As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
RocheApresentação
Caixa com 1 seringa-preenchida de 0,3 mL contendo 30, 50, 75, 100, 120, 150, 200 ou 250 mcg de betaepoetina-metoxipolietilenoglicol.
Caixa com 1 seringa-preenchida de 0,6 mL contendo 360 mcg de betaepoetinametoxipolietilenoglicol.Indicações
Mircera é indicado para tratamento de anemia associada à doença renal crônica incluindo
pacientes em diálise e pacientes não submetidos à diálise.Contra-indicações
Mircera é contra-indicado em pacientes com:
• Hipertensão não controlada.
• Hipersensibilidade conhecida à substância ativa ou algum dos excipientes.Advertências
Terapia suplementar com ferro: é recomendada para todos os pacientes com valores de
ferritina sérica abaixo de 100 µg/L ou cuja saturação de transferrina esteja abaixo de 20%. Para
garantir eritropoiese efetiva, a reserva de ferro deve ser avaliada para todos os pacientes antes e
durante o tratamento.
Ausência de efeito: as razões mais comuns para resposta incompleta aos ESAs são deficiência
de ferro e distúrbios inflamatórios. As seguintes condições podem também comprometer a
eficácia da terapia com ESAs: perda crônica de sangue, fibrose de medula óssea, sobrecarga
grave de alumínio devido ao tratamento da insuficiência renal, deficiências de ácido fólico ou
vitamina B12 e hemólise. Se todas as condições mencionadas forem excluídas e o paciente tiver
uma súbita redução de hemoglobina associada com reticulocitopenia e anticorpos antieritropoietina,
deve ser considerado exame da medula óssea para o diagnóstico de Aplasia Pura
de Eritrócitos (Pure Red Cell Aplasia - PRCA). Se for feito diagnóstico de PRCA, a terapia com
Mircera precisa ser interrompida e os pacientes não devem trocar para outro ESA.
PRCA: causada por anticorpos anti-eritropoietina foi relatada em associação com ESAs. Foi
demonstrado que esses anticorpos apresentam reação cruzada com todos os ESAs e pacientes
com anticorpos suspeitos ou confirmados para eritropoietina não devem trocar para Mircera.
Acompanhamento da pressão arterial: como com outros ESAs, a pressão arterial pode
aumentar durante o tratamento da anemia com Mircera. A pressão arterial deve ser
adequadamente controlada antes, no início e durante o tratamento com Mircera. Se a pressão
arterial for difícil de controlar por tratamento medicamentoso ou medidas dietéticas, a dose de
Mircera deve ser reduzida ou suspensa (vide Posologia).
Efeito sobre o crescimento tumoral: Mircera, como outros ESAs, é um fator de crescimento
que estimula primariamente a produção de hemácias. Receptores de eritropoietina podem ser
expressos na superfície de diversas células tumorais. Como com todos os fatores de
crescimento, existe uma preocupação de que ESAs possam estimular o crescimento de algum
tipo de doença maligna. Dois estudos clínicos controlados em que epoetinas foram
administradas a pacientes com diversos cânceres, incluindo cânceres de cabeça e pescoço e de
mama, mostraram um excesso inexplicado de mortalidade.
A segurança e eficácia da terapia com Mircera não foram estabelecidas em pacientes com
hemoglobinopatias, hepatopatia grave, convulsões ou com um nível de plaquetas maior do que
500 x 109/L. Portanto, deve-se ter cuidado nesses pacientes.
Plaquetopenia: durante o tratamento com Mircera, foi observada discreta redução em número
de plaquetas, contudo, permanecendo dentro do intervalo normal. Uma contagem plaquetária
abaixo de 100 x 109/L foi observada em 7,5% dos pacientes tratados com Mircera e em 4,4% dos pacientes tratados com outros ESAs. Desta maneira, recomenda-se o monitoramento
mensal do número de plaquetas nos pacientes em uso.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Não foram realizados estudos dos efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas. No
entanto, estes efeitos não são esperados com base no mecanismo de ação e o perfil de
segurança conhecido do Mircera.Uso na gravidez
Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres
grávidas ou que estejam amamentando sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não existem dados adequados sobre o uso em gestantes.
