Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Apresentação

Solução injetável. Embalagens com 5 ampolas contendo 5 ml - 1mg/ml.

Indicações

Distúrbio do ritmo cardíaco, especialmente taquicardia supraventricular. Infarto do miocárdio (confirmado ou suspeita).

Contra-indicações

SELOKEN injetável é contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade ao metoprolol, aos demais componentes da fórmula ou a outros betabloqueadores. Bloqueio atrioventricular de grau II ou de grau III, insuficiência cardíaca não compensada instável (edema pulmonar, hipoperfusão ou hipotensão) e pacientes com terapia inotrópica contínua ou intermitente agindo através de agonismo do beta receptor, síndrome do nó sino-atrial, choque cardiogênico, bradicardia sinusal clinicamente relevante e arteriopatia periférica grave. O metoprolol não deve ser administrado em pacientes com suspeita de infarto agudo do miocárdio enquanto a frequência cardíaca for <45 batimentos/minuto, o intervalo PQ for >0,24 segundos ou a pressão sistólica for <100 mmHg.

Advertências

Não se deve realizar administração intravenosa de antagonistas de cálcio do tipo verapamil em pacientes tratados com betabloqueadores. Pacientes com doenças broncoespáticas, em geral, não devem receber betabloqueadores. Porém, devido à sua relativa seletividade beta-1, SELOKEN pode ser usado com cautela em pacientes com doença broncoespática que não respondem, ou não toleraram tratamento com outros anti-hipertensivos. Deve-se administrar uma fármaco agonista beta-2 e usar a menor dose possível de SELOKEN injetável. Geralmente, quando estiver tratando pacientes com asma, deve-se administrar terapia concomitante com agonista beta-2 (comprimidos e/ou aerossol). Pode haver necessidade de ajuste da dose do agonista beta-2 (aumento) quando o tratamento com SELOKEN injetável é iniciado. SELOKEN injetável deve ser usado com cautela em pacientes diabéticos. Há evidências de que o metoprolol pode diminuir a tolerância à glicose em pacientes diabéticos e, possivelmente, em indivíduos normais. Betabloqueadores podem mascarar taquicardia ocorrendo com hipoglicemia, mas outras manifestações como vertigem e sudorese podem não ser significativamente afetadas. Durante o tratamento com metoprolol, há menor risco de interferência com o metabolismo de carboidratos ou de mascarar a hipoglicemia do que com betabloqueadores não-seletivos. Pacientes com insuficiência cardíaca devem ter a descompensação tratada antes e durante o tratamento com SELOKEN injetável. A estimulação simpática é um componente vital de suporte da função circulatória em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva e os betabloqueadores possuem o risco potencial de depressão da contractilidade do miocárdio, podendo precipitar uma insuficiência cardíaca mais severa. Em pacientes hipertensos e com angina que têm insuficiência cardíaca congestiva controlada por digitálicos e diuréticos, SELOKEN injetável deve ser administrado com cautela. Tanto digitálicos, quanto SELOKEN injetável diminuem a condução A-V. Muito raramente, uma alteração preexistente da condução A-V de grau moderado pode ser agravada (levando, possivelmente, a bloqueio A-V). O uso de betabloqueadores por um período de tempo prolongado, pode, em alguns casos, levar à insuficiência cardíaca. Nos primeiros sinais ou sintomas de iminência de insuficiência cardíaca, os pacientes devem ser totalmente digitalizados e/ou receber diuréticos. A resposta deve ser atentamente observada. Se a insuficiência cardíaca persistir, o tratamento com SELOKEN injetável deve ser suspenso. Se os pacientes desenvolverem crescente bradicardia, deve-se reduzir a dose de metoprolol ou suspender a medicação gradualmente. SELOKEN injetável pode preciptar ou agravar os sintomas de arteriopatia periférica, devendo ser usado com cautela nestas condições. Se utilizado em pacientes com feocromocitoma, deve-se administrar concomitantemente um alfa-bloqueador. A necessidade ou desejo de retirar a terapia betabloqueadora antes de cirurgias maiores é controversa. A habilidade prejudicada do coração para responder a estímulos adrenérgicos reflexos pode aumentar os riscos de anestesia geral e procedimentos cirúrgicos. SELOKEN injetável, como outros betabloqueadores, é um inibidor competitivo de agonistas de beta-receptores e seus efeitos podem ser revertidos pela administração destes agentes, por exemplo, dobutamina ou isoproterenol. Entretanto, estes pacientes podem estar sujeitos a hipotensão severa prolongada. Dificuldade em reiniciar e manter os batimentos cardíacos tem sido também relatada com betabloqueadores. Antes de cirurgias, o anestesista deve ser informado de que o paciente está recebendo SELOKEN injetável. Não é recomendado interromper o tratamento com betabloqueador em pacientes que serão submetidos a cirurgia. Durante tratamento por via oral, a suspensão abrupta da medicação deve ser evitada. Após a interrupção abrupta da terapia com certos agentes bloqueadores, tem ocorrido exacerbações de angina pectoris e, em alguns casos, infarto do miocárdio. Em pacientes utilizando betabloqueadores, o choque anafilático manifesta-se com maior intensidade. O bloqueio beta-adrenérgico pode mascarar certos sinais clínicos de hipertireoidismo (ex.: taquicardia). Pacientes suspeitos de apresentarem tireotoxicoses devem ser controlados cuidadosamente para evitar interrupção abrupta do bloqueio beta, o que pode precipitar uma descompensação do quadro. Em casos em que a pressão arterial sistólica for inferior a 100 mmHg, o metoprolol deve ser administrado por via intravenosa apenas se forem observadas precauções especiais, pois há o risco da administração de metoprolol por esta via causar maior queda na pressão arterial (por exemplo em pacientes com arritmias cardíacas). Durante o uso de SELOKEN injetável em pacientes com suspeita ou confirmação de infarto, deve-se monitorizar cuidadosamente o estado hemodinâmico do paciente após cada uma das três doses intravenosas de 5 mg. Não se deve administrar a segunda ou terceira dose se a frequência cardíaca for <40 batimentos/minutos, a pressão sistólica for < 90 mmHg e o intervalo PQ for >0,26 segundos, ou se existir qualquer acentuação da dispnéia ou da sudorese fria. Interferências com exames laboratoriais - o uso de SELOKEN injetável pode apresentar níveis séricos elevados das transaminases, fosfatase alcalina e lactato desidrogenase (DHL). Os pacientes devem verificar sua reação ao SELOKEN injetável antes de operar máquinas ou dirigir veículos, porque, ocasionalmente, podem ocorrer vertigem ou fadiga.

