As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Apresentação
Camptosar solução injetável 20 mg/mL em embalagens contendo 1 frasco-ampola com 2
ou 5 mL de solução.Indicações
Camptosar (cloridrato) é indicado como agente único ou combinado no
tratamento de pacientes com:
• Carcinoma metastático do cólon ou reto não tratado previamente;
• Carcinoma metastático do cólon ou reto cuja moléstia tenha recorrido ou
progredido após terapia anterior com 5-fluoruracila;
• Neoplasia pulmonar de células pequenas e não-pequenas;
• Neoplasia de cólo de útero;
• Neoplasia de ovário;
• Neoplasia gástrica recorrente ou inoperável.
Camptosar está indicado para tratamento como agente único de pacientes com:
• Neoplasia de mama inoperável ou recorrente;
• Carcinoma de células escamosas da pele;
• Linfoma maligno.Contra-indicações
Camptosar (cloridrato) é contra-indicado a pacientes com
hipersensibilidade conhecida ao fármaco ou a qualquer componente da fórmula (vide
Advertências – Reações de Hipersensibilidade).Advertências
Administração: Camptosar (cloridrato de irinotecana) deve ser administrado obrigatoriamente sob a supervisão de um médico com experiência no uso de agentes quimioterápicos para neoplasia. O controle apropriado de complicações somente é possível quando estiverem disponíveis os recursos adequados para diagnóstico e tratamento.
O uso de Camptosar nas situações a seguir deve ser avaliado através da análise dos beneficios e riscos esperados, e indicado quando os benefícios superarem os possíveis riscos:
*
em pacientes que apresentam um fator de risco (particularmente os com performance status = 2 OMS).
*
em raros casos, onde os pacientes apresentam recomendações relacionadas ao controle de eventos adversos (necessidade de tratamento antidiarreico imediato e prolongado combinado a alto consumo de fluidos no início da diarréia tardia). Recomenda-se estrita supervisão hospitalar a tais pacientes.
Sintomas colinérgicos: os pacientes podem apresentar sintomas colinérgicos como rinite, salivação aumentada, miose, lacrimejamento, diaforese, rubor (vasodilatação), bradicardia e aumento do peristaltismo intestinal, que pode causar cólicas abdominais e diarréia em fase inicial da administração (por ex.: diarréia ocorrendo geralmente durante ou até 8 horas da administração de Camptosar). Esses sintomas podem ser observados durante, ou logo após, da infusão de irinotecana. Possivelmente eles se relacionam à atividade anticolinesterásica do fármaco inalterado e são mais freqüentes em administração de doses mais altas. em pacientes com sintomas colinérgicos a administração terapêutica, ou profilática, de atropina 0,25 a 1 mg por via intravenosa ou subcutânea deve ser considerada (a não ser que contra-indicada clinicamente).
Extravasamento: embora Camptosar não seja, sabidamente, vesicante, deve-se tomar cuidado para evitar extravasamento e observar o local da infusão quanto a sinais inflamatórios. Caso ocorra extravasamento, recomenda-se infusão para lavar o local de acesso (flushing) e aplicação de gelo.
Hepático: em estudos clínicos foram observadas, em menos de 10% dos pacientes, anormalidades das enzimas hepáticas de graus 3 ou 4 de acordo com os Critérios Comuns de Toxicidade do National Cancer Institute (NCI). Esses eventos ocorrem tipicamente em pacientes com metástases hepáticas conhecidas e não estão claramente relacionados à irinotecana.
Hematológico: a irinotecana freqüentemente causa neutropenia, leucopenia e anemia, inclusive graves, devendo ser evitada em pacientes com insuficiência aguda grave da medula óssea. A trombocitopenia grave é incomum. Nos estudos clínicos, a freqüência de neutropenia graus 3 e 4 NCI foi significativamente maior em pacientes que haviam recebido previamente irradiação pélvica/abdominal do que naqueles que não haviam recebido tal irradiação. Pacientes com níveis séricos basais de bilirrubina total de 1,0 mg/dL ou mais, também tiveram uma probabilidade significativamente maior de ter neutropenia grau 3 ou 4 na primeira dose do que aqueles cujos níveis de bilirrubina eram menores do que 1,0 mg/dL. Não houve diferenças significativas na freqüência de neutropenia grau 3 ou 4 por idade ou sexo (vide Advertências û Uso em Pacientes Especiais - Insuficiência Hepática e Posologia).
Neutropenia febril (neutropenia grau 4 NCI e febre grau ? 2) ocorreu em menos de 10% dos pacientes nos estudos clínicos. Mortes devido à sepse após neutropenia grave foram relatadas em pacientes tratados com Camptosar. Complicações neutropênicas devem ser tratadas prontamente com suporte antibiótico. A terapia com Camptosar deve ser temporariamente descontinuada caso ocorra neutropenia febril ou se a contagem absoluta de neutrófilos cair abaixo de 1000/mm3. A dose do produto deve ser reduzida no caso de ocorrência de neutropenia não-febril clinicamente significativa (vide Posologia û Recomendações para ajuste posológico).
Reações de hipersensibilidade: foram relatadas reações de hipersensibilidade, inclusive reações anafilática/anafilactóide graves.
Diarréia tardia: a diarréia tardia (aquela que ocorre mais de 8 horas após a administração do produto) pode ser prolongada e pode levar à desidratação, desequilíbrio eletrolítico ou sepse, constituindo um risco de morte potencial. Nos estudos clínicos que testaram o esquema posológico a cada 3 semanas, a diarréia tardia for iniciada, em média, após 5 dias da infusão de irinotecana; já nos estudos que avaliaram a posologia semanal, este intervalo médio era de 11 dias. Nos pacientes que começaram o tratamento com a dose semanal de 125 mg/m2, o tempo médio de duração de qualquer grau de diarréia tardia foi de 3 dias. Nos pacientes tratados com a dose semanal de 125 mg/m2 que tiveram diarréia grau 3 ou 4, o tempo médio de duração de todo o episódio de diarréia foi de 7 dias. A freqüência de diarréia tardia grau 3 e 4 por idade foi significativamente maior em pacientes ? 65 anos do que em pacientes < 65 anos de idade. Ulceração do cólon, algumas vezes com sangramento, foi observada em associação à diarréia induzida pela irinotecana.
A diarréia tardia deve ser tratada com loperamida imediatamente após observar-se o primeiro episódio de fezes amolecidas ou mal-formadas, ou ainda, na ocorrência de evacuações em frequência maior do que a esperada pelo paciente. O regime de dose recomendado para a loperamida é de 4 mg à primeira ocorrência de diarréia tardia, seguidos de 2 mg a cada 2 horas até que o paciente não apresente diarréia por, pelo menos, 12 horas. Durante a noite, o paciente pode utilizar 4 mg de loperamida a cada 4 horas. O uso de loperamida nestas doses não é recomendado por mais de 48 horas consecutivas (risco de íleo paralítico) e nem por menos de 12 horas. A pré-medicação com loperamida não é recomendada. Pacientes com diarréia devem ser cuidadosamente monitorados e em caso de desidratação, devem ser realizadas reposições hídrica e eletrolítica. Se os pacientes apresentarem íleo paralítico, febre ou neutropenia grave, tratamento de suporte com antibióticos deve ser administrado. Além do tratamento antibiótico, a hospitalização é recomendada para o tratamento de diarréia, nos seguintes casos:
- diarréia com febre;
- diarréia grave (requerendo hidratação intravenosa);
- pacientes com vômito associado à diarréia tardia;
- diarréia persistindo por cerca de 48 horas após o início da terapia com altas doses de loperamida.
