Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Novartis

Referência

fluvastatina

Apresentação

cáps. de 20 mg - emb. c/ 14 ou 28 cáps. cáps. de 40 mg - emb. c/ 14 ou 28 cáps. compr. de liberação prolongada de 80 mg: emb. c/ 10 ou 30 compr.

Indicações

Lescol e Lescol XL são indicados como adjuvantes à dieta para redução de níveis elevados de colesterol total, colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C), apolipoproteína B, triglicérides e para o aumento do colesterol do tipo lipoproteína de alta densidade (HDL-C), em pacientes com hipercolesterolemia primária e dislipidemia mista (tipos IIa e IIb de Fredrickson). Lescol e Lescol XL também são indicados para diminuir a progressão da aterosclerose coronária em pacientes com hipercolesterolemia primária, inclusive sua forma moderada, e com doença arterial coronariana.

Contra-indicações

Hipersensibilidade conhecida à fluvastatina ou a qualquer dos componentes das fórmulas e Lescol XL. Lescol e Lescol XL são contra-indicados em pacientes com hepatopatia ativa ou inexplicada e elevações persistentes das transaminases séricas (ver Precauções). Lescol e Lescol XL são contra-indicados durante a gravidez e em mães que amamentam.

Advertências

Função hepática Como ocorre com outros redutores de colesterol, recomenda-se realizar a avaliação das transaminases hepáticas antes do início do tratamento, 12 semanas após o início do tratamento ou na elevação da dose e, a partir daí, periodicamente, em todos os pacientes. Se o aumento da aspartato-aminotransferase ou da alanina-aminotransferase exceder 3 vezes o limite superior do normal e persistir, a terapia deve ser interrompida. Em casos muito raros, observou-se hepatite possivelmente relacionada ao fármaco, que foi resolvida com a interrupção do tratamento. Deve-se ter cuidado ao administrar Lescol / Lescol XL a pacientes com história de hepatopatia ou de ingestão de grande quantidade de álcool. Sistema músculo-esquelético Miopatia foi raramente registrada, enquanto miosite e rabdomiólise foram registradas muito raramente em pacientes que receberam fluvastatina. Em pacientes com mialgias difusas inexplicadas, hipersensibilidade muscular ou fraqueza muscular, e/ou elevação acentuada dos valores de creatinoquinase (CK), deve ser considerada a presença de miopatia, miosite ou rabdomiólise. Os pacientes devem ser alertados a reportar imediatamente ao médico casos inexplicados de dor muscular, hipersensibilidade muscular ou fraqueza muscular, particularmente se acompanhadas por fraqueza e febre. Medida da creatinoquinase Não há evidências atuais para requerer monitorização rotineira dos níveis de creatinoquinase total no plasma ou outras enzimas musculares em pacientes assintomáticos em uso de estatinas. Se a creatinoquinase tiver que ser medida, esta não deve ser feita após exercício vigoroso ou na presença de qualquer causa plausível de aumento da CK, pois isto pode dificultar a interpretação dos valores. Antes do tratamento Assim como com todas as outras estatinas, os médicos devem prescrever fluvastatina com cautela em pacientes com fatores predisponentes para rabdomiólise e suas complicações. O nível de creatinoquinase deve ser medido antes do início do tratamento com fluvastatina nas seguintes situações: • Insuficiência renal; • Hipotireoidismo; • Histórico pessoal ou familiar de distúrbios musculares hereditários; • Histórico prévio de toxicidade muscular com uma estatina ou fibrato; • Abuso do álcool; • Em idosos (idade > 70 anos), a necessidade de tal medição deve ser considerada, de acordo com a presença de outros fatores predisponentes para rabdomiólise. Nessas situações, o risco do tratamento deve ser considerado em relação ao possível benefício e é recomendada a monitorização clínica. Se os níveis da CK estiverem significativamente elevados antes do início do tratamento (> 5x LSN), eles devem ser medidos novamente após 5 a 7 dias para confirmar os resultados. Se os níveis da CK ainda estiverem significativamente elevados (> 5x LSN), o tratamento não deve ser iniciado. Durante o tratamento Se sintomas musculares como dor, fraqueza ou câimbras ocorrerem em pacientes recebendo fluvastatina, seus níveis da CK devem ser medidos. Se os níveis encontrados forem significativamente elevados (> 5x LSN), o tratamento deve ser interrompido . Se os sintomas musculares forem severos e causarem desconforto diário, mesmo que os níveis da CK com elevação = 5x LSN, a descontinuação do tratamento deve ser considerada. Se os sintomas forem resolvidos e os níveis da CK retornarem a normalidade, então a reintrodução da fluvastatina ou outra estatina pode ser considerada à menor dose e sob monitorização atenta. Relatou-se que o risco de miopatia é maior em pacientes que estejam recebendo medicamentos imunossupressores (inclusive a ciclosporina), fibratos, ácido nicotínico ou eritromicina concomitantes a outros inibidores da HMG-CoA redutase. Entretanto, nos estudos clínicos de pacientes recebendo fluvastatina em combinação com ácido nicotínico, fibratos ou ciclosporina, não se observou miopatia. Após comercialização, casos isolados de miopatia foram relatados quando da administração concomitante de fluvastatina com ciclosporina e de fluvastatina com colchicina. Lescol / Lescol XL deve ser usado com cautela em pacientes que recebem esses medicamentos simultaneamente (veja “Interações medicamentosas”). População pediátrica Em pacientes menores de 18 anos, a eficácia e a segurança não foram estudadas por períodos de tratamento mais longos que dois anos. A fluvastatina foi investigada apenas em crianças com 9 anos ou mais com hipercolesterolemia familiar heterozigótica (veja “Farmacodinâmica”). Hipercolesterolemia familiar homozigótica Não há dados disponíveis sobre o uso de fluvastatina em pacientes com uma rara condição conhecida como hipercolesterolemia familiar homozigótica.

