As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
JanssenApresentação
Cada frasco-ampola contém 1,5 mg de nesiritida (1,58 mg de citrato de BNPh).
Excipientes: ácido cítrico monoidratado, citrato de sódio diidratado e manitol.Indicações
Natrecor* é indicado para o tratamento de
pacientes com insuficiência cardíaca agudamente
descompensada que apresentem
dispnéia em repouso ou aos mínimos esforços.
Nesta população, o uso* reduziu
a pressão capilar pulmonar em cunha e melhorou
a dispnéia. Natrecor* deve ser utilizado
como terapia adicional nas situações em que a
terapia convencional como, por exemplo
diuréticos e nitratos, não for suficiente e onde
o suporte vasodilatador for necessário.Contra-indicações
Natrecor* é contra-indicado em pacientes
que apresentam hipersensibilidade
a qualquer um de seus
componentes. Natrecor* não deve ser
usado como tratamento primário em
pacientes com choque cardiogênico ou
em pacientes com pressão arterial
sistólica < 90 mm Hg ao início do
tratamento.Advertências
Natrecor* deve ter seu emprego
restrito a pacientes com insuficiência
cardíaca descompensada, com dispnéia
de repouso (classe IV NYHA) e
congestão pulmonar ou sistêmica,
admitidos em unidades de terapia
intensiva ou semi-intensiva, que disponham
de monitorização não invasiva ou
invasiva da pressão arterial.
Natrecor* não deve ser utilizado para
substituir diuréticos.
Natrecor* não deve ser utilizado:
a. com o objetivo de melhorar a função
renal
b. com o objetivo de aumentar a
diurese
Natrecor* não deve ser utilizado em
infusão intermitente agendada eletivamente.
A administração parenteral de fármacos
protéicos ou derivados da E.coli
deve ser acompanhada de precauções
apropriadas para o caso de uma
reação alérgica ou inesperada.
A administração* deve ser
evitada em pacientes com suspeita, ou
que apresentem baixa pressão de
enchimento cardíaco.
Natrecor* não é recomendado em
pacientes para os quais agentes vasodilatadores
não sejam apropriados, tais
como, pacientes com estenose valvar
significativa, cardiomiopatia restritiva
ou obstrutiva, pericardite constritiva,
tamponamento pericárdico ou outras
condições em que o débito cardíaco
seja dependente do retorno venoso, ou
para pacientes com suspeita de ter
baixas pressões de enchimento cardíaco.
Cardiovascular
Natrecor* pode causar hipotensão.
Em amplo estudo duplo-cego, controlado
pacientes que receberam a dose
recomendada com ou sem ajuste da
mesma, a incidência de hipotensão
sintomática nas primeiras 24 horas foi
similar para Natrecor* (4%) e para
nitroglicerina E.V. (5%). Quando a
hipotensão ocorreu, a duração da
hipotensão sintomática foi maior com
Natrecor* (média de 2,2 horas) do que
com a nitroglicerina (média de 0,7
horas).
Em outro estudo clínico controlado,
quando Natrecor* foi iniciado em
doses maiores que a recomendada
(0,015 e 0,03 mcg/kg/min precedido de
pequeno bolus), existiram mais episódios
de hipotensão de intensidade e
duração maiores.
A taxa de hipotensão sintomática pode
ser aumentada nos pacientes com
pressão arterial < 100 mm Hg na
condição de base e Natrecor* deve ser
usado com cautela nestes pacientes. O
potencial para hipotensão pode ser
aumentado com a combinação de
Natrecor* a outros medicamentos que
possam causar hipotensão (como, por
exemplo, inibidores da ECA) ou pelo
início da administração em doses
maiores que a dose recomendada (vide
Posologia).
Natrecor* deve ser administrado
apenas em ambientes nos quais a
pressão sangüínea pode ser cuidadosamente
monitorada, e a dose de
Natrecor* deve ser reduzida ou
descontinuada em pacientes que
desenvolvam hipotensão.
Renal
Natrecor* pode afetar a função renal
em indivíduos susceptíveis. Em pacientes
com insuficiência cardíaca
grave cuja função renal possa depender
da atividade do sistema reninaangiotensina-
aldosterona, o tratamento
com Natrecor* pode estar associado
ao aumento da creatinina sérica.
