Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Msd

Apresentação

Invanz (Ertapenem sódico, MSD) é apres. em caixas c/ 1 fr.-ampola c/ 1,046 g de ertapenem sódico, equivalente a 1 g de ertapenem.

Indicações

Invanz é indicado para o tratamento de pacientes adultos com infecções moderadas a graves causadas por cepas sensíveis dos microorganismos e para o tratamento empírico inicial anterior à identificação do patógeno causador das infecções relacionadas a seguir: * Infecções Intra-abdominais Complicadas * Infecções Complicadas da Pele e seus Anexos, incluindo pé diabético * Pneumonia Adquirida na Comunidade * Infecções Complicadas do Trato Urinário, incluindo pielonefrite * Infecções Pélvicas Agudas, incluindo endomiometrite pós-parto, aborto séptico e infecções ginecológicas pós-cirúrgicas * Septicemia Bacteriana

Contra-indicações

Invanz (Ertapenem sódico, MSD) é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer de seus componentes ou a outros medicamentos da mesma classe ou para pacientes que já tenham apresentado reações anafiláticas a betalactâmicos. Invanz é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a qualquer de seus componentes ou a outros medicamentos da mesma classe ou para pacientes que já tenham apresentado reações anafiláticas a betalactâmicos. Em razão do cloridrato de lidocaína ser utilizado como diluente, Invanz IM é contra-indicado para pacientes com hipersensibilidade conhecida a anestésicos locais do tipo amida e para pacientes com choque ou bloqueio cardíaco grave. (Consulte a bula do cloridrato de lidocaína.)

Advertências

Há relatos de reações de hipersensibilidade (anafiláticas) graves e eventualmente fatais em pacientes tratados com betalactâmicos; essas reações são mais prováveis em indivíduos com histórico de sensibilidade a múltiplos alérgenos. Há relatos de indivíduos com histórico de hipersensibilidade à penicilina que apresentaram reações graves de hipersensibilidade quando tratados com outro betalactâmico. Antes de iniciar o tratamento com Invanz, deve-se fazer um levantamento minucioso das reações de hipersensibilidade a penicilinas, cefalosporinas, outros betalactâmicos e outros alérgenos. Se ocorrer reação alérgica a Invanz, este deve ser descontinuado imediatamente. Reações anafiláticas graves exigem tratamento de emergência. A exemplo do que ocorre com outros antibióticos, o uso prolongado pode resultar em supercrescimento de microorganismos não-sensíveis. A avaliação contínua da condição do paciente é fundamental. Na ocorrência de superinfecção durante o tratamento, deve-se adotar as condutas adequadas. Há relatos de colite pseudomembranosa com praticamente todos os agentes antibacterianos, incluindo o ertapeném, cuja gravidade pode variar de leve a potencialmente fatal; portanto, é importante considerar esse diagnóstico em pacientes que apresentarem diarréia posterior à administração de agentes antibacterianos. Os estudos indicam que a toxina produzida pelo Clostridium difficile é uma das principais causas de colite associada a antibiótico. Deve-se ter cautela ao administrar Invanz por via IM para evitar a injeção inadvertida do medicamento em um vaso sangüíneo (veja POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO). O cloridrato de lidocaína é utilizado como diluente da formulação IM (Consulte a bula do cloridrato de lidocaína).

Uso na gravidez

Categoria de risco: B Não há estudos adequados e bem controlados em grávidas. Invanz só deve ser utilizado durante a gravidez se o benefício potencial justificar o possível risco para a mãe e para o feto. Nutrizes O ertapeném é excretado no leite materno (veja FARMACOLOGIA CLÍNICA, Distribuição); portanto, deve-se ter cautela ao administrar Invanz a nutrizes.

