Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Roche

Apresentação

Comprimidos laqueados de 0,75 mg - caixas com 100

Indicações

Hivid (Zalcitabina) é indicado em pacientes adultos infectados pelo HIV em combinação com outras drogas antiretrovirais. A monoterapia com Hivid (Zalcitabina) é indicada para pacientes adultos infectados pelo HIV onde outras opções de tratamento não são apropriadas.

Contra-indicações

Hivid (Zalcitabina) comprimidos é contra-indicado em pacientes com conhecida hipersensibilidade a quaisquer componentes do comprimido laqueado.

Advertências

NEUROPATIA PERIFÉRICA A principal toxicidade do Hivid (Zalcitabina) é a neuropatia periférica. A neuropatia relacionada ao Hivid (Zalcitabina) é do tipo neuropatia sensitivo-motora caracterizada inicialmente por disestesia e queimação envolvendo as extremidades. Estes sintomas podem ser seguidos por dores fortes em pontadas ou dor em queimação contínua e severa se a droga não for descontinuada. A neuropatia pode progredir para dor severa exigindo o uso de analgésicos potentes, sendo potencialmente irreversível, especialmente se o Hivid (Zalcitabina) não for prontamente interrompido. Em alguns pacientes, os sintomas de neuropatia podem inicialmente progredir independentemente da descontinuação do Hivid (Zalcitabina). Com a descontinuação imediata do Hivid (Zalcitabina), a neuropatia é geralmente lentamente reversível. Pacientes com neuropatia periférica moderada ou severa, como evidenciada pelos sintomas acompanhados por achados objetivos, são aconselhados a evitar o uso (Zalcitabina). Hivid (Zalcitabina) deve ser administrado com extrema cautela nos pacientes com risco de desenvolvimento de neuropatia periférica: pacientes com baixas contagens de células CD4 (CD4 < 50 células/mm3) e ou pacientes recebendo Hivid (Zalcitabina) concomitantemente com drogas que têm potencial para causar neuropatia periférica (vide Interações). Monitorização cuidadosa é especialmente recomendada para estes pacientes. Se a neuropatia periférica ocorre em pacientes tratados com Hivid (Zalcitabina), a droga deve ser interrompida ou descontinuada. PANCREATITE Pancreatite fatal foi observada com a administração (Zalcitabina). Pancreatite e elevação sérica assintomática de amilase são ocorrências incomuns durante a terapia para o HIV. Cautela deve ser exercida quando administrando Hivid (Zalcitabina) a qualquer paciente com história de pancreatite ou sob fator de risco conhecido para o desenvolvimento de pancreatite. Os pacientes com história de pancreatite ou história de níveis séricos de amilase elevados devem ser monitorados mais de perto enquanto em terapia com Hivid (Zalcitabina). O tratamento com Hivid (Zalcitabina) deve ser interrompido no contexto de um aumento nos níveis séricos da amilase associado a uma alteração de glicemia, aumento dos níveis de triglicerídeos, queda do cálcio sérico, ou outros parâmetros sugestivos de pancreatite, até que o diagnóstico seja esclarecido. O tratamento com Hivid (Zalcitabina) também deve ser interrompido se o tratamento com outras drogas conhecidas como causa de pancreatite (por ex.: pentamidina) é requerido (vide interações). Hivid (Zalcitabina) deve ser reintroduzido somente após a pancreatite ter sido descartada. Se a pancreatite clínica ocorrer durante a administração (Zalcitabina), recomenda-se que o Hivid (Zalcitabina) seja permanentemente descontinuado. Outros efeitos indesejáveis severos Casos infreqüentes de úlceras de esôfago e orais e reações de hipersensibilidade (reações anafiláticas, urticária sem outros sinais de anafilaxia) foram relatados em indivíduos recebendo Hivid (Zalcitabina). A interrupção do Hivid (Zalcitabina) deve ser considerada em pacientes que desenvolvem úlceras de esôfago e que não respondem ao tratamento específico contra agentes patogênicos oportunistas. Casos infreqüentes de cardiomiopatia e insuficiência cardíaca congestiva foram relatados nos pacientes recebendo Hivid (Zalcitabina). O tratamento com Hivid (Zalcitabina) nos pacientes com cardiomiopatia de base ou história de insuficiência cardíaca congestiva deve ser abordado com cautela. Raras ocorrências de acidose láctica na ausência de hipoxemia, e hepatomegalia severa com esteatose têm sido relatadas com o uso de análogos dos nucleosídeos, incluindo zidovudina e Hivid (Zalcitabina), e são potencialmente de risco de vida. Casos de insuficiência hepática em associação com hepatite B subjacente e monoterapia com Hivid (Zalcitabina) foram relatadas. O tratamento com Hivid (Zalcitabina) em pacientes com doença hepática préexistente, anormalidades de enzimas hepáticas, uma história de abuso de álcool ou hepatites, deve ser conduzido com cautela. O Hivid (Zalcitabina) deve ser interrompido ou descontinuado quando da deterioração dos testes de função hepática, esteatose hepática, hepatomegalia progressiva ou acidose láctica inexplicada. Situações clínicas particulares Insuficiência renal Em pacientes com insuficiência renal o ajuste da dose deve ser considerado (vide instruções de doses especiais/Insuficiência renal). Insuficiência hepática Em indivíduos com doença hepática pré-existente ou com história de abuso de etanol, o uso (Zalcitabina) pode estar relacionado com a exacerbação de disfunção hepática. Crianças A segurança e a eficácia da terapia com Hivid (Zalcitabina) em crianças infectadas pelo HIV mais jovens que 13 anos de idade não foram estabelecidas.