Quando Natrecor* foi iniciado em
doses maiores que as recomendadas,
houve uma maior taxa de elevação da
creatinina sérica sobre os valores
basais, embora a taxa de insuficiência
renal aguda e a necessidade de diálise
não tenham aumentado. No trigésimo
dia do período de acompanhamento,
em um grande estudo duplo-cego
controlado, 2% (5/216 pacientes) no
grupo de nitroglicerina E.V e 3% (9/273
pacientes) no grupo*
necessitaram diálise pela primeira vez.Uso na gravidez
Gravidez (Categoria C) e Lactação
Este medicamento não deve ser
utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica.
Não foram conduzidos estudos de
desenvolvimento e de toxicidade reprodutiva
em animais com a nesiritida.
Gravidez: Não foi relatado até o
momento se Natrecor* causa danos
fetais quando administrado a mulheres
grávidas. Natrecor* deve ser usado
durante a gravidez somente se os
benefícios potenciais justificarem os
possíveis riscos ao feto.
Amamentação: Não se sabe até o
momento se o medicamento é excretado
no leite materno. Portanto, deve-se
ter cautela quando Natrecor* for
administrado a mulheres que estejam
amamentando.Interações medicamentosas
Não foram conduzidos estudos
específicos para avaliar o potencial
de interações medicamentosas de
Natrecor*. Não foram detectadas interações
medicamentosas nos estudos,
exceto por um aumento da hipotensão
sintomática nos pacientes que receberam
inibidores da ECA via oral.
Durante os estudos clínicos, Natrecor*
foi administrado concomitantemente
com outros medicamentos, incluindo:
diuréticos, digoxina, inibidores VO da
ECA, anticoagulantes, nitratos VO,
HMG-CoA inibidores da redutase,
agentes antiarrítmicos da classe III,
betabloqueadores, dobutamina, bloqueadores
do canal de cálcio, antagonistas
de receptor de angiotensina
II e dopamina. Embora interações
farmacocinéticas não tenham sido
especificamente avaliadas, não parece
haver evidência sugerindo qualquer
interação farmacocinética clinicamente
significante.Reações adversas / Efeitos colaterais
Atenção: este é um medicamento novo
e, embora as pesquisas tenham indicado
eficácia e segurança aceitáveis
para comercialização, efeitos indesejáveis
e não conhecidos podem ocorrer.
Neste caso, informe seu médico.
Experiência de estudos clínicos
As reações adversas que ocorreram
com freqüência de pelo menos 3%
durante as primeiras 24 horas de infusão
de Natrecor* estão na Tabela 1.
Tabela 1: Reações adversas relatadas com
frequência = 3% durante as primeiras 24horas
após o início da infusão em estudos clínicos
controlados*
Amplo estudo Outros estudos de
duplo-cego controlado infusão prolongada***
Nitrogli- Natrecor* Natrecor*
cerina Dose reco- Controle** mcg/kg/min
Reações E.V. mendada* (n=256) 0,015 0,03
adversas (n=216) (n=273) (n=253) (n=246)
Cardiovascular
Hipotensão 12% 11% 8% 22% 35%
Hipotensão
sintomática 5% 4% 3% 11% 17%
Hipotensão
assintomática 8% 8% 5% 12% 20%
Bradicardia < 1% 1% < 1% 3% 5%
Organismo
como um todo
Cefaléia 20% 8% 9% 9% 7%
Sistema
nervoso
Tontura 2% 3% 3% 6% 5%
Sistema
digestivo
Náusea 6% 4% 5% 9% 13%
Vômito 2% 1% 1% 2% 4%
* inclui ajuste de dose em 23 pacientes como descrito no item
posologia
** inclui dobutamina, milrinona, nitroglicerina, placebo,
dopamina, nitroprussiato ou amrinona
*** estudos em que Natrecor* foi administrado em infusão
continua por 24 horas
As reações adversas que não estão
descritas na tabela acima, e que
ocorreram em pelo menos 1% dos
pacientes que receberam qualquer das
doses* mencionadas
acima foram: aumento da creatinina,
sudorese, prurido e rash.
