As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
GenéricoApresentação
cáps. Isoniazida 200mg + rifampicina 300 mg cx. c/ 500 un.
cáps. Isoniazida 100mg + rifampicina 150 mg cx. c/ 500 un.Indicações
Indica-se em diversas formas de tuberculose causadas por bactérias sensíveis.Contra-indicações
Hipersensibilidade aos componentes do produto. Hepatopatia grave é contraindicação
relativa pelo risco de agravamento das condições do fígado. Uso de
medicamentos que induzem disfunção no fígado. Uso concomitante de
contraceptivos orais ou fármacos hepatotóxicos. Insuficiência renal, gravidez e
lactação.Advertências
Uso cauteloso em pacientes que têm hepatopatia (monitorizar funções do fígado).
Pacientes idosos, alcoólatras, diabéticos e desnutridos podem apresentar
polineuropatia periférica que se evita com a utilização preventiva de piridoxina.
Evitar uso concomitante de salicilatos e laxantes contendo magnésio. É maior a
incidência de hepatite medicamentosa nos pacientes que tomam diariamente
bebidas alcoólicas. Deve-se considerar a possibilidade de aumento na freqüência
de convulsões em epiléticos. Considerar também insuficiência renal, condições de
acetilação lenta (aumenta o risco de efeitos adversos), antecedentes de psicose, e
gravidez e lactação.
O paciente deve ser advertido da possibilidade de ocorrência de coloração
avermelhada da urina, saliva, lágrimas e de lentes de contato gelatinosas que
podem se manchar em caráter definitivo. Em alguns pacientes pode ocorrer
hiperbilirrubinemia por competição. A elevação das bilirrubinas ou transaminases
como dado isolado não impõe a interrupção no emprego do produto. Indica-se
avaliação clínica e laboratorial evolutiva para melhor decisão. O paciente deve ser
orientado a evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o tratamento.Uso na gravidez
Como não existem estudos que comprovem a segurança da utilização de isoniazida
e rifampicina durante a gravidez e a rifampicina atravessa a placenta, este
medicamento não deve ser usado, a menos que, a critério médico, os benefícios
esperados para a mãe sejam superiores aos possíveis riscos para o feto.
Categoria de risco na gravidez: C (ambos os fármacos)
USO DURANTE A AMAMENTAÇÃO
A isoniazida passa para o leite materno e, portanto, é preciso avaliar a relação
risco/benefício. Caso seja administrado, existe um risco teórico de neuropatia e
convulsões. Recomenda-se uso preventivo de piridoxina para a mãe e o bebê.
Deve-se monitorar o lactente para identificar possível toxicidade.Interações medicamentosas
a) isoniazida
Aumento da hepatotoxicidade com a administração de isoniazida com anestésicos
como enflurano, halotano ou isoflurano. Aumento da neurotóxicidade com
cicloserina.
A isoniazida aumenta a ação e o risco de efeitos tóxicos da carmabazepina,
etossuximida, fenitoína, diazepam e teofilina. A carbamazepina possivelmente
aumenta o efeito tóxico no fígado de isoniazida.
Antiácidos (hidróxido de alumínio e magnésio) e adsorventes (carvão ativado)
reduzem a absorção da isoniazida, diminuindo, assim, sua ação.
A isoniazida pode diminuir a eficácia do cetoconazol.
Teofilina: a isoniazida possivelmente aumenta a concentração plasmática de
teofilina, aumentando seu efeito e risco de toxicidade.
Meperidina: uso concomitante aumenta risco de hipotensão arterial ou depressão
do sistema nervoso central
Dissulfiram: uso concomitante pode causar alterações comportamentais ou na
coordenação motora.
Anticoagulantes orais como varfarin podem ter efeito aumentado pela isoniazida.
b) rifampiciina
Os antiácidos e o c etoconazol reduzem a absorção intestinal da rifampicina.
Vários medicamentos têm sua concentração plasmática diminuída em conseqüência
de seu metabolismo acelerado no uso concomitante com rifampicina:
Ansiolíticos: diazepam.
Antiarrítmicos: quinidina e disopiramida.
Antibacterianos: cloranfenicol e dapsona.
Anticoagulantes: cumarinas e varfarina (reduz o efeito anticoagulante).
Anticoncepcionais orais.
Antidepressivos tricíclicos: imipramina, clomipramina.
Antidiabéticos: clorpropramida, tolbutamida e possivelmente outras sulfoniluréias
(reduz o efeito, dificultando o controle).
Antiepiléticos: carbamazepina e fenitoína.
Antifúngicos: fluconazol, itraconazol e cetoconazol.
Antipsicóticos: haloperidol.
Anti-retrovirais: indinavir, nelfinavir e saquinavir (evitar o uso concomitante).
Beta-bloqueadores: propranolol.
Bloqueadores de canais de cálcio: diltiazem, nifedipino e verapamil e possivelmente
o mesmo ocorre com isradipino e nisoldipino.
Ciclosporina.
Citotóxicos: azatioprina (uso com rifampicina possivelmente leva à rejeição de
transplantes).
Corticosteróides.
Estrogênios e progestogênios em combinação ou progestogênios: o efeito
contraceptivo se reduz, exigindo uso de outro método se se quiser evitar a
gestação.
Levotiroxina: pode aumentar a necessidade no hipotiroidismo.
