Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Novafarma

Apresentação

Pó para solução injetável

meropeném 500mg e 1g:caixa com 10 frascos-ampola de vidro transparente

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: EXCLUSIVAMENTE PARA USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 3 MESES

COMPOSIÇÃO
meropeném 500mg
Cada frasco-ampola contém 570,40mg de meropeném tri-hidratado equivalente a 500mg de meropeném anidro.

meropeném 1g
Cada frasco-ampola contém 1.140,80mg de meropeném tri-hidratado equivalente a 1g de meropeném anidro.
Excipiente: carbonato de sódio anidro.

Indicações

Meropeném é indicado para o tratamento das seguintes infecções em adultos e crianças, causadas por uma única ou múltiplas bactérias sensíveis e para o tratamento empírico antes da identificação do micro-organismo causador: infecções do trato respiratório inferior; infecções do trato urinário, incluindo infecções complicadas; infecções intra-abdominais; infecções ginecológicas, incluindo infecções puerperais; infecções de pele e anexos; meningite; septicemia; tratamento empírico, incluindo monoterapia inicial para infecções presumidamente bacterianas, em pacientes neutro pênicos; infecções polimicrobianas; fibrose cística, tanto como monoterapia quanto em associação com outros agentes antibacterianos. O patógeno não tem sido sempre erradicado nestes tratamentos.

Contra-indicações

Este medicamento é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade ao meropeném ou ao carbonato de sódio anidro.
Pacientes com história de hipersensibilidade a antibióticos carbapenêmicos, penicilinas ou outros antibióticos betalactâmicos também podem ser hipersensíveis ao meropeném.
Como ocorre com todos os antibióticos betalactâmicos, raras reações de hipersensibilidade (reações graves e ocasionalmente fatais) foram relatadas (ver item “REAÇÕES ADVERSAS”).

Advertências

Como acontece com outros antibióticos, pode ocorrer supercrescimento de micro-organismos não-sensíveis, sendo então necessárias repetidas avaliações de cada paciente. Raramente, foi relatada a ocorrência de colite pseudomembranosa com o uso de meropeném, assim como ocorre com praticamente todos os antibióticos. Desse modo, é importante considerar o diagnóstico de colite pseudomembranosa em pacientes que apresentem diarreia em associação ao uso de meropeném.
Não é recomendado o uso concomitante de meropeném e ácido valproico/valproato de sódio. Meropeném pode reduzir os níveis séricos de ácido valproico. Alguns pacientes podem apresentar níveis subterapêuticos (ver item “INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”).

Uso pediátrico
A eficácia e a tolerabilidade em neonatos com idade inferior a 3 meses não foram estabelecidas. Portanto, meropeném não é recomendado para uso abaixo desta faixa etária.

Uso durante a gravidez e lactação
A segurança de meropeném na gravidez humana não foi estabelecida, apesar dos estudos em animais não terem demonstrado efeitos adversos no feto em desenvolvimento. Meropeném não deve ser usado na gravidez, a menos que os benefícios potenciais para a mãe justifiquem os ris cos potenciais para o feto, a critério médico.
Categoria de risco na gravidez: B
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.”
Foram relatados casos de excreção de meropeném no leite materno.
Meropeném não deve se usado em mulheres que estejam amamentando, a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial para o bebê.

Uso em idosos e pacientes com insuficiência renal
Ver item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”.

Uso em pacientes com doença hepática
Pacientes portadores de alterações hepáticas pré-existente devem ter a função hepática monitorada durante o tratamento com meropeném.
Um teste de Coombs direto ou indireto poderá apresentar-se positivo.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não foram realizados estudos relacionados com a habilidade de dirigir e operar máquinas. No entanto, ao dirigir ou operar máquinas deve-se levar em conta que foram relatados casos de dores de cabeça, parestesia e convulsões durante do uso de meropeném.

Interações medicamentosas

A probenecida compete com meropeném pela secreção tubular ativa e, então, inibe a excreção renal do meropeném, provocando aumento da meia-vida de eliminação e da sua concentração plasmática.
Uma vez que a potência e a duração da ação de meropeném dosado sem a probenecida são adequadas, não se recomenda a coadministração de meropeném e probenecida. O efeito potencial de meropeném sobre a ligação de outros fármacos às proteínas plasmáticas ou sobre o metabolismo não foi estudado. No entanto, a ligação às proteínas é tão baixa que não se espera que haja interação com outros fármacos, considerando-se este mecanismo.
Foram relatadas reduções nas concentrações plasmáticas de ácido valproico quando coadministrado com agentes carbapenêmicos resultando na diminuição de 60 - 100% dos níveis de ácido valproico em aproximadamente dois dias. Devido ao rápido início e ao prolongamento da redução da concentração a coadministração de meropeném e m pacientes estabilizados com ácido valproico não é considerada gerenciável e deve ser evitada (ver item “ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).
Meropeném foi administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos sem interações adversas aparentes. Entretanto, não foram conduzidos estudos de interação com fármacos específicos, além do estudo com a probenecida.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Meropeném é geralmente bem tolerado. Os eventos adversos graves são raros e raramente requerem interrupção da terapia. As reações adversas a seguir foram identificadas durante os estudos clínicos com meropeném. As reações adversas estão classificadas de acordo com a frequência: muito comum (≥ 10%); comum (≥ 1% e < 10%); incomum (≥ 0,1% e < 1%); rara (≥0,01% e < 0,1%); muito rara (< 0,01%).

