As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
EmsApresentação
Comprimido revestido de 500 mg.
Embalagens contendo 10, 20, 30, 40 ou 50 comprimidos revestidos.
Embalagens contendo 500 comprimidos revestidos (embalagem hospitalar).Indicações
O micofenolato de mofetila está indicado para a profilaxia da rejeição aguda de órgãos e para o tratamento da rejeição refratária de órgãos em
pacientes adultos recebendo transplantes renais alogênicos.
O micofenolato de mofetila está indicado na profilaxia da rejeição aguda de órgãos, em pacientes adultos recebendo transplante cardíaco alogênico.
Na população tratada, o micofenolato de mofetila aumentou a sobrevida no primeiro ano após o transplante.
O micofenolato de mofetila comprimidos está indicado na profilaxia da rejeição aguda de órgãos em pacientes adultos recebendo transplante
hepático alogênico.
O micofenolato de mofetila deve ser usado em associação com a ciclosporina e corticosteróides.Contra-indicações
Foram observadas reações alérgicas ao micofenolato de mofetila. Portanto, micofenolato de mofetila está contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade ao micofenolato de mofetila ou ácido micofenólico.Advertências
De forma similar aos pacientes recebendo regimes imunossupressores abrangendo combinações de drogas, os pacientes que recebem
micofenolato de mofetila como parte de um regime imunossupressor têm maior risco de desenvolver linfomas e outros tumores malignos,
particularmente de pele (vide Reações adversas). O risco parece estar mais relacionado à intensidade e duração da imunossupressão do que ao
uso de um agente específico.
De maneira similar a todos os pacientes sob risco aumentado de câncer de pele, a exposição à luz solar e à luz UV deverá ser limitada através do
uso de roupa de proteção adequada e do uso de filtros solares com alto fator de proteção.
Pacientes recebendo micofenolato de mofetila devem ser instruídos a relatar imediatamente qualquer evidência de infecção, contusão inesperada,
sangramento ou qualquer outra manifestação de depressão da medula óssea.
A supressão em excesso do sistema imunológico também pode aumentar a susceptibilidade às infecções, incluindo infecções oportunistas,
infecções fatais e sepse (vide Reações Adversas).
Os pacientes devem ser alertados para o fato que, durante o tratamento com micofenolato de mofetila, as vacinações poderão ser menos eficazes
e o uso de vacinas de vírus vivo atenuado deve ser evitado (vide Interações Medicamentosas). A vacinação contra gripe pode ser útil. Os médicos
prescritores devem referir-se às diretrizes nacionais quanto às instruções para gripe.
Pelo fato de o micofenolato de mofetila estar associado ao aumento da incidência de efeitos adversos no sistema digestivo, incluindo casos pouco
freqüentes de ulceração do trato gastrintestinal, hemorragia e perfuração, micofenolato de mofetila deve ser administrado com cuidado em pacientes
com disfunções ativas sérias do sistema digestivo.
O micofenolato de mofetila é um IMPDH (inibidor da inosina monofosfato desidrogenase). Portanto, com base em fundamentações teóricas, ele deve
ser evitado em pacientes com deficiências hereditárias raras de hipoxantina-guanina fosforibosil-transferase (HGPRT), como as síndromes de Lesch-
Nyhan ou Kelley-Seegmiller.
Não se recomenda a administração concomitante de micofenolato de mofetila com azatioprina, uma vez que ambos possuem o potencial de causar
supressão da medula óssea e a referida administração concomitante não foi estudada.
Em vista da redução significativa da AUC do MPA pela colestiramina, deve-se ter cuidado na administração concomitante de micofenolato de
mofetila com medicamentos que interfiram na recirculação entero-hepática, devido à provável redução da eficácia de micofenolato de mofetila (vide
Interações medicamentosas).
A administração de doses maiores do que 1 g, duas vezes ao dia, para pacientes de transplante renal com disfunção renal crônica grave, deve ser
evitada (vide Farmacocinética e Posologia).
