Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Marjan

Apresentação

Cápsulas 600mg– embalagem com 30 e 60 cápsulas.

Indicações

Indicado como adjunto à dieta para o tratamento de pacientes com hiperlipoproteinemia com níveis moderados de colesterol total (200-240mg/dl). Deve ser usado associadamente a uma dieta restrita em gorduras saturadas e colesterol quando a resposta à dieta e outras medidas não-farmacológicas de forma isolada mostrarem-se inadequadas.

Contra-indicações

Contra-indicado em casos de doenças hepáticas ativas e doenças renais graves ou quando há aumento inexplicável dos testes de função hepática e em casos de hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Não deve ser utilizado em crianças, gestantes e lactantes e em mulheres em idade fértil que não estejam utilizando medidas contraceptivas eficazes.

Advertências

Devido à presença do monacolin K, deve ser considerado o monitoramento das enzimas hepáticas periodicamente com o uso crônico. Precaução maior deve ser tomada quando o medicamento é administrado a pacientes com histórico de doença hepática ou de grande ingestão alcoólica. Pode também exacerbar uma gastrite pré-existente. Se os aumentos da alanina aminotransferase (ALT) e do aspartato aminotransferase (AST) igualarem-se ou excederem em três vezes o limite superior normal, e forem persistentes, a terapia deverá ser descontinuada. A terapia deverá ser descontinuada se ocorrerem aumentos acentuados dos níveis de CPK ou se houver suspeita ou diagnóstico de miopatia.

Uso na gravidez

Seu uso não é recomendado durante a gravidez e a lactação. O colesterol e outros produtos da biossíntese do colesterol são componentes essenciais para o desenvolvimento do feto (incluindo a síntese de esteróides e membranas celulares). Sabendo-se que os inibidores da HMG-CoA redutase diminuem a síntese de colesterol, e possivelmente de outras substâncias biologicamente ativas derivadas do colesterol, estes podem causar dano ao feto quando administrados em mulheres grávidas. Assim, os inibidores da HMG-CoA redutase são contra-indicados durante a gravidez e a lactação.

Interações medicamentosas

Devido à presença do monacolin K, devem ser consideradas teoricamente as mesmas interações medicamentosas das estatinas. Assim, deve-se evitar a co-administração de genfibrozil, ciclosporina, antifúngicos azóis, fibratos, estatinas, derivados da cumarina, ácido nicotínico, eritromicina, claritomicina, nefazodona e inibidores da protease, além do consumo de grapefruit e álcool. O uso concomitante com warfarina pode levar a sangramentos.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Sugere-se que a presença de outros monacolins, além do monacolin K, possa explicar o baixo número de efeitos adversos, quando comparado às estatinas. Usualmente é bem tolerado com efeitos adversos leves e em uma freqüência extremamente baixa (< 2%) como pirose, flatulência, desconforto abdominal e vertigem. Houve um relato de anafilaxia resultante da inalação do medicamento. Rabdomiólise foi relatado em um transplantado renal usando Monascus purpureus e um imunossupressor, que desapareceu após a interrupção do uso. Estudos em coelhos com uma dieta promotora de aterosclerose e suplementados com levedura do arroz não apresentaram efeitos adversos. Estudos em ratos com uma dose de Monascus de 5g/kg (50 vezes a dose humana) por 90 dias não demonstraram alteração na função hepática. Estudos em humanos não demonstraram alteração de enzimas hepáticas maior que 3 vezes o valor normal ou comprometimento renal. Em um estudo em humanos por 8 semanas, houve relatos de epigastralgia e um caso isolado de enzimas musculares elevadas. Outro estudo por 12 semanas, placebo-controlado, não houve relatos de efeitos adversos. Nenhum estudo clínico avaliou a creatinina fosfoquinase (CPK) e a coenzima Q10. Por isto uma suplementação com coenzima Q10 diariamente pode ser aconselhável. Devido à presença do monacolin K, deve ser considerado o monitoramento das enzimas hepáticas periodicamente no uso a longo prazo.

