As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Apresentação
Adalat Oros é apresentado na forma de comprimidos de liberação prolongada com 20, 30 e
60 mg de nifedipino, em embalagens contendo 10, 15 ou 30 comprimidos.
Componentes inertes: hipromelose, estearato de magnésio, óxido de polietileno, cloreto de
sódio, óxido de ferro vermelho, acetato de celulose, macrogol, hidroxipropilcelulose,
propilenoglicol e dióxido de titânio.Indicações
· Hipertensão arterial.
· Doença arterial coronária. Angina do peito crônica estável (angina de esforço).Contra-indicações
Choque cardiovascular e hipersensibilidade ao nifedipino ou a algum de seus excipientes. Na
gravidez até a 20ª Semana e na amamentação. O nifedipino não deve ser usado em associação com a rifampicina, pois devido à indução enzimática, o nifedipino pode não atingir os níveis plasmáticos eficazes (veja Interações Medicamentosas).Advertências
Pacientes com níveis de pressão arterial muito baixos (pressão sistólica inferior a 90 mmHg),
insuficiência cardíaca manifesta ou com estenose aórtica grave necessitam de cuidados
adicionais.
Não há dados de estudos adequadamente controlados sobre a segurança e eficácia deste
medicamento em mulheres grávidas. Constatou-se nos estudos em animais uma série de
efeitos tóxicos para o embrião, a placenta e o feto (veja Dados Pré-Clínicos de Segurança)
após administração do medicamento durante ou após o período organogenético.
De acordo com os dados clínicos, não se identificou nenhum risco pré-natal específico, embora
haja relatos de aumento de asfixia perinatal e partos por cesárea, assim como prematuros e
retardamento do crescimento intra-uterino. Não está claro se estes relatos são devidos a
hipertensão subjacente, ao seu tratamento ou a um efeito específico do medicamento.
As informações disponíveis são insuficientes para descartar possíveis efeitos adversos do
medicamento ao feto e ao recém-nascido. Por isso, todo uso após a 20ª semana de gestação
exige uma avaliação individual muito cuidadosa do risco-benefício e somente se considerará se
nenhuma das outras opções de tratamento for indicada ou se elas foram ineficazes.
Deve-se monitorar cuidadosamente a pressão arterial, inclusive ao se administrar o nifedipino
com sulfato de magnésio por via intravenosa, pela possibilidade de uma queda excessiva da
pressão arterial, que poderá ser prejudicial a mãe e o feto.
Como com qualquer outro material não deformável, deve-se ter cautela ao administrar Adalat
Oros a pacientes com estreitamento gastrintestinal grave preexistente, uma vez que podem
ocorrer sintomas obstrutivos. Em casos muito raros podem formar-se bezoares que requeiram
intervenção cirúrgica. Em casos isolados relataram-se sintomas obstrutivos sem história de
doença gastrintestinal. Adalat Oros não deve ser utilizado em pacientes com bolsa de Kock
(ileostomia após proctocolectomia).
Adalat Oros pode levar à interpretação de resultado falso-positivo no exame de raio-X
contrastado com bário (por exemplo, defeitos de preenchimento interpretados como pólipos).
Monitoração cuidadosa deve ser efetuada em pacientes com disfunção hepática e, em casos
graves, pode ser necessário redução da dose.
O nifedipino é metabolizado pelo sistema citocromo P450 3A4. Os fármacos que inibem ou
induzem esse sistema enzimático podem modificar a primeira passagem ou a depuração de
nifedipino (veja Interações Medicamentosas).
Os fármacos que inibem o sistema citocromo P450 3A4 de forma leve ou moderada e podem
aumentar as concentrações plasmáticas de nifedipino são, por exemplo:
· antibióticos macrolídeos (p.ex. eritromicina),
· inibidores da protease anti-HIV (p.ex. ritonavir),
· antimicóticos azólicos (p.ex. cetoconazol),
· antidepressivos nefazodona e fluoxetina,
· quinupristina/dalfopristina,
· ácido valpróico,
cimetidina.