Não se recomenda ajuste da dose em pacientes com retardo na função do enxerto renal pós-transplante, mas esses pacientes devem ser
cuidadosamente monitorados (vide Farmacocinética e Posologia). Não há dados disponíveis para pacientes com transplante hepático ou
cardíaco, com disfunção renal crônica grave.
Os pacientes idosos podem encontrar-se sob risco aumentado de eventos adversos, comparados com pacientes mais jovens.
Monitoramento laboratorial
Pacientes em tratamento com micofenolato de mofetila devem realizar hemograma completo semanalmente durante o primeiro mês de tratamento,
quinzenalmente no segundo e terceiro meses de tratamento, e mensalmente ao longo do primeiro ano. Os pacientes recebendo micofenolato de
mofetila devem ser monitorados para neutropenia. O desenvolvimento de neutropenia pode estar relacionado diretamente ao micofenolato de
mofetila, a medicações concomitantes, a infecções virais ou a alguma combinação destas causas (vide Instruções especiais de dosagem).
Caso ocorra neutropenia (contagem de neutrófilos absolutos inferior a < 1,3 x 103/mcL), a administração do micofenolato de mofetila deve ser
interrompida ou a dose deve ser reduzida, e o paciente deve ser observado cuidadosamente (vide Posologia).Uso na gravidez
Categoria C na gravidez.
Efeitos adversos sobre o desenvolvimento fetal (incluindo malformações) ocorreram quando ratas e coelhas grávidas foram medicadas durante a
organogênese. Estas respostas ocorreram com doses inferiores àquelas associadas à toxicidade materna e com doses inferiores às recomendadas
clinicamente para transplante renal, cardíaco ou hepático. Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Porém, como
micofenolato de mofetila demonstrou apresentar efeitos teratogênicos em animais, poderá causar danos ao feto quando administrado para mulheres
grávidas. Portanto, micofenolato de mofetila deve ser evitado em mulheres grávidas, a não ser que os benefícios superem o risco potencial para o
feto.
Mulheres em idade fértil devem ter um teste de gravidez sangüíneo ou urinário negativo, com sensibilidade de pelo menos 50 mUI/mL, uma semana
antes do início da terapia; não se recomenda iniciar a terapia com micofenolato de mofetila até que se obtenha confirmação de teste negativo de
gravidez. Contracepção efetiva deve ser realizada antes do início do tratamento com micofenolato de mofetila, durante o tratamento e até 6 semanas
após a descontinuação do tratamento, inclusive em caso de história de infertilidade, exceto em caso de histerectomia. Devem ser usadas,
simultaneamente, duas formas confiáveis de contracepção, a menos que seja escolhido o método de abstinência (vide Interações
medicamentosas). Caso ocorra gravidez durante o tratamento, o médico e a paciente devem discutir o desejo de continuar a gravidez.
Estudos em ratas demonstraram que o micofenolato de mofetila pode ser excretado pelo leite. Desconhece-se a eliminação de micofenolato de
mofetila no leite humano. Visto que muitos medicamentos são excretados no leite humano e devido ao potencial de reações adversas sérias em
crianças na fase de amamentação pelo micofenolato de mofetila, deve-se decidir pela descontinuação da amamentação ou da medicação, levandose
em consideração a importância do medicamento para a mãe.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.
Medicamentos imunossupressores podem ativar focos primários de tuberculose. Os médicos que acompanham pacientes sob
imunossupressão devem estar alertas quanto à possibilidade de surgimento de doença ativa, tomando, assim, todos os cuidados para o
diagnóstico precoce e tratamento.Interações medicamentosas
Aciclovir
Concentrações plasmáticas maiores de aciclovir e MPAG foram observadas quando o micofenolato de mofetila foi administrado com aciclovir em
comparação com a administração de cada droga isoladamente. Devido ao aumento da concentração plasmática de MPAG na presença de disfunção
renal, como ocorre com o aciclovir, pode ocorrer uma competição entre o micofenolato de mofetila e o aciclovir ou suas pró-drogas como o
valganciclovir pela secreção tubular e isso pode aumentar suas concentrações.