Após o primeiro ciclo de tratamento, os ciclos quimioterápicos semanais subseqüentes só devem ser iniciados quando a função intestinal do paciente retornar ao padrão pré-tratamento por, pelo menos, 24 horas sem a necessidade de medicação antidiarréica. Se ocorrer diarréia tardia grau 2, 3 ou 4 (NCI), a administração de Camptosar deve ser descontinuada e retomada em dose reduzida assim que o paciente se recuperar (vide Posologia).
Doença inflamatória crônica e/ou obstrução intestinal: em caso de obstrução intestinal os patientes não devem ser tratados com Camptosar.
Náuseas e vômitos: Camptosar é emetogênico, como os quadros de náuseas e vômitos podem ser intensos ocorrendo geralmente, durante ou logo após a infusão da irinotecana, recomenda-se que os pacientes recebam antieméticos pelo menos 30 minutos antes da infusão de Camptosar. O médico também deve considerar a utilização subseqüente de esquema de tratamento antiemético se necessário. Pacientes com vômito associado à diarréia tardia devem ser hospitalizados assim que possível para tratamento.
Neurológico: tontura foi observada e pode, algumas vezes, representar evidência sintomática de hipotensão ortostática em pacientes com desidratação.
Renal: elevação dos níveis séricos de creatinina ou uréia foram observados. Ocorreram casos de insuficiência renal aguda. Esses eventos foram atribuídos à complicações infecciosas ou à desidratação, relacionada à náusea, vômitos ou diarréia. Há raros relatos de disfunção renal decorrente de síndrome de lise tumoral.
Respiratório: observou-se dispnéia de grau 3 ou 4 NCI, mas é desconhecido o quanto patologias preexistentes e/ou envolvimento pulmonar maligno contribuem para o sintoma. Em estudos iniciais no Japão, pequena porcentagem dos pacientes evoluiu com uma síndrome pulmonar, com potencial risco de morte, que se apresenta através de dispnéia, febre e de um padrão reticulonodular na radiografia de tórax. Porém, o quanto a irinotecana contribuiu para estes eventos é desconhecido pois os pacientes também apresentavam tumores pulmonares e, alguns, moléstia pulmonar não maligna preexistente.
Doença pulmorar intersticial, manifestada através de infiltrado pulmonar, é incomum durante terapia com irinotecana. São fatores de risco para o desenvolvimento desta complicação: doenças pulmonares preexistentes, uso de fármacos pneumotóxicos, terapia de radiação e uso de fatores de estimulação de colônias. Na presença de um ou mais destes fatores o paciente deve ser cuidadosamente monitorado quanto a sintomas respiratórios antes e durante a terapia com irinotecana.
Outros: uma vez que este produto contém sorbitol, não é recomendado o uso em pacientes com intolerância hereditária à frutose.
Uso em Populações Especiais
Pediátrico: a eficácia da irinotecana em pacientes pediátricos não foi estabelecida (vide Propriedades Farmacocinéticas û Populações Especiais û Crianças).
Em 2 estudos abertos, de braço único, cento e setenta crianças com tumores sólidos refratários receberam 50 mg/m2 de irinotecana por 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas. Destes, 54 pacientes (31,8%) evoluíram com neutropenia de grau 3-4, 15 (8,8%) com neutropenia febril, 35 (20,6%) com diarréia grau 3-4. Estes resultados são comparáveis aos obtidos em adultos.
Em outro estudo 21 crianças com rabdomiosarcoma não tratado previamente, receberam 20 mg/m2 de irinotecana por 5 dias consecutivos nas semanas 0, 1, 3 e 4; e subseqüentemente terapia multimodal. O aumento da fase de agente único da irinotecana foi interrompido devido a alta taxa de doença progressiva (28,6%) e de mortes precoces (14%). O perfil de eventos adversos foi diferente do observado em adultos. O evento adverso de grau 3-4, mais significativo foi a desidratação observada em 6 pacientes (28,6%); associado a hipocalemia grave, em 5 pacientes (23,8%) e a hiponatremia, em 3 pacientes (14,3%). Além disto, infecções de grau 3-4 foram relatadas em 5 pacientes (23,8%) (durante todos os cursos de terapia e independente da relação causal).
Geriátrico: em pacientes acima de 65 anos há maior risco de diarréia tardia, exigindo mais cautela no tratamento. Recomendações específicas sobre a dosagem para essa população dependem do esquema utilizado (vide Posologia).
Insuficiência Hepática: em pacientes com hiperbilirrubinemia, o clearance da irinotecana é diminuído (vide Propriedades Farmacocinéticas û Populações Especiais) e, portanto, o risco de hematotoxicidade é aumentado. O uso de irinotecana em pacientes com concentração de bilirrubina sérica total acima de 3,0 x o limite superior estabelecido pelo laboratório, ainda não foi estabelecida (vide Posologia û Populações Especiais). A função hepática basal deve ser obtida antes do início do tratamento e monitorada mensalmente, com novas coletas se clinicamente indicado.
Radioterapia: pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica/abdominal têm maior risco aumentado de mielossupressão após a administração de irinotecana. Estes casos exigem cautela e, dependendo do esquema preconizado, doses específicas podem ser necessárias (vide Posologia).
Performance Status (ECOG û Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus piores de performance status possuem risco aumentado de desenvolverem eventos adversos relacionados à irinotecana. Recomendações específicas de dosagem para pacientes com ECOG performance status de 2 podem se aplicar a essa população dependendo do esquema utilizado (vide Posologia). Pacientes com performance status de 3 ou 4 não devem receber Camptosar. Em estudos clínicos que compararam pacientes recebendo irinotecana/5-fluoruracila/folinato de cálcio ou 5-fluoruracila/folinato de cálcio, foram observadas taxas maiores de hospitalização, neutropenia febril, tromboembolismo, descontinuação do tratamento no primeiro ciclo e óbitos precoces em pacientes com performance status basal de 2, quando comparados a pacientes com performance status basal de 0 ou 1.
Neoplasia gástrica: pacientes com neoplasia gástrica parecem apresentar mielossupressão mais importante e outras toxicidades quando a irinotecana é administrada. Uma dose inicial mais baixa deve ser considerada nesses pacientes (vide Posologia).
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito de Camptosar sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi avaliado. Entretanto, pacientes devem ser alertados sobre o potencial de tontura ou distúrbios visuais, que podem ocorrer dentro de 24 horas após a administração de Camptosar, e aconselhados a não dirigir ou operar máquinas se estes sintomas ocorrerem (vide Advertências).
Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos.Uso na gravidez
Camptosar pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres grávidas. Estudos
mostram que o Irinotecano é teratogênico em ratos e coelhos. Não foram conduzidos
estudos adequados e bem controlados com mulheres grávidas. As mulheres em idade fértil
devem ser orientadas a evitar a gravidez enquanto estiverem sendo tratadas com este
produto. Caso o fármaco seja utilizado durante a gravidez ou a paciente fique grávida
enquanto estiver recebendo esse fármaco, ela deve ser informada dos riscos potenciais ao
feto.
Camptosar é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez.
Portanto, este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica. Informe imediatamente o médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso durante a Lactação
Cinco minutos após a administração IV marcado em ratas, detectou-se
radioatividade no leite, com concentrações até 65 vezes maiores do que as obtidas no
plasma 4 horas após a administração. Assim, devido ao potencial para reações adversas
graves em lactentes, recomenda-se que a amamentação seja descontinuada durante o
tratamento com o produto.Interações medicamentosas
- bloqueadores neuromusculares: a interação entre Camptosar e bloqueadores
neuromusculares não pode ser descartada, uma vez que o Irinotecano tem atividade
anticolinesterase. Fármacos com esta atividade podem prolongar o efeito neuromuscular do
suxametônio e o bloqueio neuromuscular de fármacos não-despolarizantes podem ser
antagonizados.
- agentes antineoplásicos: eventos adversos de Camptosar (cloridrato),
como a mielossupressão e a diarréia, podem ser exacerbados pela associação com outros
agentes antineoplásicos que causem eventos adversos semelhantes.
- dexametasona: foi relatada linfocitopenia em pacientes em tratamento com Camptosar,
sendo possível que a administração de dexametasona como profilaxia antiemética possa
aumentar a probabilidade de ocorrência desse efeito. Contudo, não foram observadas
infecções oportunistas graves e nenhuma complicação foi especificamente atribuída à
linfocitopenia.
Foi também relatada hiperglicemia em pacientes com histórico de diabetes mellitus ou
evidência de intolerância à glicose previamente à administração de Camptosar. É provável
que a dexametasona, aplicada como profilaxia antiemética, possa ter contribuído para o
surgimento de hiperglicemia em alguns pacientes.
- proclorperazina: a incidência de acatisia nos estudos clínicos em esquema de doses
semanais foi um pouco maior (8,5%, 4/47 pacientes) quando se administrou proclorperazina
no mesmo dia que Camptosar, do que quando esses fármacos foram administrados em
dias separados (1,3%, 1/80 pacientes). Todavia, a incidência de 8,5% de acatisia encontrase
dentro da faixa relatada para o uso de proclorperazina, quando administrada como um
pré-medicamento para outras terapias quimioterápicas.
- laxantes: é esperado que laxantes usados durante a terapia com o Irinotecano piorem a
incidência ou gravidade da diarréia.
- diuréticos: desidratação secundária a vômitos e/ou diarréia pode ser induzida por
Camptosar. O médico pode considerar a suspensão do diurético durante o tratamento com
o Irinotecano e durante períodos de vômitos e diarréia ativos.
- anticonvulsivantes: a co-administração de fármacos anticonvulsivantes indutores do
CYP3A (por ex.: carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) resultam numa redução da
exposição ao metabólito ativo SN-38. Deve-se ter cautela ao iniciar ou substituir
anticonvulsivantes não-indutores enzimáticos pelo menos 1 semana antes do início da
terapia com Camptosar.
- cetoconazol: o clearance do Camptosar é reduzido significativamente em pacientes
recebendo cetoconazol concomitantemente ao Irinotecano, aumentando a exposição ao SN-
38. O cetoconazol deve ser descontinuado pelo menos 1 semana antes de iniciar o
tratamento com Camptosar e não deve ser administrado durante a terapia com Irinotecano.
- erva de São João (Hypericum perforatum): a exposição ao metabólito ativo SN-38 é
reduzida em pacientes utilizando concomitantemente erva de São João. Esta deve ser
descontinuada pelo menos 1 semana antes do primeiro ciclo, e não deve ser
administrada durante todo o tratamento com o quimioterápico.
- sulfato de atazanavir: co-administração de sulfato de atazanavir, um inibidor da CYP3A4
e UGT1A1 tem o potencial de aumentar a exposição sistêmica ao SN-38, o metabólito ativo
do Irinotecano. Médicos devem levar isto em consideração quando co-administrar estes
fármacos.
- bevacizumabe: em um estudo, as concentrações presentes no plasma de
pacientes recebendo apenas Irinotecano/5-FU/FA foram similares às concentrações
presentes no plasma de pacientes o recebendo em combinação com bevacizumabe.
Concentrações de SN-38, metabólito ativo do Irinotecano, foram analisadas em um
subconjunto de pacientes (aproximadamente 30 por braço de tratamento). As concentrações
de SN-38 foram, em média, 33% maiores em pacientes recebendo Irinotecano/5-FU/FA em
combinação com bevacizumabe quando comparadas às de pacientes recebendo apenas
Irinotecano/5-FU/FA. Devido à alta variabilidade entre os pacientes e à amostragem limitada,
não é certo que o aumento observado nos níveis de SN-38 é referente ao bevacizumabe.
Houve um pequeno aumento das reações adversas diarréia e leucopenia. Foram reportadas
mais reduções de dose em pacientes recebendo Irinotecano/5-FU/FA em
combinação com bevacizumabe.
- vacinas: a administração de vacinas vivas ou atenuadas em pacientes
imunocomprometidos por agentes quimioterápicos, incluindo Irinotecano, pode resultar em
infecções graves ou fatais. A vacinação com vacinas vivas deve ser evitada em pacientes
recebendo Irinotecano. As vacinas mortas ou inativadas podem ser administradas.
Entretanto, a resposta a tais vacinas pode ser diminuída.Reações adversas / Efeitos colaterais
Estudos clínicos
Dados de eventos adversos foram coletados e analisados extensivamente no programa de
estudos clínicos de neoplasia colo-retal metastática recorrente ou que progrediu depois de
terapia baseada em 5-FU (segunda linha) e são apresentados a seguir (população de
pacientes descrita a seguir). Espera-se que os eventos adversos ocorridos nas outras indicações sejam semelhantes aos ocorridos nos casos de tratamento de segunda linha de
neoplasia colo-retal.
Estudos clínicos como agente único, 100 a 125 mg/m2 em esquema de dose semanal
Em três estudos clínicos realizados nos EUA, 304 pacientes com carcinoma metastático do
cólon ou reto que haviam apresentado recidiva ou avanço da doença após terapia baseada
em 5-FU foram tratados com Camptosar (cloridrato) em um esquema de
dose semanal.
