As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Apresentação
Frasco com 30, 60 ou 90 cápsulas gelatinosas de liberação rápida de 10 mg.
Cada cápsula contém 10 mg de nifedipino.
Componentes inertes: glicerol, sacarina, óleo de menta, macrogol, gelatina, dióxido de titânio, água
e amarelo alaranjado.Indicações
· Doença arterial coronária:
- Angina do peito crônica estável (angina de esforço).
- Angina do peito vasoespástica (angina de Prinzmetal e angina variante).
· Hipertensão essencial.
· Crise hipertensiva.
· Nos pacientes com hipertensão essencial ou angina do peito estável crônica tratados com as
formas de liberação rápida de nifedipino (Adalat cápsulas 10 mg) podem ocorrer aumento
dependente da dose no risco de complicações cardiovasculares (por exemplo, infarto do
miocárdio) e de mortalidade. Por isso, o nifedipino somente deve ser utilizado para tratamento de
pacientes com hipertensão essencial ou angina do peito estável crônica se nenhum outro
tratamento for apropriado.Contra-indicações
Conhecida hipersensibilidade ao nifedipino ou a qualquer dos excipientes, choque cardiovascular e
em associação com a rifampicina, pois, devido à indução enzimática, o nifedipino pode não atingir
níveis plasmáticos eficazes (veja Interações Medicamentosas).
O nifedipino não deve ser usado na gravidez até a 20ª semana e na amamentação.
O nifedipino em cápsulas de liberação rápida é contra-indicado em angina do peito instável e nas
quatro semanas iniciais após infarto agudo do miocárdio.Advertências
Cuidados adicionais devem ser dispensados a pacientes com níveis muito baixos de pressão
arterial (hipotensão grave, com pressão sistólica inferior a 90 mmHg), em casos de insuficiência
cardíaca manifesta e em caso de estenose aórtica grave.
O tratamento com a formulação de liberação rápida de nifedipino pode induzir queda excessiva da
pressão sangüínea, com taquicardia reflexa, o que pode resultar em complicações
cardiovasculares.
Tal como ocorre com outras substâncias vasoativas, em casos muito raros o uso de nifedipino de
liberação rápida pode causar angina do peito (dados obtidos de relatos espontâneos),
especialmente no início do tratamento. Dados de estudos clínicos confirmam que a ocorrência de
crises de angina do peito é incomum. Em pacientes que já sofrem de angina do peito pode ocorrer
um aumento de freqüência, duração e gravidade da afecção, especialmente no início do
tratamento. Têm-se documentado casos isolados de infarto do miocárdio, ainda que não seja
possível diferenciá-lo da história natural da doença subjacente.
Não há dados de estudos adequadamente controlados sobre a segurança e eficácia deste
medicamento em mulheres grávidas (veja Gravidez e Lactação). Constatou-se nos estudos em
animais uma série de efeitos tóxicos para o embrião, a placenta e o feto (veja Dados Pré-Clínicos
de Segurança) após administração do medicamento durante ou após o período organogenético.
De acordo com os dados clínicos, não se identificou nenhum risco pré-natal específico, embora
haja relatos de aumento de asfixia perinatal e partos por cesárea, assim como prematuros e
retardamento do crescimento intra-uterino. Não está claro se estes relatos são devidos a
hipertensão subjacente, ao seu tratamento ou a um efeito específico do medicamento.
As informações disponíveis são insuficientes para descartar possíveis efeitos adversos do
medicamento ao feto e ao recém-nascido. Por isso, todo uso após a 20ª semana de gestação
exige uma avaliação individual muito cuidadosa do risco-benefício e somente se considerará se
nenhuma das outras opções de tratamento for indicada ou se elas foram ineficazes.
Deve-se monitorar cuidadosamente a pressão arterial, inclusive ao se administrar o nifedipino com
sulfato de magnésio por via intravenosa, pela possibilidade de uma queda excessiva da pressão
arterial, que poderá ser prejudicial a mãe e o feto.
Deve-se efetuar monitoração cuidadosa em pacientes com disfunção hepática e, em casos graves,
pode ser necessário reduzir a dose.
O nifedipino é metabolizado pelo sistema citocromo P450 3A4. Os fármacos que inibem ou
induzem esse sistema enzimático podem modificar a primeira passagem ou a depuração de
nifedipino (veja Interações Medicamentosas).
