Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Apresentação

USO ADULTO E PEDIATRICO Comprimidos para uso oral Biovir é apresentado em embalagem contendo 60 comprimidos revestidos. Composição Cada comprimido revestido contém: lamivudina... 150 mg zidovudina... 300 mg Excipientes (celulose microcristalina, amido glicolato de sódio, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, hidroxipropilmetilcelulose, dióxido de titânio, polietilenoglicol e polissorbato) q.s.p... 1 comprimido

Indicações

Biovir é indicado para o tratamento da infecção por HIV, em adultos e adolescentes acima de 12 anos de idade.

Contra-indicações

Biovir comprimidos é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade previamente demonstrada a lamivudina, zidovudina ou a qualquer outro componente do produto. A zidovudina é contra-indicada para pacientes com baixa taxa de neutrófilos (<750/mm3), ou baixos níveis de hemoglobina (<7,5 g/dl), portanto Biovir é contra-indicado para estes pacientes.

Advertências

As precauções e advertências da lamivudina e da zidovudina são apresentadas nesta seção. Não existe nenhuma precaução ou advertência adicional para a combinação dos dois medicamentos no Biovir. É recomendável que preparações isoladas sejam administradas nos casos em que são necessários ajustes de doses. Nesses casos, o médico deve usar como referência a prescrição individual destes medicamentos. Os pacientes devem ser alertados do perigo da auto-medicação (ver Interações medicamentosas). Os pacientes devem ser avisados de que o uso de Biovir não reduz o risco de transmissão do vírus HIV através da relação sexual ou do sangue e seus derivados. Devem continuar sendo tomadas precauções apropriadas. Biovir, assim como outras terapias anti-retrovirais, não representa a cura da infecção pelo HIV e os pacientes podem continuar a apresentar os sintomas associados à infecção pelo vírus, incluindo o aparecimento de infecções oportunistas. Portanto, os pacientes devem continuar sob observação clínica por médicos experientes no tratamento da infecção pelo HIV. Efeitos colaterais hematológicos: Pode-se esperar a ocorrência de anemia, neutropenia e leucopenia (geralmente secundária à neutropenia), em pacientes que usem zidovudina. Estes efeitos ocorreram com maior freqüência em doses mais altas de zidovudina (1.200-1.500 mg/dia), em pacientes com doença avançada por HIV, e em pacientes com baixa reserva medular óssea prévia ao tratamento. Portanto, os parâmetros hematológicos devem ser cuidadosamente monitorados (ver Contra indicações) nos pacientes em tratamento com Biovir. Esses efeitos hematológicos não são geralmente observados antes de quatro a seis semanas de tratamento. Para pacientes com doença sintomática avançada por HIV, é geralmente recomendado que os exames laboratoriais sejam realizados pelo menos a cada duas semanas, nos primeiros três meses de tratamento, e no mínimo mensalmente daí em diante. Em pacientes com doença por HIV em fase inicial, os efeitos colaterais hematológicos são infreqüentes. Dependendo da condição geral do paciente, os exames laboratoriais podem ser realizados com menor freqüência, por exemplo, a cada um a três meses. Além disso, podem ser necessários ajustes nas doses de zidovudina, caso ocorra mielossupressão ou anemia severa durante o tratamento com Biovir, em pacientes com comprometimento preexistente da medula óssea como, por exemplo, hemoglobina <9 g/dl ou contagem de neutrófilos <1.000/mm3. Como não é possível o ajuste das doses do Biovir, devem ser usadas preparações isoladas de zidovudina e lamivudina (ver Contra indicações). Pancreatite Raramente, têm ocorrido casos de pancreatite em pacientes tratados com Lamivudina e Zidovudina. Entretanto, não