Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Novartis

Apresentação

sol. inj.: cx. c/ 1 fr. c/ 150 mcg, 300 mcg ou 400 mcg de pó liof., acompanhado de ampola c/ 1 ml de diluente.

Indicações

Leucomax é indicado: em pacientes que recebem terapia mielossupressora (quimioterapia do câncer) para reduzir a gravidade da neutropenia, reduzindo assim o risco de infecção e permitindo melhor adesão ao esquema quimioterápico; em pacientes que apresentam outros estados de insuficiência da medula óssea (síndromes mielodisplásicas/anemia aplásica) para reduzir o risco de infecção originado pela leucopenia; em pacientes submetidos a transplante de medula óssea autólogo ou singênico para acelerar a recuperação mielóide (Leucomax não melhora a sobrevivência global nem aumenta o tempo até a recidiva); em pacientes com leucopenia associada à infecção (inclusive por HIV) para acelerar a recuperação mielóide; em pacientes com retinite por citomegalovírus (CMV) relacionada com a Aids, como terapia coadjuvante ao ganciclovir (DHPG), a fim de reduzir a gravidade da neutropenia induzida pelo ganciclovir e possibilitar a adesão à posologia recomendada de ganciclovir.

Contra-indicações

Leucomax é contra-indicado em pacientes com história de hipersensibilidade à molgramostima ou a algum componente da formulação injetável. Leucomax não deve ser administrado a pacientes com doenças mielóides malignas.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Como muitos efeitos indesejáveis registrados durante os ensaios clínicos com Leucomax estão freqüentemente associados a doenças subjacentes ou simultâneas, ou a seu tratamento, não se pode determinar definitivamente a relação causal desses efeitos com o fármaco. A maioria das reações adversas observadas foram de intensidade leve ou moderada. Raramente foram graves ou perigosas para a vida do paciente. Os efeitos indesejáveis registrados com maior freqüência em todas as indicações foram: febre, náuseas, dispnéia, diarréia, erupção cutânea, rigidez, reação no local da injeção (com administração subcutânea), vômitos, anorexia, dor musculoesquelética e astenia. Menos freqüentemente foram observados: dor torácica inespecífica, estomatite, cefaléias, aumento da sudorese, dor abdominal, prurido, tontura, edema periférico, parestesia e mialgia. As reações sérias, que ocorreram raramente nos ensaios clínicos, são: anafilaxia, broncoespasmo, insuficiência cardíaca, síndrome de derrame capilar, distúrbios cerebrovasculares, confusão, convulsões, hipotensão, anomalias do ritmo cardíaco, hipertensão intracraniana, derrame pericárdico, pericardite, derrame pleural, edema pulmonar e síncope. Achados laboratoriais: Em todos os grupos de pacientes, as alterações laboratoriais observadas com maior freqüência foram: diminuição da contagem de plaquetas, da taxa de hemoglobina e da taxa de albumina sérica. A relação causal dessas alterações com Leucomax não pôde ser determinada de modo definitivo. Também foi observada eosinofilia (absoluta e relativa). A freqüência de anticorpos que se unem à molgramostima, determinada por enzimoimunoanálise de fase sólida (ELISA) e por bioensaio, foi de 1% após o tratamento. Não foi evidenciada perda da atividade nesses pacientes.

