Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Apresentação

Adalat Oros é apresentado na forma de comprimidos de liberação prolongada com 20, 30 e 60 mg de nifedipino, em embalagens contendo 10, 15 ou 30 comprimidos. Componentes inertes: hipromelose, estearato de magnésio, óxido de polietileno, cloreto de sódio, óxido de ferro vermelho, acetato de celulose, macrogol, hidroxipropilcelulose, propilenoglicol e dióxido de titânio.

Indicações

· Hipertensão arterial. · Doença arterial coronária. Angina do peito crônica estável (angina de esforço).

Contra-indicações

Choque cardiovascular e hipersensibilidade ao nifedipino ou a algum de seus excipientes. Na gravidez até a 20ª Semana e na amamentação. O nifedipino não deve ser usado em associação com a rifampicina, pois devido à indução enzimática, o nifedipino pode não atingir os níveis plasmáticos eficazes (veja Interações Medicamentosas).

Advertências

Pacientes com níveis de pressão arterial muito baixos (pressão sistólica inferior a 90 mmHg), insuficiência cardíaca manifesta ou com estenose aórtica grave necessitam de cuidados adicionais. Não há dados de estudos adequadamente controlados sobre a segurança e eficácia deste medicamento em mulheres grávidas. Constatou-se nos estudos em animais uma série de efeitos tóxicos para o embrião, a placenta e o feto (veja Dados Pré-Clínicos de Segurança) após administração do medicamento durante ou após o período organogenético. De acordo com os dados clínicos, não se identificou nenhum risco pré-natal específico, embora haja relatos de aumento de asfixia perinatal e partos por cesárea, assim como prematuros e retardamento do crescimento intra-uterino. Não está claro se estes relatos são devidos a hipertensão subjacente, ao seu tratamento ou a um efeito específico do medicamento. As informações disponíveis são insuficientes para descartar possíveis efeitos adversos do medicamento ao feto e ao recém-nascido. Por isso, todo uso após a 20ª semana de gestação exige uma avaliação individual muito cuidadosa do risco-benefício e somente se considerará se nenhuma das outras opções de tratamento for indicada ou se elas foram ineficazes. Deve-se monitorar cuidadosamente a pressão arterial, inclusive ao se administrar o nifedipino com sulfato de magnésio por via intravenosa, pela possibilidade de uma queda excessiva da pressão arterial, que poderá ser prejudicial a mãe e o feto. Como com qualquer outro material não deformável, deve-se ter cautela ao administrar Adalat Oros a pacientes com estreitamento gastrintestinal grave preexistente, uma vez que podem ocorrer sintomas obstrutivos. Em casos muito raros podem formar-se bezoares que requeiram intervenção cirúrgica. Em casos isolados relataram-se sintomas obstrutivos sem história de doença gastrintestinal. Adalat Oros não deve ser utilizado em pacientes com bolsa de Kock (ileostomia após proctocolectomia). Adalat Oros pode levar à interpretação de resultado falso-positivo no exame de raio-X contrastado com bário (por exemplo, defeitos de preenchimento interpretados como pólipos). Monitoração cuidadosa deve ser efetuada em pacientes com disfunção hepática e, em casos graves, pode ser necessário redução da dose. O nifedipino é metabolizado pelo sistema citocromo P450 3A4. Os fármacos que inibem ou induzem esse sistema enzimático podem modificar a primeira passagem ou a depuração de nifedipino (veja Interações Medicamentosas). Os fármacos que inibem o sistema citocromo P450 3A4 de forma leve ou moderada e podem aumentar as concentrações plasmáticas de nifedipino são, por exemplo: · antibióticos macrolídeos (p.ex. eritromicina), · inibidores da protease anti-HIV (p.ex. ritonavir), · antimicóticos azólicos (p.ex. cetoconazol), · antidepressivos nefazodona e fluoxetina, · quinupristina/dalfopristina, · ácido valpróico, cimetidina. Na co-administração com algum desses fármacos deve-se monitorar a pressão arterial e, se necessário, considerar a redução da dose de nifedipino. Se aumentar a dose até a quantidade diária máxima de 120 mg de nifedipino e se administrar comprimidos de dose mais baixa, o paciente pode chegar a ingerir um máximo de 2 mmol de sódio por dia. Considerar este dado nos pacientes em dieta hipossódica.