está claro se esses casos foram decorrentes do tratamento com o medicamento ou devido à doença subjacente por HIV. Deve ser considerada pancreatite toda vez que o paciente desenvolver dor abdominal, náusea, vômito ou apresentar marcadores bioquímicos elevados. O tratamento com Biovir deve ser interrompido até que seja excluído o diagnóstico de pancreatite. Acidose láctica/hepatomegalia severa com esteatose Acidose láctica e hepatomegalia severa com esteatose, até mesmo casos fatais, têm sido relatados com o uso dos análogos de nucleosídeos, isoladamente ou em combinações, incluindo Lamivudina e Zidovudina, no tratamento da infecção pelo HIV. A maioria desses casos ocorreu em mulheres. Sinais clínicos indicativos de desenvolvimento de acidose láctica incluem franqueza generalizada, anorexia e perda repentina de peso, sintomas gastrintestinais e sintomas respiratórios (dispnéia e taquipnéia). Deve-se ter muito cuidado ao administrar Biovir a qualquer paciente e, particularmente, àqueles com fatores de risco conhecidos para doenças hepáticas. O tratamento com Biovir deve ser suspenso em qualquer paciente que apresentar sintomas clínicos ou laboratoriais sugestivos de acidose láctica ou hepatotoxicidade (que incluem hepatomegalia e esteatose mesmo na ausência de marcantes elevações de transaminases). Redistribuição de gordura A redistribuição/acúmulo de gordura, incluindo obesidade central, alargamento dorso-cervical (pescoço de búfalo), emagrecimento periférico, emagrecimento da face, alargamento das mamas, níveis elevados de lipídeos séricos e glicose tem sido observados separadamente ou em conjunto em alguns pacientes em tratamento com a combinação de antiretrovirais (ver Reações adversas a medicamentos). Embora os fármacos pertencentes as classes inibidores da protease e ITRN tenham sido associados a um ou mais desses eventos adversos específicos, relacionados a uma síndrome comumente chamada lipodistrófica, dados indicam que existem diferenças de risco entre cada fármaco individualmente das respectivas classes terapêuticas. Adicionalmente, a síndrome lipodistrófica possui uma etiologia multi-fatorial; por exemplo, o estado da doença por HIV, idade avançada e duração do tratamento anti-retroviral desempenham função importante, possivelmente papéis sinérgicos. As conseqüências a longo prazo ainda são desconhecidas. Exames clínicos devem incluir avaliações de sinais físicos de redistribuição de gordura. Deve-se considerar a quantificação de lipídeos séricos e glicose sanguínea. Transtornos lipídicos devem ser tratados de forma clínica apropriada. Pacientes co-infectados com o vírus da hepatite B Os estudos clínicos e o uso comercial da lamivudina têm mostrado que alguns pacientes com hepatite crônica pelo vírus B (VHB) podem desenvolver evidência clínica ou laboratorial de hepatite recorrente quando da interrupção do uso da lamivudina, o que pode trazer conseqüências ainda mais graves em pacientes com doença hepática descompensada. Se o Biovir for interrompido em pacientes co-infectados com o vírus da hepatite B, deve-se levar em consideração a monitoração periódica dos testes de função hepática e dos marcadores da replicação do VHB. Fertilidade Não existem dados que indiquem que a lamivudina e a zidovudina afetam a fertilidade humana em mulheres. Em homens, a zidovudina não demonstrou afetar a contagem de esperma, morfologia ou motilidade. Em estudos com ratos de ambos sexos, nem a lamivudina nem a zidovudina apresentaram evidências de causar distúrbios na fertilidade. Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas ou que estejam amamentando sem orientação médica. O médico deve ser informado imediatamente, em caso de suspeita de gravidez.