Frequência das reações adversas
Comum (≥ 1% e < 10%)
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: Trombocitemia
Distúrbios do sistema nervoso: Cefaleia
Distúrbios gastrintestinais: Náusea, vômito, diarreia
Distúrbios hepatobiliares: Aumento das alanina-aminotransaminases, aumento das
aspartato-aminotransferases, aumento da fosfatase alcalina sanguínea, aumento da desidrogenase láctica sanguínea e aumento da gama-glutamiltransferase
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: Exantema e prurido
Distúrbios gerais e do local de aplicação: Inflamação e dor

Incomum (≥ 0,1% e < 1%)
Infecções e infestações: Candidíase oral e vaginal
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: Eosinofilia, trombocitopenia, leucopenia, neutropenia
Distúrbios do sistema nervoso: Parestesia
Distúrbios hepatobiliares: Aumento da bilirrubina sanguínea
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: Urticária
Distúrbios gerais e do local de aplicação: Tromboflebites

Rara (≥ 0,01% e < 0,1%)
Distúrbio do sistema nervoso: Convulsões

As reações adversas a seguir foram identificadas durante os estudos clínicos pós-comercialização e relatos espontâneos:
Rara (≥ 0,01% e < 0,1%)
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: Agranulocitose

Muito Rara (< 0,01%)
Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático: Anemia hemolítica
Distúrbios do sistema imune: Angioedema, manifestações de anafilaxia
Distúrbios gastrintestinais: Colite pseudomembranosa
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo: Eritema multiforme, Síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica

“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.”

Posologia

Uso em adultos
A faixa de dosagem é de 1,5g a 6,0g diários, divididos em três administrações.
Dose usual: 500mg a 1g, por administração intravenosa a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente.
Exceções:
1)Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 1g a cada 8 horas.
2)Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 2 g a cada 8 horas.
Quando tratar-se de infecções conhecidas ou suspeitas de serem causadas por Pseudomonas aeruginosa, recomenda-se doses de pelo menos 1g a cada 8 horas para adultos (a dose máxima não deve ultrapassar 6g por dia, divididos em 3 doses) e doses de pelo menos 20mg/kg a cada 8 horas para crianças (a dose máxima não deve ultrapassar 120mg/kg por dia, divididos em 3 doses).
Testes regulares de suscetibilidade são recomendados no tratamento de infecções por Pseudomonas aeruginosa. Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos (ver item “CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO”). Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 2g.

Uso em adultos com função renal alterada
A dose deve ser reduzida em pacientes com clearance de creatinina inferior a 51mL/min, como esquematizado abaixo:

Clearance de creatinina
(mL/min)

Dose (baseada na faixa de
unidade de dose de 500mg a
2,0g a cada 8 horas)

Frequência

26 - 50
10 - 25
< 10

1 unidade de dose
½ unidade de dose
½ unidade de dose

A cada 12 horas
A cada 12 horas
A cada 24 horas

 

 

 

 



Meropeném é eliminado através da hemodiálise e hemofiltração, caso seja necessário a continuidade do tratamento com meropeném, recomenda-se que no final do procedimento de hemodiálise o tratamento efetivo seja reinstituído na dosagem adequada baseada no tipo e gravidade da infecção.
Não existe experiência com diálise peritoneal.

Uso em adultos com insuficiência hepática
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com disfunção no metabolismo hepático.

Uso em idosos
Não é necessário ajuste de dose para idosos com função renal normal ou com valores de clearance de creatinina superiores a 50mL/min.

Uso em crianças
Para crianças acima de 3 meses de idade e até 12 anos, a dose intravenosa é de 10 a 40mg/kg a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente. Em crianças com peso superior a 50kg, dev e ser utilizada a posologia para adultos.
Exceções:
1)Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 20mg/kg a cada 8 horas.
2)Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 4 0mg/kg a cada 8 horas.
Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos (ver item “CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO”). Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 40mg/kg para crianças.
Não há experiência em crianças com função renal alterada.
Se deixar de administrar uma injeção de meropeném, esta deve ser administrada assim que possível. Geralmente, não se deve administrar duas injeções ao mesmo tempo.