Uso na gravidez

Gravidez O nifedipino é contra-indicado antes da 20ª semana de gravidez. Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Sua administração em animais foi associada a efeitos embriotóxicos, fetotóxicos e teratogênicos (veja Dados pré-clínicos de Segurança). Fertilidade Em casos isolados de fertilização in vitro, o uso de antagonistas do cálcio como o nifedipino associou-se a alterações bioquímicas reversíveis do núcleo do espermatozóide, que podem resultar em disfunção espermática. Nos homens que, repetidamente, não têm sucesso em gerar uma criança por fertilização in vitro , e quando não há outras causas que justifiquem o insucesso, o nifedipino deve ser considerado como causa da falha. Lactação O nifedipino é eliminado no leite materno. Como não há experiência dos efeitos sobre o lactente, a amamentação deverá ser suspensa se o tratamento com nifedipino se tornar necessário.

Interações medicamentosas

Fármacos que alteram o nifedipino O nifedipino é metabolizado por meio do sistema citocromo P450 3A4, localizado tanto na mucosa intestinal quanto no fígado. Drogas conhecidas por inibir ou induzir esse sistema enzimático podem, portanto, alterar o efeito de primeira passagem (após a administração oral) ou a depuração do nifedipino. Deverão considerar-se a extensão e a duração das interações quando se administrar nifedipino junto com os seguintes fármacos: A rifampicina induz acentuadamente o sistema citocromo P450 3A4. Quando administrada simultaneamente com rifampicina, a biodisponibilidade do nifedipino é reduzida e, portanto, sua eficácia diminui. O uso de nifedipino em associação com a rifampicina é, portanto, contraindicado (veja Contra-Indicações). Na co-administração de alguns dos seguintes inibidores leves a moderados do sistema citocromo P450 3A4 deve-se monitorar a pressão arterial e, se necessário, considerar a redução da dose de nifedipino (veja Posologia). Antibióticos macrolídeos (p. ex. eritromicina) Não há estudos de interação entre o nifedipino e os antibióticos macrolídeos. Sabe-se que alguns antibióticos macrolídeos inibem o metabolismo de outros fármacos mediados pela isoenzima 3A4 do citocromo P450. Portanto não se pode excluir a possibilidade de aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino ao se associar ambos os fármacos (veja Advertências e Precauções). Apesar da semelhança estrutural com o grupo dos antibióticos macrolídeos, a azitromicina não inibe o CYP 3A4. Inibidores da protease anti-HIV (p. ex. ritonavir) Ainda não há estudo clínico sobre a possível interação farmacológica entre o nifedipino e alguns inibidores da protease anti-HIV. Sabe-se que os fármacos deste grupo inibem o sistema citocromo P450 3A4. Além disso, comprovou-se que esses fármacos inibem in vitro o metabolismo do nifedipino, mediado por CYP 3A4. Se forem administrados junto com nifedipino, não se pode excluir um aumento significativo das concentrações plasmáticas deste devido ao metabolismo de primeira passagem e à redução na eliminação (veja Advertências e Precauções). Antimicóticos azólicos (p. ex. cetoconazol) Ainda não há estudos formais de interação sobre a possível interação farmacológica entre nifedipino e alguns antimicóticos azólicos. Sabe-se que esse grupo de fármacos inibe o sistema citocromo P450 3A4. Se administrados por via oral junto com nifedipino, não se pode excluir um aumento substancial na biodisponibilidade sistêmica deste último, por diminuição do metabolismo de primeira passagem (veja Advertências e Precauções). fluoxetina Não há ainda estudos clínicos sobre a possível interação farmacológica entre nifedipino e fluoxetina. Sabe-se que a fluoxetina inibe in vitro o metabolismo de nifedipino pelo citocromo CYP3A4. Portanto não se pode excluir um aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino na co-administração de ambos os fármacos (veja Advertências e Precauções). nefazodona Não há ainda estudos clínicos sobre a possível interação farmacológica entre nifedipino e nefazodona. Sabe-se que a nefazodona inibe o metabolismo de outros fármacos pelo citocromo CYP3A4. Portanto não se pode excluir um aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino na co-administração de ambos os fármacos (veja Advertências e Precauções). quinupristina/dalfopristina A administração simultânea de quinupristina/dalfopristina e nifedipino pode aumentar as concentrações plasmáticas de nifedipino (veja Advertências e Precauções). ácido valpróico Não há estudos formais sobre a possível interação entre nifedipino e ácido valpróico. Sabe-se que o ácido valpróico aumenta por inibição enzimática as concentrações plasmáticas de um antagonista de cálcio de estrutura semelhante, o nimodipino; portanto não se pode excluir um aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino e, em conseqüência, de sua eficácia (veja Advertências e Precauções). cimetidina A cimetidina inibe o citocromo P450 3A4, elevando as concentrações plasmáticas de nifedipino, e pode potencializar seu efeito anti-hipertensivo (veja Advertências e Precauções). Outros estudos cisaprida A administração simultânea de cisaprida e nifedipino pode aumentar as concentrações plasmáticas de nifedipino. Fármacos antiepilépticos indutores do sistema citocromo P450 3A4, como fenitoína, carbamazepina e fenobarbital A fenitoína induz o sistema citocromo P450 3A4. A co-administração com fenitoína diminui a biodisponibilidade de nifedipino e reduz sua eficácia. Ao administrar simultaneamente ambos os fármacos, deve-se monitorar a resposta clínica ao nifedipino e, se necessário, considerar o aumento de sua dose. Se a dose for aumentada durante a co-administração de ambos os fármacos, ela deverá ser reduzida ao se suspender o tratamento com a fenitoína. Não há estudos formais sobre a possível interação entre nifedipino e carbamazepina