Cinco óbitos (1,6%) foram potencialmente fármaco-dependentes. Os cinco pacientes
apresentaram efeitos adversos variados, que incluíram efeitos conhecidos do produto
(mielossupressão, septicemia neutropênica sem febre, obstrução de intestino delgado,
acúmulo de fluido, estomatite, náusea, vômitos, diarréia e desidratação). A neutropenia
febril, definida como neutropenia de grau 4 pelo NCI e febre de grau 2 ou maior, ocorreu em
outros nove pacientes, tendo esses pacientes se recuperado com tratamento de suporte.
Oitenta e um pacientes (26,6%) foram hospitalizados devido a eventos considerados
relacionados ao Camptosar. As razões principais para a hospitalização fármacorelacionada
foram diarréia, com ou sem náusea e/ou vômitos; neutropenia/leucopenia, com
ou sem diarréia e/ou febre; e náuseas e/ou vômitos.
Foram realizados ajustes posológicos durante o ciclo de tratamento e nos ciclos
subseqüentes, com base na tolerância individual do paciente ao Camptosar. As razões
mais comuns para a redução de dose foram diarréia tardia, neutropenia e leucopenia. Treze
pacientes (4,3%) descontinuaram o tratamento com Irinotecano devido a eventos adversos.
Os eventos adversos (graus 1-4 NCI) relacionados ao fármaco conforme o julgamento do
investigador, que foram relatados em mais de 10% dos 304 pacientes incluídos nos três
estudos do esquema posológico semanal, estão listados em ordem decrescente de
freqüência na Tabela 9.
Tabela 9: Eventos Adversos Graus 1 a 4 NCI Relacionados ao Fármaco Observados
em Mais de 10% dos Pacientes nos Estudos Clínicos:
Gastrintestinal
Hematológico
Geral
Metabólico e Nutricional
Dermatológico
Cardiovascular
diarréia tardia, náusea, vômitos, diarréia precoce, dor/cólicas
abdominais, anorexia, estomatite
leucopenia, anemia, neutropenia
astenia, febre
perda de peso, desidratação
alopecia
eventos tromboembólicos*
*Incluem angina pectoris, trombose arterial, infarto cerebral, acidente vascular cerebral, tromboflebite
profunda, embolia de extremidade inferior, parada cardíaca, infarto do miocárdio, isquemia
miocárdica, distúrbio vascular periférico, embolia pulmonar, morte súbita, tromboflebite, trombose,
distúrbio vascular.
Estudos clínicos como agente único, 300 a 350 mg/m2 em esquema de dose a cada 3
semanas
Trezentos e dezesseis pacientes com neoplasia colorretal metastática, nos quais a doença
progrediu após terapia prévia com 5-FU, receberam Irinotecano em dois estudos envolvendo
administração única a cada 3 semanas. Três óbitos (1%) foram potencialmente relacionados
ao tratamento com Irinotecano, sendo atribuídos à infecção neutropênica, diarréia grau 4 e
astenia, respectivamente. Hospitalizações devido a eventos adversos graves, a despeito de
estarem relacionadas ou não à administração de Camptosar, ocorreram, pelo menos, uma vez em 60% dos pacientes que receberam Camptosar e 8% dos pacientes tratados com
Camptosar descontinuaram o tratamento devido aos eventos adversos.
Tabela 10: Porcentagem de Pacientes que Apresentaram Eventos Adversos de Grau 3
e 4 nos Estudos Comparativos do Tratamento com uma Dose a Cada 3
Semanas1: (*** continua na bula original ***)Posologia
Cada mL da solução injetável de Camptosar (cloridrato) contém 20 mg de
cloridrato (sal triidratado).
Todas as doses de Camptosar devem ser administradas em infusão intravenosa ao
longo de 30 a 90 minutos.
A) Tratamento da neoplasia colo-retal
Esquemas posológicos como agente único
Esquemas posológicos como agente único foram extensivamente estudados na neoplasia
colo-retal metastática. Estes regimes podem ser usados no tratamento de pacientes com
outras indicações de câncer (Vide Indicações).
Dose Inicial
Esquema Posológico Semanal: a dose inicial recomendada de Camptosar como agente
único é de 125 mg/m2. Uma dose inicial menor pode ser considerada (por ex., 100 mg/m2)
para pacientes com uma das seguintes condições: radioterapia extensa anterior,
performance status de 2, níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica.
O tratamento deve ser realizado em ciclos repetidos de 6 semanas, compreendendo
infusão semanal por 4 semanas, seguido de 2 semanas de descanço. Recomenda-se que
as doses posteriores sejam ajustadas a um valor máximo de 150 mg/m2 ou mínimo de 50
mg/m2, com incrementos de 25 mg/m2 a 50 mg/m2, dependendo da tolerância individual
ao tratamento de cada paciente (vide tabela 5).
Esquema Posológico de 1 Vez a Cada 2 Semanas: a dose inicial usual recomendada de
Camptosar é de 250 mg/m2 a cada 2 semanas, por infusão intravenosa. Uma dose
inicial menor pode ser considerada (por ex., 200 mg/m2) para pacientes com qualquer
uma das seguintes condições: idade de 65 anos ou mais, radioterapia extensa anterior,
performance status de 2, níveis aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica.
Esquema Posológico de 1 Vez a Cada 3 Semanas: a dose inicial usual recomendada de
Camptosar para o esquema posológico de 1 dose a cada 3 semanas é de 350 mg/m2
por infusão intravenosa. Uma dose inicial menor pode ser considerada (por ex., 300
mg/m2) para pacientes com qualquer uma das seguintes condições: idade de 65 anos ou
mais, que receberam radioterapia extensa anterior, performance status de 2, níveis
aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica.
Doses subseqüentes devem ser ajustadas para 200 mg/m2, com incrementos de 50
mg/m2, dependendo da tolerância individual do paciente ao tratamento (vide tabela 5).
Desde que o paciente não desenvolva um efeito tóxico intolerável, o tratamento com
ciclos terapêuticos adicionais de Camptosar pode ser continuado indefinidamente,
desde que os pacientes continuem a obter um benefício clínico.
Populações Especiais
Pacientes com Disfunção Hepática
Em pacientes com disfunção hepática, as seguintes doses iniciais são recomendadas
(tabelas 3 e 4):
Tabela 3 – Esquema posológico como agente único semanal:
Concentração de
bilirrubina sérica total
Concentração sérica
TGO/TGP
Dose inicial (mg/m2)
1,5-3,0 x PRAN =<5,0 x PRAN 60
3,1-5,0 x PRAN =<5,0 x PRAN 50
<1,5 x PRAN 5,1-20,0 x PRAN 60
1,5-5,0 x PRAN 5,1-20,0 x PRAN 40
* PRAN - Padrão de Referência Acima do Normal
Tabela 4 – Esquema posológico de 1 vez a cada 3 semanas:
Concentração de bilirrubina sérica total Dose inicial (mg/m2)
1,5-3,0 x PRAN 200
>3,0 x PRAN Não recomendadoa
a A segurança e a farmacocinética do Camptosar administrado 1 vez a cada 3 semanas
não foi definida em pacientes com bilirrubina > 3,0 x Padrão de Referência Acima do
Normal (PRAN) e este esquema não é recomendado a estes pacientes.