Reconstituição e compatibilidade
Para injeção intravenosa em bolus meropeném deve ser reconstituído em água para injetáveis (10mL para cada 500mg), conforme tabela abaixo. Deve-se agitar a solução re constituída antes do uso.

As soluções reconstituídas são claras ou amarelo-pálidas.

Frasco-ampola

Conteúdo do diluente a
ser adicionado

Volume final

Concentração final após
reconstituição

500mg10mL10,3mL48,54mg/mL
1g20mL20,4mL49,02mg/mL

 

 

 

 



Para infusão intravenosa, os frascos-ampola de meropeném podem ser diretamente reconstituídos com um fluido de infusão compatível e, posteriormente, esta solução pode ser diluída com outra solução, também compatível, para infusão conforme necessário.
Utilizar preferencialmente soluções de meropeném recém-preparadas.
Meropeném não deve ser misturado ou adicionado a soluções que contenham outros fármacos.

Superdosagem

É improvável que ocorra a superdosagem intencional, embora a superdosagem possa ocorrer particularmente em pacientes com disfunção renal. Experiências limitadas na pós-comercialização indicam que se ocorrer um efeito ad verso decorrente de superdosagem, este não será diferente dos descritos no item “REAÇÕES ADVERSAS” e será geralmente de gravidade leve e solucionado com a suspensão do tratamento ou redução da dose. O tratamento sintomático deve ser considerado.
Em indivíduos com função renal normal ocorrerá rápida eliminação renal. Hemodiálise, se necessário, removerá meropeném e seu metabólito.
“Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, s e você precisar de mais orientações.”

Características farmacológicas

CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
O meropeném é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral que é estável à deidropeptidase-I human (DHP-I). O meropeném é estruturalmente similar ao imipeném. Possui fórmula molecular C 17H25N3O5S.3H2O e peso molecular igual a 437,5.

PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
O meropeném exerce sua ação bactericida através da interferência com a síntese da parede celular bacteriana. A facilidade com que penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas betalactamases e sua notável afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs) explicam a potente atividade bactericida de meropeném contra um amplo espectro de bactérias aeróbicas e anaeróbicas. As concentrações bactericidas estão geralmente dentro do dobro da diluição das concentrações inibitórias mínimas (CIMs).

Mecanismos de resistência
A resistência bacteriana ao meropeném pode ser resultado de um ou mais fatores: (1) redução da permeabilidade da membrana externa das bactérias gram-negativas (devido à produção reduzida de porinas); (2) redução da afinidade dos
PBPs alvos; (3) aumento da expressão dos componentes da bomba de efluxo; e (4) produção de beta-lactam ases que possam hidrolisar os carbapenêmicos.
Em algumas regiões foram relatados agrupamentos localizados de infecções devido à resistência bacteriana a carbapenêmicos.
A suscetibilidade ao meropeném de um dado clínico isolado deve ser determinada por métodos padronizados. As interpretações dos resultados dos testes podem ser realizadas de acordo com as doenças infecciosas locais e diretrizes de microbiologia clínica.
O espectro antibacteriano do meropeném inclui as seguintes espécies, baseadas na experiência clínica e nas diretrizes terapêuticas.

Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios gram-positivos
Enterococcus faecalis (note que E. faecalis pode naturalmente apresentar suscetibilidade intermediária), Staphylococcus aureus (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSA [ S. aureus resistente à oxacilina] são resistentes ao meropeném), Staphylococcus, incluindo espécies Staphylococcus epidermidis (apenas cepas suscetíveis à meticilina: estafilococos resistentes à meticilina, incluindo o MRSE [ S. epidermidis resistentes à meticilina] são resistentes ao meropeném), Streptococcus agalactiae (Streptococcus grupo B), grupo Streptococcus milleri (S. anginosus, S. constellatus e S. intermedius), Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes (streptococcus grupo A).

Espécies comumente suscetíveis: Aeróbios gram-negativos
Citrobacter freundii, Citrobacter koseri, Enterobacter aerogenes, Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis, Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca; Morganella morganii, Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Serratia marcescens.

Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios gram-positivos
Clostridium perfringens, Peptoniphilusa saccharolyticus, Peptostreptococcus species (incluindo P. micros, P. anaerobius, P. magnus).

Espécies comumente suscetíveis: Anaeróbios gram-negativos
Bacteroides caccae, Bacteroides fragilis, Prevotella bivia, Prevotella disiens.

Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios gram-positivos
Enterococcus faecium (E. faecium pode apresentar naturalmente suscetibilidade intermediária mesmo sem mecanismos de resistência adquiridos).

Espécies para as quais a resistência adquirida pode ser um problema: Aeróbios gram-negativos
Acinetobacer species, Burkholderia cepacia, Pseudomonas aeruginosa.

Organismos inerentemente resistentes: Aeróbios gram-negativos
Stenotrophomonas maltophiliae espécies de Legionella.