Uso na gravidez

A segurança da lamivudina na gravidez ainda não foi estabelecida. Já o uso da zidovudina em mulheres grávidas, com tratamento subseqüente do recém-nascido, tem demonstrado redução na taxa de transmissão do HIV da mãe para o feto. Entretanto, não existe nenhum dado semelhante para a lamivudina. Tanto a lamivudina quanto a zidovudina têm a capacidade de atravessar a barreira placentária. Embora estudos de reprodução animal não sejam preditivos da resposta humana (ver Dados de segurança pré-clínicos), a administração de Biovir não é recomendável nos primeiros três meses de gravidez, a menos que o benefício para a mãe supere o possível risco para o feto. Baseado nos achados de carcinogenicidade e mutagenicidade da zidovudina (ver Dados de segurança pré-clínicos) em estudos com animais, o risco de carcinogenicidade em humanos não é excluído. A importância desses achados para bebês infectados e não infectados expostos à zidovudina é desconhecida. Contudo, mulheres grávidas fazendo o uso de Biovir durante a gravidez devem ser informadas sobre esses estudos. Para bebês e crianças expostos a ITRNs, durante a gravidez ou no parto, pequenos aumentos temporários dos níveis sangüíneos de lactato têm sido observados. A relevância clínica deste aumento temporário de lactato é desconhecida. Adicionalmente, casos raros de retardo do desenvolvimento, crises convulsivas e outros distúrbios neurológicos foram relatados. Entretanto, uma relação causal entre esses eventos e a exposição a ITRNs na gravidez ou no parto não pode ser estabelecida. Esses achados não afetam as atuais recomendações de uso da terapia antiretroviral em mulheres grávidas na prevenção da transmissão vertical do vírus HIV. Alguns especialistas recomendam que as mulheres infectadas pelo vírus HIV não amamentem seus filhos, em nenhuma circunstância, a fim de evitar a transmissão do HIV. Tanto a lamivudina quanto a zidovudina são excretadas no leite humano, em concentrações semelhantes àquelas encontradas no plasma. Como a lamivudina, a zidovudina e o vírus HIV atravessam o leite materno, recomenda-se que as mães em tratamento com Biovir não amamentem ao seio. Categoria de risco D na gravidez.