Interações medicamentosas

Quando o ertapeném é administrado com a probenecida, esta compete pela secreção tubular ativa e, desse modo, inibe a excreção renal do ertapeném. Essa competição resulta em aumento pequeno, porém estatisticamente significativo, da meia-vida de eliminação (19%) e do grau de exposição sistêmica (25%). Não há necessidade de ajuste posológico quando o ertapeném for administrado com a probenecida. Uma vez que o efeito sobre a meia-vida é pequeno, não se recomenda a administração concomitante com a probenecida com o objetivo de aumentar a meia-vida do ertapeném. Estudos in vtiro indicam que o ertapeném não inibe o transporte da digoxina ou da vimblastina mediado pela glicoproteína P e que o ertapeném não é substrato desse transporte. Estudos in vitro em microssomos hepáticos humanos indicam que o ertapeném não inibe o metabolismo mediado por nenhuma das seis principais isoenzimas do citocromo P450 (CYP): 1A2, 2C9, 2C19, 2D6, 2E1 e 3A4. É improvável que ocorram interações medicamentosas por inibição do clearance mediado pela glicoproteína P ou pelo CYP (veja FARMACOLOGIA CLÍNICA, Distribuição e Metabolismo). Com exceção do estudo com a probenecida, não foram conduzidos estudos específicos de interação medicamentosa clínica.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Pacientes Adultos O número total de pacientes tratados com o ertapeném em estudos clínicos foi superior a 1.900, dos quais mais de 1.850 receberam uma dose de 1 g. A gravidade das experiências adversas relatadas nesses estudos clínicos foi, na maior parte das vezes, descrita como leve a moderada. Foram relatadas experiências adversas relacionadas ao medicamento em aproximadamente 20% dos pacientes tratados com o ertapeném e 1,3% dos pacientes descontinuaram o tratamento em razão desses efeitos. As experiências adversas relacionadas ao medicamento mais comumente relatadas durante o tratamento parenteral com o ertapeném foram diarréia (4,3%), complicação na veia de infusão (3,9%), náuseas (2,9%) e cefaléia (2,1%). As seguintes experiências adversas relacionadas ao medicamento foram relatadas durante o tratamento parenteral em adultos com o ertapeném: Comum (³1/100, <1/10) Distúrbios do sistema nervoso Cefaléia Distúrbios vasculares Complicação na veia de infusão, flebite/tromboflebite Distúrbios gastrintestinais Diarréia, náuseas, vômitos Incomum (>1/1000, <1/100) Distúrbios do sistema nervoso Tontura, sonolência, insônia, convulsões, confusão Distúrbios cardiovasculares Extravasamento de sangue, hipotensão Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino Dispnéia Distúrbios gastrintestinais Candidíase oral, constipação, regurgitação ácida, diarréia associada a C. difficile, secura da boca, dispepsia, anorexia Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo Eritema, prurido Distúrbios gerais e reações no local da administração Dor abdominal, alteração do paladar, astenia/fadiga, candidíase, edema/inchaço, febre, dor, dor torácica Sistema reprodutor e Distúrbios mamários Prurido vaginal Em estudos clínicos, foram relatadas convulsões durante o tratamento parenteral em 0,2% dos pacientes tratados com o ertapeném, em 0,3% dos pacientes tratados com a associação piperacilina/tazobactama e em 0% dos pacientes tratados com a ceftriaxona. Na maioria dos estudos clínicos, o tratamento parenteral foi seguido de um antimicrobiano adequado por via oral (veja FARMACOLOGIA CLÍNICA, Estudos Clínicos). Durante todo o período de tratamento e de acompanhamento de 14 dias após o tratamento, as experiências