Pacientes com Disfunção Renal
Estudos nesta população não foram conduzidos (vide Propriedades Farmacocinéticas –
Populações Especiais). Portanto, deve-se ter cautela em pacientes com disfunção renal.
O Irinotecano não é recomendado para o uso em pacientes sob diálise.
Esquemas Posológicos em Combinação
Dose Inicial
Camptosarcombinado com 5-fluoruracila (5-FU) e folinato de cálcio: recomendado para
uso em pacientes com neoplasia colo-retal metastática.
A dose inicial recomendada é de 125 mg/m² de Camptosar, 500 mg/m² de 5-FU, e 20
mg/m2 de folinato de cálcio. Doses iniciais menores podem ser consideradas para o
Camptosar (por ex., 100 mg/m2) e 5-FU (por ex., 400 mg/m²) para os pacientes com
qualquer uma das seguintes condições: idade de 65 anos ou mais ou que receberam
radioterapia extensa anterior, performance status de 2 ou que apresentam níveis
aumentados de bilirrubina ou neoplasia gástrica. O tratamento deve ser dado em ciclos
repetidos de 6 semanas, incluindo tratamento semanal por 4 semanas, seguido de um
repouso de 2 semanas.
B) Tratamento dos outros tipos de neoplasias
Esquemas posológicos como agente único
Três esquemas posológicos são recomendados para o tratamento de outros tipos de
neoplasias (vide Indicações).O esquema A deve ser utilizado no tratamento da neoplasia pulmonar de células
pequenas e não pequenas, neoplasia da mama inoperável ou recorrente e carcinoma de
células escamosas da pele. Os esquemas A e B devem ser empregados no tratamento de
neoplasia de cólo de útero, neoplasia de ovário, neoplasia gástrica recorrente ou
inoperável e neoplasia colo-retal (recorrente ou inoperável). O esquema C deve ser
utilizado no tratamento de linfomas malignos (linfomas não-Hodgkin).
Esquema A
Administração de 100 mg/m² de cloridrato a adultos normais, 1 vez por
semana, por 3 a 4 semanas, por infusão intravenosa, seguida de repouso de pelo menos
2 semanas. Esse curso da terapia é então repetido.
Esquema B
Administração de 150 mg/m² de cloridrato a adultos normais, 1 vez ao dia,
a cada 2 semanas, 2 ou 3 vezes, por infusão intravenosa, seguida de repouso de pelo
menos 3 semanas. Esse curso da terapia é então repetido.
Esquema C
Administração de 40 mg/m² de cloridrato, 1 vez ao dia, por 3 dias
consecutivos, por infusão intravenosa. Repetir as administrações em ciclos semanais, por
2 ou 3 semanas consecutivas, seguidas de repouso de pelo menos 2 semanas. Esse
curso da terapia é então repetido.
Esquemas Posológicos em Combinação
Camptosarem combinação com a cisplatina
Camptosarfoi estudado em combinação com a cisplatina para a neoplasia de pulmão de
células pequenas e não-pequenas, neoplasia de cólo de útero, neoplasia gástrica e
neoplasia de esôfago. Esse esquema pode ser utilizado no tratamento de pacientes com
outros tipos indicados de neoplasia, exceto para a neoplasia colo-retal (vide Indicações).
A dose recomendada para início de tratamento é de 65 mg/m2 de Camptosar e 30
mg/m2 de cisplatina. Uma dose menor inicial de Camptosar (por ex., 50 mg/m2) pode ser
considerada para pacientes com qualquer das seguintes condições: idade de 65 anos ou
mais, radioterapia extensa anterior, performance status de 2, níveis aumentados de
bilirrubina ou neoplasia gástrica. O tratamento deve ser dado em ciclos repetidos de 6
semanas, incluindo tratamento semanal por 4 semanas, seguido de um repouso de 2
semanas.
Duração do tratamento
Tanto para o esquema de agente único como para o combinado, o tratamento com ciclos
adicionais de Camptosar pode ser continuado indefinidamente em pacientes que
obtenham uma resposta tumoral ou em pacientes cuja neoplasia permaneça estável. Os
pacientes devem ser cuidadosamente monitorados para toxicidade e devem ser retirados da terapia se ocorrer toxicidade inaceitável não responsiva à modificação da dose e
cuidados rotineiros de suporte.
Recomendações para ajustes posológicos
A Tabela 5 descreve as modificações posológicas recomendadas durante um ciclo de
tratamento e no início de cada ciclo subseqüente de tratamento para o esquema
posológico como agente único. Essas recomendações baseiam-se nos efeitos tóxicos
observados comumente com a administração desse produto. Para modificações no inicio
do ciclo subseqüente de terapia, a dose deve ser diminuída à dose inicial
do ciclo anterior.
O tratamento programado semanal com Camptosar deve ser interrompido quando
ocorrerem efeitos tóxicos intoleráveis ou de grau 3 ou 4. As modificações posológicas
para efeitos tóxicos hematológicos que não a neutropenia (por ex., leucopenia, anemia ou
trombocitopenia) durante uma sessão de tratamento são as mesmas recomendadas para
a neutropenia. No início de uma sessão de tratamento subseqüente, a dose do produto
deve ser reduzida com base no pior grau de toxicidade observada na sessão prévia. Uma
nova sessão de tratamento não deve ser iniciada até que o número de granulócitos tenha
alcançado >= 1.500/mm3, o número de plaquetas tenha alcançado >= 100.000/mm3 e a
diarréia relacionada ao tratamento tenha se resolvido completamente. O tratamento deve
ser adiado por 1 a 2 semanas, para permitir a recuperação de efeitos tóxicos relacionados
com o tratamento. Se o paciente não se recuperar após um adiamento de 2 semanas,
deve-se considerar a interrupção do tratamento com Camptosar.
Recomenda-se que os pacientes recebam agentes antieméticos como pré-medicação
(vide Advertências – Náusea e Vômitos).
As modificações de dose recomendadas durante um ciclo de terapia e no inicio de cada
ciclo subseqüente de terapia com Irinotecano, 5-FU e folinato de cálcio estão descritas na
Tabela 6.
As modificações de dose para Irinotecano e cisplatina no inicio de cada ciclo de terapia
estão descritos na Tabela 7, enquanto recomendações de modificações de dose durante
um ciclo de terapia estão descritos na Tabela 8.
Todas as modificações de dose devem ser baseadas na pior toxicidade observada
previamente. Um novo ciclo de terapia não deve ser iniciado até que o paciente tenha se
recuperado para grau 2 ou menos da toxicidade. Tratamento deve ser adiado por 1 a 2
semanas para a recuperação da toxicidade relacionada ao tratamento. Se o paciente não
se recuperar após um adiamento de 2 semanas, deve-se considerar a descontinuação do
tratamento com Camptosar.
(continua na bula original)Superdosagem
Em estudos realizados, foram administradas doses únicas de até 750 mg/m2
a pacientes com várias neoplasias. Os eventos adversos observados nesses pacientes
foram semelhantes aos relatados com as doses e esquemas terapêuticos recomendados.