Posologia

O paciente deverá ser submetido a uma dieta redutora de colesterol antes de iniciar o tratamento, que deverá ser mantida durante o tratamento. Este medicamento deve ser administrado por via oral às refeições. Salvo critério médico diferente, a posologia recomendada é a seguinte: 1 a 2 cápsulas de 600mg 2 vezes ao dia às refeições. Esta é a dose recomendada especificamente para adultos com níveis de colesterol moderadamente elevados na faixa de 200-240mg/dl.

Superdosagem

Até o momento não foram relatados sintomas por superdosagem, recomendando-se adotar as medidas habituais de controle das funções vitais.

Características farmacológicas

Características Farmacológicas O extrato seco de Oryza sativa é fermentado pelo Monascus purpureus. O produto de fermentação resultante é padronizado para conter 0,4 a 0,6% de inibidores da 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A (HMG-CoA) redutase, principalmente o monacolin K também conhecida como mevinolin, além dos esteróis (beta-sitosterol, campesterol, estigmasterol, sapogenina), isoflavonas, selênio, zinco e ácidos graxos mono-insaturados. Todos estes constituintes químicos, e não apenas o monacolin K, são responsáveis pelo efeito hipolipemiante do extrato. Farmacodinâmica: Alguns dos constituintes químicos do extrato de Oryza sativa fermentado por Monascus purpureus, derivados do monacolin, pertencem à classe dos inibidores da HMG-CoA redutase, que reduzem a biossíntese do colesterol. Esses agentes são inibidores competitivos da 3-hidróxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, a enzima que catalisa a etapa inicial limitante da velocidade de biossíntese do colesterol endógeno (conversão da HMG-CoA em mevalonato). Além do monacolin K, oito outros inibidores da HMG Co A redutase estão presentes em quantidades menores. Todos estes compostos são responsáveis pela limitação na biossíntese do colesterol endógeno. O primeiro relato da ação biomolecular do extrato indicou uma ação inibitória da biossíntese do colesterol nas células hepáticas. O monacolin K é quimicamente idêntico à lovastatina, estatina amplamente utilizada em diversos países. Estudos em coelhos com uma dieta contendo 0,25% de colesterol que utilizaram a levedura de arroz (0,4 ou 1,35g/Kg/dia) por 200 dias demonstraram uma redução no colesterol total (25 ou 40%, respectivamente), além de redução no LDL-colesterol e triglicérides. A severidade da aterosclerose foi também reduzida em ambos os grupos. Farmacocinética: A farmacocinética do extrato em humanos não é bem conhecida por apresentar uma mistura de vários componentes como ocorre na maioria dos extratos vegetais. Contudo, sabe-se a farmacocinética da lovastatina, que é quimicamente idêntica ao monacolin K, principal substância bioativa da levedura do arroz. Sua absorção é de 30% e aumenta com a ingestão de alimentos. A seguir é transportada ao fígado pela circulação portal onde sofre o metabolismo de primeira passagem, sendo o fígado seu principal sítio de ação. Menos do que 5% da dose oral atinge a circulação sistêmica e é metabolizada pelo sistema do citocromo P450 3A4. A excreção é principalmente biliar (83%) e aproximadamente 10% é excretada pela urina. Toxicologia: Nos estudos em animais, não houve relatos de toxicidade com o uso do extrato por 4 meses. As experiências em humanos não demonstraram elevação das enzimas hepáticas maior que 3 vezes o valor normal ou comprometimento renal.