Interações medicamentosas

Considerando-se que Biovir contém Lamivudina e Zidovudina, qualquer interação que tenha sido identificada com esses agentes individualmente pode ocorrer com Biovir. As interações listadas abaixo não devem ser consideradas exaustivas, mas sim representativas das classes de drogas nas quais devem ser observados cuidados. Interações relevantes à lamivudina A probabilidade de interações metabólicas com a lamivudina é baixa, devido ao seu limitado metabolismo e ligação à proteína plasmática, além de ser eliminada principalmente pelo rim de forma inalterada. A lamivudina é predominantemente eliminada por secreção catiônica orgânica ativa. Deve ser considerada a possibilidade de interações com outros medicamentos, administrados em concomitância, particularmente quando sua principal via de eliminação for a secreção renal ativa via sistema de transporte catiônico orgânico, como a trimetoprima . Outras substâncias ativas (por exemplo, ranitidina, cimetidina) podem ser eliminadas somente parcialmente por este mecanismo, não parecendo interagir com a lamivudina. Substâncias ativas que sejam predominantemente excretadas pela via aniônica orgânica ativa ou por filtração glomerular são improváveis de produzir interações clínicas significantes com a lamivudina. Trimetoprima: a administração de trimetoprima / sulfametoxazol 160 mg/800 mg causa um aumento de 40% na exposição a lamivudina devido ao componente trimetoprima. Entretanto, a menos que o paciente tenha comprometimento renal, não é necessário nenhum ajuste da dose de lamivudina (ver Posologia). A lamivudina não possui efeito sobre a farmacocinética da trimetoprima ou do sulfametoxazol. Não foi estudado o efeito da co-administração da lamivudina com doses maiores de trimetoprima/sulfametoxazol, usados no tratamento da pneumonia por Pneumocystis carinii e toxoplasmose. Zalcitabina: a lamivudina pode inibir a fosforilação intracelular da zalcitabina , quando os dois medicamentos são usados concomitantemente. Portanto, não é recomendável usar Biovir em combinação com zalcitabina. Interações relevantes à zidovudina A zidovudina é principalmente eliminada por conjugação hepática a um metabólito glicuronidato inativo. Substâncias ativas que sejam principalmente eliminadas por este metabolismo, especialmente via glicuronidação, podem ter o potencial de inibir o metabolismo da zidovudina. Lamivudina: a co-administração da zidovudina com a lamivudina resulta em um aumento de 13% na exposição à zidovudina e um aumento de 28% nos níveis plasmáticos máximos. No entanto, a exposição global (AUC) não é significativamente alterada. Este aumento não é considerado significativo para a segurança do paciente e, portanto, não é necessário nenhum ajuste de dose. A zidovudina não possui efeito sobre a farmacocinética da lamivudina. Fenitoína: os níveis plasmáticos de fenitoína têm sido relatados como baixos em alguns pacientes que receberam zidovudina. Para um paciente, porém, este nível foi elevado. Estas observações sugerem que as concentrações de fenitoína devem ser cuidadosamente monitoradas em pacientes que estejam recebendo Biovir e fenitoína. Probenecida: dados limitados sugerem que a probenecida aumenta a meia-vida e a área sob a curva de concentração plasmática da zidovudina, através da diminuição na glicuronidação. A excreção renal do glicuronídeo (e possivelmente da própria zidovudina) é reduzida na presença de probenecida. Ribavirina: o análogo de nucleosídeo ribavirina antagoniza a atividade antiviral in vitro da zidovudina e, portanto, deve ser evitado o uso concomitante do Biovir com esta droga. Rifampicina : Dados limitados sugerem que a co-administração de zidovudina e rifampicina diminui a AUC da zidovudina em 48% ¦ 34%. Contudo, o significado clínico deste achado é desconhecido. Estavudina: A zidovudina pode inibir a fosforilação intracelular da estavudina , quando as duas drogas são usadas concomitantemente. A estavudina, portanto, não deve ser utilizada em combinação com o Biovir. Diversas: Outras drogas, incluindo, sem limitação, aspirina , codeína , morfina , metadona , indometacina , cetoprofeno , naproxeno, oxazepam, lorazepam, cimetidina, clofibrato, dapsona e isoprinosina, podem alterar o metabolismo da zidovudina, por inibirem de forma competitiva a glicuronidação ou inibirem diretamente o metabolismo microssômico hepático. Devem ser tomados cuidados especiais em relação à possibilidade de interações medicamentosas com o Biovir antes de se utilizar tais drogas, particularmente em tratamentos crônicos. O tratamento concomitante, especialmente o tratamento agudo, com drogas potencialmente nefrotóxicas ou mielossupressoras (por exemplo, pentamidina sistêmica, dapsona, pirimetamina, trimetoprima/sulfametoxazol, anfotericina, flucitosina, ganciclovir, interferon, vincristina, vimblastina e doxorrubicina) também pode aumentar o risco de reações adversas a zidovudina. Caso seja necessário o tratamento concomitante de Biovir com quaisquer dessas drogas, então devem ser tomados cuidados extras na monitoração da função renal e dos parâmetros hematológicos. Caso necessário, deve ser reduzida a dose de um ou mais medicamentos. Como alguns dos pacientes tratados com Biovir podem continuar a apresentar infecções oportunistas, deve-se considerar o uso concomitante de terapia antimicrobiana profilática. Esta profilaxia pode incluir trimetoprima/sulfametoxazol, pentamidina aerolisada, pirimetamina e aciclovir. Dados limitados obtidos de estudos clínicos não indicam um aumento significativo no risco de reações adversas da zidovudina com estes medicamentos.