Na co-administração com algum desses fármacos deve-se monitorar a pressão arterial e, se
necessário, considerar a redução da dose de nifedipino.
Se aumentar a dose até a quantidade diária máxima de 120 mg de nifedipino e se administrar
comprimidos de dose mais baixa, o paciente pode chegar a ingerir um máximo de 2 mmol de
sódio por dia. Considerar este dado nos pacientes em dieta hipossódica.Uso na gravidez
Gravidez
O nifedipino é contra-indicado antes da 20ª semana de gravidez. Não há estudos adequados e
bem controlados em mulheres grávidas. Sua administração em animais foi associada a efeitos
embriotóxicos, fetotóxicos e teratogênicos (veja Dados pré-clínicos de Segurança).
Fertilidade
Em casos isolados de fertilização in vitro, o uso de antagonistas do cálcio como o nifedipino
associou-se a alterações bioquímicas reversíveis do núcleo do espermatozóide, que podem
resultar em disfunção espermática. Nos homens que, repetidamente, não têm sucesso em
gerar uma criança por fertilização in vitro , e quando não há outras causas que justifiquem o
insucesso, o nifedipino deve ser considerado como causa da falha.
Lactação
O nifedipino é eliminado no leite materno. Como não há experiência dos efeitos sobre o
lactente, a amamentação deverá ser suspensa se o tratamento com nifedipino se tornar
necessário.Interações medicamentosas
Fármacos que alteram o nifedipino
O nifedipino é metabolizado por meio do sistema citocromo P450 3A4, localizado tanto na
mucosa intestinal quanto no fígado. Drogas conhecidas por inibir ou induzir esse sistema
enzimático podem, portanto, alterar o efeito de primeira passagem (após a administração oral)
ou a depuração do nifedipino.
Deverão considerar-se a extensão e a duração das interações quando se administrar nifedipino
junto com os seguintes fármacos:
A rifampicina induz acentuadamente o sistema citocromo P450 3A4. Quando administrada
simultaneamente com rifampicina, a biodisponibilidade do nifedipino é reduzida e, portanto, sua
eficácia diminui. O uso de nifedipino em associação com a rifampicina é, portanto, contraindicado
(veja Contra-Indicações).
Na co-administração de alguns dos seguintes inibidores leves a moderados do sistema
citocromo P450 3A4 deve-se monitorar a pressão arterial e, se necessário, considerar a
redução da dose de nifedipino (veja Posologia).
Antibióticos macrolídeos (p. ex. eritromicina)
Não há estudos de interação entre o nifedipino e os antibióticos macrolídeos. Sabe-se que
alguns antibióticos macrolídeos inibem o metabolismo de outros fármacos mediados pela
isoenzima 3A4 do citocromo P450. Portanto não se pode excluir a possibilidade de aumento
das concentrações plasmáticas de nifedipino ao se associar ambos os fármacos (veja
Advertências e Precauções).
Apesar da semelhança estrutural com o grupo dos antibióticos macrolídeos, a azitromicina não
inibe o CYP 3A4.
Inibidores da protease anti-HIV (p. ex. ritonavir)
Ainda não há estudo clínico sobre a possível interação farmacológica entre o nifedipino e
alguns inibidores da protease anti-HIV. Sabe-se que os fármacos deste grupo inibem o sistema
citocromo P450 3A4. Além disso, comprovou-se que esses fármacos inibem in vitro o
metabolismo do nifedipino, mediado por CYP 3A4. Se forem administrados junto com
nifedipino, não se pode excluir um aumento significativo das concentrações plasmáticas deste
devido ao metabolismo de primeira passagem e à redução na eliminação (veja Advertências e
Precauções).