Outros organismos inerentemente resistentes
Chlamydophila pneumoniae, Chlamydophila psittaci, Coxiella burnetii, Mycoplasma pneumoniae.
A literatura médica publicada descreve suscetibilidade ao meropeném in vitro de várias outras espécies de bactérias. No entanto, o significado clínico desses achados in vitro é incerto. Aconselhamento sobre o significado clínico dos achados in vitro deve ser obtido a partir de doenças infecciosas locais, com especialistas em microbiologia clínica local e com diretrizes profissionais locais.

PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
Em pacientes saudáveis a meia-vida de eliminação de meropeném é de aproximadamente 1 hora; o volume de distribuição médio é de aproximadamente 0,25L/kg e a depuração média é de 239 mL/min. a 500mg caindo para 205mL/min.a 2g. Doses de 500, 1.000 e 2.000mg de meropeném em uma infusão de 30 minutos resulta em picos de concentração plasmática de aproximadamente 23µg/mL para dose de 500mg; 49µg/mL para dose de 1g e 115µg/mL após dose de 2g, que corresponde a valores de AUC de 39,3, 62,3 e 153µg.h/mL, respectivamente. Após infusão por 5 minutos os valores de concentração máxima (Cmáx) são 52 e 112 µg/mL após doses de 500 e 1.000mg, respectivamente. Quando doses múltiplas são administradas a indivíduos com função renal normal, em intervalos de 8 horas, não há ocorrência de acúmulo de meropeném.
Um estudo com 12 pacientes com meropeném 1.000mg administrado a cada 8 horas para infecções abdominais pós- cirurgia demonstrou um Cmáx e tempo de meia-vida comparáveis como os de pacientes normais, porém apresentou maior volume de distribuição (27L).

Distribuição
A ligação de meropeném às proteínas plasmáticas foi de aproximadamente 2% e foi independente da concentração. O meropeném tem boa penetração na maioria dos tecidos e fluidos corporais, incluindo pulmões, secreções brônquicas, bile, líquor, tecidos ginecológicos, da pele, fáscia, músculo e exsudado peritoneal.

Metabolismo
O meropeném é metabolizado por hidrólise do anel betalactâmico gerando um metabólito microbiologicamente inativo. In vitro o meropeném apresenta uma reduzida suscetibilidade para hidrólise por deidropeptidase-1 (DHP-I) humana comparada ao imipeném e não é requerida a coadministração de um inibibor de DHP-I.

Eliminação
O meropeném é primariamente excretado pelos rins; aproximadamente 70% (50% - 70%) da dose é excretada inalterada em 12 horas. Mais de 28% é recuperado como metabólito microbiologicamente inativo. A eliminação fecal representa 2% da dose. A depuração renal medida e efeito da probenecida mostram que o meropeném sofre filtração e secreção tubular.

Insuficiência renal
Distúrbios renais resultam em um aumento da AUC (área sob a curva) plasmática e do tempo de meia-vida. Há aumentos da AUC de 2,4 vezes em pacientes com distúrbios renais moderados (CrCL 33 - 74mL/min), aumento de 5 vezes em pacientes com distúrbios renais graves (CrCL 4 - 23mL/min) e aumento de 10 vezes em pacientes que fazem hemodiálise (CrCL < 2mL/min) quando comparado com pacientes saudáveis (CrCL > 80mL/min). A AUC do metabólito microbiologicamente inativo de anel aberto foi também consideravelmente maior em pacientes com distúrbios renais. São necessários ajustes de dose em indivíduos com disfunção renal moderada ou grave.
O meropeném é eliminado por hemodiálise com depuração aproximadamente 4 vezes maior que em pacientes a núricos.

Insuficiência hepática
Um estudo em pacientes com cirrose alcoólica não demonstrou na farmacocinética de meropeném efeitos relacionados à doença no fígado após doses repetidas.

Adultos
Os estudos farmacocinéticos realizados em pacientes não demonstraram diferenças significativas de farmacocinética versus indivíduos saudáveis com função renal equivalente. A população modelo desenvolvida a partir dos dados de 79 pacientes com infecção intra-abdominal ou pneumonia mostraram que dependem do volume central sobre o peso e da depuração da creatinina e da idade.