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Eventos adversos foram relatados, durante terapia para tratar doença por HIV com Lamivudina e Zidovudina separadas ou em combinação. Com relação a muitos destes eventos, não está claro se eles estão relacionados à lamivudina, à zidovudina, à grande quantidade de fármacos utilizados no controle da doença pelo HIV ou decorrentes do processo patológico subjacente. Como Biovir contém zidovudina e lamivudina, o tipo e a severidade das reações adversas listadas abaixo, associadas com cada composto, podem ser esperadas. Não existe evidência de toxicidade adicionada seguida da administração concomitante dos dois fármacos. As reações adversas estão classificadas segundo o sistema orgânico e a freqüência. Muito comum (>1/10), comum (>1/100, <1/10), incomum (>1/1000, <1/100), raro (>1/10000, <1/1000) e muito raro (<1/10000). Lamivudina Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo Incomum: neutropenia, anemia, trombocitopenia. Muito raro: aplasia das células vermelhas. Distúrbios da nutrição e metabolismo Comum: hiperlactatemia Raro: acidose láctica (ver Advertências) Redistribuição da gordura corporal (ver Advertências). A incidência deste evento é dependente de múltiplos fatores incluindo a combinação particular das drogas antiretrovirais. Distúrbios do sistema nervoso Comum: cefaléia Muito raro: parestesia. Neuropatia periférica foi relatada, entretanto uma relação causal com o tratamento é incerta. Distúrbios gastrointestinais Comum: náusea, vômito, dor abdominal, diarréia. Raro: pancreatite, entretanto uma relação causal com o tratamento é incerta. Aumentos na amilase sérica. Distúrbios hepato-biliares Incomum: Aumentos transitórios nas enzimas hepáticas (AST, ALT). Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos Comum: erupções, alopecia. Distúrbios músculo-esqueléticos e articulares Comum: artralgia, distúrbios musculares. Raro: rabdomiólise. Distúrbios gerais Comum: fatiga, indisposição, febre. Zidovudina Distúrbios do sistema linfático e sanguíneo Comum: anemia (que pode requerer transfusão), neutropenia e leucopenia. Estas podem ocorrer mais freqüentemente em altas dosagens (1200 - 1500 mg/ dia), e em pacientes com doença avançada pelo HIV (especialmente quando há baixa reserva de medula óssea antes do tratamento) e particularmente, em pacientes com contagens de células CD4 abaixo de 100 células/mm3. Pode ser necessária a redução da dose ou a interrupção do tratamento (ver Advertências). A incidência de neutropenia também estava aumentada naqueles pacientes em que a contagem de neutrófilos, os níveis de hemoglobina e os níveis de vitamina B12 sérica estavam diminuídos no início do tratamento com a zidovudina. Incomum: trombocitopenia e pancitopenia com hipoplasia medular Raro: aplasia de células vermelhas puras Muito raro: anemia aplástica Distúrbios da nutrição e metabolismo Comum: hiperlactatemia Raro: acidose láctica (ver Advertências) Redistribuição/acúmulo de gordura corporal (ver Advertências). A incidência deste evento é dependente de múltiplos fatores incluindo a combinação particular das drogas antiretrovirais. Distúrbios psiquiátricos Raro: ansiedade e depressão. Distúrbios do sistema nervoso Muito comum: cefaléia. Comum: vertigem. Raro: insônia, parestesia, sonolência, perda da acuidade mental, convulsões. Distúrbios cardíacos Raro: cardiomiopatia. Distúrbios torácicos, respiratórios e mediastínicos Incomum: dispnéia. Raro: tosse. Distúrbios gastrointestinais Muito comum: náusea. Comum: vômito, dor abdominal e diarréia. Incomum: flatulência Raro: pigmentação da mucosa oral, alteração do paladar e dispepsia. Pancreatite. Distúrbios hepato-biliares Comum: níveis aumentados de enzimas hepáticas e billirubina. Raro: distúrbios hepáticos, como hepatomegalia severa com esteatose. Distúrbios da pele e tecidos subcutâneos Incomum: rash cutâneo e prurido. Raro: pigmentação da pele e unhas, urticária e sudorese. Distúrbios músculo-esqueléticos e articulares Comum: mialgia. Incomum: miopatia. Distúrbios renais e urinários Raro: freqüência urinária aumentada. Distúrbios do sistema reprodutivo e dos seios Raro: ginecomastia. Distúrbios gerais Comum: indisposição. Incomum: febre, dor generalizada e astenia. Raro: calafrios, dor torácica e síndrome similar à gripe.