Uso na gravidez

Uma vez que os inibidores da HMG-CoA redutase diminuem a síntese do colesterol e, possivelmente, de outras substâncias biologicamente ativas derivadas do colesterol, eles podem causar dano fetal quando administrados a mulheres grávidas. Portanto, Lescol / Lescol XL é contra-indicado durante a gravidez. Mulheres com potencial para engravidar devem usar métodos contraceptivos efetivos. Se a paciente engravidar durante o tratamento, Lescol / Lescol XL deve ser descontinuado. Lescol / Lescol XL é contra-indicado a mulheres que estejam amamentando.

Interações medicamentosas

Derivados do ácido fíbrico (fibratos) e niacina (ácido niacínico) A administração concomitante de fluvastatina com bezafibrato, genfibrozila, ciprofibrato ou niacina (ácido niacínico) não tem efeito clinicamente relevante na biodisponibilidade da fluvastatina ou na de outros agentes redutores de lipídios. Entretanto, essas combinações devem ser utilizadas com cautela uma vez que foi observado o risco aumentado de miopatia em pacientes recebendo outros inibidores de HMG-CoA redutase concomitantemente com qualquer uma dessas moléculas (veja “Precauções e advertências”). itraconazol e eritromicina A administração concomitante de fluvastatina com os inibidores potentes do citocromo P450 (CYP) 3A4, itraconazol e eritromicina, tem efeito mínimo na biodisponibilidade da fluvastatina. Uma vez que esta enzima tem um envolvimento mínimo no metabolismo da fluvastatina, esperase que outros inibidores da CYP3A4 (por ex.: cetoconazol, ciclosporina) também não afetem a biodisponibilidade da fluvastatina. fluconazol A administração de fluvastatina a voluntários sadios pré-tratados com fluconazol (inibidor da CYP2C9) resultou em um aumento da exposição e do pico de concentração da fluvastatina em cerca de 84% e 44%. Embora não tenha havido evidência clínica de que o perfil de segurança da fluvastatina tenha sido alterado nos pacientes pré-tratados com fluconazol por 4 dias, deve-se ter precaução quando da administração concomitante de fluvastatina com fluconazol. ciclosporina Estudos em pacientes que foram submetidos a transplante renal indicaram que a biodisponibilidade da fluvastatina (acima de 40 mg/dia) não é elevada de maneira clinicamente relevante em pacientes sob tratamento com regimes estáveis de ciclosporina. Num estudo onde Lescol XL (80 mg de fluvastatina) foi administrado a pacientes transplantados renais e tratados com regime estável de ciclosporina mostrou que a exposição a fluvastatina (AUC) e a concentração máxima (Cmáx) foram aumentadas em 2 vezes quando comparadas aos dados históricos de voluntários sadios. Embora esse aumento nos níveis de fluvastatina não tenha sido clinicamente significativo, esta combinação deve ser utilizada com precaução (veja “Precauções e advertências”). Sequestrantes dos ácidos biliares A fluvastatina deve ser administrada pelo menos 4 horas após a resina (por ex.: colestiramina) para evitar uma interação significativa causada pela ligação do fármaco com a resina. rifampicina A administração de fluvastatina a voluntários sadios pré-tratados com rifampicina resultou em uma redução da biodisponibilidade da fluvastatina em cerca de 50%. Embora até o momento não haja evidência clínica de que a eficácia da fluvastatina na redução dos níveis lipídicos seja alterada, para pacientes sob tratamento a longo prazo com rifampicina (por ex.: tratamento da tuberculose), pode ser necessário um ajuste apropriado de dose de fluvastatina para garantir uma redução satisfatória nos níveis lipídicos. Antagonistas do receptor H2 da histamina e inibidores da bomba de prótons A administração concomitante de fluvastatina com cimetidina, ranitidina ou omeprazol, resulta no aumento da biodisponibilidade da fluvastatina, o que, entretanto, não apresenta relevância clínica. Como estudos adicionais de interação não foram realizados, espera-se que outros antagonistas dos receptores H2 / inibidores da bomba de prótons, sejam improváveis de afetar a biodisponibilidade