ou fenobarbital. Esses dois últimos reduzem por indução enzimática as concentrações plasmáticas de um antagonista de cálcio de estrutura similar, o nimodipino, portanto não se pode descartar uma queda nas concentrações plasmáticas de nifedipino e, em conseqüência, de sua eficácia. Efeitos de nifedipino sobre outros fármacos Fármacos anti-hipertensivos O nifedipino pode acentuar o efeito redutor da pressão arterial de outros anti-hipertensivos administrados concomitantemente, como: · diuréticos, · beta-bloqueadores, · inibidores da ECA, · antagonistas do receptor AT-1, · outros antagonistas de cálcio, · bloqueadores alfa-adrenérgicos, · inibidores da PDE5, · alfa-metildopa. Ao se administrar nifedipino simultaneamente com beta-bloqueadores, o paciente deverá ser monitorado cuidadosamente, pois em casos isolados observou-se uma deterioração da insuficiência cardíaca. digoxina A administração simultânea de nifedipino e digoxina pode reduzir a depuração desta última e aumentar suas concentrações plasmáticas. Portanto, deve-se monitorar com cautela os sintomas de sobredose de digoxina e, se necessário, diminuir a dose do glicosídeo, levando-se em consideração a concentração plasmática da digoxina. quinidina Ao se administrar simultaneamente nifedipino e quinidina, as concentrações plasmáticas desta diminuem. Quando se suspende o nifedipino, observa-se em alguns pacientes um aumento significativo das concentrações plasmáticas de quinidina. Por esse motivo, sempre que se adicionar ou suspender o nifedipino, recomenda-se monitorar as concentrações plasmáticas de quinidina e, se necessário, ajustar sua dose. Alguns autores relatam um aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino após a co-administração de ambos os medicamentos, enquanto outros não observaram nenhuma modificação na farmacocinética de nifedipino. Portanto, deve-se monitorar cuidadosamente a pressão arterial ao adicionar quinidina ao tratamento com nifedipino. Se necessário, deve-se reduzir a dose de nifedipino. tacrolimo Sabe-se que o tacrolimo é metabolizado por meio do sistema citocromo P450 3A4. Os dados recém publicados indicam que às vezes é necessário reduzir a dose de tacrolimo quando é administrado junto com nifedipino. Quando co-administrar ambos os fármacos, deve-se monitorar as concentrações plasmáticas de tacrolimo e, se preciso, considerar a redução de sua dose. Interações fármaco-alimentos Suco de toronja (grapefruit): inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de suco de toronja e nifedipino resulta em concentrações plasmáticas elevadas e prolonga a ação do nifedipino devidas à redução no metabolismo de primeira passagem. Como conseqüência, o efeito hipotensor pode aumentar. Após a ingestão regular de suco de toronja, esse efeito pode permanecer por até três dias após a última ingestão. Portanto, evitar a ingestão de toronja durante o tratamento com nifedipino (veja Modo de Usar). Outras formas de interação: O nifedipino pode causar um falso aumento dos valores de ácido vanililmandélico urinário determinados espectrofotometricamente. Contudo, as determinações feitas por HPLC não são afetadas. Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: reações à droga, que variam em intensidade de indivíduo para indivíduo, podem reduzir a capacidade de dirigir veículos ou de controlar máquinas. Isso pode ocorrer, sobretudo, no início do tratamento, na mudança de medicação ou sob ingestão alcoólica simultânea.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Seguem abaixo as reações adversas ao fármaco relatadas nos estudos clínicos de nifedipino controlados por placebo, classificadas por categoria de freqüência de CIOMS III (base de dados de pesquisa clínica: nifedipino n = 2.661; placebo n = 1.486; dados de 22/02/2006 e estudo ACTION: nifedipino n = 3.825; placebo n = 3.840). As reações adversas freqüentes foram observadas com freqüência inferior a 3%, com exceção de edema (9,9%) e cefaléia (3,9%). As reações adversas relatadas após a comercialização (dados de 15/02/2006) estão impressas em itálico e negrito. Descrição clínica Freqüente >=1% a <10% Pouco freqüente >0,1% a <1% Rara >0,01% a <0,1% Muito rara <0,01% Distúrbios do Sistema Imunológico Reações de hipersensibilidade aguda Reação alérgica Edema alérgico/ angioedema Prurido Urticária Exantema Reação anafilática/ anafilactóide Distúrbios psiquiátricos Alterações do comportamento e do sono Reações de ansiedade Transtornos do sono Distúrbios do sistema nervoso Sintomas cerebrovasculares inespecíficos Cefaléia Vertigem Enxaqueca Sintomas neurológicos inespecíficos Tontura Tremor Alteração inespecífica da percepção periférica Parestesia/ disestesia Distúrbios Oculares Distúrbios oculares inespecíficos Alterações visuais Distúrbios Cardíacos Arritmias inespecíficas Taquicardia Palpitações Distúrbios Vasculares Sintomas vasculares inespecíficos Edema Vasodialatação Hipotensão Síncope Distúrbios Respiratórios Sintomas das vias respiratórias superiores Epistaxe Congestão nasal Dispnéia Distúrbios gastrintestinais Sintomas gastrintestinais Constipação Dor abdominal e gastrintestinal Náusea Hiperplasia gengival Bezoares Disfagia Obstrução Dispepsia Flatulência Secura bucal intestinal Úlcera intestinal Vômito Distúrbios hepatobiliares Reações hepáticas leves a moderadas Aumento transitório de enzimas hepáticas Lesões da pele e do tecido subcutâneo Reações cutâneas inespecíficas Eritema Distúrbios músculo-esqueléticos e do tecido conjuntivo Alterações inespecíficas de articulações e músculos Câimbras musculares Tumefação articular Distúrbios nefrourológicos Distúrbios urinários Poliúria Disúria Distúrbios do sistema reprodutivo Disfunção sexual Disfunção erétil Distúrbios gerais e no local de administração Sensação geral de mal-estar Sensação de mal-estar Dor inespecífica Calafrios