Os fármacos que inibem o sistema citocromo P450 3A4 de forma leve ou moderada e podem
aumentar as concentrações plasmáticas de nifedipino são, por exemplo:
· antibióticos macrolídeos (p.ex. eritromicina),
· inibidores da protease anti-HIV (p.ex. ritonavir),
· antimicóticos azólicos (p.ex. cetoconazol),
· antidepressivos nefazodona e fluoxetina,
· quinupristina/dalfopristina,
· ácido valpróico,
· cimetidina.
Na co-administração com algum desses fármacos deve-se monitorar a pressão arterial e, se
necessário, considerar a redução da dose de nifedipino.
A eficácia deste medicamento depende da capacidade funcional do paciente.Uso na gravidez
O nifedipino é contra-indicado antes da 20ª semana de gravidez (veja Contra-Indicações). Não há
estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Sua administração em animais foi
associada a efeitos embriotóxicos, fetotóxicos e teratogênicos (veja Dados pré-clínicos de
Segurança).
Fertilidade
Em casos isolados de fertilização in vitro, o uso de antagonistas do cálcio como o nifedipino
associou-se a alterações bioquímicas reversíveis do núcleo do espermatozóide, que podem
resultar em disfunção espermática. Nos homens, que repetidamente, não têm sucesso em gerar
uma criança por fertilização in vitro, e quando não há outras causas que justifiquem o insucesso, o
nifedipino deve ser considerado como causa da falha.
Lactação
O nifedipino é eliminado no leite materno. Como não há experiência dos seus efeitos sobre o
lactente, a amamentação deverá ser suspensa se o tratamento com nifedipino se tornar
necessário.Interações medicamentosas
Fármacos que alteram o nifedipino
O nifedipino é metabolizado por meio do sistema citocromo P450 3A4, localizado tanto na mucosa
intestinal quanto no fígado. Drogas conhecidas por inibir ou induzir esse sistema enzimático
podem, portanto, alterar o efeito de primeira passagem (após a administração oral) ou a depuração
do nifedipino (veja Advertências e Precauções).
Deverão considerar-se a extensão e a duração das interações quando se administrar nifedipino
junto com os seguintes fármacos:
A rifampicina induz acentuadamente o sistema citocromo P450 3A4. Quando administrada
simultaneamente com rifampicina, a biodisponibilidade do nifedipino é reduzida e, portanto, sua
eficácia diminui. O uso de nifedipino em associação com a rifampicina é, portanto, contra-indicado
(veja Contra-Indicações).
Na co-administração de alguns dos seguintes inibidores leves a moderados do sistema citocromo
P450 3A4 deve-se monitorar a pressão arterial e, se necessário, considerar a redução da dose de
nifedipino (veja Posologia).
Antibióticos macrolídeos (p. ex. eritromicina)
Não há estudos de interação entre o nifedipino e os antibióticos macrolídeos. Sabe-se que alguns
antibióticos macrolídeos inibem o metabolismo de outros fármacos mediados pela isoenzima 3A4
do citocromo P450. Portanto não se pode excluir a possibilidade de aumento das concentrações
plasmáticas de nifedipino ao se associar ambos os fármacos (veja Advertências e Precauções).
Apesar da semelhança estrutural com o grupo dos antibióticos macrolídeos, a azitromicina não
inibe o CYP 3A4.
Inibidores da protease anti-HIV (p. ex. ritonavir)
Ainda não há estudo clínico sobre a possível interação farmacológica entre o nifedipino e alguns
inibidores da protease anti-HIV. Sabe-se que os fármacos deste grupo inibem o sistema citocromo
P450 3A4. Além disso, comprovou-se que esses fármacos inibem in vitro o metabolismo do
nifedipino, mediado por CYP 3A4. Se forem administrados junto com nifedipino, não se pode
excluir um aumento significativo das concentrações plasmáticas deste devido ao metabolismo de
primeira passagem e à redução na eliminação (veja Advertências e Precauções).