da fluvastatina. fenitoína O efeito mínimo da fenitoína na farmacocinética da fluvastatina, indica que o ajuste de dose de fluvastatina não é necessário quando co-administrada com a fenitoína. Agentes cardiovasculares Nenhuma interação farmacocinética clinicamente significativa ocorre quando a fluvastatina é concomitantemente administrada com propranolol, digoxina, losartana ou anlodipino. Baseado nos dados farmacocinéticos, nenhum monitoramento ou ajuste de dose são requeridos quando a fluvastatina é concomitantemente administrada com estes agentes. Efeito de fluvastatina sobre outros fármacos ciclosporina Tanto Lescol (40 mg de fluvastatina) quanto Lescol XL (80 mg de fluvastatina) não apresentaram efeitos na biodiponibilidade da ciclosporina quando co-administrados (veja “Efeitos de outras drogas sobre a fluvastatina”). colchicina Não há informações disponíveis sobre a interação farmacocinética entre a fluvastatina e a colchicina. Entretanto, miotoxicidade, incluindo dores e fraquezas musculares, e rabdomiólise têm sido reportadas isoladamente quando da co-administração com colchicina. fenitoína A magnitude total das mudanças na farmacocinética da fenitoína durante a co-administração com fluvastatina é relativamente pequena e clinicamente não significante. Portanto, o monitoramento de rotina dos níveis plasmáticos de fenitoína durante a co-administração com fluvastatina é suficiente. varfarina e outros derivados cumarínicos Em voluntários sadios, o uso da fluvastatina e varfarina (dose única) não teve influência adversa nos níveis plasmáticos da varfarina e tempos de protrombina, comparado à varfarina isoladamente. Entretanto, incidências isoladas de episódios de sangramento e/ou aumento nos tempos de protrombina têm sido relatados muito raramente em pacientes recebendo fluvastatina concomitantemente com varfarina ou outros derivados cumarínicos. Recomenda-se que os tempos de protrombina sejam monitorados quando o tratamento com fluvastatina for iniciado, descontinuado, ou na ocorrência de mudança de dose, nos pacientes recebendo varfarina ou outros derivados cumarínicos. Agentes antidiabéticos orais Para pacientes recebendo sulfoniluréias orais (glibenclamida [gliburida], tolbutamida) para tratamento de diabetes mellitus tipo 2, a adição de fluvastatina não leva a mudanças clinicamente significantes no controle da glicemia. Em pacientes diabéticos tratados com glibenclamida (n = 32), a administração de fluvastatina (40 mg duas vezes ao dia por 14 dias) aumentou a Cmáx, a AUC e a t1/2 médias da glibenclamida em 50%, 69% e 121%, respectivamente. A glibenclamida (5 a 20 mg diariamente) aumentou a Cmáx e AUC médias da fluvastatina em 44% e 51%, respectivamente. Nesse estudo não houve alterações nos níveis de glicose, insulina e peptídeo-C. Entretanto, pacientes em terapia concomitante de glibenclamida com fluvastatina devem ser monitorados apropriadamente quando as doses de fluvastatina forem aumentadas para 80 mg por dia.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Freqüência estimada: Muito raro: < 0,01%; raro: 0,01% a < 0,1%; incomum: 0,1% a < 1%; comum: 1% a < 10%. As reações adversas mais comumente reportadas foram ocorrência de distúrbios gastrintestinais menores, episódios de insônia e cefaléia (dor de cabeça). Trato gastrintestinal: Comum: dispepsia, dor abdominal e náusea. Sistema nervoso central e periférico: Comum: cefaléia e insônia. Muito raro: parestesia, disistesia e hipoestesia, podendo também estar associadas à desordem hiperlipidêmica básica. Reações de hipersensibilidade: Rara: rash cutâneo, urticária. Muito raro: outras reações dermatológicas, (p. ex.: eczema, dermatite, exantema), edema de face, angioedema, trombocitopenia, vasculite, reações do tipo lúpus eritematoso. Sistema musculoesquelético: Ver Precauções e advertências. Rara: mialgia, fraqueza muscular, miopatia e hipersensibilidade muscular. Muito raro: miosite e rabdomiólise. Função hepática: Ver Precauções e advertências. Muito raro: hepatite.