Crianças
A farmacocinética em adolescentes e crianças com infecção, a doses de 10, 20 e 40mg/kg apresentou valo res de Cmáx aproximados aos dos valores em adultos nas doses de 500, 1.000 e 2.000mg, respectivamente. A comparação demonstrou farmacocinética consistente entre as doses e os tempos de meia-vida semelhante a dos adultos para todos os pacientes, menos os mais novos (< 6 meses t ½ 1,6 horas). As depurações médias do meropeném foram 5,8mL/min/kg (6 - 12 anos), 6,2mL/min/kg (2 - 5 anos), 5,3mL/min/kg (6 – 23 meses) e 4,3mL/min/kg (2 - 5 meses). Aproximadamente 60% da dose é excretada na urina em até 12 horas como meropeném e mais de 12% como metabólito. As concentrações de meropeném no líquido cefalorraquidiano das crianças com meningite são de aproximadamente 20% dos níveis plasmáticos corrente embora haja uma variabilidade individual significante.
A farmacocinética de meropeném em neonatos requerendo tratamento anti-infeccioso apresentou aumento da depuração em neonatos com cronologia ou idade gestacional maior, com uma média de tempo de eliminação de 2,9 horas.
A simulação de Monte Carlo baseada no modelo de população PK demonstrou que o regime de dose de 20mg/k g a cada 8 horas atingiu 60% T > CIM para P. aeruginosa em 95% dos neonatos prematuros e em 91% dos neonatos não prematuros.

Idosos
Estudos farmacocinéticos em pacientes idosos saudáveis (65 - 80 anos) demonstraram redução da depuração plasmática correlacionada com a redução da depuração da creatinina associada à idade e com a pequena redução da depuração não-renal. Não é necessário o ajuste de dose em pacientes idosos, exceto em casos de distúrbios renais moderados a graves (ver item “POSOLOGIA E MODO DE USAR”).

Dados de segurança pré-clínica
Estudos em animais indicam que meropeném é bem tolerado pelos rins. Evidência histológica de dano tubular renal foi observado em camundongos e em cães apenas em doses de 2.000mg/kg e em doses superiores.
O meropeném é geralmente bem tolerado pelo Sistema Nervoso Central (SNC). Foram observados efeitos apenas com doses muito altas de 2.000mg/kg ou mais.
A DL50 IV de meropeném em roedores é superior a 2.000mg/k. Em estudos de doses repetidas de até 6 meses de duração foram observados apenas efeitos secundários, incluindo um pequeno decréscimo nos parâmetros dos glóbulos vermelhos e um aumento no peso do fígado em cães, com dose de 5 00mg/kg.
Não houve evidência de potencial mutagênico nos 5estes realizados e nenhuma evidência de toxicidade reprodutiva, incluindo potencial teratogênico, em estudos nas doses mais altas possíveis em ratos e macacos (o nível de dose sem efeito de uma pequena redução no peso corpóreo F1 em rato foi 120mg/kg).
Não houve evidência de suscetibilidade aumentada ao meropeném em animais jovens em comparação com animais adultos. A formulação intravenosa foi bem tolerada em estudos em animais. A formulação intramuscular causou necrose reversível no local da injeção.
O único metabólito de meropeném teve um perfil similar de baixa toxicidade em estudos em animais.

Resultados de eficácia

O meropeném é estável em testes de suscetibilidade que podem ser realizados utilizando-se os sistemas de rotina normal. Testes in vitro mostram que meropeném pode atuar de forma sinérgica com vários antibióticos. Demonstrou-se que meropeném, tanto in vitro quanto in vivo, possui um efeito pós-antibiótico contra micro-organismos gra m-positivos egram-negativos. O meropeném é ativo in vitro contra muitas cepas resistentes a outros antibióticos betalactâmicos. Isto é explicado parcialmente pela maior estabilidade às betalactamases. A atividade in vitro contra cepas resistentes às classes de antibióticos não relacionadas, como aminoglicosídeos ou quinolonas, é normal.
A prevalência de resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas, e informações locais sobre resistências são importantes particularmente quando relacionadas ao tratamento de infecções graves. Se necessário, deve-se procurar aconselhamento de um especialista quando a prevalência local da resistência é tal que a utilidade do agente em pelo menos alguns tipos de infecções é questionável.

Armazenagem

Meropeném deve ser mantido em sua embalagem original, protegido da luz e umidade, devendo ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30°C). O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: v ide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
“Após reconstituição em água para injetáveis, a solução é estável em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC) por 3 horas ou sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) por 16 horas.”
“Após reconstituição em cloreto de sódio 0,9%, a solução é estável em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC) por 3 horas ou manter sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) por 15 horas.”

“Após reconstituição em glicose 5%, a solução deve ser utilizada imediatamente.”
Atenção: Medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração. Frequentemente os hospitais reconstituem produtos injetáveis utilizando agulha 40 x 1,2mm. Pequenos fragmentos de rolha podem ser levados para dentro do frasco durante o procedimento. Deve-se, portanto, inspecionar cuidadosamente os produtos antes da administração, descartando-os se contiverem partículas. Agulhas 25 x 0,8mm, embora dificultem o processo de reconstituição, têm menor probabilidade de carregarem partículas de rolhas para dentro dos frascos.
No preparo e administração das soluções parenterais, devem ser seguidas as recomendações da Comissão de Controle de Infecção em Serviços de Saúde quanto a: desinfecção do ambiente e de superfícies, higienização das mãos, uso de EPIs
(Equipamentos de Proteção Individual) e desinfecção de ampolas, frascos, pontos de adição dos medicamentos e conexões das linhas de infusão.
Meropeném apresenta-se na forma de pó branco a amarelado.
A solução para injeção intravenosa em bolus deve se r preparada dissolvendo o produto meropeném em água para injetáveis, com concentração final de 50mg/mL.
A solução para infusão intravenosa deve ser preparada dissolvendo o produto meropeném em solução para infusão de cloreto de sódio 0,9% ou solução para infusão de gl icose 5%, com concentração final de 1 a 20mg/mL.
Após reconstituição, as soluções de meropeném não devem ser congeladas.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