Antiácidos e hidróxido de alumínio ou magnésio
Absorção de micofenolato de mofetila foi diminuída quando administrado com antiácidos.
Colestiramina
Após administração de 1,5 g do micofenolato de mofetila em indivíduos saudáveis pré-tratados com colestiramina 4 g três vezes ao dia durante 4
dias, houve uma redução de 40% na AUC do MPA. Deve-se ter cautela durante a administração concomitante entre as duas drogas ou com drogas
que interfiram na circulação entero-hepática (vide Advertências).
Ciclosporina A
A farmacocinética da ciclosporina A não é afetada pelo micofenolato de mofetila.
Ganciclovir
Baseado nos resultados de um estudo com administração de dose única, nas doses recomendadas, do micofenolato de mofetila oral e ganciclovir
endovenoso e nos efeitos conhecidos da deterioração renal sobre a farmacocinética do micofenolato de mofetila (vide Farmacocinética e
Advertências) e do ganciclovir, prevê-se que a co-administração desses agentes (que competem pelos mecanismos de secreção tubular renal)
resultará em aumento na concentração do MPAG e do ganciclovir. Nenhuma alteração substancial na farmacocinética do MPA é prevista, não sendo
necessário o ajuste da dose do micofenolato de mofetila. Pacientes com deterioração renal nos quais o micofenolato de mofetila e o ganciclovir ou
suas pró-drogas como o valganciclovir são co-administrados devem ser monitorados cuidadosamente.
Contraceptivos orais
A farmacocinética dos contraceptivos orais não foi afetada pela co-administração do micofenolato de mofetila. Um estudo de co-administração do
micofenolato de mofetila (1 g duas vezes ao dia) e contraceptivo oral combinado contendo etinilestradiol (0,02-0,04 mg) e levonorgestrel (0,05-0,20
mg), desogestrel (0,15 mg) ou gestodene (0,05-0,10 mg) envolvendo 18 mulheres com psoríase e conduzido por mais de 3 ciclos menstruais não
mostrou influência clínica relevante do micofenolato de mofetila nos níveis séricos da progesterona, do LH e do FSH, não indicando, portanto,
influência do micofenolato de mofetila no efeito supressor da ovulação dos contraceptivos orais (vide Gravidez e Lactação).
Trimetoprima/sulfametoxazol
Não se observou efeito na biodisponibilidade do MPA.
Tracolimus
Pacientes de transplante renal: Pacientes de transplante renal estáveis recebendo ciclosporina e micofenolato de mofetila (1 g duas vezes ao dia)
mostraram 30% de aumento da AUC do MPA no plasma e cerca de 20% de diminuição da AUC do MPAG no plasma quando a ciclosporina foi
substituída por tacrolimus. Cmáx do MPA não foi afetada, enquanto a Cmáx do MPAG foi reduzida em aproximadamente 20%. O mecanismo dessa
interação não é bem compreendido. O aumento da secreção biliar do MPAG acompanhado do aumento na recirculação entero-hepática do MPA
pode ser parcialmente responsável pela interação, desde que a elevação das concentrações do MPA associada com a administração de tacrolimus
seja mais pronunciada nas porções tardias do perfil de concentração por tempo (4-12 horas após a dosagem). Para pacientes recebendo tacrolimus,
a dose de micofenolato de mofetila não deve exceder 1 g duas vezes por dia. Pacientes devem ser cuidadosamente observados e cuidados
apropriadamente.
Em um outro estudo de transplantados renais foi mostrado que a concentração de tracolimus parece não ser alterada pelo micofenolato de mofetila.