Tacrolimus.
Teofilina.
Outros medicamentos que tem sua ação diminuída: metadona, digoxina,
paracetamol, clofibrato, levotipoxina, amitriptilina e nortriptilina.
Álcool: o consumo diário de álcool pode aumentar o risco de efeitos tóxicos e do
metabolismo da rifampicina.
INTERAÇÃO COM ALIMENTOS, CHÁS OU ÁLCOOL
Podem surgir sintomas se o paciente comer alimentos ricos em tiramina e
histamina (alguns queijos, vinho, salame, soja, suplementos em pó contendo
proteínas, carne de sol).
O consumo diário de álcool aumenta o risco de hepatoxicidade da isoniazida.
A absorção de rifampicina é diminuída quando administrada junto com alimentos. A
erva-de-São João pode diminuir a ação da rifampicina.
INTERFERÊNCIA EM EXAMES LABORATORIAIS
A isoniazida interfere na determinação da glicosúria e dos níveis sangüíneos de
bilirrubinas e de transaminases. Elevação moderada e transitória dos níveis séricos
das transaminases ocorrem em alguns doentes mas geralmente há retorno à
normalidade sem interromper o tratamento.Reações adversas / Efeitos colaterais
a) isoniazida
As reações mais graves são neuropatia periférica e hepatite especialmente em
pessoas com mais de 35 anos. A neuropatia, em geral reversível, é mais comum
em desnutridos, alcoólatras ou hepatopatas e quando se usam doses elevadas. A
hepatite, efeito adverso mais importante, é mais freqüente no idoso e nos
alcoólatras, e pode ser fatal. Outras manifestações são náuseas, vômitos, dor
epigástrica e reações de hipersensibilidade que incluem febre, linfadenopatia,
erupção cutânea e vasculite, eritema multiforme, púrpura, agranulocitose. Ademais
foram relatados neurite óptica, convulsões, episódios psicóticos, síndrome
semelhante ao lupus eritematoso sistêmico, pelagra, hiperglicemia e ginecomastia,
além de acidose metabólica, síndrome reumatóide e retenção urinária.
b) rifampicina
As mais comuns são: anorexia, náuseas, vômitos e diarréia. Pode ocorrer colite
associada ao uso do antibiótico. Também pode ocorrer rubor facial, urticária,
erupções cutâneas, icterícia, insuficiência hepática, pancreatite, púrpura
trombocitopênica, epistaxe, metrorragia, hemorragias gengivais, anemia hemolítica
e síndrome pseudogripal com febre, fraqueza, dor de cabeça, tremores e mialgia.
Há registros de nefrite intersticial, necrose tubular aguda e choque, distúrbios do
SNC (confusão mental, ataxia, alterações visuais transitórias), neurite aguda e
trombose venosa.Posologia
Deve-se observar o Manual de Normas para o Controle de Tuberculose, 4ª edição
modificada e revisada, da Fundação Nacional de Saúde do Ministério da Saúde
(1995) ou edição subseqüente.
Em todas as formas de tuberculose pulmonar e extrapulmonar exceto meningite,
pacientes com mais de 20 kg de peso, devem tomar, por dia, as seguintes doses:
Peso do
paciente
isoniazida rifampicina Cápsulas
De 20 a 35 kg 200 mg 300 mg Uma cápsula de FURP-ISONIAZIDA +
RIFAMPICINA 200:300 mg
De 35 a 45 kg 300 mg 450 mg Uma cápsula de FURP-ISONIAZIDA +
RIFAMPICINA 200:300 mg e outra de
FURP-ISONIAZIDA + RIFAMPICINA
100:150 mg
Mais de 45 kg 400 mg 600 mg Duas cápsulas de FURP-ISONIAZIDA +
RIFAMPICINA 200:300 mg
A dose diária é administrada em tomada única de manhã, em jejum, ou duas horas
após a refeição. Se houver grande desconforto gástrico, pode-se administrar após
refeição leve. Este esquema deve permanecer por 6 meses mas, nos dois primeiros
meses é preciso associar um terceiro fármaco, geralmente a pirazinamida.
Para tuberculose meningoencefálica a primeira etapa do tratamento, de dois
meses, é igual à descrita acima (com uso de três fármacos antituberculose) mas a
segunda etapa, quando se mantém FURP-Isoniazida+Rifampicina, tem a duração
de 7 meses.
NB: Crianças com menos de 20 kg de peso devem receber doses individualizadas
de cada um dos fármacos, Isoniazida e Rifampicina.Superdosagem
As manifestações devidas à isoniazida são vômitos, acidose metabólica,
hiperglicemia, convulsões e coma. Superdosagem de rifampicina pode provocar
coloração da pele em tom vermelho alaranjado, edema periorbital ou facial,
urticária e náuseas, vômitos, diarréia e outras manifestações como as descritas no
item anterior.
Deve-se promover o esvaziamento gástrico nas ingestões recentes e administrar
carvão ativado na dose de 1 g/kg de peso até a dose de 50g. Deve-se aplicar
piridoxina, em doses elevadas, por via intravenosa. Também se promove a diurese
com agentes osmóticos. Nos casos mais graves, são indicadas medidas para
reposição hidro-eletrolítica, correção da acidose com bicarbonato de sódio e
medicação sintomática.Informações
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