Antimicóticos azólicos (p. ex. cetoconazol)
Ainda não há estudos formais de interação sobre a possível interação farmacológica entre
nifedipino e alguns antimicóticos azólicos. Sabe-se que esse grupo de fármacos inibe o sistema
citocromo P450 3A4. Se administrados por via oral junto com nifedipino, não se pode excluir
um aumento substancial na biodisponibilidade sistêmica deste último, por diminuição do
metabolismo de primeira passagem (veja Advertências e Precauções).
fluoxetina
Não há ainda estudos clínicos sobre a possível interação farmacológica entre nifedipino e
fluoxetina. Sabe-se que a fluoxetina inibe in vitro o metabolismo de nifedipino pelo citocromo
CYP3A4. Portanto não se pode excluir um aumento das concentrações plasmáticas de
nifedipino na co-administração de ambos os fármacos (veja Advertências e Precauções).
nefazodona
Não há ainda estudos clínicos sobre a possível interação farmacológica entre nifedipino e
nefazodona. Sabe-se que a nefazodona inibe o metabolismo de outros fármacos pelo
citocromo CYP3A4. Portanto não se pode excluir um aumento das concentrações plasmáticas
de nifedipino na co-administração de ambos os fármacos (veja Advertências e Precauções).
quinupristina/dalfopristina
A administração simultânea de quinupristina/dalfopristina e nifedipino pode aumentar as
concentrações plasmáticas de nifedipino (veja Advertências e Precauções).
ácido valpróico
Não há estudos formais sobre a possível interação entre nifedipino e ácido valpróico. Sabe-se
que o ácido valpróico aumenta por inibição enzimática as concentrações plasmáticas de um
antagonista de cálcio de estrutura semelhante, o nimodipino; portanto não se pode excluir um
aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino e, em conseqüência, de sua eficácia
(veja Advertências e Precauções).
cimetidina
A cimetidina inibe o citocromo P450 3A4, elevando as concentrações plasmáticas de nifedipino,
e pode potencializar seu efeito anti-hipertensivo (veja Advertências e Precauções).
Outros estudos
cisaprida
A administração simultânea de cisaprida e nifedipino pode aumentar as concentrações
plasmáticas de nifedipino.
Fármacos antiepilépticos indutores do sistema citocromo P450 3A4, como fenitoína,
carbamazepina e fenobarbital
A fenitoína induz o sistema citocromo P450 3A4. A co-administração com fenitoína diminui a
biodisponibilidade de nifedipino e reduz sua eficácia. Ao administrar simultaneamente ambos
os fármacos, deve-se monitorar a resposta clínica ao nifedipino e, se necessário, considerar o
aumento de sua dose. Se a dose for aumentada durante a co-administração de ambos os
fármacos, ela deverá ser reduzida ao se suspender o tratamento com a fenitoína.
Não há estudos formais sobre a possível interação entre nifedipino e carbamazepina ou
fenobarbital. Esses dois últimos reduzem por indução enzimática as concentrações plasmáticas
de um antagonista de cálcio de estrutura similar, o nimodipino, portanto não se pode descartar
uma queda nas concentrações plasmáticas de nifedipino e, em conseqüência, de sua eficácia.
Efeitos de nifedipino sobre outros fármacos
Fármacos anti-hipertensivos
O nifedipino pode acentuar o efeito redutor da pressão arterial de outros anti-hipertensivos
administrados concomitantemente, como:
· diuréticos,
· beta-bloqueadores,
· inibidores da ECA,
· antagonistas do receptor AT-1,
· outros antagonistas de cálcio,
· bloqueadores alfa-adrenérgicos,
· inibidores da PDE5,
· alfa-metildopa.
Ao se administrar nifedipino simultaneamente com beta-bloqueadores, o paciente deverá ser
monitorado cuidadosamente, pois em casos isolados observou-se uma deterioração da
insuficiência cardíaca.
digoxina
A administração simultânea de nifedipino e digoxina pode reduzir a depuração desta última e
aumentar suas concentrações plasmáticas. Portanto, deve-se monitorar com cautela os
sintomas de sobredose de digoxina e, se necessário, diminuir a dose do glicosídeo, levando-se
em consideração a concentração plasmática da digoxina.
quinidina
Ao se administrar simultaneamente nifedipino e quinidina, as concentrações plasmáticas desta
diminuem. Quando se suspende o nifedipino, observa-se em alguns pacientes um aumento
significativo das concentrações plasmáticas de quinidina. Por esse motivo, sempre que se
adicionar ou suspender o nifedipino, recomenda-se monitorar as concentrações plasmáticas de
quinidina e, se necessário, ajustar sua dose. Alguns autores relatam um aumento das
concentrações plasmáticas de nifedipino após a co-administração de ambos os medicamentos,
enquanto outros não observaram nenhuma modificação na farmacocinética de nifedipino.
