tem efeito fundamentalmente antivasoconstritor e antiisquêmico cerebral. As vasoconstrições provocadas in vitro por várias substâncias vasoativas (p. ex. serotonina, prostaglandinas e histamina) ou por sangue ou produtos da degradação sangüínea podem ser evitadas ou eliminadas com nimodipino. O nimodipino tem também propriedades neurofarmacológicas e psicofarmacológicas. Os estudos realizados em pacientes com transtornos agudos da perfusão cerebral mostraram que o nimodipino dilata os vasos sangüíneos cerebrais, aumentando o fluxo sangüíneo cerebral. Em geral, o aumento na perfusão é mais acentuado na região cerebral lesada ou subperfundida do que nas regiões sadias. O nimodipino reduz significativamente a lesão neurológica isquêmica e a mortalidade em pacientes com hemorragia subaracnóidea. PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS Absorção A substância ativa nimodipino administrada por via oral é absorvida de forma praticamente completa. A concentração plasmática máxima e a área sob a curva aumentam proporcionalmente à dose até a dose máxima testada (90 mg). O volume de distribuição (Vss, modelo bicompartimental) para administração IV foi calculado como sendo de 0,9 – 1,6 l/kg de peso corporal. A depuração total (sistêmica) é de 0,6 – 1,9 l/h/kg. Ligação protéica e distribuição O nimodipino apresenta 97 - 99 % de ligação às proteínas plasmáticas. Metabolismo, eliminação e excreção O nimodipino é eliminado metabolicamente por meio do sistema citocromo P450 3A4. Biodisponibilidade Atribui-se ao extenso metabolismo de primeira passagem (aprox. 85 – 95%) a biodisponibilidade absoluta de 5 – 15%. DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICOS Não constam riscos especiais para humanos nos dados pré-clínicos baseados em estudos convencionais de toxicidade, genotoxicidade, carcinogenicidade e fertilidade masculina e feminina com doses simples e repetidas. Em ratas prenhes, doses de 30 mg/kg/dia e superiores inibiram o crescimento fetal e resultaram em redução do peso fetal. Com 100 mg/kg/dia ocorreu embrioletalidade. Não se observou evidência de teratogenicidade. Em coelhas não ocorreu embriotoxicidade nem teratogenicidade com doses de até 10 mg/kg/dia. Em um estudo intra e pósnatal em ratas, observou-se mortalidade e desenvolvimento físico retardado com doses de 10 mg/kg/dia e superiores. Os achados não se confirmaram em estudos subseqüentes.

Resultados de eficácia

Hemorragia subaracnóidea (HSA) O papel do nimodipino na prevenção ou no tratamento das deficiências isquêmicas decorrentes da HSA foi estudado em sete estudos clínicos prospectivos, randomizados, duplo-cegos, controlados com placebo, usando-se nimodipino comprimidos ou cápsulasou somente nimodipino por via intravenosaou em esquema seqüencial de infusão intravenosa seguida de administração oral de comprimidos, e também em dois estudos prospectivos, randomizados, duplo-cegos com variação de dose, usando-se nimodipino oral ou intravenoso. A análise global de eficácia de todos os estudos evidenciou efeito favorável com nimodipino. Para aumentar o poder estatístico nos objetivos primários, os resultados agrupados de sete destes estudos controlados com placebo foram posteriormente sujeitos a uma metanálise formal. Os resultados, classificados segundo a Escala de Resultados Glasgow, foram agrupados em categorias de resultado bom ou resultado insatisfatório. O grupo bom incluiu todos os pacientes que se recuperaram completamente ou ficaram moderadamente incapacitados. O grupo insatisfatório incluiu todos os pacientes que apresentaram incapacitação grave, estado vegetativo persistente ou óbito. Para os estudos controlados individuais, o risco relativo e o risco de obter resultado insatisfatório (óbito, estado vegetativo, incapacitação grave) foram calculados levando-se em conta a taxa de probabilidade com intervalo de confiança de 95%. A aplicação da taxa de probabilidade também foi usada como ferramenta de interpretação geral para todos os estudos. Calculado em 0,58 (IC 95% 0,45 a 0,74), essa taxa mostra que o risco de obter resultado insatisfatório foi aproximadamente 40% menor na população de nimodipino do que nos pacientes tratados com placebo. Existem descrições independentes de resultados similares, de modo que há a evidência clínica definitiva de que o nimodipino reduz a ocorrência de deficiência isquêmica em pacientes com hemorragia subaracnóide e melhora assim o resultado clínico. Outras Síndromes vasculares cerebrais Na chamada síndrome de disfunção cerebral crônica, estudou-se nimodipino em ensaios clínicos abertos e em ensaios duplo-cegos em mais de 1.000 pacientes com sintomatologia vascular cerebral, mas sem antecedentes de AVC. Os resultados correspondem às informações obtidas em 12 estudos clínicos duplo-cegos de comparação com placebo. Cada um desses estudos demonstrou a eficácia do nimodipino nos diferentes processos vasculares cerebrais crônicos, proporcionando uma idéia suficientemente clara do benefício/risco da utilização de nimodipino na terapêutica dessas síndromes cerebrais de difícil identificação e classificação. Para cada um dos sintomas analisados, a porcentagem de pacientes com melhora de pelo menos dois pontos sobre a situação basal após três meses de tratamento com nimodipino foi claramente superior à registrada com placebo.