Posologia

Sempre que possível, o tratamento deve ser individualizado. Dependendo do quadro clínico em cada caso, a dose deve ser introduzida gradualmente. Em pacientes com disfunção hepática, deve-se fazer monitoração cuidadosa; em casos graves pode haver a necessidade de redução da dose. Salvo prescrição médica em contrário, recomendam-se a adultos as seguintes doses: 1. Arteriopatia coronária Angina do peito estável (angina de esforço) 2. Hipertensão 1 comprimido de Adalat Oros 20, 1 x por dia (1 x 20 mg/dia) 1 comprimido de Adalat Oros 30, 1 x por dia (1 x 30 mg/dia) 1 comprimido de Adalat Oros 60, 1 x por dia (1 x 60 mg/dia) Em geral, o tratamento deve ser iniciado com 30 mg por dia. Uma dose inicial de 20 mg, uma vez por dia, pode ser considerada quando prescrita pelo médico. Doses de 40 mg ou 50 mg podem ser obtidas pela combinação de comprimidos de 20 mg + 20 mg ou de 20 mg + 30 mg. Dependendo da gravidade da doença e da resposta do paciente, a dose pode ser aumentada gradualmente até 120 mg, uma vez por dia. Na co-administração com inibidores ou indutores de CYP 3A4 pode caber a recomendação de adaptar a dose de nifedipino ou de não usá-lo (veja Interações Medicamentosas). Idosos: não há ajuste de doses específico para estes pacientes. Recomenda-se, porém, iniciar o tratamento com a menor dose, aumentando-a posteriormente, se necessário. Duração do tratamento O médico determinará a duração do tratamento.