Antimicóticos azólicos (p. ex. cetoconazol)
Ainda não há estudos formais de interação sobre a possível interação farmacológica entre
nifedipino e alguns antimicóticos azólicos. Sabe-se que esse grupo de fármacos inibe o sistema
citocromo P450 3A4. Se administrados por via oral junto com nifedipino, não se pode excluir um
aumento substancial na biodisponibilidade sistêmica deste último, por diminuição do metabolismo
de primeira passagem (veja Advertências e Precauções).
fluoxetina
Não há ainda estudos clínicos sobre a possível interação farmacológica entre nifedipino e
fluoxetina. Sabe-se que a fluoxetina inibe in vitro o metabolismo de nifedipino pelo citocromo
CYP3A4. Portanto não se pode excluir um aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino
na co-administração de ambos os fármacos (veja Advertências e Precauções).
nefazodona
Não há ainda estudos clínicos sobre a possível interação farmacológica entre nifedipino e
nefazodona. Sabe-se que a nefazodona inibe o metabolismo de outros fármacos pelo citocromo
CYP3A4. Portanto não se pode excluir um aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino
na co-administração de ambos os fármacos (veja Advertências e Precauções).
quinupristina/dalfopristina
A administração simultânea de quinupristina/dalfopristina e nifedipino pode aumentar as
concentrações plasmáticas de nifedipino (veja Advertências e Precauções).
ácido valpróico
Não há estudos formais sobre a possível interação entre nifedipino e ácido valpróico. Sabe-se que
o ácido valpróico aumenta por inibição enzimática as concentrações plasmáticas de um
antagonista de cálcio de estrutura semelhante, o nimodipino; portanto não se pode excluir um
aumento das concentrações plasmáticas de nifedipino e, em conseqüência, de sua eficácia (veja
Advertências e Precauções).
cimetidina
A cimetidina inibe o citocromo P450 3A4, elevando as concentrações plasmáticas de nifedipino, e
pode potencializar seu efeito anti-hipertensivo (veja Advertências e Precauções).
Outros estudos
cisaprida
A administração simultânea de cisaprida e nifedipino pode aumentar as concentrações plasmáticas
de nifedipino.
Fármacos antiepilépticos indutores do sistema citocromo P450 3A4, como fenitoína,
carbamazepina e fenobarbital
A fenitoína induz o sistema citocromo P450 3A4. A co-administração com fenitoína diminui a
biodisponibilidade de nifedipino e reduz sua eficácia. Ao administrar simultaneamente ambos os
fármacos, deve-se monitorar a resposta clínica ao nifedipino e, se necessário, considerar o
aumento de sua dose. Se a dose for aumentada durante a co-administração de ambos os
fármacos, ela deverá ser reduzida ao se suspender o tratamento com a fenitoína.
Não há estudos formais sobre a possível interação entre nifedipino e carbamazepina ou
fenobarbital. Esses dois últimos reduzem por indução enzimática as concentrações plasmáticas de
um antagonista de cálcio de estrutura similar, o nimodipino, portanto não se pode descartar uma
queda nas concentrações plasmáticas de nifedipino e, em conseqüência, de sua eficácia.
Efeitos de nifedipino sobre outros fármacos
Fármacos anti-hipertensivos
O nifedipino pode acentuar o efeito redutor da pressão arterial de outros anti-hipertensivos
administrados concomitantemente, como:
· diuréticos,
· beta-bloqueadores,
· inibidores da ECA,
· antagonistas do receptor AT-1,
· outros antagonistas de cálcio,
· bloqueadores alfa-adrenérgicos,
· inibidores da PDE5,
· alfa-metildopa.
Ao se administrar nifedipino simultaneamente com beta-bloqueadores, o paciente deverá ser
monitorado cuidadosamente, pois em casos isolados observou-se uma deterioração da
insuficiência cardíaca.
digoxina
A administração simultânea de nifedipino e digoxina pode reduzir a depuração desta última e
aumentar suas concentrações plasmáticas. Portanto, deve-se monitorar com cautela os sintomas
de sobredose de digoxina e, se necessário, diminuir a dose do glicosídeo, levando-se em
consideração a concentração plasmática da digoxina.
quinidina
Ao se administrar simultaneamente nifedipino e quinidina, as concentrações plasmáticas desta
diminuem. Quando se suspende o nifedipino, observa-se em alguns pacientes um aumento
significativo das concentrações plasmáticas de quinidina. Por esse motivo, sempre que se
adicionar ou suspender o nifedipino, recomenda-se monitorar as concentrações plasmáticas de
quinidina e, se necessário, ajustar sua dose. Alguns autores relatam um aumento das
concentrações plasmáticas de nifedipino após a co-administração de ambos os medicamentos,
enquanto outros não observaram nenhuma modificação na farmacocinética de nifedipino.