adversas relacionadas ao medicamento em pacientes tratados com Invanz incluíram aquelas citadas na tabela acima mais erupção cutânea e vaginite, a uma incidência ³1,0% (comum), e reações alérgicas, mal-estar e infecções fúngicas, com incidência >0,1%, porém <1,0% (incomum). Pacientes Pediátricos O número total de pacientes pediátricos tratados com o ertapeném em estudos clínicos foi de 384. O perfil geral de segurança é comparável ao de pacientes adultos. Em estudos clínicos, as experiências adversas relacionadas ao medicamento mais comumente relatadas durante o tratamento parenteral com o ertapeném foram diarréia (5,5%), dor no local da infusão (5,5%), eritema no local da infusão (2,6%). As seguintes experiências adversas relacionadas ao medicamento foram relatadas durante o tratamento parenteral com o ertapeném em pacientes pediátricos: Comum (³1/100, <1/10) Distúrbios gastrintestinais Diarréia, vômito Distúrbios gerais e reações no local da administração Eritema e dor no local da infusão, flebite no local da infusão, inchaço no local da infusão Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo Erupção cutânea Experiências adversas adicionais relacionadas ao medicamento que foram relatadas durante o tratamento parenteral em > 0,5%, porém < 1,0 % dos pacientes tratados com Invanz em estudos clínicos, incluíram: endurecimento no local de infusão, prurido no local de infusão, flebite no local da infusão e queimação no local de infusão. Nos estudos clínicos pediátricos , para a maioria dos pacientes o tratamento parenteral foi seguido de um antimicrobiano adequado por via oral. Durante todo o período de tratamento e de acompanhamento de 14 dias após o tratamento, as experiências adversas relacionadas ao medicamento em pacientes tratados com Invanz não foram diferentes daquelas citadas anteriormente. Experiências pós-comercialização As seguintes experiências adversas pós-comercialização foram relatadas: Sistema Imunológico: anafilaxia incluindo reações anafilactóides (muito raro) Desordem do sistema nervoso: alucinações (muito raro) Achados de Exames Laboratoriais Pacientes Adultos As anormalidades laboratoriais relacionadas ao medicamento observadas com maior freqüência durante o tratamento parenteral com Invanz foram aumentos de ALT, AST, fosfatase alcalina e plaquetas. Na maioria dos estudos clínicos, o tratamento parenteral foi seguido de um antimicrobiano adequado por via oral (veja FARMACOLOGIA CLÍNICA, Estudos Clínicos). Durante todo o período de tratamento e de acompanhamento de 14 dias após o tratamento, as anormalidades laboratoriais relacionadas ao medicamento em pacientes tratados com Invanz não foram diferentes das citadas no parágrafo anterior. Outras anormalidades laboratoriais relacionadas ao medicamento incluíram: aumento dos valores de bilirrubina sérica direta, indireta e total, eosinofilia, aumento do TTP, bacteriúria, aumento da uréia sangüínea e da creatinina sérica, hiperglicemia, monocitose, aumento de células epiteliais na urina, hematúria, leucopenia, redução do número de neutrófilos segmentados, do hematócrito e da hemoglobina e plaquetopenia. Pacientes pediátricos A anormalidade laboratorial relacionada ao medicamento observada com maior freqüência durante o tratamento parenteral com Invanz foi redução da contagem de neutrófilos. Outras anormalidades laboratoriais relacionadas ao medicamento durante todo o período de tratamento e de acompanhamento de 14 dias após o tratamento incluíram: aumentos de ALT, AST, redução dos leucócitos e aumento de eosinófilos.