Dizeres legais

Registro MS 1.1402.0075
Farmacêutico Responsável: Walter F. da Silva Junior
CRF-GO: 5497

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
ME – 003476

Novafarma Indústria Farmacêutica Ltda
Av. Brasil Norte, 1255. Bairro Cidade Jardim – Anápolis – GO
CNPJ: 06.629.745/0001-09 – Indústria Brasileira

Bula para o Paciente

1. PARA QUE ESTE MEDICAMENTO É INDICADO?
Meropeném é indicado para o tratamento das seguintes infecções em adultos e crianças, causadas por uma única ou múltiplas bactérias sensíveis e como tratamento empírico antes da identificação do micro-organismo causador: infecções do trato respiratório inferior; infecções urinárias, incluindo infecções complicadas;
infecções intra-abdominais; infecções ginecológicas, incluindo infecções pós-parto; infecções de pele e anexos; meningite (inflamação das membranas do cérebro ou da medula espinhal); septicemia (doença sistêmica causada pela propagação de micro-organismos e suas toxinas através do sangue); tratamento empírico (uso inicial de antimicrobianos baseado nos agentes mais prováveis da infecção), incluindo monoterapia inicial para infecções presumidamente bacterianas, em pacientes neutropênicos (com baixo número de neutrófilos no sangue); infecções polimicrobianas (causadas por vários microrganismos) devido ao seu amplo espectro de atividade bactericida contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, aeróbias e anaeróbias; fibrose cística (doença hereditária comum, que afeta todo o organismo, causando deficiências progressivas e, frequentemente, levando à morte prematura), tanto como monoterapia, quanto em associação com outros agentes antibacterianos. O patógeno não tem sido sempre erradicado nestes tratamentos.

2. COMO ESTE MEDICAMENTO FUNCIONA?
O meropeném é um antibiótico carbapenêmico para uso parenteral (administrado por via injetável). O meropeném exerce sua ação bactericida através da interferência com a síntese da parede celular bacteriana. A facilidade com que penetra nas células bacterianas, seu alto nível de estabilidade a maioria das serinas betalactamases e sua notável afinidade pelas múltiplas proteínas ligantes de penicilina (PBPs) explicam a potente atividade bactericida de meropeném contra um amplo espectro de bactérias aeróbicas e anaeróbicas.

3. QUANDO NÃO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Você não deve utilizar meropeném se apresentar alergia ao meropeném ou carbonato de sódio anidro. Antes de iniciar o tratamento com meropeném, informe seu médico se você tem reação alérgica a qualquer outro antibiótico, incluindo penicilinas, outros carbapenêmicos ou outros antibióticos betalactâmicos.

4. O QUE DEVO SABER ANTES DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
Como acontece com outros antibióticos, pode ocorrer supercrescimento de micro-organismos não-sensíveis ,sendo então necessárias repetidas avaliações de cada paciente.
Raramente, foi relatada a ocorrência de colite pseudomembranosa (inflamação do intestino), assim como ocorre com praticamente todos os antibióticos. Desse modo, é importante considerar o diagnóstico de colite pseudomembranosa em pacientes que apresentem diarreia em associação ao uso de meropeném. Informe seu médico se você teve diarreia grave decorrente do uso de outros antibióticos.

Uso pediátrico
A eficácia e a tolerabilidade em neonatos com idade inferior a 3 meses não foram estabelecidas. Portanto, meropeném não é recomendado para uso abaixo desta faixa etária.

Uso durante a gravidez e lactação
A segurança de meropeném na gravidez humana não foi estabelecida, apesar dos estudos em animais não terem demonstrado efeitos adversos no feto em desenvolvimento. Meropeném não deve ser usado na gravidez, a menos que os benefícios potenciais para a mãe justifiquem os riscos potenciais para o feto, a critério médico.
Categoria B de risco na gravidez.
“Este medicamento não deve ser utilizado por mulher es grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.”
Foram relatados casos de excreção de meropeném no leite materno. Meropeném não deve ser usado em mulheres que estejam amamentando, a menos que os benefícios potenciais justifiquem o risco potencial para o bebê.
Você deve informar seu médico se estiver amamentando.