Exames laboratoriais
A elevação da creatinina sérica > 0,5
mg/dL (44,2 µmol/L) acima da linha de
base em qualquer período foi de 28%
nos pacientes tratados com Natrecor*
vs 21% no grupo de pacientes tratados
com nitroglicerina E.V. (sem diferença
estatística)
Efeito na mortalidade
Natrecor* não foi avaliado em estudo
concebido ou com poder estatístico
para avaliar a mortalidade com
desfecho primário ou secundário grave.
Um grande estudo duplo-cego controlado
incluiu 273 pacientes recebendo
Natrecor* e 216 pacientes recebendo
nitroglicerina E.V. A taxa de mortalidade
em trinta dias por qualquer causa não
foi significativamente diferente entre
Natrecor* e o controle, e foi de 8,1%
no braço* e de 5,1% no
braço da nitroglicerina (risco relativo de
1,56 [95% IC: 0,75-3,24]). A taxa de
mortalidade em seis meses em pacientes
recebendo Natrecor* ou
nitroglicerina foi de 25,1% e 20,8%
respectivamente (risco relativo de 1,22
[95% IC: 0,83-1,79]).
Em uma análise agrupada de estudos
clínicos adequados e bem controlados,
não foi observada nenhuma diferença
estatística significante em trinta dias (7
estudos), quando a mortalidade de
qualquer causa com Natrecor* foi
comparada com o tratamento controle
(risco relativo de 30 dias de 1,34 [95%
IC: 0,85-2,11]). Dos 1059 pacientes
tratados com Natrecor* nestes 7
estudos, 58 morreram em 30 dias por
diferentes causas (estimativa Kaplan-
Meier de 5,5%) enquanto ocorreram 28
mortes dos 658 pacientes do controle
(estimativa Kaplan-Meier de 4,3%).
Não há diferença estatística significante
na mortalidade por qualquer
causa nos 5 estudos em que dados de
mortalidade foram coletados no dia
180 (risco relativo de 180 dias 1,08
[95% IC: 0,85-1,37]). No centésimo
octogésimo dia de acompanhamento
(5 estudos), 178/844 pacientes
tratados com Natrecor* (estimativa
Kaplan-Meier de 21,5%) e 114/560
pacientes do controle (estimativa
Kaplan-Meier de 20,7%) morreram por
diferentes causas.
Ocorreram poucas mortes neste
estudo, assim o limite de confiança ao
redor da taxa de risco foi amplo. Os
estudos foram pequenos e alguns
potenciais e importantes desequilíbrios
entre os grupos de tratamento ao início
do estudo podem ter gerado efeitos
cujas implicações são desconhecidas.
Dados de estudos pré-clínicos
Os dados não clínicos não revelam
nenhum perigo especial para os seres
humanos baseados em estudos convencionais
de segurança farmacológica,
toxicidade com dose seqüencial e
genotoxicidade.
Estudos de carcinogenicidade e
toxicidade reprodutiva não foram
conduzidos com nesiritida.
Experiência pós-comercialização
Adicionalmente aos dados dos estudos
clínicos de segurança anteriormente
mencionados, relatos espontâneos de
reações adversas provenientes da
experiência pós-comercialização mundial
de Natrecor* estão listados
abaixo. As reações adversas estão
classificadas pela freqüência usando a
seguinte convenção:
Muito comum (>1/10)
Comum (>1/100, <1/10)
Pouco comum (>1/1000, <1/100)
Raro (>1/10000, <1/1000)
Muito raro (<1/10000), incluindo
relatos isolados.
A freqüência obtida é reflexo das taxas
de relatos espontâneos de reações
adversas e não representa uma
incidência fidedigna ou freqüência,
como as observadas em estudos
clínicos ou epidemiológicos.
Relatos espontâneos de reações
adversas na experiência pós-comercialização
incluem:
Distúrbios do sistema imunológico:
muito raro - reações de hipersensibilidade.Posologia
A dose recomendada* é 2 mcg/kg
em bolus intravenoso, seguido por infusão
contínua de 0,01 mcg/kg/min. Natrecor* não
deve ser iniciado em dose acima da dose
recomendada.
Se ocorrer hipotensão durante a administração,
a dose* deve ser
reduzida ou a administração deve ser interrompida
e outras medidas para manter a pressão
arterial devem ser adotadas (alterações na
posição corporal, fluidos EV).