Posologia

Leucomax deve ser reconstituído antes da administração (ver Instruções técnicas). Os esquemas de doses variam de acordo com a indicação terapêutica. A dose máxima diária não deve exceder 10 mcg/kg de peso corporal. Os esquemas posológicos recomendados são: Quimioterapia do câncer: Devem ser administrados 5 a 10 mcg/kg por dia por via subcutânea. O tratamento deve-se iniciar 24 horas após a última dose de quimioterapia e continuar durante 7 a 10 dias. Pode-se iniciar com dose de 5 mcg/kg/dia. Síndromes mielodisplásicas/anemia aplásica: Deve-se utilizar doses de 3 mcg/kg por injeção subcutânea, uma vez ao dia. Geralmente se requer um período de 2 a 4 dias para observar resposta terapêutica inicial na contagem leucocitária. A seguir, a dose diária deve ser ajustada para manter a contagem leucocitária no nível desejado (geralmente < 10.000/mm3). Transplante de medula óssea (TMO): Devem ser administradas doses de 10 mcg/kg por dia administrados por infusão IV durante 4 a 6 horas, começando no dia seguinte ao TMO e prosseguindo até que a contagem absoluta de neutrófilos seja ³ 1.000/mm3. A duração máxima do tratamento é de 30 dias. Leucopenia associada à infecção (inclusive por HIV): Deve-se utilizar doses de 1 a 5 mcg/kg por injeção subcutânea, uma vez ao dia. Em pacientes com AIDS tratados simultaneamente com zidovudina ou com uma combinação de zidovudina e de alfa-interferon, recomenda-se dose de 1 a 3 mcg/kg/dia administrada por injeção subcutânea. Requer-se, geralmente, um período de 2 a 4 dias para observar resposta terapêutica inicial na contagem leucocitária. A seguir, deve-se ajustar a dose cada 3 a 5 dias, conforme necessário para manter a contagem leucocitária no nível desejado (geralmente < 10.000/mm3). Retinite por CMV relacionada à Aids, como terapia coadjuvante ao ganciclovir (DHPG): Deve-se utilizar doses de 5 mcg/kg por injeção subcutânea, uma vez ao dia. Depois de se administrar a quinta dose, deve-se ajustar a dose para manter a contagem absoluta de neutrófilos e a contagem leucocitária nos níveis desejados, geralmente ³ a 1.000/mm3 e < 20.000/mm3, respectivamente.

Informações

Molgramostima, um fator estimulador de colônias de granulócitos e macrófagos de origem recombinante humana (rHuGM-CSF), é uma proteína hidrossolúvel, não-glicosilada, com isoleucina na posição 100. Contém 127 aminoácidos e tem peso molecular de 14.477 daltons. A molgramostima é produzida por uma cepa de Escherichia coli portadora de um plasmídio de engenharia genética que contém um gene humano do GM-CSF. Estudos in vitro: Sendo um regulador multilinhagem das glicoproteínas que intervêm tanto na regulação da hematopoese como na ativação das células mielóides maduras, a molgramostima estimula in vitro a proliferação e a diferenciação das células precursoras hematopoéticas, o que resulta na produção de granulócitos, monócitos/macrófagos e linfócitos T. Estudos sobre explantes tumorais recentes no ensaio clonogênico tumoral humano demonstraram que a molgramostima não estimula nem inibe o crescimento de células tumorais. O rHuGM-CSF pode acentuar a expressão dos antígenos de histocompatibilidade principal de classe II nos monócitos humanos e pode aumentar a produção de anticorpos. Além disso, o rHuGM-CSF apresenta efeitos notáveis sobre a atividade funcional dos neutrófilos maduros incluindo fagocitose aumentada das bactérias, citotoxicidade aumentada em direção às células malignas e ativação dos neutrófilos para um metabolismo oxidativo aumentado, uma reação importante relacionada com a defesa do hospedeiro. Estudos in vivo: Estudos in vivo realizados com macacos cinomolgos demonstraram que as administrações intravenosa ou subcutânea em bolus de molgramostima ocasiona aumentos significativos da contagem leucocitária. As contagens diferenciais seriadas indicam que esse aumento diz respeito principalmente aos granulócitos neutrófilos e, em menor grau, aos linfócitos e eosinófilos. Em um estudo da cinética da resposta, o efeito de uma dose única de molgramostima apareceu em geral em 1 a 4 horas e atingiu o máximo em 6 a 18 horas após a dose inicial. Os resultados de um estudo dose-resposta, em macacos cinomolgos, utilizando injeções em bolus por via IV de molgramostima, durante 5 dias consecutivos, indicam que a resposta máxima pode ser alcançada com 15 mcg/kg/dia. Demonstrou-se também que a molgramostima aumentou a contagem de leucócitos em um macaco cinomolgo leucopênico tratado previamente com ciclofosfamida.

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