Pacientes de transplante hepático: Encontram-se disponíveis dados farmacocinéticos muito limitados da AUC do MPA de pacientes de transplante
hepático tratados com micofenolato de mofetila e tacrolimus. Em um estudo desenhado para avaliar o efeito do micofenolato sobre a
farmacocinética do tacrolimus em pacientes de transplante hepático estáveis, foi observado aumento de aproximadamente 20% na AUC do
tacrolimus, quando foram administradas doses múltiplas de micofenolato de mofetila (1,5 g duas vezes ao dia) para pacientes recebendo tacrolimus.
Outras interações
Co-administração de probenecida com micofenolato de mofetila em macacos aumenta a AUC plasmática do MPAG em 3 vezes. Portanto, outras
drogas que sofrem secreção tubular renal podem competir com o MPAG e aumentar a concentração plasmática de ambas.
Vacinas de vírus vivos
Vacinas de vírus vivos não devem ser administradas a pacientes com alteração da resposta imune. A resposta de anticorpos a outras vacinas pode
estar diminuída (vide Precauções).Reações adversas / Efeitos colaterais
O perfil de eventos adversos associados ao uso de drogas imunossupressoras é normalmente difícil de ser estabelecido, devido à presença da
doença de base e à utilização concomitante de várias medicações.
Experiência de Estudos Clínicos
Os principais eventos adversos relacionados ao uso do micofenolato de mofetila na prevenção da rejeição do transplante renal, cardíaco e hepático,
em associação com ciclosporina e corticosteróides, incluem diarréia, leucopenia, sepse, vômitos, e existe uma evidência de maior freqüência de
certos tipos de infecção, como por exemplo infecções oportunistas (vide Advertências).
O perfil de segurança do micofenolato de mofetila em pacientes tratados para rejeição refratária em transplante renal foi semelhante àquele
observado em três estudos controlados para prevenção de rejeição com doses de 3 g por dia. Diarréia e leucopenia, seguidas de anemia, náuseas,
dor abdominal, sepse, náuseas e vômitos e dispepsia foram os eventos adversos relatados com maior freqüência pelos pacientes recebendo
micofenolato de mofetila em comparação com pacientes recebendo corticosteróide endovenoso.
Malignidades
Da mesma forma que os pacientes que recebem regimes imunossupressores com combinação de drogas, os pacientes que são tratados com
micofenolato de mofetila como parte de um regime imunossupressor têm risco aumentado de desenvolver linfomas e outras malignidades,
particularmente de pele (vide Advertências).
Doença linfoproliferativa ou linfoma ocorreram em 0,4% a 1% dos pacientes recebendo micofenolato de mofetila (2 g ou 3 g ao dia), em associação
com outros imunossupressores, em estudos clínicos controlados em receptores de transplante renal, cardíaco e hepático, acompanhados por pelo
menos 1 ano. Os carcinomas de pele não melanoma ocorreram em 1,6% a 4,2% dos pacientes; outros tipos de malignidade ocorreram em 0,7% a
2,1% dos pacientes. Dados de segurança de 3 anos em pacientes de transplante renal e cardíaco não revelaram qualquer alteração inesperada na
incidência de malignidade, comparados com os dados de um ano. Pacientes receptores de transplante hepático foram acompanhados por pelo
menos 1 ano, mas por menos do que 3 anos.
Em estudos clínicos controlados para o tratamento da rejeição refratária em transplante renal, a taxa de linfoma foi de 3,9% em um seguimento
médio de 42 meses.
Infecções oportunistas
Todos os pacientes transplantados têm um risco aumentado de desenvolverem infecções oportunistas. O risco aumenta com a carga
imunossupressiva total (vide Advertências). As infecções oportunistas mais comuns em pacientes recebendo micofenolato de mofetila (2 g ou 3 g
ao dia) com outros imunossupressores, em estudos clínicos controlados em receptores de transplante renal, cardíaco e hepático, acompanhados
por pelo menos 1 ano foram candidíase muco-cutânea, síndrome/viremia por CMV e herpes simples. A proporção de pacientes com
síndrome/viremia por CMV foi de 13,5%.