Uso na gravidez

SELOKEN injetável somente deve ser usado durante a gravidez ou lactação se for absolutamente necessário. Os betabloqueadores podem causar efeitos adversos, como, por exemplo, bradicardia no feto, no recém-nascido e em crianças sob aleitamento materno. Se a mãe lactante for tratada com metoprolol em doses dentro da faixa terapêutica normal, a quantidade de metoprolol ingerida através do leite, contudo, parece ser insignificante com relação ao efeito betabloqueador no lactente, no entanto, deve-se administrá-lo com cautela nesses casos, observando-se a possível apresentação de sinais de bloqueio do tipo beta pelo lactente.

Interações medicamentosas

O metoprolol é um substrato metabólico para o citocromo P450 isoenzima CYP2D6. Fármacos que atuam como substâncias indutoras e inibidoras enzimáticas podem exercer uma influência nos níveis plasmáticos do metoprolol. Os níveis plasmáticos do metoprolol podem ser aumentados pela co-administração de compostos metabolizados pela CYP2D6, ex.: antiarrítmicos, anti-histamínicos, antagonistas dos receptores de histamina-2, antidepressivos, antipsicóticos e inibidores da COX-2. A concentração plasmática do metoprolol é diminuída pela rifampicina e pode ser aumentada pelo álcool e hidralazina. Recomenda-se cuidado especial quando associar SELOKEN a bloqueadores ganglionares simpáticos, inibidores da MAO (monoaminoxidase) ou outros betabloqueadores (por ex.: colírio). Se o tratamento concomitante com clonidina for descontinuado, a medicação betabloqueadora deve ser retirada vários dias antes da clonidina. Pode ocorrer aumento dos efeitos negativos sobre o inotropismo e cronotropismo quando metoprolol for administrado junto com antagonistas do cálcio (particularmente do tipo verapamil e diltiazem). Pacientes tratados com betabloqueadores não devem receber administração intravenosa de antagonistas de cálcio do tipo verapamil. Os betabloqueadores podem aumentar os efeitos negativos sobre o inotropismo e dromotropismo cardíacos de antiarrítmicos (do tipo da quinidina e amiodarona). A associação de digitálicos glicosídeos e betabloqueadores, podem aumentar o tempo de condução atrioventricular e pode induzir a bradicardia. Em pacientes recebendo terapia com betabloqueador, os anestésicos inalatórios aumentam o efeito cardiodepressor. O tratamento concomitante com indometacina ou outros fármacos inibidores da prostaglandina sintetase pode diminuir o efeito anti-hipertensivo dos betabloqueadores. Sob certas condições, quando a epinefrina é administrada em pacientes tratados com betabloqueadores, os betabloqueadores cardiosseletivos interferem em menor grau com o controle da pressão sanguínea que os não-seletivos. Pode ser necessário um ajuste da dose de hipoglicemiantes orais em pacientes sob tratamento com betabloqueadores.