Portanto, deve-se monitorar cuidadosamente a pressão arterial ao adicionar quinidina ao
tratamento com nifedipino. Se necessário, deve-se reduzir a dose de nifedipino.
tacrolimo
Sabe-se que o tacrolimo é metabolizado por meio do sistema citocromo P450 3A4. Os dados
recém publicados indicam que às vezes é necessário reduzir a dose de tacrolimo quando é
administrado junto com nifedipino. Quando co-administrar ambos os fármacos, deve-se
monitorar as concentrações plasmáticas de tacrolimo e, se preciso, considerar a redução de
sua dose.
Interações fármaco-alimentos
Suco de toronja (grapefruit): inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de suco de
toronja e nifedipino resulta em concentrações plasmáticas elevadas e prolonga a ação do
nifedipino devidas à redução no metabolismo de primeira passagem. Como conseqüência, o
efeito hipotensor pode aumentar. Após a ingestão regular de suco de toronja, esse efeito pode
permanecer por até três dias após a última ingestão. Portanto, evitar a ingestão de toronja
durante o tratamento com nifedipino (veja Modo de Usar).
Outras formas de interação: O nifedipino pode causar um falso aumento dos valores de ácido
vanililmandélico urinário determinados espectrofotometricamente. Contudo, as determinações
feitas por HPLC não são afetadas.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: reações à droga, que variam
em intensidade de indivíduo para indivíduo, podem reduzir a capacidade de dirigir veículos ou
de controlar máquinas. Isso pode ocorrer, sobretudo, no início do tratamento, na mudança de
medicação ou sob ingestão alcoólica simultânea.Reações adversas / Efeitos colaterais
Seguem abaixo as reações adversas ao fármaco relatadas nos estudos clínicos de nifedipino
controlados por placebo, classificadas por categoria de freqüência de CIOMS III (base de
dados de pesquisa clínica: nifedipino n = 2.661; placebo n = 1.486; dados de 22/02/2006 e
estudo ACTION: nifedipino n = 3.825; placebo n = 3.840).
As reações adversas freqüentes foram observadas com freqüência inferior a 3%, com
exceção de edema (9,9%) e cefaléia (3,9%).
As reações adversas relatadas após a comercialização (dados de 15/02/2006) estão impressas
em itálico e negrito.
Descrição clínica Freqüente >=1%
a <10%
Pouco
freqüente >0,1%
a <1%
Rara
>0,01% a
<0,1%
Muito rara
<0,01%
Distúrbios do Sistema Imunológico
Reações de
hipersensibilidade
aguda
Reação alérgica
Edema alérgico/
angioedema
Prurido
Urticária
Exantema
Reação
anafilática/
anafilactóide
Distúrbios psiquiátricos
Alterações do
comportamento e do
sono
Reações de
ansiedade
Transtornos do
sono
Distúrbios do sistema nervoso
Sintomas
cerebrovasculares
inespecíficos
Cefaléia Vertigem
Enxaqueca
Sintomas
neurológicos
inespecíficos
Tontura
Tremor
Alteração inespecífica
da percepção
periférica
Parestesia/
disestesia
Distúrbios Oculares
Distúrbios oculares
inespecíficos
Alterações
visuais
Distúrbios Cardíacos
Arritmias inespecíficas Taquicardia
Palpitações
Distúrbios Vasculares
Sintomas vasculares
inespecíficos
Edema
Vasodialatação
Hipotensão
Síncope
Distúrbios Respiratórios
Sintomas das vias
respiratórias
superiores
Epistaxe
Congestão nasal
Dispnéia