Crianças (3 meses a 18 anos)
O tipo e a freqüência das reações adversas em um estudo clínico com 100 pacientes pediátricos com idade entre 3 meses e 18 anos que receberam
micofenolato de mofetila por via oral na dose de 600 mg/m2 duas vezes ao dia, foram de maneira geral semelhantes àquelas observadas em
pacientes adultos que receberam micofenolato de mofetila 1 g duas vezes ao dia. Entretanto, os seguintes eventos adversos relacionados ao
tratamento ocorreram com freqüência >=10% em crianças e foram mais freqüentes na população pediátrica, particularmente em crianças maiores de
6 anos de idade, quando a freqüência de eventos adversos relacionados ao tratamento foram comparados aos adultos: diarréia, leucopenia, sepse,
infecção e anemia.
Pacientes idosos (>= 65 anos)
Pacientes idosos particularmente aqueles recebendo micofenolato de mofetila como parte de um regime imunossupressor, podem ter risco
aumentado de certas infecções (incluindo doença invasiva por citomegalovírus) e possivelmente hemorragia gastrintestinal e edema pulmonar,
quando comparados com pacientes jovens (vide Precauções).
Perfil de segurança do micofenolato de mofetila na administração oral
Eventos adversos relatados >=10% e em 3 a < 10% dos pacientes adultos tratados com micofenolato de mofetila em estudos controlados para
prevenção da rejeição em transplante renal (3 estudos, com dados de 2 g e 3 g), em um estudo controlado para transplante cardíaco, e em um
estudo controlado para transplante hepático estão descritos na tabela abaixo.
Eventos adversos relatados em >=10% e em 3 a < 10% dos pacientes adultos tratados com micofenolato de mofetila em estudos clínicos quando
usado em associação com ciclosporina e corticosteróides.
( há uma tabela na bula original que não consta aqui).Posologia
Dosagem padrão para profilaxia da rejeição renal
A dose de 1 g administrada duas vezes ao dia (dose diária de 2 g) é recomendada em pacientes submetidos ao transplante renal.
Apesar da dose de 1,5 g, duas vezes ao dia (dose diária de 3 g) ter sido usada em estudos clínicos e ter se mostrado efetiva e segura, não se pode
estabelecer vantagem em termos de eficácia para pacientes de transplante renal. Pacientes recebendo 2 g/dia de micofenolato de mofetila
demonstraram um perfil de segurança geral melhor quando comparados aos pacientes que receberam 3 g/dia de micofenolato de mofetila.
Dosagem padrão para profilaxia de rejeição cardíaca
A dose de 1,5 g administrada duas vezes ao dia (dose diária de 3 g) é recomendada em pacientes que foram submetidos a transplante cardíaco.
Dosagem padrão para profilaxia da rejeição hepática
A dose de 1,5 g administrada duas vezes ao dia (dose diária de 3 g) é recomendada em pacientes submetidos a transplante hepático.
Dosagem para o tratamento da primeira rejeição e da rejeição refratária renal
A dose de 1,5 g administrada 2 vezes ao dia (dose diária de 3 g) é recomendada para o tratamento da primeira rejeição e da rejeição refratária.
Administração oral (Vide Bioequivalência, Farmacocinética).
A dose inicial de micofenolato de mofetila deve ser administrada o mais breve possível após o transplante renal, cardíaco ou hepático.Superdosagem
A experiência com superdosagem de micofenolato de mofetila em humanos é muito limitada. Os eventos recebidos como relato de superdosagem
estão de acordo com o perfil de segurança já conhecido da droga.
O MPA não pode ser removido por hemodiálise. Entretanto, em concentrações plasmáticas elevadas (>100 mcg/mL), pequenas porções do MPAG
são removidas. Os seqüestrantes de ácido biliar, tais como a colestiramina, podem remover o MPA, aumentando a excreção da droga.Informações
Cada comprimido revestido contém:
micofenolato de mofetila ..500 mg
excipientes* qsp ...1 com. rev.