Posologia

Adultos: Antes de iniciar o tratamento com Lescol e Lescol XL, o paciente deve ser submetido a uma dieta padrão para reduzir o colesterol. A terapia dietética deve continuar durante o tratamento. A dose inicial recomendada é 40 mg (1 cápsula 40 mg) ou 80 mg (1 comprimido XL 80 mg) uma vez ao dia. A dose de 20 mg de fluvastatina (1 cápsula 20 mg) pode ser adequada em casos leves. As doses iniciais devem ser individualizadas de acordo com o estado basal de níveis de LDL-C e depois a dose recomendada da terapia deve ser atingida. Lescol ou Lescol XL devem ser administrados à noite ou na hora de dormir, sem levar em consideração as refeições, e engolidos inteiros com um copo de água. O efeito máximo de diminuição dos lípides, com uma dose administrada do fármaco, é alcançado dentro de 4 semanas. As doses devem ser ajustadas de acordo com a resposta do paciente e os ajustes de dose devem ser feitos com intervalos de 4 semanas ou mais. O efeito terapêutico ou Lescol XL é mantido com a administração prolongada. Lescol e Lescol XL são eficazes em monoterapia. Existem dados que comprovam a eficácia e a segurança da fluvastatina em combinação com ácido nicotínico, colestiramina ou fibratos. (ver Interações medicamentosas). Pacientes com função renal comprometida: A fluvastatina é depurada pelo fígado, com menos de 6% da dose administrada excretada na urina. A farmacocinética da fluvastatina permanece inalterada em pacientes com insuficiência renal leve a grave. Desta forma não são necessários ajustes de dose nestes pacientes. Pacientes com função hepática comprometida: Lescol e Lescol XL são contra-indicados a pacientes com doença hepática ativa ou não-esclarecida, com elevações persistentes nas transaminases séricas (ver Contra-indicações e Precauções e advertências). Idosos: Em estudos clínicos com Lescol e Lescol XL, foram demonstradas a eficácia e tolerabilidade nos dois grupos de pacientes, abaixo e acima de 65 anos. No grupo dos idosos (> 65 anos), a resposta ao tratamento foi acentuada e não houve nenhuma evidência de tolerabilidade reduzida. Desta forma não há necessidade de ajuste de dose baseado na idade. Crianças: Visto que não há experiência com o uso ou Lescol XL em menores de 18 anos, não se pode recomendar o uso nesses pacientes.