Portanto, deve-se monitorar cuidadosamente a pressão arterial ao adicionar quinidina ao
tratamento com nifedipino. Se necessário, deve-se reduzir a dose de nifedipino.
tacrolimo
Sabe-se que o tacrolimo é metabolizado por meio do sistema citocromo P450 3A4. Os dados
recém publicados indicam que às vezes é necessário reduzir a dose de tacrolimo quando é
administrado junto com nifedipino. Quando co-administrar ambos os fármacos, deve-se monitorar
as concentrações plasmáticas de tacrolimo e, se preciso, considerar a redução de sua dose.
Interações fármaco-alimentos
Suco de toronja (grapefruit): inibe o citocromo P450 3A4. A ingestão concomitante de suco de
toronja e nifedipino resulta em concentrações plasmáticas elevadas e prolonga a ação do
nifedipino devidas à redução no metabolismo de primeira passagem. Como conseqüência, o efeito
hipotensor pode aumentar. Após a ingestão regular de suco de toronja, esse efeito pode
permanecer por até três dias após a última ingestão. Portanto, evitar a ingestão de toronja durante
o tratamento com nifedipino (veja Modo de Usar).
Outras formas de interação: O nifedipino pode causar um falso aumento dos valores de ácido
vanililmandélico urinário determinados espectrofotometricamente. Contudo, as determinações
feitas por HPLC não são afetadas.Reações adversas / Efeitos colaterais
Seguem abaixo as reações adversas ao fármaco relatadas nos estudos clínicos de nifedipino
controlados por placebo, classificadas por categoria de freqüência de CIOMS III (base de dados de pesquisa clínica: nifedipino n = 2.661; placebo n = 1.486; dados de 22/02/2006 e estudo ACTION:
nifedipino n = 3.825; placebo n = 3.840).
As reações adversas freqüentes foram observadas com freqüência inferior a 3%, com exceção de
edema (9,9%) e cefaléia (3,9%).
As reações adversas relatadas após a comercialização (dados de 31/03/2006) estão impressas em
itálico e negrito.
Descrição clínica // Freqüente >=1% a <10% // Pouco freqüente >0,1% a <1% // Rara >0,01% a <0,1% // Muito rara <0,01%
Distúrbios do sistema imunológico
Reações de hipersensibilidade aguda // - // Reação alérgica Edema alérgico/Angioedema (incl. edema de laringe*) // Prurido Urticária Exantema // Reação
anafilática/anafilactóide
Distúrbios psiquiátricos
Alterações do comportamento e do sono // pouco frequentes: Reações de ansiedade Transtornos do sono
Distúrbios do sistema nervoso
Sintomas cerebrovasculares inespecíficos // Cefaléia // Vertigem Enxaqueca
Sintomas neurológicos inespecíficos // - // Tontura Tremor
Alteração inespecífica da percepção periférica // rara: Parestesia/disestesia
Distúrbios oculares
Distúrbios oculares inespecíficos // - // Alterações visuais
Distúrbios cardíacos
Arritmias inespecíficas // - // Taquicardia Palpitações
Distúrbios vasculares
Sintomas vasculares inespecíficos // Edema Vasodialatação // Hipotensão Síncope
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastínicos
Sintomas das vias respiratórias superiores // - // Epistaxe Congestão nasal // - // Dispnéia
Distúrbios gastrintestinais
Sintomas gastrintestinais // Constipação // Dor abdominal e gastrintestinal Náusea Dispepsia Flatulência Secura bucal // Hiperplasia gengival // Vômito
Distúrbios hepatobiliares
Reações hepáticas leves a moderadas // - // Aumento transitório de enzimas hepáticas
Lesões da pele e do tecido subcutâneo
Reações cutâneas inespecíficas // - // eritema
Distúrbios músculo-esqueléticos, ósseos e do tecido conjuntivo
Alterações inespecíficas
de articulações e
músculos
Câimbras
musculares
Tumefação
articular
Distúrbios nefrourológicos
Distúrbios urinários Poliúria
Disúria
Distúrbios do sistema reprodutivo e glândulas mamárias
Disfunção sexual Disfunção erétil
Distúrbios gerais e no local de administração
Sensação geral de malestar
Sensação de
mal-estar
Dor inespecífica
Calafrios
* pode resultar em complicação potencialmente fatal.Posologia
Sempre que possível, o tratamento deve ser individualizado de acordo com a gravidade da doença
e a resposta do paciente.