Reações adversas / Efeitos colaterais

O metoprolol é bem tolerado e as reações adversas têm sido, geralmente, leves e reversíveis. Os eventos a seguir têm sido relatados como eventos adversos em estudos clínicos ou em uso de rotina. Em muitos casos, não foi estabelecida uma relação com o tratamento com metoprolol. As seguintes definições de frequência são usadas: muito comum (>10%), comum (1-9,9%), incomum (0,1-0,9%), rara (0,01-0,09%) e muito rara (<0,01%). Sistema Cardiovascular Comum: Bradicardia, alterações posturais (muito raramente com síncope), mãos e pés frios, fenômeno de Raynaud e palpitações. Incomum: Deterioração dos sintomas de insuficiência cardíaca, choque cardiogênico em pacientes com infarto agudo do miocárdio*, bloqueio cardíaco de primeiro grau, edema e dor precordial. Rara: Alterações na condução cardíaca e arritmias cardíacas. Muito rara: Gangrena, em pacientes com alterações circulatórias periféricas graves preexistentes. * Excesso de frequência de 0,4% comparado com placebo em um estudo com 46000 pacientes quando a frequência de choque cardiogênico foi de 2,3% no grupo metoprolol e 1,9% no grupo placebo no subgrupo de pacientes com menor índice de risco de choque. O índice de risco de choque foi baseado no risco absoluto em cada paciente individualmente derivado da idade, sexo, time delay, classe Killip, pressão sanguínea, frequência cardíaca, anormalidades no ECG e histórico de hipertensão prévia. O grupo de pacientes com menor índice de risco de choque corresponde aos pacientes nos quais metoprolol é recomendado para o uso em infarto do miocárdio. Sistema Nervoso Central Muito comum: Fadiga. Comum: Vertigem e cefaléia. Incomum: Parestesia e cãibras musculares. Sistema Gastrointestinal Comum: Náusea, dor abdominal, diarréia e constipação. Incomum: Vômitos. Rara: Boca seca. Sistema Hematológico Muito rara: Trombocitopenia. Sistema Hepático Rara: Alterações de testes da função hepática. Muito rara: Hepatite. Metabolismo Incomum: Ganho de peso. Músculo-esquelético Muito rara: Artralgia. Efeitos Psiquiátricos Incomum: Depressão, dificuldade de concentração, sonolência ou insônia e pesadelos. Rara: Nervosismo, ansiedade e impotência/disfunção sexual. Muito rara: Amnésia/comprometimento da memória, confusão e alucinações. Sistema Respiratório Comum: Dispnéia de esforço. Incomum: Broncoespasmo. Rara: Rinite. Órgãos dos Sentidos Rara: Distúrbios da visão, irritação e/ou ressecamento dos olhos e conjuntivite. Muito rara: Zumbido e distúrbios do paladar. Pele Incomum: Exantema (na forma de urticária psoriasiforme e lesões cutâneas distróficas) e sudorese aumentada. Rara: Perda de cabelo. Muito rara: Reações de fotossensibilidade e agravamento da psoríase.

Posologia

Arritmias cardíacas: inicialmente até 5 mg injetado intravenosamente à razão de 1-2 mg/min. A injeção pode ser repetida em intervalos de 5 minutos até que se obtenha uma resposta satisfatória. Geralmente uma dose total de 10-15 mg é suficiente. São improváveis os benefícios da terapêutica com doses de 20 mg ou mais. Infarto do miocárdio: SELOKEN Injetável deve ser administrado intravenosamente o mais rápido possível após o início dos sintomas de infarto agudo do miocárdio. O tratamento deve ser iniciado em unidade coronariana ou similar, imediatamente após a estabilização hemodinâmica do paciente. Deve-se administrar 3 injeções em bolus de 5 mg, cada uma em intervalos de 2 minutos, dependendo das condições hemodinâmicas do paciente sob monitorização intensiva. Se o paciente tolerar a dose intravenosa total (15 mg), deve-se passar à dose de manutenção de 50 mg de tartarato de metoprolol por via oral, 4 vezes ao dia, iniciando-se 15 minutos após a última injeção intravenosa. Mantém-se este esquema geralmente por 48 horas. A dose de manutenção é de 100 mg de tartarato de metoprolol (SELOKEN comprimidos), via oral, 2 vezes ao dia (pela manhã e à noite), ou 200 mg de SELOZOK (succinato de metoprolol), 1 vez ao dia. Pacientes que não toleram a dose intravenosa total de SELOKEN Injetável (15 mg) devem iniciar o tratamento oral com cuidado, utilizando-se uma dose menor. Insuficiência renal: não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. Insuficiência hepática: normalmente, não é necessário ajuste de dose em pacientes com cirrose hepática, porque o metoprolol tem uma baixa taxa de ligação protéica (5-10%). Quando há sinais de sério comprometimento da função hepática (por exemplo pacientes submetidos a cirurgia de derivação) deve-se considerar uma redução da dose. Idosos: não é necessário ajuste de dose. Crianças: há experiência limitada do tratamento de crianças com SELOKEN Injetável.