Distúrbios gastrintestinais
Sintomas
gastrintestinais
Constipação Dor abdominal e
gastrintestinal
Náusea
Hiperplasia
gengival
Bezoares
Disfagia
Obstrução
Dispepsia
Flatulência
Secura bucal
intestinal
Úlcera
intestinal
Vômito
Distúrbios hepatobiliares
Reações hepáticas
leves a moderadas
Aumento
transitório de
enzimas
hepáticas
Lesões da pele e do tecido subcutâneo
Reações cutâneas
inespecíficas
Eritema
Distúrbios músculo-esqueléticos e do tecido conjuntivo
Alterações
inespecíficas de
articulações e
músculos
Câimbras
musculares
Tumefação
articular
Distúrbios nefrourológicos
Distúrbios urinários Poliúria
Disúria
Distúrbios do sistema reprodutivo
Disfunção sexual Disfunção erétil
Distúrbios gerais e no local de administração
Sensação geral de
mal-estar
Sensação de
mal-estar
Dor inespecífica
CalafriosPosologia
Sempre que possível, o tratamento deve ser individualizado. Dependendo do quadro clínico em
cada caso, a dose deve ser introduzida gradualmente. Em pacientes com disfunção hepática,
deve-se fazer monitoração cuidadosa; em casos graves pode haver a necessidade de redução
da dose.
Salvo prescrição médica em contrário, recomendam-se a adultos as seguintes doses:
1. Arteriopatia coronária
Angina do peito estável (angina de esforço)
2. Hipertensão
1 comprimido de Adalat Oros 20, 1 x por dia (1 x 20 mg/dia)
1 comprimido de Adalat Oros 30, 1 x por dia (1 x 30 mg/dia)
1 comprimido de Adalat Oros 60, 1 x por dia (1 x 60 mg/dia)
Em geral, o tratamento deve ser iniciado com 30 mg por dia.
Uma dose inicial de 20 mg, uma vez por dia, pode ser considerada quando prescrita pelo
médico.
Doses de 40 mg ou 50 mg podem ser obtidas pela combinação de comprimidos de 20 mg + 20
mg ou de 20 mg + 30 mg. Dependendo da gravidade da doença e da resposta do paciente, a
dose pode ser aumentada gradualmente até 120 mg, uma vez por dia.
Na co-administração com inibidores ou indutores de CYP 3A4 pode caber a recomendação de
adaptar a dose de nifedipino ou de não usá-lo (veja Interações Medicamentosas).
Idosos: não há ajuste de doses específico para estes pacientes. Recomenda-se, porém, iniciar
o tratamento com a menor dose, aumentando-a posteriormente, se necessário.
Duração do tratamento
O médico determinará a duração do tratamento.Superdosagem
Sintomas - Os seguintes sintomas são observados nos casos de intoxicação grave por
nifedipino: alterações da consciência até coma, hipotensão, taquicardia, bradicardia ou
arritmias, hiperglicemia, acidose metabólica, hipóxia e choque cardiogênico com edema
pulmonar.
Tratamento - No tratamento, a eliminação da droga e o restabelecimento das condições
cardiovasculares são prioritários.
No caso de ingestão oral, indica-se lavagem gástrica com ou sem irrigação do intestino
delgado.
Particularmente nos casos de intoxicação com formulações de liberação lenta, como a de
Adalat Oros, a eliminação deve ser a mais completa possível, incluindo o intestino delgado,
para impedir a absorção subseqüente da substância ativa. A hemodiálise não se aplica aqui,
uma vez que o nifedipino não é dialisável; contudo, a plasmaferese é aconselhável (alta ligação
às proteínas plasmáticas e volume de distribuição relativamente baixo).