Dependendo do quadro clínico em cada caso, a dose deve ser introduzida gradualmente. Em
pacientes com disfunção hepática, deve-se fazer monitoração cuidadosa; em casos graves pode
haver necessidade de redução da dose.
A titulação da dose é recomendada a pacientes hipertensos com doença cerebrovascular grave e a
pacientes que, por seu baixo peso corpóreo ou por múltiplas terapias com drogas antihipertensivas,
sejam mais propensos a apresentar resposta excessiva ao nifedipino. Salvo
prescrição médica em contrário, recomendam-se a adultos as seguintes doses:
1. Doença arterial coronária:
Angina do peito estável (angina de esforço): 1 cápsula de Adalat, 3 x por dia (3 x 10 mg/dia)
Angina vasoespástica (de Prinzmetal ou variante): 1 cápsula de Adalat, 3 x por dia (3 x 10
mg/dia)
Caso necessário, a dose pode ser aumentada até o máximo de 60 mg por dia.
2. Hipertensão essencial:
1 cápsula de Adalat, 3 x por dia (3 x 10 mg/dia)
Caso necessário, a dose pode ser aumentada até o máximo de 60 mg por dia.
3. Crise hipertensiva:
1 cápsula de Adalat 10 mg como dose única
Em caso de diagnóstico confirmado de urgência hipertensiva (sem acometimento de órgão-alvo): 1
cápsula de Adalat 10 mg como dose única.
Em caso de diagnóstico confirmado de urgência hipertensiva (com acometimento de órgão-alvo):
Atendimento primário: 1 cápsula de Adalat 10 mg como dose única.
Atendimento secundário: 1 cápsula de Adalat 10 mg como dose única, seguida de infusão
intravenosa de nitroglicerina, clonidina ou diidralazina como tratamento secundário, e nitroprussiato
de sódio endovenoso como tratamento terciário.
Se o efeito for insuficiente, dependendo do comportamento da pressão arterial, pode-se
administrar 1 cápsula adicional após 30 minutos. Se os intervalos forem muito curtos e/ou as doses
maiores, pode ocorrer hipotensão grave.
Na co-administração com inibidores ou indutores de CYP 3A4 pode caber a recomendação de
adaptar a dose de nifedipino ou de não usá-lo (veja Interações Medicamentosas).
Duração do tratamento
O médico determinará a duração do tratamento.
Em decorrência de sua pronunciada ação antiisquêmica e anti-hipertensiva, Adalat cápsulas deve
ser retirado gradualmente, particularmente quando forem empregadas doses mais elevadas.Superdosagem
Os seguintes sintomas são observados nos casos de intoxicação grave por nifedipino: alterações
da consciência até coma, hipotensão, taquicardia, bradicardia ou arritmias, hiperglicemia, acidose
metabólica, hipóxia e choque cardiogênico com edema pulmonar. No tratamento, a eliminação da
droga e o restabelecimento das condições cardiovasculares são prioritários.
No caso de ingestão oral, indica-se lavagem gástrica com ou sem irrigação do intestino delgado.
Nos casos de intoxicação com nifedipino a eliminação deve ser a mais completa possível, incluindo
o intestino delgado, para impedir a absorção subseqüente da substância ativa. A hemodiálise não
se aplica aqui, uma vez que o nifedipino não é dialisável; contudo, a plasmaférese é aconselhável
(alta ligação às proteínas plasmáticas e volume relativamente baixo de distribuição).
Alterações da freqüência cardíaca (bradicardia) podem ser tratadas sintomaticamente com ßsimpatomiméticos;
nos casos em que tais arritmias envolvam risco de vida, é aconselhável o uso
temporário de marca-passo.