Posologia

O tratamento deve ser iniciado e monitorado por um médico com experiência na terapia da infecção pelo HIV. A dose recomendada de Biovir é de um comprimido, duas vezes ao dia. Se estiver clinicamente indicada uma redução na dose de Biovir, ou se um dos componentes do produto (lamivudina ou zidovudina) necessitar de uma redução ou interrupção, são recomendadas preparações isoladas de lamivudina (Epivir) e zidovudina (Retrovir), em cápsulas e/ou solução oral. Disfunção renal Ajustes nas doses de lamivudina são necessários em pacientes com clearance de creatinina menor que 50 ml/min (ver Propriedades farmacocinéticas). Portanto, é recomendável que preparações isoladas sejam administradas a estes pacientes. Disfunção hepática Ajustes nas doses de zidovudina podem ser necessários em pacientes com comprometimento hepático (ver Propriedades farmacocinéticas). Portanto, é recomendável que preparações isoladas sejam administradas em pacientes com disfunção hepática severa. Ajuste de doses em pacientes com reações adversas hematológicas Pode ser necessário o ajuste nas doses de zidovudina se o nível de hemoglobina cair a menos de 9 g/dl ou se a contagem de neutrófilos ficar abaixo de 1.000/mm3 (ver Contra indicações e Advertências). Considerando que não é possível ajustar as doses de Biovir, devem ser administradas preparações isoladas de zidovudina e lamivudina. Pacientes idosos Não está disponível nenhum dado específico. Entretanto, são recomendados cuidados especiais nesta faixa etária devido a alterações relacionadas à idade, como diminuição da função renal e alteração nos parâmetros hematológicos. Profilaxia pós-exposição: Diretrizes reconhecidas internacionalmente (Centro de Controle e Prevenção de Doenças-Junho de 1998) recomendam que, após exposição acidental com sangue infectado por HIV (por exemplo, perfuração com agulha), uma combinação de zidovudina e lamivudina deve ser administrada rapidamente (dentro de 1 a 2 horas). Em casos de maior risco de infecção, deve ser incluído nesse tratamento um inibidor da protease. É recomendável que a profilaxia anti-retroviral continue por quatro semanas. Não foi realizado nenhum estudo clínico sobre profilaxia pós-exposição não-acidental e são limitados os dados que possam corroborar esta conduta. Pode ocorrer soroconversão apesar da pronta instituição de tratamento com agentes anti-retrovirais.

Superdosagem

Há limitada experiência com a superdosagem de Biovir. Não foi identificado nenhum sintoma ou sinal específico após a superdosagem aguda com zidovudina ou lamivudina, além dos já listados como efeitos adversos. Não ocorreu nenhuma fatalidade e todos os pacientes se recuperaram. Caso ocorra uma superdosagem, o paciente deve ser monitorado para verificação de evidência de toxicidade (ver Reações adversas) e, quando necessário, deve ser aplicado tratamento de suporte padrão. Como a lamivudina é dialisável, poderia ser utilizada hemodiálise contínua no tratamento de superdosagem, embora isso não tenha sido estudado. A hemodiálise e a diálise peritoneal parecem ter um efeito limitado na eliminação da zidovudina, mas aumentam a eliminação do metabólito glicuronídeo. Para maiores detalhes, os médicos devem consultar as informações individuais de prescrição para a Lamivudina e Zidovudina.

