As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
AristonApresentação
Solução injetável: sulfato de magnésio a 10% e 50% em caixas
com 50 ou 100 ampolas de 10 MlIndicações
Tratamento e profilaxia da hipomagnesemia moderada e severa.
No controle imediato das crises convulsivas causadas por eclâmpsia.Contra-indicações
O sulfato de magnésio é contra-indicado em pacientes com bloqueio e/ou
dano cardíaco, em estados de hipermagnesemia e na insuficiência respiratória
grave.Advertências
Precauções
Devido à sua exclusiva excreção renal, o sulfato de magnésio deve ser
administrado com extrema cautela em pacientes com insuficiência renal.
Níveis plasmáticos de magnésio anormalmente elevados podem causar
rubor, sudorese, hipotensão, colapso circulatório e depressão do sistema
nervoso central.
A administração de magnésio pode causar hipermagnesemia fetal e neonatal.
Se houver o uso concomitante de barbitúricos, narcóticos ou outros
hipnóticos (ou anestésicos sistêmicos), as doses desses medicamentos
devem ser ajustadas devido aos efeitos depressores aditivos do magnésio
sobre o SNC.
Durante todo o período de terapêutica parenteral com sais de magnésio, o
paciente deve ser cuidadosamente monitorado. Uma preparação de sais de
cálcio, como o gluconato, deve estar prontamente disponível para
administração intravenosa como antídoto em caso de uma possível intoxicação
com magnésio.
Advertências
O uso parenteral em presença de insuficiência renal pode levar à intoxicação
com magnésio.Uso na gravidez
Uso na gravidez:
Como os estudos realizados em mulheres grávidas não excluem o risco de
danos ao feto, o sulfato de magnésio parenteral deve ser utilizado na gravidez
somente se estritamente necessário.
Uso na lactação:
Como o magnésio passa para o leite materno durante a administração
parenteral de sulfato de magnésio, o medicamento deve ser utilizado com
precaução em mulheres lactantes.
Categoria de risco na gravidez: CInterações medicamentosas
· Depressores do SNC – Quando barbitúricos, narcóticos ou outros hipnóticos
(ou anestésicos sistêmicos), ou outros depressores do SNC, são administrados
em conjunção com o magnésio, suas dosagens devem ser ajustadas devido
aos efeitos depressores aditivos do magnésio sobre o SNC.
· Agentes de bloqueio neuromuscular – O sulfato de magnésio deve ser
administrado com cautela, quando utilizado concomitantemente com
medicamentos bloqueadores musculares (d-tubocurarina, decametônio,
succinilcolina), devido ao risco de potencialização da atividade terapêutica
desses medicamentos.
· Glicosídeos cardíacos – A administração de sulfato de magnésio em pacientes
digitalizados deve ser cautelosa, evitando-se os riscos de intoxicação pelo
magnésio, especialmente devido aos maiores riscos de tratamento da
intoxicação de magnésio pelos sais de cálcio nesses pacientes. Adicionalmente,
o uso de sulfato de magnésio, por via parenteral, deve ser cuidadosamente
monitorizado, devido ao risco de bloqueio cardíaco total que pode ocorrer em
níveis variáveis de concentrações plasmáticas de magnésio.
· Antibióticos – Alguns antibióticos, como a estreptomicina e a tobramicina,
podem causar um bloqueio neuromuscular; esse efeito pode ser
potencializado pelo uso concomitante de sulfato de magnésio.Reações adversas / Efeitos colaterais
Os efeitos adversos da administração parenteral de magnésio usualmente
são resultantes da intoxicação por magnésio. Estes incluem rubor, sudorese,
hipotensão, bloqueio da transmissão neuromuscular com diminuição dos
reflexos, hipotermia, hipotonia, colapso cardíaco, depressão respiratória e
depressão do SNC, podendo levar à parada respiratória.Posologia
Adultos
• Uso como anticonvulsivante na eclampsia/pré-eclampsia
Diversos esquemas terapêuticos têm sido adotados para o tratamento da préeclâmpsia/
eclâmpsia com o sulfato de magnésio. Um deles indica uma dose
de ataque com 4 g de sulfato de magnésio (8 mL de sulfato de magnésio a 50%
diluídos em 12 mL de água destilada), administrada lentamente por via
intravenosa, em 15 a 20 minutos, e, a seguir, uma dose de manutenção de
2 g de sulfato de magnésio por hora, em infusão intravenosa (24 mL de sulfato
de magnésio a 50% diluídos em 500 mL de soro glicosado a 5%, numa
velocidade de 28 gotas/minuto ou 84 mL/hora, em bomba de infusão). A
maioria dos estudos recomenda, como dose de manutenção, 1 a 3 gramas
de sulfato de magnésio, em infusão intravenosa.
Nota: 1 g de sulfato de magnésio contém 8 mEq de magnésio.
Outros esquemas terapêuticos são:
Uso intramuscular: de 1 a 5 g de sulfato de magnésio, em solução de 10%
a 50%, 6 vezes ao dia, em cada nádega de forma alternada.
Infusão intravenosa: 4 g de sulfato de magnésio em 250 mL de glicose a 5%
ou cloreto de sódio a 0,9% administrados a uma velocidade que não
ultrapasse 3-4 mL por minuto.
Farmacocinética
Com a administração IV, o início da ação anticonvulsivante é imediato e
dura cerca de 30 minutos. Seguinte à administração IM, o início de ação
ocorre dentro de cerca de 1 hora e dura de 3 a 4 horas. Níveis plasmáticos
adequados para um efeito anticonvulsivante variam de 2,5 a 7,5 mEq/L. O
magnésio é excretado somente pelos rins a uma taxa proporcional à
concentração plasmática e à filtração glomerular.