Alterações da freqüência cardíaca - bradicardia - podem ser tratadas sintomaticamente com
beta-simpatomiméticos; nos casos em que tais arritmias envolvam risco de vida, é
aconselhável o uso temporário de marca-passo. A hipotensão resultante do choque
cardiogênico e da vasodilatação arterial pode ser tratada com cálcio, 10 ml a 20 ml de solução
de gluconato de cálcio a 10%, EV, administrado lentamente e repetido, se preciso. Como
resultado, os níveis séricos de cálcio podem atingir os limites superiores da faixa normal ou
mesmo mostrarem-se ligeiramente elevados. Drogas como dopamina ou noradrenalina podem
ser administradas, quando necessário. As doses dessas drogas são determinadas pelo efeito
obtido.
A reposição de volume ou de líquidos deve ser feita considerando a sobrecarga cardíacaCaracterísticas farmacológicas
O nifedipino é um antagonista do cálcio do tipo 1,4-diidropiridina. Os antagonistas do cálcio
reduzem o influxo transmembranoso de íons de cálcio para o interior da célula através do canal
lento de cálcio. O nifedipino age particularmente nas células do miocárdio e nas células da
musculatura lisa das artérias coronárias e dos vasos de resistência periférica.
No coração, o nifedipino dilata as artérias coronárias, especialmente os vasos de grande
condutância, mesmo no segmento da parede livre de áreas parcialmente acometidas de
estenose. Além disso, o nifedipino reduz o tônus da musculatura lisa vascular nas artérias
coronárias e evita vasoespasmos. O resultado final é o aumento do fluxo sangüíneo pósestenótico
e maior suprimento de oxigênio.
Paralelamente a isso, o nifedipino reduz a necessidade de oxigênio com a redução da póscarga.
Em uso prolongado, o nifedipino também pode prevenir o desenvolvimento de novas
lesões ateroscleróticas nas artérias coronárias.
O nifedipino reduz o tônus da musculatura lisa das arteríolas, diminuindo, desta forma, a
resistência periférica excessiva e, conseqüentemente, a pressão arterial. No início do
tratamento com nifedipino pode haver aumento reflexo transitório da freqüência cardíaca e,
portanto, no débito cardíaco. No entanto, este aumento não é suficiente para compensar a
vasodilatação.
O nifedipino aumenta também a excreção de sódio e água, tanto no tratamento de curto prazo
como no prolongado. O efeito de redução da pressão arterial do nifedipino é particularmente
pronunciado em pacientes hipertensos. Em um estudo prospectivo, multicêntrico, randomizado,
duplo-cego, envolvendo 6.321 pacientes hipertensos com pelo menos um fator de risco
adicional, seguidos por um período de 3 a 4,8 anos, Adalat Oros mostrou reduzir os eventos
cardiovasculares e cerebrovasculares a um grau comparável ao da associação diurética
padrão.
No estudo ACTION, multicêntrico, randomizado, controlado com placebo e duplo-cego, com
duração de 5 anos, investigaram-se os efeitos de Adalat Oros em comparação com placebo
em 7.665 pacientes com angina do peito estável medicados com o melhor tratamento
terapêutico.
A variável primária de eficácia (taxa combinada de óbito por qualquer causa, infarto agudo do
miocárdio, angina refratária, insuficiência cardíaca recém-manifesta, AVC debilitante e
revascularização periférica) não diferiu entre os pacientes tratados com Adalat Oros (n =
3.825) e os pacientes tratados com placebo (n = 3.840) (P = 0,54).
Na análise pré-definida de subgrupos, que incluiu 3.997 pacientes com angina do peito e
hipertensão, verificou-se uma queda significativa de 13% na variável primária de eficácia de
Adalat Oros.
Adalat Oros mostrou-se seguro, em virtude da variável primária de segurança (taxa
combinada de óbito por qualquer causa, infarto agudo do miocárdio e AVC debilitante) ter sido
similar nos dois grupos de tratamento (P = 0,86).Resultados de eficácia
Adalat OROS controla a pressão arterial de forma eficaz, segura e regular por 24 horas, de
acordo com os objetivos do tratamento. É eficaz para o tratamento de hipertensão inicial e
estabelecida em pacientes com ou sem fatores adicionais de risco cardiovascular.