Posologia

A dose usual para pacientes acima de 13 anos de idade é de 1 grama (g), 1 vez ao dia (1x/dia). A dose usual em pacientes entre 3 meses e 12 anos de idade é de 15 mg/kg duas vezes ao dia ( não exceder 1g/dia). Invanz pode ser administrado por infusão intravenosa (IV) com duração superior a 30 minutos ou por injeção intramuscular (IM). A administração IM pode ser utilizada como alternativa à administração intravenosa para o tratamento de infecções para as quais a terapia IM é adequada. A duração usual do tratamento com Invanz é de 3 a 14 dias, entretanto varia com o tipo de infecção e patógeno(s) causador(es) (veja INDICAÇÕES). Quando houver indicação clínica e for observada melhora clínica, o paciente pode passar a receber um antimicrobiano adequado por via oral. Em estudos clínicos controlados, os pacientes foram tratados durante 3 a 14 dias. A duração total do tratamento foi determinada pelo médico responsável, com base no local e na gravidade da infecção e na resposta clínica do paciente. Em alguns estudos, o tratamento passou a ser feito por via oral, a critério do médico responsável, após demonstração de melhora clínica. Pacientes com Insuficiência Renal: Invanz pode ser utilizado para o tratamento de infecções em pacientes com insuficiência renal. Em pacientes com clearance de creatinina >30 mL/min/1,73 m2, não há necessidade de ajuste posológico. Pacientes com insuficiência renal avançada (clearance de creatinina £30 mL/min/1,73 m2), inclusive aqueles em hemodiálise, devem receber 500 mg/dia. Pacientes em Hemodiálise: em um estudo clínico, após a administração de uma dose única IV de 1 g de ertapenem imediatamente antes da sessão de hemodiálise, aproximadamente 30% da dose foi recuperada no dialisado. Quando pacientes em hemodiálise recebem a dose diária recomendada de 500 mg no período de 6 horas antes da hemodiálise, recomenda-se a administração de uma dose suplementar de 150 mg após a sessão de hemodiálise. Se o Invanz for administrado, no mínimo, 6 horas antes da hemodiálise, não há necessidade de dose suplementar. Não há dados de pacientes submetidos a diálise peritoneal ou hemofiltração. Quando apenas a creatinina sérica estiver disponível, pode-se utilizar a fórmula descrita a seguir para estimar o clearance de creatinina. A creatinina sérica deve representar um estado de equilíbrio da função renal. Homens: (peso em kg) x (140-idade em anos) (72) x creatinina sérica (mg/100 mL) Mulheres: (0,85) x (valor calculado para homens) Não se recomenda ajuste posológico para pacientes com insuficiência hepática (veja FARMACOLOGIA CLÍNICA, Características nos Pacientes, Insuficiência Hepática). A dose recomendada (Ertapenem sódico, MSD) pode ser administrada independentemente de idade ou do sexo.

Superdosagem

Não existem informações específicas sobre o tratamento da superdosagem com Invanz. É improvável que ocorra superdosagem intencional com Invanz. A administração IV de 3 g ao dia durante 8 dias a voluntários saudáveis não provocou toxicidade significativa. Em estudos clínicos, a administração inadvertida de até 3 g em um dia não causou experiências adversas clinicamente importantes. No caso de superdosagem, Invanz deve ser descontinuado e deve-se administrar tratamento geral de suporte até que ocorra a eliminação renal. Invanz é removido por hemodiálise; no entanto, não há informações disponíveis sobre o emprego de hemodiálise para tratar superdosagem.

Informações

O ertapenem apresenta atividade in vitro contra um amplo espectro de bactérias Gram-positivas e Gramnegativas, aeróbias e anaeróbias. A atividade bactericida do ertapenem resulta da inibição da síntese da parede celular e é mediada pela ligação do ertapenem às proteínas ligadoras de penicilina (PBPs). Apresenta alta afinidade pelas PBPs 1a, 1b, 2, 3, 4 e 5, da Escherichia coli, com preferência pelas PBPs 2 e 3. O ertapenem é significativamente estável à hidrólise pela maioria das classes de betalactamases, incluindo as penicilinases, as cefalosporinases e as betalactamases de espectro estendido, mas não as metalobetalactamases.

ese da parede celular e é mediada pela ligação do ertapenem às proteínas ligadoras de penicilina (PBPs). Apresenta alta afinidade pelas PBPs 1a, 1b, 2, 3, 4 e 5, da Escherichia coli, com preferência pelas PBPs 2 e 3. O ertapenem é significativamente estável à hidrólise pela maioria das classes de betalactamases, incluindo as penicilinases, as cefalosporinases e as betalactamases de espectro estendido, mas não as metalobetalactamases.