Resultados de eficácia

Resultados de eficácia Um estudo feito em 1995 com 324 pacientes tratados por 8 semanas com 1200mg/dia de Monascus purpureus mostrou uma diminuição no colesterol total de 23% e nos triglicérides de 36,5%, além de um aumento no HDL-colesterol de 10,6% (Wang et al, 1995). Um estudo semelhante de 1996 em 101 pacientes demonstrou uma redução em média de 19,5% no colesterol total, de 31% no LDL - colesterol e de 34% nos triglicérides, além de um aumento no HDL-colesterol de 16,7% (Shen et al, 1996). Um outro estudo prospectivo, duplo-cego, randomizado, placebo-controlado foi realizado nos EUA por 12 semanas em 83 pacientes hiperlipidêmicos. Os níveis de colesterol total, LDL ,HDL e triglicérides foram medidos em 8, 9, 11 e 12 semanas e os pacientes foram instruídos a consumir uma dieta com 30% de gordura, < 10% de gordura saturada e < 300mg de colesterol por dia. No grupo tratado, as concentrações de colesterol total diminuíram após 8 semanas de uma média de 254 +- 36mg/dl para 208 +- 31mg/dl (queda de 17%). O LDL- colesterol e os triglicérides também diminuíram significativamente (queda de 23% e 16%, respectivamente) mas não houve alteração no HDL colesterol. No grupo placebo não foram observadas alterações nos parâmetros avaliados. Não houve relatos de efeitos adversos no grupo tratado e não ocorreram testes anormais de função renal ou hepática nos pacientes estudados (Heber et al, 1999). Um outro estudo multicêntrico, aberto, utilizou a dieta (step 1) da Associação Americana de Cardiologia por 4 semanas e subseqüentemente Monascus purpureus 2400 mg por dia por 8 semanas em 187 pacientes hipercolesterolêmicos. Não houve diferenças significativas com a dieta isoladamente mas, após 8 semanas utilizando Monascus, o colesterol total diminuiu 16,4%, o LDL 21%, triglicérides 24,5% e o HDL aumentou 14,6% (Rippe et al, 1999). Em um outro estudo multicêntrico, randomizado, 502 pacientes hiperlipidêmicos foram tratados com 1200mg/dia de Monascus purpureus por 8 semanas. O colesterol total reduziu em 22,7% LDL-colesterol em 30,9%, triglicérides em 34,1% e HDL- colesterol aumentou em 19,9%. Um estudo piloto em 12 pacientes com dislipidemia HIV - relacionada demonstrou uma diminuição no colesterol total e LDL em 2 e 8 semanas, sem efeitos adversos (Keithley et al, 2002).

Modo de usar

Uso oral. As cápsulas devem ser ingeridas às refeições.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Não há restrições específicas para o uso em pacientes idosos desde que observadas as contra-indicações e precauções comuns ao produto. Este medicamento é contra-indicado para a faixa etária pediátrica (crianças).

Armazenagem

Este medicamento deve ser armazenado em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30°C).

Informações

O extrato seco de Oryza sativa é fermentado pelo Monascus purpureus. O produto de fermentação resultante é padronizado para conter 0,4 a 0,6% de inibidores da 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A (HMG-CoA) redutase, principalmente o monacolin K também conhecida como mevinolin, além dos esteróis (beta-sitosterol, campesterol, estigmasterol, sapogenina), isoflavonas, selênio, zinco e ácidos graxos mono-insaturados. Todos estes constituintes químicos, e não apenas o monacolin K, são responsáveis pelo efeito hipolipemiante do extrato.

Dizeres legais

Registro M.S.: 1.0155.0238 Farmacêutica responsável: Regina Helena Vieira de Souza CRF-SP nº 6394 MARJAN INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. CNPJ Nº 60.726.692/0001-81 Rua Gibraltar, 165 - Sto. Amaro - SP/SP - CEP 04755-070 SAC: 0800-554545

.0155.0238 Farmacêutica responsável: Regina Helena Vieira de Souza CRF-SP nº 6394 MARJAN INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. CNPJ Nº 60.726.692/0001-81 Rua Gibraltar, 165 - Sto. Amaro - SP/SP - CEP 04755-070 SAC: 0800-554545