Superdosagem

Em estudos placebo-controlados incluindo 40 pacientes com hipercolesterolemia, doses acima de 320 mg/dia (n = 7 por grupo de dose) administradas como comprimidos XL 80 mg por mais de duas semanas foram bem toleradas. Nenhuma recomendação específica a respeito do tratamento de superdose pode ser feita. Se uma superdose ocorrer, deverá ser tratada sintomaticamente, e quando necessárias medidas de suporte deverão ser tomadas.

Características farmacológicas

Absorção A fluvastatina é absorvida rápida e completamente (98%) após administração oral de uma solução em voluntários em jejum. Após a administração oral XL, e em comparação com as cápsulas, a proporção da taxa de absorção da fluvastatina é quase 60% mais lenta, enquanto o tempo médio da permanência da fluvastatina é aumentado em aproximadamente 4 horas. Em indivíduos alimentados, o fármaco é absorvido em velocidade reduzida. Distribuição A fluvastatina exerce seu principal efeito no fígado, que é também o órgão principal para o seu metabolismo. A biodisponibilidade absoluta calculada a partir das concentrações sangüíneas sistêmicas é de 24%. O volume de distribuição aparente (Vz/f) para o fármaco é de 330 litros. Mais de 98% do fármaco circulante está ligado a proteínas plasmáticas e essa ligação não é afetada pela concentração de fluvastatina nem pela varfarina, ácido salicílico ou glibenclamida. Metabolismo A fluvastatina é principalmente metabolizada no fígado. Os principais componentes circulantes no sangue são a fluvastatina e o metabólito farmacologicamente inativo, o ácido Ndesisopropilpropiônico. Os metabólitos hidroxilados têm atividade farmacológica mas não apresentam circulação sistêmica. As vias do metabolismo hepático da fluvastatina em humanos têm sido completamente elucidadas. Existem várias vias alternativas à via do citocromo P450 (CYP450) para biotransformação da fluvastatina e dessa forma o metabolismo da fluvastatina é relativamente insensível à inibição do CYP450, a principal causa das interações medicamentosas. Vários estudos in vitro detalhados reportaram o potencial inibitório da fluvastatina nas isoenzimas CYP comuns. A fluvastatina inibiu apenas o metabolismo de compostos que são metabolizados pelo CYP2C9. Apesar do potencial que existe para interação competitiva entre fluvastatina e compostos que são substratos do CYP2C9, como diclofenaco, fenitoína, tolbutamida e varfarina, os dados clínicos indicaram que este evento é improvável. Eliminação Após administração da fluvastatina-H3 em voluntários saudáveis, a excreção da radioatividade é de cerca de 6% na urina e 93% nas fezes e a fluvastatina responde por menos de 2% da radioatividade total excretada. O clearance (depuração plasmática) (CL/f) da fluvastatina no homem é calculado como sendo de 1,8 ± 0,8 L/min. Concentrações plasmáticas em steady-state (estado de equilíbrio) não indicam acúmulo de fluvastatina após administração de 80 mg diariamente. Após a administração oral de 40 mg, a meia-vida de distribuição terminal para a fluvastatina é de 2,3 ± 0,9 horas. Não foram observadas diferenças significativas na AUC (área sob a curva) quando a fluvastatina foi administrada com a refeição noturna ou 4 horas após a mesma. Características em pacientes As concentrações plasmáticas de fluvastatina não variam em função de idade ou sexo da população geral. Entretanto, foi observado um aumento da resposta ao tratamento nas mulheres e idosos. Como a fluvastatina é eliminada principalmente pela via biliar, e está sujeita a metabolismo présistêmico significativo, existe potencial para o acúmulo do fármaco em pacientes com insuficiência hepática (veja “Contra-indicações” e “Precauções e advertências”). Dados de segurança pré-clínicos Toxicidade aguda O valor aproximado de DL50 de fluvastatina, administrada por via oral, é maior que 2 g/Kg em camundongos e maior que 0,7 g/Kg em ratos.Toxicidade de dose repetida A segurança da fluvastatina foi extensivamente investigada em estudos de toxicidade em ratos, coelhos, cães, macacos, camundongos e hamsters. Identificou-se uma variedade de alterações que são comuns aos inibidores da HMG-CoA redutase, por exemplo: hiperplasia e hiperqueratose de estômago não-glandular de roedores; catarata em cães; miopatia em roedores; alterações hepáticas leves na maioria dos animais de laboratório com alterações