Estudos em animais de laboratório não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos em
relação à gravidez, desenvolvimento embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal.
Deve-se ter cuidado ao prescrever Mircera a gestantes.
Não se sabe se a betaepoetina-metoxipolietilenoglicol é excretada no leite humano. Um estudo
em animais de laboratório mostrou excreção de betaepoetina-metoxipolietilenoglicol no leite
materno. Uma decisão sobre continuar ou interromper o aleitamento materno ou continuar ou
interromper a terapia com Mircera deve ser adotada considerando o benefício do aleitamento
materno para a criança e o benefício da terapia com Mircera para a mãe.Interações medicamentosas
Não foram realizados estudos específicos de interação. Os resultados clínicos não indicam
nenhuma interação com outros medicamentos. O efeito de outras drogas sobre a
farmacocinética e a farmacodinâmica do Mircera foi explorado usando uma abordagem de
análise populacional. Não houve nenhuma indicação de um efeito de medicações concomitantes
sobre a farmacocinética e a farmacodinâmica do Mircera.Reações adversas / Efeitos colaterais
A base de dados de segurança para Mircera dos estudos clínicos controlados compreendeu
2737 pacientes com DRC em que 1789 foram tratados com Mircera e 948 com um agente ESA.
Com base nos resultados de 1789 pacientes, espera-se que aproximadamente 6% dos
pacientes tratados com Mircera apresentem reações adversas a medicamentos (RAM). A
reação adversa mais freqüente foi hipertensão (comum).
As seguintes classes são usadas para descrever a freqüência de reações adversas a
medicamentos atribuídas ao tratamento com Mircera em estudos clínicos controlados: comuns
(1/100 e <1/10), incomuns (1/1000 e <1/100) e raras (1/10.000 e <1/1000).
Tabela 3: Reações adversas a medicamentos atribuídas ao tratamento com Mircera em
estudos clínicos controlados incluindo pacientes com DRC.
Classe Freqüência Reação Adversa
Distúrbios vasculares Comum Hipertensão
Lesões (traumas), envenenamentos e
complicações de procedimentos
(administração)
Incomum Trombose de acesso vascular
Distúrbios do sistema nervoso Incomum Dor de cabeça
Distúrbios do sistema imune Rara Hipersensibilidade
Distúrbios do sistema nervoso Rara Encefalopatia hipertensiva
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo Rara Erupção (maculo-papular, grave)
Todos os outros eventos atribuídos a Mircera foram relatados com freqüência rara e foram, na
maioria, de intensidade leve a moderada. Esses eventos foram compatíveis com co-morbidades
conhecidas na população.
Alterações Laboratoriais
Durante o tratamento com Mircera, foi observada discreta redução em número de plaquetas,
permanecendo dentro do intervalo normal.
Uma contagem plaquetária abaixo de 100 x 109/L foi observada em 7,5% dos pacientes tratados
com Mircera e em 4,4% dos pacientes tratados com outros ESAs. Desta maneira, recomendase
o monitoramento mensal do número de plaquetas nos pacientes em uso.
Atenção: este é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e
segurança aceitáveis para comercialização, efeitos indesejáveis e não conhecidos podem
ocorrer. Neste caso, informe ao seu médico.Posologia
Dose padrão
Mircera é administrado com menos freqüência do que outros agentes estimulantes da
eritropoiese (ESAs) devido à meia-vida de eliminação mais prolongada.
O tratamento com Mircera precisa ser iniciado sob supervisão de um profissional de saúde.
Tratamento de pacientes anêmicos com doença renal crônica
A solução pode ser administrada por via subcutânea (SC) ou intravenosa (IV), de acordo com a
preferência clínica.
Mircera pode ser injetado por via subcutânea no abdome, braço ou coxa. Os três locais são
igualmente adequados para injeção subcutânea.