Superdosagem

Sintomas: A superdosagem por SELOKEN pode ocasionar bradicardia, insuficiência cardíaca aguda, hipotensão e broncoespasmo. Tratamento generalizado deve incluir: Observação médica, tratamento em unidade intensiva, realização de lavagem gástrica, uso de carvão ativado e uso de laxante para evitar a absorção de qualquer fármaco ainda presente no trato gastrointestinal, uso de plasma ou substitutos de plasma para tratamento de quadro de hipotensão e choque. A hipotensão grave pode ser contida com 1-2 mg de atropina intravenosamente e/ou marcapasso. Se necessário, pode-se administrar uma dose em bolus de 10 mg de glucagon intravenosamente. Pode-se repetir essa dosagem ou seguir o tratamento com uma infusão intravenosa de 1 a 10 mg por hora dependendo da resposta. Se o efeito não for satisfatório ou não houver disponibilidade de glucagon, pode-se realizar uma infusão intravenosa de 2.5 a 10 µg/kg/min de um agonista beta adrenérgico, como por exemplo, dobutamina. A dobutamina também pode ser usada para o tratamento de hipotensão e insuficiência cardíaca aguda devido ao seu efeito inotrópico positivo. É provável que essa dosagem seja inadequada para reverter os efeitos cardíacos de um betabloqueador caso o paciente esteja sob efeito de uma grande superdosagem de SELOKEN. Assim a dose de dobutamina deve ser aumentada até que se obtenha a resposta clínica desejada. A administração de íons cálcio também pode ser considerada. Broncoespasmo pode geralmente ser revertido por broncodilatadores.

Características farmacológicas

O metoprolol é um bloqueador beta-1 seletivo, isto é, bloqueia os receptores beta-1 em doses muito menores que as necessárias para bloquear os receptores beta-2. O metoprolol possui um insignificante efeito estabilizador de membrana e não apresenta atividade agonista parcial. SELOKEN injetável reduz ou inibe o efeito agonista das catecolaminas no coração (as quais são liberadas durante o estresse físico e mental). Isto significa que o aumento usual da frequência cardíaca, do débito cardíaco, da contractilidade cardíaca e da pressão arterial, produzido pelo aumento agudo das catecolaminas, é reduzido pelo metoprolol. Quando os níveis endógenos de adrenalina estão aumentados, o metoprolol interfere muito menos no controle da pressão arterial do que os betabloqueadores não-seletivos. Quando necessário, pode-se administrar metoprolol em associação com um agonista beta-2 em pacientes com sintomas de doença pulmonar obstrutiva. Quando administrado junto com um agonista beta-2, o metoprolol, nas doses terapêuticas, interfere menos na broncodilatação causada pelo agonista beta-2 do que os betabloqueadores não-seletivos. SELOKEN injetável interfere menos na liberação de insulina e no metabolismo dos carboidratos do que os betabloqueadores não-seletivos. Interfere muito menos na resposta cardiovascular para hipoglicemia do que os betabloqueadores não-seletivos. Propriedades Farmacocinéticas Absorção e distribuição Após injeção intravenosa, o metoprolol é rapidamente distribuído durante 5-10 minutos. Os níveis plasmáticos mostram uma relação linear com a dose administrada em doses de 5-20 mg. A ligação do metoprolol às proteínas plasmáticas é baixa, aproximadamente 5-10%. Metabolismo e eliminação O metoprolol sofre metabolismo oxidativo no fígado primariamente pela isoenzima CYP2D6. Três principais metabólitos foram identificados, entretanto nenhum deles tem efeito betabloqueador de importância clínica. Via de regra, mais de 95% da dose oral pode ser recuperada na urina. Aproximadamente 5% da dose administrada é excretada na urina como fármaco inalterado, podendo aumentar para até 30% em casos isolados. A meia-vida de eliminação do metoprolol no plasma é em média de 3,5 horas (extremos: 1 e 9 horas). A taxa de depuração total é de aproximadamente 1 l/min. Os pacientes idosos não apresentam alterações significativas na farmacocinética do metoprolol em comparação com pessoas jovens. A biodisponibilidade sistêmica e eliminação do metoprolol não são alteradas em pacientes com função renal reduzida. Entretanto, a excreção dos metabólitos é reduzida. Foi observado um acúmulo significativo dos metabólitos em pacientes com uma taxa de filtração glomerular inferior a 5 ml/min. Esse acúmulo de metabólitos, entretanto, não aumenta o efeito betabloqueador. A farmacocinética do metoprolol é pouco afetada pela diminuição da função hepática. Entretanto, em pacientes com cirrose hepática grave e derivação porto-cava, a biodisponibilidade do metoprolol pode aumentar e a depuração total pode ser reduzida. Os pacientes com anastomose porto-cava apresentaram uma depuração total de aproximadamente 0,3 l/min e valores da área sob a curva de concentração plasmática-tempo (AUC) até 6 vezes maiores do que indivíduos sadios. Dados de segurança pré-clínica Estudos de curto prazo demonstraram que metoprolol pode causar um discreto aumento nos triglicérides e uma redução nos ácidos graxos livres no sangue. Em alguns casos, foi observada uma pequena redução na fração de lipoproteínas de alta densidade (HDL), embora em uma proporção menor do que a observada após a administração de betabloqueadores não-seletivos. Entretanto, foi demonstrada uma redução significativa nos níveis séricos totais de colesterol após tratamento com o metoprolol em um estudo realizado durante vários anos. A qualidade de vida é mantida inalterada ou é melhorada durante o tratamento com metoprolol. Foi observada uma melhora na qualidade de vida após tratamento com metoprolol em pacientes após infarto do miocárdio. Em homens com hipertensão arterial leve a moderada, metoprolol tem demonstrado reduzir o risco de morte por doença cardiovascular, principalmente devido ao risco reduzido de morte cardiovascular súbita, reduzir o risco de infarto do miocárdio fatal e não-fatal e de acidente vascular cerebral.