Foram relatados casos de superdosagem com doses de até 2 vezes a dose terapêutica
recomendada, que pode ser fatal. As reações adversas mais significativamente relatadas
foram neutropenia e diarréia grave. Devem-se adotar medidas de suporte máximas para
evitar a desidratação devido à diarréia e para tratar qualquer complicação infecciosa. Não se
conhece um antídoto para a superdose do produto.Características farmacológicas
O cloridrato é um agente antineoplásico da classe dos agentes inibidores da
topoisomerase I, que contém na formulação o Irinotecano, um derivado semi-sintético da
camptotecina, um alcalóide extraído de vegetais como, por exemplo, a Camptotheca
acuminata ou sintetizada quimicamente.
O composto é moderadamente solúvel em água e solventes orgânicos.
O Irinotecano pertence a uma classe das camptotecinas, agentes quimioterápicos
citotóxicos com um mecanismo de ação singular, eles interagem especificamente com a
enzima topoisomerase I inibindo-a.
As topoisomerases são enzimas que mantêm a conformação tridimensional adequada do
DNA através da indução reversível da quebra da cadeia simples. O Irinotecano e seu
metabólito ativo SN-38 ligam-se ao complexo DNA-topoisomerase I e impede a religação
dessa cadeia simples.
O Irinotecano e seu metabólito ativo SN-38 se liga ao complexo DNA-topoisomerase I e
impede a religação das fitas únicas. Pesquisas atuais sugerem que a citotoxicidade do
Irinotecano é devido ao dano na fita dupla de DNA produzido durante a síntese de DNA,
quando as enzimas de replicação interagem com o complexo terciário formado pela
topoisomerase I, DNA e pelo Irinotecano ou SN-38.
O Irinotecano é um precursor hidrossolúvel do metabólito lipofílico SN-38. O SN-38 é
formado a partir do Irinotecano, por clivagem da ligação carbamato entre a fração
camptotecina e a cadeia lateral dipiperidina mediada pela carboxilesterase. Em linhagens de
células tumorais de humanos e roedores o SN-38 inibe a topoisomerase I com potência
aproximadamente 1.000 vezes maior do que o Irinotecano. Testes de citotoxicidade in vitro
mostraram que a potência relativa do SN-38 varia de 2- a 2000- vezes a do Irinotecano.
Entretanto, os valores da área sob a curva de concentração plasmática versus tempo (AUC)
para SN-38 são de 2% a 8% do Irinotecano. Noventa e cinco por cento do SN-38 se liga às
proteínas plasmáticas comparado a aproximadamente 50% do Irinotecano. A contribuição
precisa do SN-38 para a atividade do Irinotecano é desconhecida.
Ambos, Irinotecano e o SN-38, ocorrem sob forma ativa de lactona e sob forma inativa como
ânion hidroxiácido. Entre as duas formas há um equilíbrio pH-dependente, de tal maneira
que um pH ácido promove a formação da lactona, enquanto que um pH mais básico resulta
na forma aniônica do hidroxiácido.Resultados de eficácia
Câncer colo-retal
Foram realizados estudos clínicos com a administração em combinação
com 5-fluorouracila (5-FU) e leucovorin (LV) e como agente único. Quando utilizado como
um componente do esquema combinado, o Irinotecano foi utilizado com um esquema
semanal de bolus de 5-FU/LV ou em um esquema a cada 2 semanas de infusão de 5-
FU/LV. O esquema semanal e o esquema a cada 3 semanas foi utilizado com o
Irinotecano como agente único.
Tratamento de 1a linha em combinação com 5-FU/LV:
Dois estudos fase III, randomizados, multinacionais, suportam o uso de Camptosar
(cloridrato) como tratamento de 1a linha em pacientes com carcinoma
metastático do cólon e reto. Em cada um dos estudos, a combinação e 5-
FU/LV foi comparada a 5-FU/LV isolado. O estudo 1 comparou a combinação de
Irinotecano com 5-FU/LV em bolus em esquema semanal, com um regime padrão de 5-
FU/LV em bolus, administrado por 5 dias a cada 4 semanas. O estudo 2 avaliou 2
diferentes esquemas de administração de 5-FU/LV infusional, com ou sem Irinotecano.
Em ambos os estudos, a combinação + 5-FU/LV resultou em significativa
melhora das taxas de resposta objetivas, tempo para progressão do tumor e sobrevida,
quando comparado ao braço que utilizou 5-FU/LV isoladamente. A tabela abaixo destaca
os principais resultados de eficácia:
Tabela 2: Resultados de Eficácia: Esquema de Dosagem Semanal
*** vide bula original ***
Tratamento de 2a linha para doença recorrente ou progressiva após tratamento baseado
em 5-FU/LV:
Esquema de dosagem semanal
Dados de 3 estudos abertos, com agente único, envolvendo 304 pacientes em 59 centros,
suportam o uso de Camptosar no tratamento de pacientes com câncer metastático de
cólon e reto que recorreram ou progrediram após tratamento com 5-FU/LV. Esses estudos
foram desenhados para avaliar a taxa de resposta tumoral e não forneceram informações
sobre o benefício clínico atual, como os efeitos sobre a sobrevida e sintomas relacionados
à doença. Em todos os estudos, Camptosar foi administrado em ciclos de 6 semanas,
consistindo de 1 infusão semanal durante 90 minutos (com doses de 100 mg/m2, 125
mg/m2 e 150 mg/m2 por infusão) por 4 semanas, seguidas de 2 semanas de descanso. Na
análise ITT dos dados agrupados dos 3 estudos, 193 dos 304 pacientes iniciaram a
terapia com a dose recomendada de 125 mg/m2. Entre esses pacientes, a taxa de
resposta global foi de 15% (2 respostas completas e 27 respostas parciais). A maioria das
respostas foram observadas nos primeiros 2 ciclos de tratamento e a duração mediana da
resposta foi de 5,8 meses. A resposta não variou com relação ao sexo, idade (menores e
maiores de 65 anos), presença de metástases únicas ou múltiplas, localização do tumor
primário (cólon vs. reto) e irradiação prévia.
Esquema de dosagem a cada 3 semanas
Dois estudos multicêntricos e randomizados suportam o uso no esquema a
cada 3 semanas em pacientes com câncer colo-retal metastático que recorreu ou
progrediu após tratamento com 5-FU/LV. No primeiro estudo, o tratamento de 2a linha
com Irinotecano + Melhores Cuidados de Suporte (MCS) foi comparado com os MCS
isoladamente. No segundo estudo, o tratamento de 2a linha com Irinotecano foi
comparado com 5-FU/LV em infusão. Em ambos os estudos, os pacientes receberam o
Irinotecano em uma dose inicial de 350 mg/m2 em infusão, durante 90 minutos, uma vez a
cada 3 semanas. Um total de 535 pacientes foram randomizados nos 2 estudos. Os
estudos demonstram uma vantagem de sobrevida significativa para Irinotecano quando
comparado com os MCS (p=0,0001) e com a terapia com 5-FU/LV (p=0,035). No estudo
1, a sobrevida mediana para os pacientes tratados com Irinotecano foi de 9,2 meses
comparado a 6,5 meses para os pacientes que receberam os MCS. No estudo 2, a
sobrevida mediana para os pacientes tratados com Irinotecano foi de 10,8 meses
comparado com 8,5 meses para os pacientes que receberam 5-FU/LV infusional. Além da
sobrevida, a utilização foi positiva em outros aspectos como no tempo para
aparecimento de dor, tempo para deterioração do PS, tempo para perda de peso > 5% e
em alguns itens da avaliação de qualidade de vida.