Recomenda-se que a hemoglobina seja monitorada a cada duas semanas até que esteja
estabilizada e regularmente a partir de então. O objetivo do tratamento é manter a hemoglobina
dos pacientes acima de 11 g/dL e abaixo de 13 g/dL, preferencialmente entre 11 e 12 g/dL.
Ajustes da dose com o objetivo de manter os níveis de hemoglobina dentro destes
valores estão recomendados abaixo.
Pacientes atualmente não tratados com um Agente Estimulante de Eritropoiese:
A dose inicial recomendada é de 0,6 microgramas/kg de peso, administrada a cada
duas semanas em dose única IV ou SC para aumentar a hemoglobina a um valor acima de 11
g/dL (6,83 mmol/L).
Recomenda-se a hemoglobina dos pacientes esteja acima de 11 g/dL e abaixo de 13 g/dL,
preferencialmente entre 11 e 12 g/dL. A dose pode ser aumentada em
aproximadamente 25% a 50% da dose anterior se a elevação de hemoglobina for menor do que
1,0 g/dL (0,621 mmol/L) em um mês. Elevações posteriores de aproximadamente 25% a 50%
podem ser feitas a intervalos mensais até que o nível de hemoglobina almejado do indivíduo seja
obtido.
Se o ritmo de aumento da hemoglobina for maior do que 2 g/dL (1,24 mmol/L) em um mês, a
dose deve ser reduzida em aproximadamente 25% a 50%. Se o nível de hemoglobina exceder
13 g/dL (8,07 mmol/L), a terapia deve ser interrompida até que o nível de hemoglobina fique
abaixo de 13 g/dL e depois reiniciada com aproximadamente 50% da dose previamente
administrada.
Após a interrupção da dose, espera-se uma diminuição da hemoglobina de aproximadamente
0,35 g/dL por semana.
Ajustes de dose não devem ser feitos com freqüência maior do que uma vez por mês.
Pacientes em tratamento com um Agente Estimulante de Eritropoiese:
Pacientes em tratamento com uma eritropoietina podem trocar para Mircera administrado uma
vez por mês ou, se desejado, a cada duas semanas, em dose única IV ou SC. A dose inicial de
Mircera é baseada na dose semanal previamente administrada de alfadarbepoetina ou
epoetina no momento da substituição como descrito nas Tabelas 1 e 2, a seguir. A primeira
injeção deve ser administrada no dia agendado para a aplicação da dose seguinte
de alfadarbepoetina ou epoetina.
Tabela 1. Troca de epoetina
Dose semanal prévia Dose
de epoetina
(Unidades/semana)
Uma vez por mês
(mcg/mês)
Uma vez a cada duas
semanas
(mcg a cada 2 semanas)
<8000 120 60
8000-16000 200 100
>16000 360 180
Tabela 2. Troca de alfadarbepoetina
Dose Dose semanal prévia
de alfadarbepoetina
(mcg/semana)
Uma vez por mês
(mcg/mês)
Uma vez a cada duas
semanas
(mcg a cada 2 semanas)
<40 120 60
40-80 200 100
>80 360 180
Recomenda-se que a hemoglobina dos pacientes esteja acima de 11 g/dL e abaixo de 13 g/dL,
preferencialmente entre 11 e 12 g/dL. Se for necessário um ajuste da dose para manter a
concentração de hemoglobina almejada acima de 11 g/dL (6,83 mmol/L), a dose mensal pode
ser ajustada em aproximadamente 25%.
Se o aumento da hemoglobina for maior do que 2 g/dL (1,24 mmol/L) em um mês, a dose deve
ser reduzida em aproximadamente 25% a 50%. Se o nível de hemoglobina exceder 13 g/dL
(8,07 mmol/L), a terapia deve ser interrompida até que o nível de hemoglobina fique abaixo de
13 g/dL e depois reiniciada com aproximadamente 50% da dose previamente administrada.