Resultados de eficácia

Efeitos no ritmo cardíaco Em casos de taquicardia supraventricular ou fibrilação atrial e na presença de extra-sístoles ventriculares, o metoprolol reduz a frequência ventricular e as extra-sístoles ventriculares. Efeitos no infarto do miocárdio Em pacientes com suspeita ou infarto do miocárdio confirmado, metoprolol reduz a mortalidade principalmente devido à redução do risco de morte súbita. Presume-se que este efeito seja em parte devido à prevenção da fibrilação ventricular. O efeito anti-fibrilatório pode ser devido a um mecanismo duplo: um efeito vagal na barreira hematoencefálica influenciando de maneira benéfica a estabilidade elétrica do coração, e um efeito antiisquêmico cardíaco direto simpático influenciando de maneira benéfica a contractilidade, a frequência cardíaca e a pressão arterial. Tanto na intervenção precoce, como na intervenção tardia, a redução da mortalidade também é observada em pacientes de alto risco com doença cardiovascular prévia e em pacientes com diabetes mellitus. O metoprolol tem também demonstrado reduzir o risco de reinfarto do miocárdio não-fatal.

Modo de usar

SELOKEN Injetável destina-se para uso sem diluição. Entretanto, pode-se adicionar 40 ml da solução injetável (8 ampolas), equivalente a 40 mg de tartarato de metoprolol, à 1.000 ml das seguintes soluções para infusão: soro fisiológico 0,9%, manitol 150 mg/ml, dextrose 50 mg/ml ou 100 mg/ml, frutose 200 mg/ml, açúcar invertido 100 mg/ml, Ringer, Ringer-dextrose e Ringer-acetato. A solução diluída de SELOKEN Injetável deve ser utilizada em até 12 horas.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Ver item Posologia.

Armazenagem

Conservar em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC).

Dizeres legais

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. MS - 1.1618.0071 Farm. Resp.: Dra. Daniela M. Castanho - CRF-SP nº 19.097 Fabricado por: AstraZeneca AB – Kvarnbergagatan – Södertälje – Suécia Importado por: AstraZeneca do Brasil Ltda. Rod. Raposo Tavares, km 26,9 – Cotia – SP – CEP 06707-000 CNPJ 60.318.797/0001-00 VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA USO HOSPITALAR E/OU PROFISSIONAL Nº do lote, data de fabricação e data de validade: vide cartucho. Todas as marcas nesta embalagem são propriedade do grupo de empresas AstraZeneca.

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