na vesícula biliar em cães, macacos e hamsters, aumento de peso da tireóide de ratos; e degeneração testicular em hamsters. A fluvastatina não está relacionada a alterações degenerativas e vasculares do sistema nervoso central relatadas em cães que utilizaram outros membros desta classe de compostos. Carcinogenicidade Um estudo de carcinogenicidade foi realizado em ratos, utilizando-se dosagens de 6, 9 e 18 mg/kg por dia (atingindo a dose de 24 mg/kg por dia após 1 ano) para estabelecer uma dose máxima precisa de tolerabilidade. Estes níveis de dosagens levaram a níveis de concentração plasmática de aproximadamente 9, 13 e 26 a 35 vezes a concentração plasmática média de humanos após uma dose oral de 40 mg. Na dose de 24 mg/kg por dia observou-se uma baixa incidência de papiloma de células escamosas no antro gástrico e carcinoma na mesma região. Além disso, relatou-se um aumento da incidência de adenomas e carcinomas das células foliculares da tireóide em ratos machos tratados com 18 a 24 mg/kg por dia. Um estudo de carcinogenicidade conduzido em camundongos sob níveis de dosagem equivalentes a 0,3; 15 e 30 mg/kg por dia, revelou, assim como no estudo em ratos, um aumento estatisticamente significativo dos papilomas das células escamosas do antro gástrico em machos e em fêmeas sob doses de 30 mg/kg por dia e, em fêmeas, sob doses de 15 mg/kg por dia. Estas dosagens produziram níveis de concentração plasmática aproximadamente 0,2; 10 e 21 vezes superiores a concentração plasmática média de humanos após uma dose oral de 40 mg. As neoplasias do antro gástrico observadas em ratos e camundongos refletem uma hiperplasia crônica causada, preferencialmente, pelo contato direto da fluvastatina do que por um efeito genotóxico da droga. O aumento da incidência de neoplasias das células foliculares da tireóide em ratos machos sob tratamento com fluvastatina parece ser consistente com achados espécieespecíficos referentes a outros inibidores de HMG-CoA redutase. Contrariamente a estes outros inibidores, não há relatos de aumentos na incidência de adenomas ou carcinomas hepáticos relacionados ao tratamento. Mutagenicidade Não se observou nenhuma evidência de mutagenicidade in vitro, com ou sem ativação do metabolismo hepático em ratos, nos seguintes estudos: testes mutagênicos microbianos usando cepas mutantes de Salmonella typhimurium ou Escherichia coli; ensaio de transformação maligna em células de BALB/3T3; síntese não-programada de DNA em hepatócitos primários de ratos; aberrações cromossômicas em células de hamsters chineses V79; células de hamsters chineses HGPRT V79. E também, não houve evidência de mutagenicidade in vivo tanto em testes de micronúcleos de ratos quanto de camundongos. Toxicidade reprodutiva Em um estudo realizado em ratos com doses de 0,6; 2 e 6 mg/kg por dia, administradas em fêmeas e doses de 2; 10 e 20 mg/kg por dia, administradas em machos, a fluvastatina não apresentou reações adversas na fertilidade ou no desempenho da reprodução. Os estudos de teratologia em ratos (1, 12 e 36 mg/kg) e em coelhos (0,05; 1 e 10 mg/kg) revelaram toxicidade materna sob níveis de altas doses, mas não houve evidência de potencial teratogênico ou embriotóxico. Um estudo em ratas recebendo doses de 12 e 24 mg/kg por dia, durante o período final de gestação até o desmame dos filhotes, resultou em mortalidade materna no final da gravidez ou próximo a este período e no pós-parto, bem como em letalidade fetal e neonatal. Não ocorreram efeitos nas fêmeas grávidas ou nos fetos sob a baixa dosagem de 2 mg/kg por dia. Um segundo estudo com doses de 2; 6; 12 e 24 mg/kg por dia, durante o término da gestação e o início da lactação, revelou efeitos similares aos causados por cardiotoxicidade, sob administração de doses de 6 mg/kg por dia ou acima deste valor. Em um terceiro estudo, as ratas grávidas receberam doses de 12 ou 24 mg/kg por dia, durante o final da gestação até o desmame dos filhotes, com ou sem a suplementação concomitante de ácido mevalônico, um derivado da HMGCoA que é essencial para a biossíntese do colesterol. A administração concomitante do ácido mevalônico preveniu completamente a cardiotoxicidade e a mortalidade materna e neonatal. Portanto, a letalidade materna e neonatal observada com a fluvastatina reflete seu pronunciado efeito farmacológico durante a gravidez.