Características farmacológicas

Propriedades farmacodinâmicas: A lamivudina e a zidovudina são análogos de nucleosídeos e potentes inibidores seletivos para os vírus HIV-1 e HIV-2. A lamivudina tem se mostrado altamente sinérgica com a zidovudina, inibindo a replicação do HIV em culturas celulares. Os dois fármacos são metabolizados seqüencialmente pelas quinases intracelulares em suas respectivas formas ativas de 5-trifosfato (TP). Lamivudina-TP e zidovudina-TP são substratos e inibidores competitivos da transcriptase reversa do HIV. Entretanto, sua principal atividade antiviral é através da incorporação da forma monofosfato na cadeia do DNA viral, resultando na finalização da cadeia de ácido nucleico e interrupção do ciclo de replicação viral. Os trifosfatos mostram atividade significativamente menor para as DNA polimerases das células hospedeiras. Em estudos clínicos, a combinação da zidovudina com a lamivudina tem demonstrado uma redução da carga viral do HIV-1 e aumento da contagem de células CD4 . Dados clínicos indicam que a combinação da lamivudina com a zidovudina, isoladamente ou em combinação com regimes contendo zidovudina, resulta em uma redução significativa do risco de progressão da doença e mortalidade. Separadamente, a terapia com Lamivudina e Zidovudina tem produzido isolados clínicos de HIV, que demonstram ter sensibilidade reduzida in vitro ao análogo de nucleosídeo ao qual foram expostos. Estudos in vitro, no entanto, indicam que os vírus isolados resistentes à zidovudina podem se tornar sensíveis a este fármaco quando, simultaneamente, adquirem resistência à lamivudina. Além disso, há evidências clínicas, in vivo, de que a lamivudina associada à zidovudina retarda o aparecimento de resistência à zidovudina em indivíduos que não receberam terapia anti-retroviral prévia. Propriedades farmacocinéticas: Absorção A lamivudina e a zidovudina são bem absorvidas pelo trato gastrintestinal. A biodisponibilidade da lamivudina e da zidovudina, por via oral, em adultos, é de aproximadamente 80 a 85% e 60 a 70%, respectivamente. Um estudo de bioequivalência comparou o Biovir com o Epivir (lamivudina) (comprimidos de 150 mg) e o Retrovir (zidovudina) (comprimidos de 300 mg) administrados em conjunto. Também foi estudado o efeito dos alimentos sobre a velocidade e a extensão da absorção. O Biovir mostrou-se bioequivalente ao Epivir 150 mg e ao Retrovir 300 mg, administrados como comprimidos separados a indivíduos em jejum. Após administração de Biovir, os valores de Cmax da lamivudina e da zidovudina (95% de intervalo de confiança) são 1,5 (1,3-1,8) mg/ml e 1,8 (1,5-2,2) mg/ml, respectivamente. Os valores médios de Tmax da lamivudina e da zidovudina são 0,75 (0,50-2,00) horas e 0,50 (0,25-2,00) horas, respectivamente. A extensão da absorção (AUC) das duas drogas, assim como a meia-vida estimada após administração de Biovir com alimentos, são similares se comparados com indivíduos em jejum, apesar da velocidade de absorção (Cmax , Tmax ) estar reduzida. Com base nestes dados, Biovir pode ser administrado com ou sem alimentos. Distribuição Estudos com Lamivudina e Zidovudina, via intravenosa, mostraram que os volumes aparentes médios de distribuição foram de 1,3 e 1,6 L/Kg, respectivamente. A lamivudina apresenta uma farmacocinética linear na faixa de dose terapêutica e demonstra limitada ligação à principal proteína plasmática, a albumina (< 36% da albumina sérica, in vitro). A ligação da zidovudina às proteínas plasmáticas é de 34 a 38%. Portanto, não são esperadas interações medicamentosas por deslocamento do sítio de ligação com o Biovir. Os dados demonstram que a lamivudina e a zidovudina penetram no sistema nervoso central (SNC) e alcançam o fluido cerebroespinhal. A razão média das concentrações liquóricas/séricas, 2 a 4 horas após a administração oral, foram de aproximadamente 0,12 e 0,5, respectivamente. A verdadeira extensão da penetração da lamivudina no SNC e sua relação com eficácia clínica é desconhecida. Metabolismo O metabolismo da lamivudina é uma via de eliminação de menor importância. A lamivudina é predominantemente eliminada por excreção renal, como droga inalterada. A probabilidade de interações medicamentosas metabólicas com a lamivudina é pequena devido ao pequeno grau de metabolismo hepático (5 a 10%) e reduzida ligação plasmática. O 5-glicuronídeo da zidovudina é o principal metabólito no plasma e na urina, responsável por aproximadamente 50 a 80% da dose administrada, sendo eliminado por via renal. A 3-amino-3-deoxitimidina (AMT) tem sido identificada como metabólito da zidovudina, após administração intravenosa. Eliminação A meia-vida de eliminação observada para a lamivudina é de 5 a 7 horas. O clearance sistêmico médio da lamivudina é de aproximadamente 0,32 L/h/Kg, com clearance predominantemente renal (> 70%) através do sistema de transporte catiônico orgânico. Em estudos com zidovudina intravenosa, a meia-vida plasmática terminal média foi de 1,1 hora e o clearance sistêmico médio foi de 1,6 L/h/Kg. O clearance renal da zidovudina é estimado em 0,34 L/h/Kg, indicando filtração glomerular e secreção tubular ativa pelos rins. Pacientes com nefropatia Estudos em pacientes com comprometimento renal demonstraram que a eliminação da lamivudina é afetada pela disfunção renal, devido ao decréscimo do clearance renal. A redução da dose é necessária em pacientes que apresentam o clearance de creatinina menor do que 50 ml/min. A concentração de zidovudina também parece estar aumentada em pacientes com insuficiência renal avançada. Pacientes com hepatopatia Dados limitados em pacientes com cirrose sugerem que pode ocorrer acúmulo de zidovudina devido à diminuição da glicuronidação. Em pacientes com insuficiência hepática grave, pode ser necessário um ajuste na dose de zidovudina. Idosos Não há dados farmacocinéticos disponíveis sobre pacientes com mais de 65 anos de idade. Gravidez As farmacocinéticas da lamivudina e da zidovudina em gestantes são similares às de mulheres não grávidas. Em humanos, em função da transmissão passiva da lamivudina através da placenta, a concentração de lamivudina no soro de neonatos, no nascimento, é similar à encontrada na mãe e no cordão umbilical, no parto. A zidovudina foi medida no plasma e gerou resultados similares aos observados para a lamivudina.