A hipotensão resultante do choque cardiogênico e da vasodilatação arterial pode ser tratada com
cálcio, 10 ml a 20 ml de solução de gluconato de cálcio a 10, EV, administrado lentamente e
repetido, se preciso. Como resultado, os níveis séricos de cálcio podem atingir os limites
superiores da faixa normal ou mesmo mostrarem-se ligeiramente elevados. Se a elevação da
pressão sangüínea com a administração de cálcio for insuficiente, podem ser administradas drogas
vasoconstritoras simpatomiméticas (dopamina ou noradrenalina). As doses dessas drogas são
determinadas pelo efeito obtido.
A reposição de volume ou de líquidos deve ser feita considerando a sobrecarga cardíaca.Características farmacológicas
O nifedipino é um antagonista do cálcio do tipo 1,4-diidropiridina. Os antagonistas do cálcio
reduzem o influxo transmembranoso de íons de cálcio para o interior da célula através do canal
lento de cálcio. O nifedipino age particularmente nas células do miocárdio e nas células da
musculatura lisa das artérias coronárias e dos vasos de resistência periférica.
No coração, o nifedipino dilata as artérias coronárias, especialmente os vasos de grande
condutância, mesmo no segmento da parede livre de áreas parcialmente acometidas de estenose.
Além disso, o nifedipino reduz o tônus da musculatura lisa vascular nas artérias coronárias e evita
vasoespasmos. O resultado final é o aumento do fluxo sangüíneo pós-estenótico e maior
suprimento de oxigênio. Paralelamente a isso, o nifedipino reduz a necessidade de oxigênio com a
redução da pós-carga. Em uso prolongado, o nifedipino também pode prevenir o desenvolvimento
de novas lesões ateroscleróticas nas artérias coronárias.
O nifedipino reduz o tônus da musculatura lisa das arteríolas, diminuindo desta forma a resistência
periférica excessiva e, conseqüentemente, a pressão arterial. No início do tratamento com
nifedipino pode haver aumento reflexo transitório da freqüência cardíaca e, portanto, no débito
cardíaco. No entanto, este aumento não é suficiente para compensar a vasodilatação. O nifedipino
aumenta também a excreção de sódio e água, tanto no tratamento de curto prazo como no
prolongado. O efeito de redução da pressão arterial do nifedipino é particularmente pronunciado
em pacientes hipertensos.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
O nifedipino é absorvido imediatamente e quase completamente após administração oral. A
disponibilidade sistêmica de nifedipino de administração oral é de 45 – 56%, devido ao efeito de
primeira passagem. Atingem-se as concentrações séricas e plasmáticas máximas em 30 a 60 min.
A administração com alimentos retarda, mas não reduz a absorção.
Distribuição
O nifedipino liga-se em 95% às proteínas plasmáticas (albumina). A meia-vida de distribuição após
administração intravenosa varia de 5 a 6 minutos.
Biotransformação
Após administração oral, o nifedipino é metabolizado na parede intestinal e no fígado, sobretudo
por meio de processos oxidativos. Esses metabólitos não apresentam atividade farmacodinâmica.
Excreta-se o nifedipino na forma de metabólitos, predominantemente através dos rins, e cerca de 5
– 15% através da bílis nas fezes. Na urina recuperam-se somente traços da substância intacta
(menos de 0,1%).
Eliminação
A meia-vida terminal de eliminação da formulação convencional de cápsula de nifedipino é de 1,7 a
3,4 horas. Não há relatos de acúmulo da substância após tratamento prolongado com as doses
habituais. Não se detectaram alterações substanciais nos pacientes com disfunção renal
comparados com voluntários sadios. A meia-vida de eliminação é nitidamente prolongada e reduzse
a depuração total nos casos de disfunção hepática. Poderá ser necessário diminuir as doses se
a disfunção for grave.
Dados pré-clínicos de segurança
Os dados pré-clínicos baseados nos estudos convencionais de toxicidade de doses únicas e
múltiplas, de genotoxicidade e de potencial carcinogênico não revelam nenhum dano especial a
humanos.
Toxicidade reprodutiva
Comprovou-se que o nifedipino é teratogênico em ratos, camundongos e coelhos por induzir
deformidades digitais, malformações das extremidades, fendas palatinas, fendas esternais e
malformações das costelas.