Modo de usar

O nimodipino solução para infusão deve ser aplicado em infusão contínua através de um cateter central, usando-se uma bomba de infusão. Deve ser administrado com válvula reguladora de três vias, em co-infusão com soluções de glicose a 5%, cloreto de sódio a 0,9%, Ringer lactato, Ringer lactato com magnésio, solução de dextrano 40 ou de (poli-O-2-hidroxietil) amido HAES a 6% na proporção de 1:4 (nimodipino: co-infusão). Podem ser usados co-infusão de manitol, albumina humana ou sangue. Deve-se usar uma válvula de três vias para conectar o tubo de polietileno com nimodipino ao tubo da co-infusão e ao cateter central. O nimodipino solução para infusão não deve ser adicionado a frascos ou a bolsas para infusão e não deve ser misturado a outras drogas. É conveniente não interromper a administração de nimodipino durante a anestesia, intervenções cirúrgicas e angiografias. COMO A SUBSTÂNCIA ATIVA NIMODIPINO, SOLUÇÃO PARA INFUSÃO, É ABSORVIDA PELO CLORETO DE POLIVINILA (PVC), SÓ SE DEVE USAR TUBAGEM DE POLIETILENO (PE) PARA A INFUSÃO. A substância ativa nimodipino, solução para infusão, é levemente fotossensível, devendo-se evitar seu uso sob luz solar direta. Se não for possível evitar a exposição direta à luz solar durante a infusão, deve-se utilizar seringas de vidro e tubos de conexão pretos, marrons, amarelos ou vermelhos ou proteger a bomba de infusão e os tubos por envoltórios opacos. Todavia, não há necessidade de medidas protetoras especiais para até 10 horas de exposição se nimodipino for administrado com luz direta difusa ou luz artificial. Nota Proteger da luz direta se o frasco for removido da caixa. Produtos farmacêuticos de uso parenteral requerem inspeção visual antes de sua administração para presença de partículas ou mudança de cor. A solução residual não deve ser usada em nenhum outro momento. Atenção: - administrar somente com bomba para infusão; - usar somente tubagem de polietileno, por risco de perda de substância ativa e contaminação por plastificantes; - nunca administrar nimodipino sem co-infusão; não diluir diretamente na co-infusão por risco de precipitação; - conectar preferencialmente ao cateter venoso central; risco de tromboflebite quando conectado à veia periférica.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso em idosos: nimodipino pode ser administrado a pessoas idosas. Crianças e adolescentes: a experiência clínica referente ao uso de nimodipino em crianças e adolescentes é insuficiente; portanto, não se recomenda seu uso nessa faixa etária.

Armazenagem

Manter em temperatura ambiente (15° – 30ºC), dentro de sua caixa. Fora de sua caixa, o frasco deverá ser protegido da luz solar direta.

Dizeres legais

Registro M.S.: 1.0429.0059.004-2 Farmacêutico(a) responsável: Shidue Ishitani - CRF/SP-5683 Fabricado por Bayer AG, Leverkusen, NRW, Alemanha. Embalado e distribuído por Bayer S.A. Rua Domingos Jorge, 1.000 - São Paulo, SP - CNPJ 14.372.981/0001-02 VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Atendimento ao Consumidor: 0800-121010 Lote, datas de fabricação e validade: vide cartucho.

ha. Embalado e distribuído por Bayer S.A. Rua Domingos Jorge, 1.000 - São Paulo, SP - CNPJ 14.372.981/0001-02 VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Atendimento ao Consumidor: 0800-121010 Lote, datas de fabricação e validade: vide cartucho.