* celulose microcristalina, povidona, croscarmelose sódica, dióxido de silício, estearato de magnésio, hipromelose + hiprolose + macrogol, dióxido de titânio, corante alumínio laca azul 2, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho.
Mecanismo de ação
O micofenolato de mofetila é o éster 2-morfolinoetil do ácido micofenólico (MPA). MPA é um inibidor potente, seletivo, não competitivo e reversível
da iosina monofosfato desidrogenase (IMPDH) e, portanto, inibe a via de novo da síntese do nucleotídeo guanosina sem incorporação ao DNA. O
mecanismo pelo qual o MPA inibe a atividade enzimática da IMPDH parece estar relacionado à capacidade do MPA em mimetizar estruturalmente
o co-fator dinucleotídeo adenina nicotinamida, como uma molécula catalítica de água. Isto impede a oxidação do IMP a xantose-5’-monofosfato,
que é um passo fundamental na síntese de novo do nucleotídeo guanosina. O MPA tem efeito citostático maior nos linfócitos do que em outras
células, pois os linfócitos T e B são extremamente dependentes, para sua proliferação, da via de novo da síntese das purinas, ao passo que outras
células podem utilizar vias alternativas.
Farmacocinética
A farmacocinética do micofenolaco de mofetila tem sido estudada em pacientes de transplante renal, cardíaco e hepático. Em geral, o perfil
farmacocinético do MPA é semelhante em pacientes de transplante renal e cardíaco. No período precoce do transplante, receptores de enxerto
hepático recebendo uma dose de 1,5 g oral de micofenolato de mofetila tiveram níveis de MPA similares aos dos receptores de transplante renal
recebendo 1 g oral de micofenolato de mofetila.
Absorção
Após administração oral, o micofenolato de mofetila sofre rápida e extensa absorção, sendo completamente metabolizado para MPA, seu metabólito
ativo. A biodisponibilidade média do micofenolato de mofetila administrado por via oral, baseado na área sob a curva (AUC) do MPA, foi de 94%
com o micofenolato de mofetila intravenoso.
O micofenolato de mofetila pode ser mensurado sistematicamente, durante a infusão intravenosa; entretanto após a administração oral, o
micofenolato de mofetila está abaixo do limite de quantificação (0,4 mcg/ml).
No período de pós-transplante recente (< 40 dias), os pacientes de transplante renal, cardíaco e hepático apresentaram redução média da AUC do
MPA de aproximadamente 30% e redução da Cmáx de aproximadamente 40% comparada ao período de pós-transplante tardio (3-6 meses).
A alimentação não teve nenhum efeito sobre a extensão da absorção (AUC do MPA) do micofenolato de mofetila quando administrado na dose de
1,5 g 2X/dia, em pacientes de transplante renal. Porém, a Cmáx do MPA apresentou diminuição de 40% na presença de alimento.
Distribuição
Como resultado da recirculação entero-hepática, normalmente é observado aumento secundário na concentração plasmática do MPA em
aproximadamente 6-12 horas após a administração da dose. A redução da área sob a curva (AUC) do MPA em aproximadamente 40% está
associada à co-administração de colestiramina (4 g 3X/dia), indicando que existe interrupção da recirculação entero-hepática. O MPA, em
concentrações clinicamente relevantes, apresenta-se 97% ligado a albumina plasmática.
Metabolismo
O MPA é metabolizado primariamente pela glucoronil transferase para formar o glucoronídeo fenólico do MPA (MPAG), que não é
farmacologicamente ativo in vivo, o MPAG é convertido em MPA livre através da recirculação entero-hepática.