Câncer de pulmão
Câncer de Pulmão de Células Não-Pequenas (CPCNP):
O Irinotecano, particularmente em regimes de combinação (por exemplo, cisplatina,
cisplatina/vindesida, etoposídeo), mostrou eficácia antitumoral no câncer de pulmão de
células não-pequenas. Taxas de resposta de até 54% foram observadas em pacientes
tratados com o regime Irinotecano/cisplatina.
Dados em monoterapia: a utilização semanal (100 mg/m2) produziu taxas
de resposta de aproximadamente 30% (apenas Respostas Parciais-RP) em pacientes
previamente não-tratados com câncer de pulmão de células não-pequenas (CPCNP), com
uma duração mediana de resposta de 15 semanas.
Dados em combinação: uma taxa de resposta de 52% (1 RC; 32 RP) foi obtida com a
combinação e cisplatina no CPCNP avançado. Nesse estudo de fase II, 70
pacientes foram incluídos e a posologia utilizada do Irinotecano foi de 60 mg/m2 no d1, d8
e d15, a cada 4 semanas. A dose de cisplatina utilizada foi de 80 mg/m2 no d1, a cada 21
dias. A duração mediana de resposta foi de 19 semanas e a sobrevida mediana foi de 44
semanas. O tempo para se alcançar a remissão foi, em média, de 28 dias.
Câncer de Pulmão de Células Pequenas (CPCP):
Dados em monoterapia: em estudos pequenos, o tratamento com Irinotecano como
agente único (100 mg/m2 por semana) produziu uma alta taxa de respostas objetivas
(33% a 47%) em pacientes com CPCP previamente tratados, recidivados ou refratários.
Uma taxa de resposta de 50% foi observada nos pacientes previamente não-tratados.
Dados em combinação: em um estudo fase III, o esquema+cisplatina foi
comparado ao esquema etoposídeo+cisplatina no tratamento de pacientes com CPCP significativa (12,8 meses vs. 9,4 meses, p=0,002) e uma maior taxa de resposta tumoral
global (84,4% vs. 67,5%, p=0,02). A sobrevida em 1 e 2 anos também foi
significativamente maior no regime contendo o Irinotecano (sobrevida 1 ano: 58,4% vs.
37,7%; sobrevida em 2 anos: 19,5% vs. 5,2%). O tamanho da amostragem proposto
inicialmente nesse estudo era de 230 pacientes, mas o estudo foi interrompido
precocemente, pois na análise interina já se demonstrou uma diferença significativa na
sobrevida global.
Câncer de colo de útero
Um estudo de fase II avaliou o uso de Camptosar + cisplatina no tratamento de 1a linha
do câncer de colo de útero avançado. Nesse estudo, foram avaliadas 29 mulheres. A
dose utilizada foi de 60 mg/m2 no d1, d8 e d15, a cada 4 semanas,
enquanto a dose de cisplatina foi de 60 mg/m2 no d1, a cada 4 semanas. A resposta
global nesse estudo foi de 59% (7% de RC e 52% de RP), com sobrevida mediana de
27,7 meses.
Câncer de ovário
O Camptosar foi avaliado no tratamento de 2a linha do câncer recorrente de ovário em
associação à cisplatina. Em um estudo fase II, 25 pacientes foram tratados com a
associação de Camptosar: 50 ou 60 mg/m2 no d1, d8 e d15, a cada 4 semanas e
cisplatina: 50 ou 60 mg/m2 no d1, a cada 4 semanas. A resposta global de tratamento foi
de 40%, com 2 respostas completas e 8 respostas parciais. A sobrevida mediana
alcançada nesse estudo foi de 12 meses.
Câncer de estômago
Dados em monoterapia: em pacientes com câncer gástrico avançado previamente
tratados ou virgens de tratamento, o uso como agente único na dose de
100 mg/m2/semana ou 150 mg/m2 a cada 2 semanas, promoveu 23% de resposta parcial
(33% em pacientes virgens de tratamento).
Dados em combinação: a utilização combinada e cisplatina produziu taxa
de resposta global de 48% (1 RC; 20RP) em pacientes com câncer gástrico metastático
(n=44). A dose utilizada foi de 70 mg/m2, administrada no d1 e d15 a cada
4 semanas; a dose de cisplatina utilizada foi de 80 mg/m2, administrada no d1 a cada 4
semanas. O tempo mediano para resposta foi de 40 dias e a duração mediana de
resposta foi de 176 dias. A sobrevida mediana dos pacientes foi de 272 dias.Modo de usar
Camptosar (cloridrato) deve ser conservado em temperatura ambiente
(entre 15 e 30ºC), protegido da luz. Os frascos contendo o medicamento acabado devem
ser protegidos da luz, mantidos dentro do cartucho até a utilização. O medicamento não
deve ser congelado, mesmo quando diluído. Descartar devidamente qualquer solução não
utilizada.
Precauções no Preparo e Administração
Assim como ocorre com outros agentes antineoplásicos potencialmente tóxicos, deve-se
ter cuidado no manuseio e preparo de soluções para infusão contendo Camptosar.
Recomenda-se a utilização de luvas. Caso a solução de Camptosar entre em contato
com a pele, lave-a imediata e cuidadosamente com água e sabão. Caso o produto entre
em contato com membranas mucosas, enxágüe cuidadosamente com água. Existem
várias diretrizes publicadas a respeito do manuseio e descarte de agentes
antineoplásicos.
Deve-se inspecionar visualmente o conteúdo do frasco-ampola quanto à presença de
material particulado e coloração, antes da administração, e repetir essa inspeção no
momento da transferência da solução do frasco-ampola para a seringa.
Preparo e Estabilidade da Solução para Infusão
Camptosar deve ser diluído antes da infusão. O produto deve ser diluído, de preferência,
em soro glicosado a 5% ou solução injetável de cloreto de sódio a 0,9% , para atingir
uma concentração final de 0,12 a 2,8 mg/mL.
A solução é física e quimicamente estável por até 24 horas em temperatura ambiente
(entre 15 e 30°C) e em luz ambiente fluorescente. As soluções diluídas em soro glicosado
a 5% , mantidas sob refrigeração (aproximadamente entre 2 e 8°C) e protegidas de luz,
permanecem física e quimicamente estáveis por 48 horas. Não se recomenda a
refrigeração de soluções diluídas com cloreto de sódio a 0,9% , devido à baixa e
esporádica incidência de material particulado visível. Deve-se evitar o congelamento do
produto e de soluções contendo Camptosar, uma vez que pode ocorrer precipitação do
fármaco. Devido à possível contaminação microbiana durante a diluição, recomenda-se a
utilização da solução preparada dentro de 24 horas, quando mantida sob refrigeração
(entre 2 e 8°C), ou dentro de 6 horas, caso mantida em temperatura ambiente (entre 15 e
30°C). Não se deve adicionar outros fármacos à solução de infusão.