Em estudos clínicos, Natrecor* foi descontinuado
quando ocorreu hipotensão sintomática
e pôde ser reiniciado em uma dose reduzida
em 30% (sem administração em bolus) uma
vez que o paciente estivesse estabilizado.
Devido à hipotensão causada por Natrecor*
poder se prolongar (média de 2,2 horas, em
um grande estudo duplo-cego controlado) um
período de observação pode ser necessário
antes de se reiniciar seu uso.
Ajuste de dose
A hipotensão é o evento adverso limitante da
dose*. Não inicie a administração
de Natrecor* com doses superiores à dose em
bolus recomendada de 2 mcg/kg seguida de
infusão de 0,01 mcg/kg/min. Existe limitada
experiência, em estudos clínicos, com o
aumento da dose* acima da dose
recomendada (23 pacientes, todos com
monitoramento hemodinâmico central). Nestes
pacientes, a infusão* foi
aumentada em 0,005 mcg/kg/min (precedido
de bolus de 1 mcg/kg), não mais freqüente do
que cada 3 horas, até uma dose máxima de
0,03 mcg/kg/min. Natrecor* não deve ser
titulado em intervalos mais freqüentes.
Pacientes pediátricos (< 18 anos)
A segurança e a eficácia* não
foram estabelecidas em crianças.
Pacientes idosos (> 65 anos)
Não é necessário ajustar a dose*
para esta população de pacientes.
Pacientes com insuficiência renal
Não é necessário ajustar a dose*
para esta população de pacientes.
Pacientes com insuficiência hepática
Não é necessário ajustar a dose*
para esta população de pacientes.Superdosagem
Dados limitados de experiências em superdose
em humanos estão disponíveis. A
conseqüência mais significante observada em
estudos clínicos foi a hipotensão, que deve ser
tratada com a descontinuação da droga e a
administração de medidas de suporte. Os
sintomas geralmente desaparecem rápido
após a interrupção da droga, mas a
hipotensão pode persistir por várias horas.Informações
A nesiritida é um peptídeo recombinante
natriurético do tipo B humano (BNPh) produzido
pela E. coli através da utilização de
tecnologia de DNA recombinante. A nesiritida
possui a mesma seqüência de 32 aminoácidos
do peptídeo endógeno, que é produzido pelo
ventrículo miocárdico.
Mecanismo de Ação
O BNP humano (BNPh) é secretado pelo
ventrículo miocárdico em resposta ao esforço
e existe em diversas isoformas no corpo
humano. Níveis elevados de BNP foram
associados à insuficiência cardíaca avançada
e são considerados como mecanismo de
compensação nesta doença. O BNPh circulante
pode possuir menor bioatividade do que a
nesiritida. O BNP humano exerce seus efeitos
na vasculatura, no coração e rins. O BNPh
liga-se ao receptor particulado guanilato
ciclase do músculo liso vascular e células
endoteliais, levando ao aumento das concentrações
intracelulares de monofosfato de
guanosina 3’5’ cíclico (GMPc) e relaxamento
das células do músculo liso. O GMP cíclico
serve como um segundo mensageiro para
dilatar veias e artérias. A nesiritida demonstrou
relaxar preparações isoladas dos tecidos
arterial e venoso humano que foram précontraídas
pela endotelina-1 ou pelo agonista
alfa-adrenérgico, fenilefrina. O BNPh também
suprime o sistema renina-angiotensinaaldosterona
e tem efeitos natriuréticos e
diuréticos.ção e rins. O BNPh
liga-se ao receptor particulado guanilato
ciclase do músculo liso vascular e células
endoteliais, levando ao aumento das concentrações
intracelulares de monofosfato de
guanosina 3’5’ cíclico (GMPc) e relaxamento
das células do músculo liso. O GMP cíclico
serve como um segundo mensageiro para
dilatar veias e artérias. A nesiritida demonstrou
relaxar preparações isoladas dos tecidos
arterial e venoso humano que foram précontraídas
pela endotelina-1 ou pelo agonista
alfa-adrenérgico, fenilefrina. O BNPh também
suprime o sistema renina-angiotensinaaldosterona
e tem efeitos natriuréticos e
diuréticos.