Resultados de eficácia

Biovir reduziu em 50% a dosagem sérica do RNA-HIV em 94% dos pacientes. Referência: ERON, JJ. et al. Treatment with lamivudine, zidovudine, or both in HIV-positive patients with 200 to 500 CD4+ cells per cubic millimeter. North American HIV Working Party. N Engl J Med, 333(25): 1662-1669, 1995.

Modo de usar

O produto deve ser mantido na embalagem original e em temperatura ambiente (abaixo de 30ºC).

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Biovir não é indicado para crianças e adolescentes abaixo dos 12 anos de idade, pois não é possível uma redução apropriada da dose em relação ao peso. Pacientes idosos Não está disponível nenhum dado específico. Entretanto, são recomendados cuidados especiais nesta faixa etária devido a alterações relacionadas à idade, como diminuição da função renal e alteração nos parâmetros hematológicos.

Armazenagem

Manter o produto na embalagem original e em temperatura ambiente (abaixo de 30ºC).

Dizeres legais

Registro M.S.: 1.0107.0214.002-6 Farmacêutico(a) responsável: Milton Oliveira - CRF/RJ-5522 Fabricado por: Glaxo Operations UK Limited - Ware - Inglaterra Distribuído por: GlaxoSmithKline Brasil Ltda. Estrada dos Bandeirantes, 8.464 - Rio de Janeiro - RJ CNPJ: 33.247.743/0001-10 MS: 1.0107.0214 VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SË PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA.

riginal e em temperatura ambiente (abaixo de 30ºC).

Dizeres legais

Registro M.S.: 1.0107.0214.002-6 Farmacêutico(a) responsável: Milton Oliveira - CRF/RJ-5522 Fabricado por: Glaxo Operations UK Limited - Ware - Inglaterra Distribuído por: GlaxoSmithKline Brasil Ltda. Estrada dos Bandeirantes, 8.464 - Rio de Janeiro - RJ CNPJ: 33.247.743/0001-10 MS: 1.0107.0214 VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SË PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DE RECEITA.