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Laboratório
DarrowReferência
CisplatinaApresentação
sol. inj. 1mg/mL - emb. c/ 1 fr.-ampola de 10mg (10mL) e 50mg (50mL) para administração intravenosa.Contra-indicações
Cisplatina é contra-indicada em pacientes com com-prometimento renal preexistente. Não deve ser usada em pacientes com mielodepressão, deficiência auditiva e naqueles com antecedentes de hipersensibilidade à cisplatina ou outras drogas contendo platina.Reações adversas / Efeitos colaterais
- Nefrotoxicidade: insuficiência renal e cumulativa relacionada à dose é o maior efeito tóxico da cisplatina e é dose limitante. A toxicidade renal nestes casos torna-se mais prolongada e grave após ciclos repetidos da droga. A função renal deve retornar ao normal, antes de administrar outra dose. A administração através de infusão contínua (6 a 8 horas), hidratação intravenosa e uso de manitol têm sido utilizados com o objetivo de reduzir a nefrotoxicidade.
- Gastrintestinais: a frequência de vômitos e náuseas é da ordem de 95% entre os pacientes tratados com cisplatina. Começam, em geral, 1 a 4 horas após o tratamento e duram até 24 horas podendo persistir até 1 semana com maior ou menor gravidade. A administração de antieméticos é sistemática com Incel. Diarréia também foi relatada.
- Ototoxicidade: foi observada em cerca de 31% dos pacientes que receberam uma única dose de 50mg/m2 de cisplatina, e se manifestou por zumbido e/ou perda de audição para os sons de alta frequência variando entre 4.000 a 8.000Hz. Pode ocorrer ocasionalmente diminuição da habilidade de ouvir tons de conversação normal. Os efeitos ototóxicos podem ser mais graves em crianças recebendo cisplatina. A perda da audição pode ser unilateral ou bilateral e tende a se tornar mais frequente e grave após repetidas doses. Ainda não existem evidências indicando se a ototoxicidade induzida pela cisplatina é reversível. Uma monitorização cuidadosa através da audiometria deve ser feita no início do tratamento e antes de cada dose subsequente a droga.
- Hematológico: a mielodepressão pode ocorrer em pacientes tratados com Incel. Esta toxicidade se traduz por uma leucopenia e/ou uma anemia. Os nadires de plaquetas circulantes e leucócitos ocorrem entre o 18° e 23° dia, com a maioria dos pacientes, recuperando-se até o 39° dia.
- Distúrbios eletrolíticos: a administração de cisplatina é acompanhada frequentemente por uma hipomagnesemia, hipocalcemia, hipocalemia e hipofosfatemia e estão provavelmente associadas a danos nos túbulos renais.
- Reações anafiláticas: as reações consistem em edema facial, zumbido, taquicardia e hipotensão, que ocorrem poucos minutos após a administração da droga. As reações podem ser controladas por epinefrina intravenosa, corticosteróides ou anti-histamínicos ou outras medidas necessárias para seu controle. Os pacientes recebendo Incel, devem ser cuidadosamente observados quanto a possíveis reações tipo anafiláticas.
- Hiperuricemia: foi relatada a ocorrência de hiperuricemia aproximadamente na mesma frequência do aparecimento dos aumentos da uréia e creatinina séricas.
- Neurotoxicidade: A neurotoxicidade geralmente é caracterizada por neuropatias periféricas. Perda de paladar e convulsões também têm sido observadas.
- Toxicidade cardiovascular: tem sido descrita raramente a ocorrência de toxicidade cardiovascular, consequência ao uso de cisplatina em associação a outros agentes antineoplásicos. São heterogêneos, incluindo infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, microangiopatia trombótica e artrite cerebral.
- Toxicidade ocular: neurite ótica, edema papilar e cegueira cerebral foram registrados com pouca frequência. A melhora e/ou recuperação total ocorre normalmente após a suspensão da droga. Esteróides com ou sem manitol têm sido utilizados, no entanto, sua eficácia não foi estabelecida. Visão turva e percepção alterada de cores foram registradas após terapias com doses de cisplatina mais altas ou frequências de doses maiores do que aquelas recomendadas.