Superdosagem

Sintomas - Os seguintes sintomas são observados nos casos de intoxicação grave por nifedipino: alterações da consciência até coma, hipotensão, taquicardia, bradicardia ou arritmias, hiperglicemia, acidose metabólica, hipóxia e choque cardiogênico com edema pulmonar. Tratamento - No tratamento, a eliminação da droga e o restabelecimento das condições cardiovasculares são prioritários. No caso de ingestão oral, indica-se lavagem gástrica com ou sem irrigação do intestino delgado. Particularmente nos casos de intoxicação com formulações de liberação lenta, como a de Adalat Oros, a eliminação deve ser a mais completa possível, incluindo o intestino delgado, para impedir a absorção subseqüente da substância ativa. A hemodiálise não se aplica aqui, uma vez que o nifedipino não é dialisável; contudo, a plasmaferese é aconselhável (alta ligação às proteínas plasmáticas e volume de distribuição relativamente baixo). Alterações da freqüência cardíaca - bradicardia - podem ser tratadas sintomaticamente com beta-simpatomiméticos; nos casos em que tais arritmias envolvam risco de vida, é aconselhável o uso temporário de marca-passo. A hipotensão resultante do choque cardiogênico e da vasodilatação arterial pode ser tratada com cálcio, 10 ml a 20 ml de solução de gluconato de cálcio a 10%, EV, administrado lentamente e repetido, se preciso. Como resultado, os níveis séricos de cálcio podem atingir os limites superiores da faixa normal ou mesmo mostrarem-se ligeiramente elevados. Drogas como dopamina ou noradrenalina podem ser administradas, quando necessário. As doses dessas drogas são determinadas pelo efeito obtido. A reposição de volume ou de líquidos deve ser feita considerando a sobrecarga cardíaca

Características farmacológicas

O nifedipino é um antagonista do cálcio do tipo 1,4-diidropiridina. Os antagonistas do cálcio reduzem o influxo transmembranoso de íons de cálcio para o interior da célula através do canal lento de cálcio. O nifedipino age particularmente nas células do miocárdio e nas células da musculatura lisa das artérias coronárias e dos vasos de resistência periférica. No coração, o nifedipino dilata as artérias coronárias, especialmente os vasos de grande condutância, mesmo no segmento da parede livre de áreas parcialmente acometidas de estenose. Além disso, o nifedipino reduz o tônus da musculatura lisa vascular nas artérias coronárias e evita vasoespasmos. O resultado final é o aumento do fluxo sangüíneo pósestenótico e maior suprimento de oxigênio. Paralelamente a isso, o nifedipino reduz a necessidade de oxigênio com a redução da póscarga. Em uso prolongado, o nifedipino também pode prevenir o desenvolvimento de novas lesões ateroscleróticas nas artérias coronárias. O nifedipino reduz o tônus da musculatura lisa das arteríolas, diminuindo, desta forma, a resistência periférica excessiva e, conseqüentemente, a pressão arterial. No início do tratamento com nifedipino pode haver aumento reflexo transitório da freqüência cardíaca e, portanto, no débito cardíaco. No entanto, este aumento não é suficiente para compensar a vasodilatação. O nifedipino aumenta também a excreção de sódio e água, tanto no tratamento de curto prazo como no prolongado. O efeito de redução da pressão arterial do nifedipino é particularmente pronunciado em pacientes hipertensos. Em um estudo prospectivo, multicêntrico, randomizado, duplo-cego, envolvendo 6.321 pacientes hipertensos com pelo menos um fator de risco adicional, seguidos por um período de 3 a 4,8 anos, Adalat Oros mostrou reduzir os eventos cardiovasculares e cerebrovasculares a um grau comparável ao da associação diurética padrão. No estudo ACTION, multicêntrico, randomizado, controlado com placebo e duplo-cego, com duração de 5 anos, investigaram-se os efeitos de Adalat Oros em comparação com placebo em 7.665 pacientes com angina do peito estável medicados com o melhor tratamento terapêutico. A variável primária de eficácia (taxa combinada de óbito por qualquer causa, infarto agudo do miocárdio, angina refratária, insuficiência cardíaca recém-manifesta, AVC debilitante e revascularização periférica) não diferiu entre os pacientes tratados com Adalat Oros (n = 3.825) e os pacientes tratados com placebo (n = 3.840) (P = 0,54). Na análise pré-definida de subgrupos, que incluiu 3.997 pacientes com angina do peito e hipertensão, verificou-se uma queda significativa de 13% na variável primária de eficácia de Adalat Oros. Adalat Oros mostrou-se seguro, em virtude da variável primária de segurança (taxa combinada de óbito por qualquer causa, infarto agudo do miocárdio e AVC debilitante) ter sido similar nos dois grupos de tratamento (P = 0,86).