As deformidades digitais e as malformações das extremidades são provavelmente resultado do
comprometimento do fluxo sangüíneo uterino, mas também se observou entre os animais que
somente haviam recebido nifedipino após o término do período organogenético.
A administração de nifedipino foi associada a diversos efeitos embriotóxicos, placentotóxicos e
fetotóxicos, como atrofia fetal (ratos, camundongos e coelhos), placentas pequenas e vilosidades
coriônicas pouco desenvolvidas (macacos), mortes embrionárias e fetais (ratos, camundongos e
coelhos) e prolongação da gestação/diminuição da sobrevivência neonatal (ratos; não se avaliou
outra espécie). Todas as doses associadas a efeitos teratogênicos, embriotóxicos ou fetotóxicos
em animais produziram toxicidade materna e eram muitas vezes superiores à dose máxima
recomendada aos humanos (veja Gravidez e Lactação).Resultados de eficácia
Coronariopatia
Observações em 3.668 pacientes de 23 estudos clínicos com duração de tratamento de 14 dias até mais de 3 anos e doses diárias de 10 û 60 mg mostraram eficácia do medicamento em 77% dos casos, em média. Outros estudos em 7.400 pacientes com angina de peito estável apresentaram sucesso terapêutico em 80% dos casos.
De forma correspondente, demonstrou-se eficácia bastante satisfatória do nifedipino nos casos de espasmo coronário em 439 pacientes com angina de Prinzmetal (angina variante), com 87%de êxito. O tratamento durou de 30 dias até mais de 5 anos; a dose diária preferida foi de 30 û 40 mg; em casos isolados chegou-se a 80 e até um máximo de 120 mg. No caso da angina de peito instável, o êxito terapêutico foi de 76% e na angina de peito com infarto agudo do miocárdio, de 70%.
Hipertensão
Em vários estudos clínicos com duração entre uma semana e 14 meses adotaram-se na maioria dos casos doses diárias de 30 até 60 mg. A ação terapêutica manifestou-se claramente após aproximadamente uma semana de tratamento e permaneceu inalterada durante todo o período de observação. Globalmente comprovou-se uma queda de pressão sistólica entre 25 e 48 mmHg e de pressão diastólica entre 12 e 33 mmHg - dependendo da pressão arterial inicial e da dose administrada.
Num estudo randomizado duplo-cego avaliou-se a ação anti-hipertensiva do nifedipino em comparação com placebo em 16 pacientes. O tratamento durou 4 semanas em cada grupo e os resultados constam da tabela abaixo.
Pressão arterial
(posição deitada)
Placebo
Nifedipino
mmHg
sistólica
141 ¦ 9
122 ¦ 5
p < 0,05
diastólica
95 ¦ 4
80 ¦ 3
p < 0,0025
batimentos/min
freqüência cardíaca
75
¦ 3
73 ¦ 4Modo de usar
Via oral. A cápsula de Adalat deve ser deglutida inteira, com um pouco de líquido,
independentemente das refeições. Deve-se observar um intervalo de pelo menos 2 horas entre as
tomadas. Evitar suco de toronja ou grapefruit (veja Interações Fármaco- Alimentos).
A substância ativa de Adalat é sensível à luz. As cápsulas devem ser mantidas dentro da
embalagem, protegidas da umidade e da luz, e só deverão ser retiradas do frasco imediatamente
antes da sua administração.
Conservar em temperatura ambiente, entre 15º e 30ºC.Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Vide Posologia e Advertências e Precauções.Armazenagem
Conservar as cápsulas na sua embalagem original, em temperatura, entre 15° e 30° C. Proteger da
luz e da umidade.Dizeres legais
Registro M.S.: 1.0429.0001.009-1
Farmacêutico(a) responsável: Shidue Ishitani - CRF/SP-5683
Fabricado por Bayer S.A.
Rua Domingos Jorge, 1.000 - São Paulo, SP
CNPJ 14.372.981/0001-02 - Indústria Brasileira
Atendimento ao Consumidor: 0800-121010
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Lote, datas de fabricação e validade: vide cartucho 1.000 - São Paulo, SP
CNPJ 14.372.981/0001-02 - Indústria Brasileira
Atendimento ao Consumidor: 0800-121010
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Lote, datas de fabricação e validade: vide cartucho