Uso em idosos e pacientes com insuficiência renal
Ver item “COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?”.

Pacientes com doença hepática
Informe seu médico se você tem problemas no fígado, pois pacientes portadores de alterações hepáticas devem ter a função do fígado monitorada durante o tratamento com meropeném.

Pacientes com doença renal
Informe seu médico se você tem problemas nos rins. A dose de meropeném pode precisar ser reduzida se os rins não estiverem funcionando adequadamente.

Efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas
Não se espera que meropeném afete a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas, mas é importante avaliação do médico, pois foram relatados casos de dores de cabeça, parestesia (sensações desagradáveis de coceira, queimação, dormência não causadas por estímulo exterior ao corpo) e convulsões durante o uso do medicamento.

Interações medicamentosas
Informe seu médico se estiver tomando ácido valproico, pois o uso concomitante com meropeném pode reduzir os níveis sanguíneos desta medicação.
Informe seu médico se você estiver tomando probenecida. Não se recomenda a coadministração de meropeném e probenecida.
Meropeném foi administrado concomitantemente com muitos outros medicamentos sem interações adversas aparentes. Entretanto, não foram conduzidos estudos de interação com fármacos específicos, além do estudo com a probenecida.
“Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.” “Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde”.

5. ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?
Meropeném deve ser mantido em sua embalagem original, protegido da luz e umidade, devendo ser conservado em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30°C). O prazo de validade do medicamento é de 24 meses a partir da data de fabricação.

“Número de lote e datas de fabricação e validade: v ide embalagem.”
“Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.”
“Após reconstituição em água para injetáveis, a solução é estável em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC) por 3 horas ou sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) por 16 horas.”

“Após reconstituição em cloreto de sódio 0,9%, a solução é estável em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC) por 3 horas ou manter sob refrigeração (entre 2ºC e 8ºC) por 15 horas.”
“Após reconstituição em glicose 5%, a solução deve ser utilizada imediatamente.”

Atenção: Medicamentos parenterais devem ser bem inspecionados visualmente antes da administração, para se detectar alterações de coloração ou presença de partículas sempre que o recipiente e a solução assim o permitirem.
Meropeném apresenta-se na forma de pó branco a amarelado.
No preparo e administração das soluções parenterais, devem ser seguidas as recomendações da Comissão d e Controle de Infecção em Serviços de Saúde quanto a: desinfecção do ambiente e de superfícies, higienização das mãos, uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e desinfecção de ampolas, frascos, pontos de adição dos medicamentos e conexões das linhas de in fusão.
A solução para injeção intravenosa em bolus deve se r preparada dissolvendo o produto meropeném em água para injetáveis, com concentração final de 50mg/mL.
A solução para infusão intravenosa deve ser prepara da dissolvendo o produto meropeném em solução para infusão de cloreto de sódio 0,9% ou solução para in fusão de glicose 5%, com concentração final de 1 a 20mg/mL.
Após reconstituição, as soluções de meropeném não devem ser congeladas.

“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. C aso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”

6. COMO DEVO USAR ESTE MEDICAMENTO?
Uso em adultos
A faixa de dosagem é de 1,5g a 6,0g diários, divididos em três administrações.
Dose usual: 500mg a 1g, por administração intravenosa a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da sensibilidade conhecida ou esperada do (s) patógeno(s) e das condições do paciente.

Exceções:
1)Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 1g a cada 8 horas.
2)Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 2 g a cada 8 horas.
Quando tratar-se de infecções conhecidas ou suspeitas de serem causadas por Pseudomonas aeruginosa, recomenda-se doses de pelo menos 1g a cada 8 horas para adultos (a dose máxima não deve ultrapassar 6g por dia, divididos em 3 doses) e doses de pelo menos 20mg/kg a cada 8 horas para crianças (a dose máxima não deve ultrapassar 120mg/kg por dia, divididos em 3 doses).
Testes regulares de suscetibilidade são recomendados no tratamento de infecções por Pseudomonas aeruginosa. Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos (ver item “ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?”). Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 2g.

Uso em adultos com doença renal: A dose deve ser reduzida em pacientes com clearance (depuração) de creatinina inferior a 51mL/min, como esquematizado abaixo:

Clearance de creatinina
(mL/min)

Dose (baseada na faixa de
unidade de dose de 500mg a
2,0g a cada 8 horas)

Frequência

26 - 50
10 - 25
< 10

1 unidade de dose
½ unidade de dose
½ unidade de dose

A cada 12 horas
A cada 12 horas
A cada 24 horas

 

 

 

 



Meropeném é eliminado através da hemodiálise e hemofiltração, caso seja necessário a continuidade do tratamento com meropeném, recomenda-se que no final do procedimento de hemodiálise o tratamento efetivo seja reinstituído na dosagem adequada baseada no tipo e gravidade da infecção.
Não existe experiência com diálise peritoneal.