Após a interrupção da dose, espera-se uma diminuição da hemoglobina de aproximadamente
0,35 g/dL por semana.
Os ajustes da dose não devem ser feitos com freqüência maior do que uma vez por mês.
Interrupção de tratamento
O tratamento com Mircera é normalmente prolongado. No entanto, pode ser interrompido a
qualquer momento, se necessário.
Dose perdida
Se uma dose for perdida, ela deve ser administrada o mais rapidamente possível e
a administração deve ser reiniciada na freqüência de administração prescrita.
Pacientes idosos
Não é necessário ajuste da dose inicial em pacientes com 65 anos de idade ou mais (vide item
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco).
Insuficiência hepática
Não é necessário ajuste na dose inicial nem nas regras de modificação de dose em pacientes
com qualquer grau de insuficiência hepática (vide item Farmacocinética em populações
especiais).
Mircera deve ser administrado por via subcutânea ou intravenosa.
Cuidados de conservação
Conserve sob refrigeração (temperatura entre 2º e 8ºC). Não congele.
Mantenha a seringa preenchida dentro do cartucho para proteger da luz.
Modo de usar
Mircera não deve ser misturado com outros produtos.
Mircera é um produto estéril, mas sem conservantes. Não aplique mais do que uma dose por
seringa preenchida. Qualquer produto restante não utilizado deve ser desprezado.
Apenas soluções translúcidas, incolores a levemente amareladas e livres de partículas visíveis
devem ser injetadas.
Não agite.
Deixe o produto atingir a temperatura ambiente antes de injetar.Superdosagem
O intervalo terapêutico do Mircera é amplo e a resposta individual à terapia precisa ser
considerada quando é introduzido o tratamento com Mircera. A superdosagem pode resultar
em manifestações de um efeito farmacodinâmico exagerado, p.ex., eritropoiese excessiva. Em
caso de níveis excessivos de hemoglobina, Mircera deve ser temporariamente interrompido
(vide item Posologia). Se clinicamente indicado, pode ser realizada flebotomia.Informações
Mircera é um ativador contínuo de receptor de eritropoietina de síntese química. Betaepoetinametoxipolietilenoglicol
difere da eritropoietina pela integração de uma ponte amido entre o grupo
amino terminal-N ou o grupo -amino da lisina, predominantemente Lys52 e Lys45 e ácido
metoxipolietilenoglicol butanóico. Isto resulta em peso molecular de aproximadamente 60.000
daltons para betaepoetina-metoxipolietilenoglicol sendo que a molécula PEG tem um peso
molecular aproximado de 30.000 dáltons.
Em contraste com a eritropoietina, Mircera apresenta uma atividade diferente sobre o receptor,
caracterizada por associação mais lenta e dissociação mais rápida do receptor, uma atividade
específica reduzida in vitro e uma atividade aumentada in vivo, bem como uma meia-vida
aumentada. Essas propriedades farmacológicas diferenciais são relevantes para se conseguir
um esquema de administração mensal com Mircera nos pacientes.
Mecanismo de ação
Mircera estimula a eritropoiese pela interação com o receptor de eritropoietina nas células
precursoras na medula óssea. Como fator de crescimento primário para o desenvolvimento
eritróide, o hormônio natural eritropoietina é produzido no rim e liberado na corrente sangüínea
em resposta à hipóxia. Em resposta à hipóxia, o hormônio natural eritropoietina interage com as
células precursoras eritróides aumentando a produção de hemácias.um esquema de administração mensal com Mircera nos pacientes.
Mecanismo de ação
Mircera estimula a eritropoiese pela interação com o receptor de eritropoietina nas células
precursoras na medula óssea. Como fator de crescimento primário para o desenvolvimento
eritróide, o hormônio natural eritropoietina é produzido no rim e liberado na corrente sangüínea
em resposta à hipóxia. Em resposta à hipóxia, o hormônio natural eritropoietina interage com as
células precursoras eritróides aumentando a produção de hemácias.