Adalat OROS impede as complicações cardiovasculares em todos os grupos de pacientes
hipertensos e com diferentes níveis de risco cardiovascular. Esta ação decorre da redução da
pressão arterial e da proteção vascular nos pacientes com hipertensão, incluindo aqueles com
co-morbidades como doença arterial coronariana.
Realizou-se um estudo duplo-cego, prospectivo e randomizado com o objetivo de comparar os
efeitos do Adalat OROS com a associação hidroclorotiazida/amilorida em pacientes
hipertensos com fatores de risco cardiovascular, com acompanhamento de 3 a 4,8 anos. Foram
avaliados 6.321 pacientes sendo incluídos 3.157 pacientes de ambos os sexos no grupo
nifedipino e 3.164 pacientes no grupo com diurético. Os principais resultados foram: em ambos
os grupos, a pressão arterial sistólica e diastólica caiu de um valor médio de 173±14 e 99±8
mmHg no início do tratamento para 138±12 e 82±7 mmHg no fim do estudo. Vale ressaltar que
em 71% dos pacientes este resultado foi obtido após 20 semanas de tratamento em
monoterapia. A morbidade/mortalidade total resultante da soma dos desfechos primários e
secundários foi de 24,6%, não havendo diferença significativa entre os dois grupos estudados.
Considerou-se necessária a presença de fatores de risco para se poder estimar o risco
projetado para 10 anos de acordo com algumas tabelas já existentes.
Neste estudo, o risco estimado de novos eventos cardiovasculares pré-tratamento na
população estudada foi de 34/1000/ano indivíduos segundo a tabela dos estudos da
comunidade de Framingham. Após o tratamento, o risco observado foi de 17/1000/ano;
portanto, uma redução de 50% entre o estimado e o obtido. Com este estudo clínico
demonstrou-se que Adalat OROS reduz o risco cardiovascular em 50% em pacientes com
hipertensão e outros fatores como tabagismo, CAD, diabetes ou hipercolesterolemia.
Adalat OROS reduz a progressão da espessura da membrana íntima da parede do vaso e a
calcificação coronariana. Melhora também a função endotelial, impedindo assim as
complicações cardiovasculares. Após seis meses de tratamento com Adalat em estudo
clínico, a disfunção endotelial coronariana melhorou 88% em comparação com placebo. Esses
efeitos ocorreram independentemente das alterações da pressão arterial ou de co-medicação.Modo de usar
Via oral. O comprimido de Adalat Oros deve ser deglutido inteiro, com um pouco de líquido,
independentemente das refeições. Evitar suco de toronja ou grapefruit (veja Interações com
alimentos).
OS COMPRIMIDOS NÃO DEVEM SER MASTIGADOS OU PARTIDOS.
A substância ativa de Adalat Oros é sensível à luz. Os comprimidos devem ser mantidos
dentro da embalagem, protegidos da umidade e da luz, e só deverão ser retirados da
embalagem de alumínio (blister) imediatamente antes da sua administração. Conservar em
temperatura ambiente, entre 15 e 30ºC.Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Vide Posologia e Adventências.Armazenagem
Conservar os comprimidos na sua embalagem original, em temperatura ambiente. Proteger da
luz e da umidade.Dizeres legais
Registro M.S.: 1.0429.0001.134-4
Registro M.S.: 1.0429.0001.137-9
Registro M.S.: 1.0429.0001.140-9
Farmacêutico(a) responsável: Shidue Ishitani - CRF/SP-5683
Bayer SA
Fabricado por Bayer AG, Leverkusen, NRW, Alemanha
Importado e distribuído por Bayer S.A
Rua Domingos Jorge, 1.000 - São Paulo, SP
CNPJ 14.372.981/0001-02 - Indústria Brasileira
Atendimento ao Consumidor: 0800-121010
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Lote, datas de fabricação e validade: vide cartuchoortado e distribuído por Bayer S.A
Rua Domingos Jorge, 1.000 - São Paulo, SP
CNPJ 14.372.981/0001-02 - Indústria Brasileira
Atendimento ao Consumidor: 0800-121010
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Lote, datas de fabricação e validade: vide cartucho