Resultados de eficácia

Lescol / Lescol XL apresenta como substância ativa a fluvastatina, que pertence à classe das estatinas. A fluvastatina é responsável pela redução do colesterol sangüíneo, através do bloqueio de uma enzima envolvida na produção do mesmo. Adultos e crianças / adolescentes (a partir de 9 anos) Colesterol e triglicérides são as gorduras mais encontradas no sangue. O colesterol é produzido principalmente pelo fígado ao passo que a maior parte do triglicérides vem dos alimentos. Altos níveis de colesterol de lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C, o colesterol “ruim”) têm sido associados ao aumento do risco de doenças do coração e infarto. Em alguns casos, níveis elevados de colesterol “ruim” no sangue são acompanhados de um aumento moderado do triglicérides e baixos índices de colesterol de lipoproteínas de alta densidade (HDLC, colesterol “bom”). Entretanto, é importante que, quando elevados, tanto o colesterol “ruim” quanto o triglicérides sejam reduzidos. Também pode ser importante que os níveis sanguíneos de colesterol “bom” sejam elevados. Seu médico deve ter sugerido mudanças em sua dieta e estilo de vida a fim de diminuir o colesterol “ruim” e os triglicérides, se elevados, e aumentar o colesterol “bom”. Às vezes, apenas mudanças na dieta e no estilo de vida, não são suficientes para atingir esses objetivos. Seu médico irá portanto, prescrever adicionalmente um tratamento como Lescol / Lescol XL. Adultos Lescol / Lescol XL também diminui a progressão da aterosclerose coronariana que causa o estreitamento e o enrijecimento nas paredes das artérias coronárias e eventualmente sua obstrução. Lescol / Lescol XL pode também ser indicado para prevenção de eventos cardíacos graves adicionais (por ex.: infarto) em pacientes que mantenham doença cardíaca após tratamento por cateterismo.