Uso na gravidez

A segurança (Zalcitabina) para o uso em gravidez de humanos não foi estabelecida. Embora um efeito teratogênico não tenha sido observado em animais à exposições muito altas de zalcitabina, estudos experimentais são insuficientes para medir a segurança no tocante a reprodução, desenvolvimento do embrião ou feto ou o curso da gravidez e desenvolvimento peri e pós natal. Hivid (Zalcitabina) deve ser usado durante a gravidez somente se o benefício potencial justificar o risco para o feto. Mulheres férteis não devem receber Hivid (Zalcitabina) a menos que estejam usando um contraceptivo eficaz durante o período da terapia. Não é conhecido se a zalcitabina é excretada no leite materno. Mulheres recebendo zalcitabina não devem amamentar.

Interações medicamentosas

Não há nenhuma interação farmacocinética significativa entre zidovudina e zalcitabina que tenha sido confirmada clinicamente. Zalcitabina não tem também nenhum efeito significativo na fosforilação intracelular da zidovudina, como demonstrado in vitro em células mononucleares do sangue periférico ou nas linhas de células linfoblastóides h1A2v2. Nenhuma informação está disponível nas interações farmacocinéticas da zalcitabina com didanosina, lamivudina e estavudina. Nenhuma interação farmacocinética significativa foi observada durante dois ensaios clínicos nos quais Hivid (Zalcitabina) foi administrado em combinação com zidovudina mais saquinavir, ou zidovudina isoladamente. Hivid (Zalcitabina) deve ser usado com cautela em pacientes recebendo outras medicações que tem o potencial para causar neuropatia periférica (vide Precauções). Drogas que têm sido associadas com neuropatia periférica incluem os análogos de nucleosídeos, cloranfenicol, cisplatina, dapsona, dissulfiran, etionamida, glutetimida, ouro, hidralazina, iodoquinol, isoniazida, metronidazol, nitrofurantoína, fenitoína, ribavirina e vincristina. Drogas como anfotericina, foscarnet e aminoglicosídeos podem aumentar o risco de desenvolvimento de neuropatia periférica ou outras reações adversas relacionadas ao Hivid (Zalcitabina) por interferência com o clearance renal da zalcitabina (e portanto aumentando a exposição sistêmica). Pacientes que requerem o uso de uma destas drogas com o Hivid (Zalcitabina) devem ser monitorizados clínica e laboratorialmente com freqüência, com ajustes posológicos para qualquer alteração significativa na função renal. O tratamento com Hivid (Zalcitabina) deve ser interrompido, quando o uso de drogas que tenham o potencial de causar pancreatite é necessário. Uma morte causada por pancreatite fulminante possivelmente relacionada à Hivid (Zalcitabina) e pentamidina intravenosa foi relatada. Se a pentamidina é necessária para tratar pneumonia por Pneumocystis carinii, o tratamento com Hivid (Zalcitabina) deve ser interrompido (videPrecauções). Administração concomitante de probenecida ou cimetidina diminui a eliminação da zalcitabina, mais provavelmente por inibição da secreção tubular renal de zalcitabina. Pacientes recebendo estas drogas em combinação com zalcitabina devem ser monitorizados para sinais de toxicidade e a redução da dose de zalcitabina se necessário. A absorção da zalcitabina é moderadamente reduzida (aproximadamente 25%) quando co-administrada com produtos antiácidos contendo magnésio e alumínio. A significância clínica desta redução não é conhecida, uma vez que a zalcitabina não é recomendada que seja ingerida simultaneamente com antiácidos contendo magnésio e alumínio. A biodisponibilidade é levemente diminuída (aproximadamente 10%) quando a zalcitabina e metoclopramida são co-administradas. A doxirrubicina causou uma diminuição da fosforilação (> 50% de inibição da formação de fosfato total) em células U937/Molt 4 com a implicação de diminuição da atividade da zalcitabina por causa da formação metabólica ativa diminuída. O trimetoprima aumenta significativamente a AUC (37%) da zalcitabina por causa da diminuição da excreção renal da zalcitabina pelo trimetoprima (a zalcitabina não afeta a disposição do trimetoprima).