Resultados de eficácia
No controle das convulsões na eclampsia/pré-eclampsia
A eficácia e segurança do sulfato de magnésio parenteral no tratamento das
convulsões por eclâmpsia/pré-eclâmpsia estão bem estabelecidas por mais
de seis décadas de uso. Durante todos esses anos, diversos outros agentes
anticonvulsivantes foram empregados na busca do anticonvulsivante ideal
para o controle das convulsões eclâmpticas. Dados mais recentes na literatura
confirmaram que o sulfato de magnésio é o anticonvulsivante de escolha na
pré-eclâmpsia/eclâmpsia.1,2
Embora o sulfato de magnésio parenteral, como agente anticonvulsivante, seja
utilizado principalmente no controle das convulsões por eclâmpsia e préeclâmpsia,
este medicamento mostrou também ser benéfico em pacientes sem
depleção de magnésio com síndromes coronarianas agudas, arritmias, asma
aguda e convulsões por hipomagnesemia, nas doses terapêuticas recomendadas.3,4
Na terapia de estados de carência de magnésio
Estudos sobre o uso do sulfato de magnésio (IV/IM) demonstraram que as
desordens cardiovasculares, neurológicas e metabólicas causadas pela deficiência
de magnésio estão associadas com um aumento na morbidade e mortalidade,
porém podem ser rapidamente corrigidas com a terapia com sulfato de magnésio.4,5
Referências:
1. Sibai BM. Magnesium sulfate is the ideal anticonvulsant in preeclampsiaeclampsia.
Am J Obstet Gynecol 1990;162(5):1141-5.
2. Magpie Trial Collaboration Group. Do women with pre-eclampsia, and
their babies, benefit from magnesium sulphate? The Magpie Trial: a randomized
placebo-controlled trial. Lancet.2002; 359(9321):1877-90.
3. Stewart CE. Anticonvulsant medications. Emerg Med Serv 2001; 30(7):56-66.
4. Connolly E, Worthley LI. Intravenous magnesium. Crit Care Resusc 1999; 1(2):162-72.
5. Berkelhammer C, Bear RA. A clinical approach to common electrolyte
problems: 4. Hypomagnesemia. Can Med Assoc J 1985; 132:360-8.
INDICAÇÕES
Tratamento e profilaxia da hipomagnesemia moderada e severa.
No controle imediato das crises convulsivas causadas por eclâmpsia.
• Uso como restaurador de eletrólitos
Deficiência leve
Intramuscular:
1 g de sulfato de magnésio, em solução a 50%, administrado a cada 6 horas
em 4 doses diárias.
Deficiência severa
Intramuscular:
250 mg de sulfato de magnésio ou 2 mEq de magnésio por kg de peso
corporal/dia.
Infusão intravenosa:
5 g de sulfato de magnésio ou 40 mEq de magnésio em 1 litro de glicose a
5% ou cloreto de sódio a 0,9%, administrados lentamente por um período
de 3 horas.
A prescrição máxima usual para adulto é de 40 g de sulfato de magnésio (320
mEq de magnésio) diários.Superdosagem
A intoxicação por magnésio é manifestada por uma queda acentuada na
pressão arterial e paralisia respiratória. A ausência do reflexo patelar é um
sinal clínico útil na detecção do início da intoxicação por magnésio.
A injeção intravenosa em bolus de 10 a 20 mL de gluconato de cálcio a 10%,
ou de qualquer outro sal de cálcio IV, é aplicada para antagonizar os efeitos
da hipermagnesemia. A hipermagnesemia em neonatos pode requerer
ressuscitação e ventilação assistida, através de intubação endotraqueal, ou
ventilação a pressão positiva intermitente, assim como a administração IV de
cálcio.Informações
O magnésio é o segundo cátion intracelular mais abundante, depois do
potássio. É essencial para a atividade de muitos sistemas enzimáticos e
desempenha um importante papel na transmissão neuroquímica e na
excitabilidade muscular.
A deficiência acentuada de magnésio causa principalmente sintomas
neurológicos, tais como irritabilidade muscular e tremores. Embora existam
grandes estoques de magnésio no interior das células e nos ossos de adultos,
estes estoques freqüentemente não são mobilizados o suficiente para manter
adequadamente os níveis plasmáticos. A terapêutica de reposição com
sulfato de magnésio por via parenteral repara o déficit plasmático do eletrólito
e cessa os sintomas de deficiência.
O magnésio previne ou controla as convulsões através do bloqueio da
transmissão neuromuscular e pela diminuição da acetilcolina liberada pelo
nervo motor na placa motora terminal.
Os níveis plasmáticos normais de magnésio variam de 1,5 a 2,5 mEq/mL.
Quando os níveis plasmáticos de magnésio passam de 4 mEq/mL, os reflexos
dos tendões são primeiramente diminuídos e desaparecem quando os níveis
plasmáticos se aproximam de 10 mEq/mL; nesses níveis plasmáticos mais
elevados, pode ocorrer paralisia respiratória e bloqueio cardíaco.
O magnésio também age perifericamente produzindo vasodilatação. Com
baixas doses apenas rubor e sudorese ocorrem, porém doses maiores
causam queda da pressão arterial. Os efeitos centrais e periféricos resultantes
do envenenamento por magnésio são antagonizados em alguma extensão
pela administração IV de cálcio.Com
baixas doses apenas rubor e sudorese ocorrem, porém doses maiores
causam queda da pressão arterial. Os efeitos centrais e periféricos resultantes
do envenenamento por magnésio são antagonizados em alguma extensão
pela administração IV de cálcio.