Cuidados Especiais de Manuseio e Armazenamento
O frasco-ampola deve ser inspecionado quanto a danos e sinais visíveis de vazamentos
antes do uso. Se estiver danificado, incinere o frasco-ampola sem abri-lo.
Camptosar deve ser armazenado sob temperatura ambiente (entre 15 e 30°C),
protegido da luz. Os frascos contendo o medicamento acabado devem ser protegidos da
luz, mantidos dentro do cartucho até a sua utilização. O medicamento não deve ser
congelado, mesmo quando diluído. Descartar devidamente qualquer solução não
utilizada.
Incompatibilidades
Outros fármacos não devem ser adicionados à solução preparada para infusão.Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco
Pediátrico: a eficácia do Camptosar em pacientes pediátricos não foi estabelecida (vide
Propriedades Farmacocinéticas – Populações Especiais – Crianças).
Em 2 estudos abertos, de braço único, cento e setenta crianças com tumores sólidos
refratários receberam 50 mg/m2 por 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas.
Destes, 54 pacientes (31,8%) evoluíram com neutropenia de grau 3-4, 15 (8,8%) com
neutropenia febril, 35 (20,6%) com diarréia grau 3-4. Estes resultados são comparáveis aos
obtidos em adultos.
Em outro estudo 21 crianças com rabdomiosarcoma não tratado previamente, receberam 20
mg/m2 por 5 dias consecutivos nas semanas 0, 1, 3 e 4; e subseqüentemente
terapia multimodal. O aumento da fase de agente único do Irinotecano foi interrompido
devido a alta taxa de doença progressiva (28,6%) e de mortes precoces (14%). O perfil de
eventos adversos foi diferente do observado em adultos. O evento adverso de grau 3-4,
mais significativo foi a desidratação observada em 6 pacientes (28,6%); associado a
hipocalemia grave, em 5 pacientes (23,8%) e a hiponatremia, em 3 pacientes (14,3%). Além
disto, infecções de grau 3-4 foram relatadas em 5 pacientes (23,8%) (durante todos os
cursos de terapia e independente da relação causal).
Idosos: recomendações específicas sobre a dosagem para essa população dependem do
esquema utilizado (vide Posologia).
Insuficiência hepática: em pacientes com hiperbilirrubinemia, o clearance do Irinotecano é
diminuído (vide Propriedades Farmacocinéticas – Populações Especiais) e, portanto, o
risco de hematotoxicidade é aumentado. O uso em pacientes com
concentração de bilirrubina sérica total acima de 3,0 x o limite superior estabelecido pelo
laboratório, ainda não foi estabelecida (vide Posologia – Populações Especiais). A função
hepática basal deve ser obtida antes do início do tratamento e monitorada mensalmente,
com novas coletas se clinicamente indicado.
Radioterapia: pacientes submetidos previamente à irradiação pélvica/abdominal têm maior
risco de mielossupressão após a administração. Estes casos exigem cautela
e, dependendo do esquema preconizado, doses específicas podem ser necessárias (vide
Posologia).
Performance status (ECOG – Eastern Cooperative Oncology Group): pacientes com graus
piores de performance status possuem risco aumentado de desenvolverem eventos
adversos relacionados ao Irinotecano. Recomendações específicas de dosagem para
pacientes com ECOG performance status de 2 podem se aplicar a essa população,
dependendo do esquema utilizado (vide Posologia). Pacientes com performance status de
3 ou 4 não devem receber Camptosar (cloridrato). Em estudos clínicos que
compararam pacientes recebendo Irinotecano/5-fluoruracila/folinato de cálcio ou 5-
fluoruracila/folinato de cálcio, foram observadas taxas maiores de hospitalização,
neutropenia febril, tromboembolismo, descontinuação do tratamento no primeiro ciclo e
óbitos precoces em pacientes com performance status basal de 2, quando comparados a
pacientes com performance status basal de 0 ou 1.
Neoplasia gástrica: pacientes com neoplasia gástrica parecem apresentar mielossupressão
mais importante e outras toxicidades quando o Irinotecano é administrado. Uma dose inicial
mais baixa deve ser considerada nesses pacientes (vide Posologia).Armazenagem
Camptosar (cloridrato) deve ser conservado em temperatura ambiente
(entre 15 e 30ºC), protegido da luz. Os frascos contendo o medicamento acabado devem ser
protegidos da luz, mantidos dentro do cartucho até a sua utilização. O medicamento não
deve ser congelado, mesmo quando diluído. Descartar devidamente qualquer solução não
utilizada.Dizeres legais
MS - 1.0216.0147
Farmacêutica Responsável: Raquel Oppermann – CRF-SP nº 36144
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
Número do lote e data de fabricação: vide embalagem externa.
Produto fabricado e embalado por:
Pharmacia & Upjohn Co.
Kalamazoo, Michigan – EUA
Distribuído por:
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA.
Av. Monteiro Lobato, 2.270
CEP 07190-001 – Guarulhos – SP
CNPJ nº 46.070.868/0001-69
Indústria Brasileira.
Marca sob licença de:
Yakult Honsha Co. Ltd.
Produto sob licença de:
Daiichi Pharmaceutical Company Ltd.
Fale Pfizer 0800-16-7575
www.pfizer.com.brplasia gástrica: pacientes com neoplasia gástrica parecem apresentar mielossupressão
mais importante e outras toxicidades quando o Irinotecano é administrado. Uma dose inicial
mais baixa deve ser considerada nesses pacientes (vide Posologia).Armazenagem
Camptosar (cloridrato de Irinotecano) deve ser conservado em temperatura ambiente
(entre 15 e 30ºC), protegido da luz. Os frascos contendo o medicamento acabado devem ser
protegidos da luz, mantidos dentro do cartucho até a sua utilização. O medicamento não
deve ser congelado, mesmo quando diluído. Descartar devidamente qualquer solução não
utilizada.Dizeres legais
MS - 1.0216.0147
Farmacêutica Responsável: Raquel Oppermann – CRF-SP nº 36144
USO RESTRITO A HOSPITAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO
Número do lote e data de fabricação: vide embalagem externa.
Produto fabricado e embalado por:
Pharmacia & Upjohn Co.
Kalamazoo, Michigan – EUA
Distribuído por:
LABORATÓRIOS PFIZER LTDA.
Av. Monteiro Lobato, 2.270
CEP 07190-001 – Guarulhos – SP
CNPJ nº 46.070.868/0001-69
Indústria Brasileira.
Marca sob licença de:
Yakult Honsha Co. Ltd.
Produto sob licença de:
Daiichi Pharmaceutical Company Ltd.
Fale Pfizer 0800-16-7575
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