- Elevações transitórias das enzimas hepáticas e bilirrubina podem ocorrer quando Incel for administrado nas doses recomendadas. Outras toxicidades de ocorrência menos frequente são: amilase sérica elevada, erupção cutânea, soluços, alopécia. A infiltração por soluções pode resultar em celulite tissular, fibrose e necrose.Posologia
Preparação para administração intravenosa: Incel solução injetável deve ser diluído antes do uso nos seguintes líquidos de infusão:
- Cloreto de sódio 0,9%
- Glicose 5% e cloreto de sódio 0,9%
- Glicose 5% e cloreto de sódio 0,45%
- Glicose 5% e cloreto de sódio 0,9% com manitol
- Glicose 5% e cloreto de sódio 0,45% com manitol
- Clicose 5% e cloreto de sódio 0,3% com manitol
Após a diluição, a solução de cisplatina permanece estável por 6 a 8 horas à temperatura ambiente.
- Tumores metastáticos de testículos: A dosagem para com-binações com outras drogas quimioterápicas aprovadas é de 20mg/m2 IV, diariamente, durante 5 dias consecutivos, a cada 3 semanas, por um mínimo de 4 ciclos.
- Tumores metastáticos de ovário: Quando usado isoladamente, Incel deve ser administrado na dose de 100mg/m2 IV, uma vez a cada 4 semanas. Quando associado a outras drogas a dosagem é de 75mg/m2 a 100mg/m2 IV, uma vez a cada 3 a 4 semanas, por um mínimo de 4 ciclos.
- Câncer avançado de bexiga: Incel deve ser administrado como agente isolado na dose de 50 a 70mg/m2 IV, uma vez a cada 3 a 4 semanas, dependendo da extensão dos trata-mentos radioterapêuticos e/ou quimioterápicos anteriores. Em pacientes com tratamentos prévios muito agressivos, reco-menda-se uma dose inicial de 50mg/m2 a cada 4 semanas.
- Carcinomas espino-celulares de cabeça e pescoço: A dose usual para este tratamento em associação com outros agentes quimioterápicos aprovados é de 60-100mg/m2 IV, uma vez ao dia a cada 3 semanas.
- Administração:
Precauções no manuseio:
- Somente deve ser usado por pessoal treinado e em local apropriado.
- É recomendado o uso de luvas e roupas apropriadas.
- Se a solução entrar em contato com a pele, lavar a região com água e sabão, sem esfregar, imediata e completamente. Se houver o contato com membranas mucosas, deve-se enxaguar as mesmas com água ou soro fisiológico. Incel deve ser administrado em solução intravenosa contendo pelo menos 0,3% de cloreto de sódio. O teor de íons cloreto é essencial para manutenção da estabilidade na solução intravenosa. A droga deve ser diluída em solução salina a 0,9% ou em ½ ou 1/3 de solução fisiológica com solução glicosada a 5%. Uma dose de 100mL/h (ou mais) tende a minimizar a nefrotoxicidade da cisplatina. Isto pode ser obtido através de hidratação prévia com 2 litros de uma solução IV apropriada, e hidratação similar após a administração da cisplatina. No caso de uma hidratação vigorosa não ser suficiente para manutenção de uma diurese adequada, pode ser administrado um diurético osmótico (por exemplo, manitol). A administração da cisplatina tem sido associada a alterações eletrolíticas séricas incluindo hipomagnesemia sintomática. Portanto, recomenda-se a monitorização dos eletrólitos séricos antes, durante e após cada ciclo de cisplatina.
Incel é incompatível com o alumínio. Em contato com este elemento e num período de 30 a 60 minutos, uma reação de oxiredução se produz levando a formação de um produto insolúvel, de cor negra ou marrom, contendo platina, alumínio e oxigênio que causa perda em sua potência. Agulhas, equipos ou outros materiais que contenham alumínio e que possam entrar em contato com Incel não devem ser usados para sua preparação ou administração. Não se deve administrar outro ciclo até que a creatinina sérica esteja abaixo de 1,5mg/100mL e/ou a uréia abaixo de 25mg/100mL, e os elementos circulantes do sangue estejam em níveis aceitáveis (plaqueta ³ 100.000/mm³ e leucócitos ³ 4000/mm³). Doses subsequentes não devem ser administradas antes que uma análise audiométrica comprove que a acuidade auditiva esteja dentro dos limites normais. a uréia abaixo de 25mg/100mL, e os elementos circulantes do sangue estejam em níveis aceitáveis (plaqueta ³ 100.000/mm³ e leucócitos ³ 4000/mm³). Doses subsequentes de Incel não devem ser administradas antes que uma análise audiométrica comprove que a acuidade auditiva esteja dentro dos limites normais.