Eliminação
Uma porção desprezível da droga é excretada na forma de MPA (< 1% da dose) na urina. O micofenolato de mofetila marcado radioativamente,
quando administrado por via oral, foi completamente recuperado, sendo 93% da dose recuperada na urina e 6% recuperada nas fezes. A maior
parte (aproximadamente 87%) da dose administrada foi excretada na urina sob a forma de MPAG.
Em concentrações clínicas normais, o MPA e o MPAG não são removidos pela hemodiálise. No entanto, em concentrações altas do MPAG (> 100
mcg/mL), pequenas quantidades dele são removidas. Por interferirem na circulação entero-hepática da droga, os seqüestrantes de ácido biliar, tal
como a colestiramina, reduzem a AUC do MPA (vide Superdosagem).
Bioequivalência
A bioequivalência domicofenolato demofetila temsido avaliada. Dois comprimidos de 500mg têmmostrado ser equivalentes a 4 cápsulas de 250mg.
Farmacocinética em situações clínicas
• Pacientes com grave comprometimento renal
Em estudo de dose única (6 pacientes por grupo), a média das AUCs do MPA plasmático observado em indivíduos com disfunção renal crônica
grave (velocidade de filtração glomerular < 25 mL/min/1,73 m2) foi 28-75% maior em relação à observada em voluntários saudáveis normais ou
indivíduos com menor grau de comprometimento renal. A AUC do MPAG em dose única foi 3 a 6 vezes maior em indivíduos com disfunção renal
grave em relação aos indivíduos com disfunção renal moderada ou a indivíduos normais saudáveis, de acordo com a eliminação renal conhecida do
MPAG. Não se estudou o efeito de doses múltiplas de micofenolato de mofetila em pacientes com disfunção renal crônica grave.
• Pacientes com retardo na função do enxerto renal
Nos pacientes com retardo da função do enxerto renal pós-transplante, a AUC0-12 média do MPA foi comparável à observada em pacientes
transplantados sem problemas da função do enxerto renal pós-transplante. Deve haver um aumento transitório da fração livre e da concentração
plasmática do MPA em pacientes com retardo na função do enxerto. Ajuste na dose do micofenolato de mofetila não parece ser necessária (vide
Posologia). A AUC0-12 média do MPAG plasmático foi 2-3 vezes maior do que em pacientes sem retardo na função do enxerto renal póstransplante.
Em pacientes com retardo primário na função do enxerto após o transplante renal, as concentrações plasmáticas do MPAG acumularam; acúmulo
do MPA, se houve, foi muito pequeno.
• Pacientes com comprometimento hepático
A farmacocinética do MPAG e do MPA não foi afetada, em termos relativos, pela doença do parênquima hepático em voluntários com cirrose
alcoólica. Os efeitos da doença hepática sobre estes processos depende, provavelmente, da doença específica. Todavia, a doença hepática com
dano predominantemente biliar, como a cirrose biliar primária, pode apresentar efeito diferente.
• Idosos (>= 65 anos)
O comportamento do micofenolato de mofetila em idosos não foi avaliado formalmente.
• Crianças (idade <= 18 anos)
Os parâmetros farmacocinéticos foram avaliados em 55 pacientes de transplante renal pediátrico (com idade que variou de 1 a 18 anos) que receberam micofenolato de mofetila por via oral na dose de 600 mg/m2 duas vezes ao dia (até o máximo de 1 g duas vezes ao dia). Esta dose alcançou valores de AUC do MPA semelhante àqueles observados em pacientes adultos que receberam micofenolato de mofetila na dose de 1 g duas vezes ao dia no período pós-transplante precoce e tardio. Os valores da AUC do MPA de acordo com os grupos etários foram semelhantes no período pós-transplante precoce e tardio. Não existem dados disponíveis para transplante cardíaco ou hepático em pacientes pediátricos.io. Os valores da AUC do MPA de acordo com os grupos etários foram semelhantes no período pós-transplante precoce e tardio. Não existem dados disponíveis para transplante cardíaco ou hepático em pacientes pediátricos.