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Laboratório
ZodiacApresentação
20 mg. Cartucho com 1 frasco-ampola com 10 mLIndicações
Citostático para o tratamento de tumores avançados de mama, aparelho digestivo, órgãos sólidos e leucemias.Contra-indicações
Hipersensibilidade ao princípio ativo, gravidez, lactação, cardiopatias graves, discrasias sangüíneas, insuficiência hepática e renal grave e mielodepressão grave.Reações adversas / Efeitos colaterais
A mitoxantrona é clinicamente bem tolerada, demonstrando uma baixa incidência global de efeitos adversos, especialmente os de natureza grave, irreversíveis ou que acarretem de risco de vida. Um certo grau de leucopenia deve ser esperado após as doses recomendadas. Entretanto, a supressão da contagem de leucócitos abaixo de 1.000 mm3 é rara. Com a aplicação das doses a cada 21 dias, a leucopenia geralmente é transitória, alcançando seu nadir cerca de 10 dias após a dose, com a recuperação geralmente ocorrendo por volta do 21º dia. Trombocitopenia pode ocorrer e anemia ocorre mais raramente. A mielossupressão pode ser mais grave e prolongada em pacientes submetidos anteriormente a uma extensa quimioterapia ou radioterapia e em pacientes debilitados. Os efeitos colaterais mais comumente encontrados são náuseas e vômitos, embora na maioria dos casos eles sejam leves (OMS Grau I) e transitórios. A alopécia pode ocorrer, mas é normalmente de mínima intensidade e reversível à cessação da terapia. Outros efeitos colaterais ocasionalmente relatados incluem anorexia, diarréia, dispnéia, fadiga e fraqueza, febre, sangramento gastrintestinal, estomatite/mucosite e efeitos colaterais neurológicos inespecíficos. Alterações em valores de exames laboratoriais têm sido observadas raramente, como, por exemplo, elevação dos níveis de enzimas hepáticas, elevação do nível sérico de creatinina e nitrogênio uréico sangüíneo (BUN). Os efeitos cardiovasculares, que só ocasionalmente são clinicamente significativos, incluem redução da fração de ejeção ventricular esquerda (determinada por ecocardiografia ou pelo MUGA), alterações do ECG e arritmias agudas. Insuficiência cardíaca congestiva tem sido relatada. Esses casos geralmente responderam bem ao tratamento com digitálicos e/ou diuréticos. Necrose tissular após extravasamento tem sido relatada raramente.Posologia
A dose inicial recomendada para o uso como agente único é de 14 mg/m2 de área de superfície corporal, dada como dose endovenosa única, e que pode ser repetida em intervalos de 21 dias. Uma dose inicial menor (12 mg/m2 ou menos) é recomendada em pacientes com reservas medulares inadequadas devido a terapia anterior ou a mau estado geral. A modificação da dose e o estabelecimento do tempo de aplicação das doses subseqüentes devem ser determinados pela avaliação clínica, dependendo do grau e da duração da mielossupressão. Se no 21o dia as contagens de leucócitos e plaquetas tiverem voltado a níveis adequados, as doses anteriores geralmente podem ser repetidas.
Orientação para a dose com base na mielossupressão:
Nadir* da contagem de leucócitos maior que 1.500 e nadir de plaquetas maior que 50.000, tempo para a recuperação: menor/igual 21 dias; dose subseqüente: repetir dose anterior ou aumentar em 2 mg/m2 se a mielossupressão não for muito acentuada.
Nadir da contagem de leucócitos menor que 1.500 ou nadir de plaquetas menor que 50.000: qualquer duração; dose subseqüente: diminuir 2 mg/m2 da dose anterior após a recuperação.
Nadir da contagem de leucócitos menor que 1.000 ou nadir de plaquetas menor que 25.000, tempo para a recuperação: qualquer duração; dose subseqüente: diminuir 4 mg/m2 da dose anterior após a recuperação.
Embora nenhum efeito grave tenha sido relatado quando mitoxantrona é usada em combinação com outras terapias antineoplásicas, os dados são limitados; por isso, mitoxantrona em terapia combinada deve ser usada com cautela até que se obtenha maior experiência. Como guia, quando usada em quimioterapia combinada com outro agente mielossupressor, a dose inicial de mitoxantrona deve ser reduzida para 2-4 mg/m2. Doses subseqüentes dependem do grau e da duração da mielossupressão.
Administração endovenosa: A solução de mitoxantrona deve ser diluída em, ao menos, 50 mL, com cloreto de sódio para injeção ou com glicose a 5% para injeção. Essa solução obtida deve ser introduzida lentamente, numa perfusão venosa de gotejamento livre com solução de cloreto de sódio para injeção, durante não menos de 3 minutos. Caso ocorra um extravasamento, a administração deve ser interrompida imediatamente e reiniciada em outra veia. As propriedades não vesicantes de mitoxantrona reduzem ao mínimo a possibilidade de necrose tissular local, celulite ou vesificação após extravasamento. Uma coloração azul transitória dos tecidos pode ocorrer se a droga for extravasada. A solução parenteral de mitoxantrona é auto-preservável. Com técnicas assépticas adequadas, alíquotas da solução podem ser retiradas do frasco-ampola por um período de 7 dias.Informações
Embora seu mecanismo de ação não tenha sido determinado, mitoxantrona é um agente DNA-reativo. Apresenta efeito citocida sobre células humanas cultivadas, proliferantes ou não, o que sugere uma atividade contra neoplasias de rápida proliferação e lento crescimento.
Farmacocinética:
Após administração endovenosa de mitoxantrona, os pacientes demonstraram uma rápida depuração plasmática, longa meia-vida de eliminação e persistentes concentrações tissulares. Apenas 20-32% da dose administrada foram excretados nos primeiros 5 dias após a administração da dose (6-11% na urina e 13-25% nas fezes). Aproximadamente dois terços da excreção ocorreram durante o primeiro dia.
Estudos de farmacocinética animal em ratos, cães e macacos que receberam mitoxantrona marcada por elementos radioativos indicam uma rápida distribuição, proporcional à dose em muitos tecidos. A mitoxantrona não atravessa a barreira hematoencefálica em grau apreciável, e a sua distribuição para os testículos é mínima. Em ratas grávidas, a placenta é uma barreira eficaz. A concentração plasmática diminui rapidamente durante as duas primeiras horas e, daí em diante, lentamente. Dados obtidos em estudos com animais estabeleceram a excreção biliar como a principal via de eliminação.
Em ratos, a meia-vida de eliminação tissular da radioatividade variou de 20 a 25 dias, em comparação com a meia-vida plasmática de 12 dias. A mitoxantrona não é absorvida significativamente em animais após a administração oral.u de 20 a 25 dias, em comparação com a meia-vida plasmática de 12 dias. A mitoxantrona não é absorvida significativamente em animais após a administração oral.