Resultados de eficácia

Adalat OROS controla a pressão arterial de forma eficaz, segura e regular por 24 horas, de acordo com os objetivos do tratamento. É eficaz para o tratamento de hipertensão inicial e estabelecida em pacientes com ou sem fatores adicionais de risco cardiovascular. Adalat OROS impede as complicações cardiovasculares em todos os grupos de pacientes hipertensos e com diferentes níveis de risco cardiovascular. Esta ação decorre da redução da pressão arterial e da proteção vascular nos pacientes com hipertensão, incluindo aqueles com co-morbidades como doença arterial coronariana. Realizou-se um estudo duplo-cego, prospectivo e randomizado com o objetivo de comparar os efeitos do Adalat OROS com a associação hidroclorotiazida/amilorida em pacientes hipertensos com fatores de risco cardiovascular, com acompanhamento de 3 a 4,8 anos. Foram avaliados 6.321 pacientes sendo incluídos 3.157 pacientes de ambos os sexos no grupo nifedipino e 3.164 pacientes no grupo com diurético. Os principais resultados foram: em ambos os grupos, a pressão arterial sistólica e diastólica caiu de um valor médio de 173±14 e 99±8 mmHg no início do tratamento para 138±12 e 82±7 mmHg no fim do estudo. Vale ressaltar que em 71% dos pacientes este resultado foi obtido após 20 semanas de tratamento em monoterapia. A morbidade/mortalidade total resultante da soma dos desfechos primários e secundários foi de 24,6%, não havendo diferença significativa entre os dois grupos estudados. Considerou-se necessária a presença de fatores de risco para se poder estimar o risco projetado para 10 anos de acordo com algumas tabelas já existentes. Neste estudo, o risco estimado de novos eventos cardiovasculares pré-tratamento na população estudada foi de 34/1000/ano indivíduos segundo a tabela dos estudos da comunidade de Framingham. Após o tratamento, o risco observado foi de 17/1000/ano; portanto, uma redução de 50% entre o estimado e o obtido. Com este estudo clínico demonstrou-se que Adalat OROS reduz o risco cardiovascular em 50% em pacientes com hipertensão e outros fatores como tabagismo, CAD, diabetes ou hipercolesterolemia. Adalat OROS reduz a progressão da espessura da membrana íntima da parede do vaso e a calcificação coronariana. Melhora também a função endotelial, impedindo assim as complicações cardiovasculares. Após seis meses de tratamento com Adalat em estudo clínico, a disfunção endotelial coronariana melhorou 88% em comparação com placebo. Esses efeitos ocorreram independentemente das alterações da pressão arterial ou de co-medicação.

Modo de usar

Via oral. O comprimido de Adalat Oros deve ser deglutido inteiro, com um pouco de líquido, independentemente das refeições. Evitar suco de toronja ou grapefruit (veja Interações com alimentos). OS COMPRIMIDOS NÃO DEVEM SER MASTIGADOS OU PARTIDOS. A substância ativa de Adalat Oros é sensível à luz. Os comprimidos devem ser mantidos dentro da embalagem, protegidos da umidade e da luz, e só deverão ser retirados da embalagem de alumínio (blister) imediatamente antes da sua administração. Conservar em temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Vide Posologia e Adventências.

Armazenagem

Conservar os comprimidos na sua embalagem original, em temperatura ambiente. Proteger da luz e da umidade.

Dizeres legais

Registro M.S.: 1.0429.0001.134-4 Registro M.S.: 1.0429.0001.137-9 Registro M.S.: 1.0429.0001.140-9 Farmacêutico(a) responsável: Shidue Ishitani - CRF/SP-5683 Bayer SA Fabricado por Bayer AG, Leverkusen, NRW, Alemanha Importado e distribuído por Bayer S.A Rua Domingos Jorge, 1.000 - São Paulo, SP CNPJ 14.372.981/0001-02 - Indústria Brasileira Atendimento ao Consumidor: 0800-121010 VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Lote, datas de fabricação e validade: vide cartucho

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