Uso em adultos com doença hepática: Não é necessário ajuste de dose.
Uso em idosos: Não é necessário ajuste de dose para idosos com função renal normal ou com valores de clearance de creatinina superiores a 50mL/min.
Uso em crianças: Para crianças acima de 3 meses de idade e até 12 anos, a dose intravenosa é de 10 a 40mg/kg a cada 8 horas, dependendo do tipo e da gravidade da infecção, da suscetibilidade conhecida ou esperada do(s) patógeno(s) e das condições do paciente. Em criança s com peso superior a 50kg, deve ser utilizada a posologia para adultos.

Exceções:
1)Episódios de febre em pacientes neutropênicos – a dose deve ser de 20mg/kg a cada 8 horas.
2)Meningite/fibrose cística – a dose deve ser de 4 0mg/kg a cada 8 horas.
Meropeném deve ser administrado como injeção intravenosa em bolus por aproximadamente 5 minutos ou por infusão intravenosa de aproximadamente 15 a 30 minutos (ver item “ONDE, COMO E POR QUANTO TEMPO POSSO GUARDAR ESTE MEDICAMENTO?”). Há dados limitados sobre segurança disponíveis para apoiar a administração de bolus de 40mg/kg par a crianças.
Não há experiência em crianças com função renal alterada.

Reconstituição e compatibilidade Preparo de meropeném:
Para injeção intravenosa em bolus meropeném deve ser reconstituído em água para injetáveis (10mL para cada 500mg). Essa reconstituição fornece uma solução de concentração final de aproximadamente 50mg/mL. As soluções reconstituídas são claras ou amarelo-pálidas.

Frasco-ampola

Conteúdo do diluente a
ser adicionado

Volume final

Concentração final após
reconstituição

500mg10mL10,3mL48,54mg/mL
1g20mL20,4mL49,02mg/mL

 

 

 

 



Para infusão intravenosa, os frascos-ampola de meropeném podem ser diretamente reconstituídos com um fluido de infusão compatível e, posteriormente, est a solução pode ser diluída com outra solução, também compatível, para infusão conforme necessário.
Utilizar preferencialmente soluções de meropeném recém-preparadas. Deve-se agitar a solução reconstituída antes do uso.
Meropeném não deve ser misturado ou adicionado a soluções que contenham outros fármacos.
“Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de s eu médico.”

7. O QUE DEVO FAZER QUANDO EU ME ESQUECER DE USAR ESTE MEDICAMENTO?
O esquema de doses será estabelecido por seu médico, que irá monitorar a administração adequada nos períodos determinados.
“Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.”

8. QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?
Durante o tratamento com meropeném podem ocorrer as seguintes reações adversas:
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Trombocitemia (aumento do número de plaquetas no sangue), cefaleia (dor de cabeça), náusea, vômito, diarreia, aumento das enzimas hepáticas (transaminases séricas, fosfatase alcalina, desidrogenase láctica e aumento da gamaglutamiltransferase), exantema (manchas ou pápulas na pele), prurido (coceira), inflamação e dor no local da aplicação.

Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Candidíase oral (infecções por fungos na boca) e vaginal (infecções por fungos na vagina), eosinofilia (aumento do número de eosinófilos no sangue), trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue), leucopenia (diminuição dos glóbulos brancos do sangue), neutropenia (diminuição do número de neutrófilos no sangue), parestesia (sensação de dormência), aumento da bilirrubina sanguínea, urticária (coceira na pele com vermelhidão) e tromboflebites (inflamação venosa com formação de trombo).

Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Convulsões e agranulocitose (ausência ou número insuficiente de glóbulos brancos/granulócitos no sangue).

Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam esse medicamento)
Anemia hemolítica, angioedema (inchaço da pele, mucosas, vísceras e cérebro), manifestações de anafilaxia (reações alérgicas intensas), colite pseudomembranosa (inflamação no intestino), eritema multiforme (vermelhidão inflamatória da pele), Síndrome de Stevens-Johnson (reação alérgica com formação de erupções cutâneas nas mucosas) e necrólise epidérmica tóxica (degeneração da pele).
“Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.”

9. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO?
É improvável que ocorra a superdosagem intencional, embora a superdosagem possa ocorrer particularmente em pacientes com alteração renal. Experiências limitadas na pós-comercialização indicam que se ocorrer um efeito adverso decorrente de superdosagem, este não será diferente dos descritos no item “QUAIS OS MALES QUE ESTE MEDICAMENTO PODE ME CAUSAR?” e será geralmente de gravidade leve e solucionado com a suspensão do tratamento ou redução da dose.
O tratamento sintomático deve ser considerado.
Em indivíduos com função normal dos rins ocorrerá rápida eliminação renal. Hemodiálise, se necessário, removerá meropeném e seu metabólito.
“Em caso de uso de uma grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”

ure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.”