Modo de usar

Lescol pode ser administrado à noite ou na hora de dormir, sem levar em consideração as refeições. Lescol XL pode ser administrado em dose única a qualquer hora do dia com ou sem alimento. Lescol / Lescol XL deve ser engolido inteiro com um copo de água. O efeito máximo de diminuição dos lipídeos, com uma dose administrada do fármaco, é alcançado dentro de 4 semanas. As doses devem ser ajustadas de acordo com a resposta do paciente e os ajustes de dose devem ser feitos com intervalos de 4 semanas ou mais. O efeito terapêutico / Lescol XL é mantido com a administração prolongada. Adultos Antes de iniciar o tratamento com Lescol / Lescol XL, o paciente deve ser submetido à uma dieta padrão para reduzir o colesterol. A terapia dietética deve continuar durante o tratamento. A dose inicial recomendada é 40 mg (1 cápsula 40 mg uma vez ao dia) ou 80 mg (1 comprimido XL 80 mg uma vez ao dia ou 1 cápsula 40 mg duas vezes ao dia). A dose de 20 mg de fluvastatina (1 cápsula 20 mg) pode ser adequada em casos leves. As doses iniciais devem ser individualizadas de acordo com o estado basal de níveis de LDL-C e depois a dose recomendada da terapia deve ser atingida. Em pacientes com doenças cardíacas após intervenção coronária percutânea, a dose apropriada é de 80 mg por dia. Lescol / Lescol XL é eficaz em monoterapia. Existem dados que comprovam a eficácia e a segurança da fluvastatina em combinação com ácido nicotínico, colestiramina ou fibratos (veja “Interações Medicamentosas”). População pediátrica Antes de iniciar o tratamento com Lescol / Lescol XL, o paciente deve ser submetido a uma dieta padrão para reduzir o colesterol por 6 meses. A terapia dietética deve continuar durante o tratamento. A dose inicial recomendada é 40 mg (1 cápsula 40 mg uma vez ao dia) ou 80 mg (1 comprimido XL 80 mg uma vez ao dia ou 1 cápsula 40 mg duas vezes ao dia). A dose de 20 mg de fluvastatina (1 cápsula 20 mg) pode ser adequada em casos leves. As doses iniciais devem ser individualizadas de acordo com o estado basal de níveis de LDL-C e depois a dose recomendada da terapia deve ser atingida. O uso da fluvastatina em combinação com ácido nicotínico, colestiramina ou fibratos em crianças e adolescentes não foi investigado. Pacientes com função renal comprometida A fluvastatina é depurada pelo fígado, com menos de 6% da dose administrada excretada na urina. A farmacocinética da fluvastatina permanece inalterada em pacientes com insuficiência renal leve a grave. Desta forma não são necessários ajustes de dose nestes pacientes. Pacientes com função hepática comprometida Lescol / Lescol XL é contra-indicado a pacientes com doença hepática ativa, ou não esclarecida, com elevações persistentes das transaminases séricas (veja “Contra-indicações” e “Precauções e advertências”).

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Em estudos clínicos com Lescol / Lescol XL, eficácia e tolerabilidade foram demonstradas em ambos os grupos de pacientes, acima e abaixo de 65 anos. No grupo dos idosos (> 65 anos), a resposta ao tratamento foi acentuada e não houve nenhuma evidência de tolerabilidade reduzida. Desta forma não há necessidade de ajuste de dose baseado na idade.

Armazenagem

Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C).

Informações

Lescol, um agente redutor de colesterol, totalmente sintético, é um inibidor competitivo da HMG-CoA redutase, é responsável pela conversão da HMG-CoA em mevalonato, um precursor de esteróis, inclusive do colesterol. Lescol exerce seu efeito principal no fígado e é essencialmente um composto racêmico dos dois eritroenantiômeros, sendo que um deles exerce a atividade farmacológica. A inibição da biossíntese do colesterol reduz o colesterol nas células hepáticas, o que estimula a síntese dos receptores das lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e, portanto, aumenta a captação das partículas de LDL. O resultado final desses mecanismos é a redução da concentração plasmática de colesterol.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Reg MS: 1.0068.0041 Farm. Resp.: Marco A. J. Siqueira – CRF-SP 23.873 Lote, data de fabricação e de validade – Vide cartucho. Comprimidos: Fabricado por: Novartis Farmacéutica S.A., Barberà Del Vallès, Barcelona, Espanha. Importado e embalado por: Novartis Biociências S.A. Cápsulas: Fabricado por: Novartis Biociências S.A. Av. Ibirama, 518 - Complexos 441/3 - Taboão da Serra - SP CNPJ: 56.994.502/0098-62 Indústria Brasileira ® = Marca registrada de Novartis AG, Basiléia, Suíça.

a a captação das partículas de LDL. O resultado final desses mecanismos é a redução da concentração plasmática de colesterol.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Reg MS: 1.0068.0041 Farm. Resp.: Marco A. J. Siqueira – CRF-SP 23.873 Lote, data de fabricação e de validade – Vide cartucho. Comprimidos: Fabricado por: Novartis Farmacéutica S.A., Barberà Del Vallès, Barcelona, Espanha. Importado e embalado por: Novartis Biociências S.A. Cápsulas: Fabricado por: Novartis Biociências S.A. Av. Ibirama, 518 - Complexos 441/3 - Taboão da Serra - SP CNPJ: 56.994.502/0098-62 Indústria Brasileira ® = Marca registrada de Novartis AG, Basiléia, Suíça.