Reações adversas / Efeitos colaterais

Efeitos indesejáveis individuais estão inalterados durante a combinação de terapia. O principal efeito indesejável do Hivid (Zalcitabina) é a neuropatia periférica (vide precauções). Os dados relativos a efeitos colaterais baseiam-se na administração oral (Zalcitabina), como agente único e combinado à zidovudina nas doses recomendadas e a pacientes adultos com infecção avançada por HIV. A maioria dos efeitos foram de intensidade leve a moderada. Muitos dos adultos infectados pelo HIV que participaram destes estudos clínicos apresentaram, sob forma de parâmetros basais, sinais e sintomas da patologia pelo HIV, que foram registrados como efeitos adversos, durante alguma etapa do estudo, demonstrando, portanto, a dificuldade em se distinguir esses sinais e sintomas, que são manifestações da doença subjacente ou doença intercorrente dos efeitos adversos associados com a administração do Hivid (Zalcitabina) e/ou zidovudina. Outros efeitos adversos relatados que podem ocorrer com Hivid (Zalcitabina) incluem: Corpo como um todo: astenia, dor torácica, extremidades frias, edema, fadiga, febre, reações de hipersensibilidade (vide Precauções), cansaço, dor, rigidez e diminuição de peso. Linfoma tem sido identificado como uma conseqüência da infecção pelo HIV. Isto muito provavelmente representa uma conseqüência da imunossupressão prolongada e não da terapia antiviral. Cardiovascular: fibrilação atrial, cardiomiopatia, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão, palpitação, síncope, taquicardia. Sistema nervoso central e periférico: coordenação anormal, hipertonia, ataxia, paralisia de Bell, tontura, disfonia, cefaléia, hipercinesia, hipertonia, enxaqueca, neuralgia, neurite, convulsões, estupor, tremor, espasmo e vertigem. Gastrintestinal: dor abdominal, anorexia, obstipação, diarréia, boca seca, dispepsia, disfagia, distensão abdominal, elevação da amilase, eructação, dor esofágica, esofagite, flatulência, gastrite, hemorragia gastrointestinal, glossite, desordens da gengiva, hemorróidas, náuseas, úlceras orais e esofágicas, pancreatite, hemorragias retais, úlceras retais, aumento das glândulas salivares, estomatites, ulceração da língua e vômitos. Hematológicos: anemia, eosinofilia, leucopenia, neutropenia e trombocitopenia. Hepático: função hepática anormal (elevação da fosfatase alcalina, elevação da TGO, elevação da TGP), insuficiência hepática, hepatites, dano hepatocelular, hepatomegalia, icterícia. Desordens metabólicas e nutricionais: acidose lática. Músculo-esquelético: artralgia, artrite, artropatia, fraqueza muscular, dor músculo-esquelética, mialgia, miosite. Psiquiátrico: agitação, amnésia, ansiedade, confusão, demência, despersonalização, depressão, labilidade emocional, euforia, impedimento da concentração, insônia, reação maníaca, sonolência e nervosismo. Respiratório: tosse, cianose, dispnéia, faringite. Pele e anexos: acne, alopécia, erupções bolhosas, dermatites, eritemas papulares, ruborização, prurido, rashes, suores e urticária. Sentidos especiais e visão: visão anormal, surdez, bloqueio do ouvido, anormalidades oculares, dor ocular, perda do paladar, parosmia, perversão do apetite, tinitus e xeroftalmia. Sistema urinário: função renal anormal, insuficiência renal aguda, gota, hiperuricemia, polaciúria, poliúria, calculose renal, cisto renal, nefropatia tóxica.

Posologia

Dose padrão A dose recomendada diariamente (Zalcitabina) unicamente ou em combinação com outras drogas antiretrovirais é 0,75 mg administradas a cada 8 horas (2,25 mg de dose total diária). O esquema de dose de qualquer outra droga antiretroviral deve ser prescrito como recomendado na informação completa do produto para estas drogas. Monitorização do paciente Contagens sangüíneas periódicas completas e testes bioquímicos clínicos devem ser realizados. Os níveis de amilase sérica devem ser monitorizados naqueles indivíduos que têm uma história de amilase elevada, pancreatite, abuso de etanol, que estão em nutrição parenteral ou com alto risco de desenvolver pancreatite. Monitoramento cuidadoso de sinais e sintomas sugestivos de neuropatia periférica é recomendado, principalmente nos indivíduos com baixos níveis de CD4, que têm maior risco de desenvolver neuropatia periférica durante o tratamento (vide Precauções). Instruções de dosagens especiais Insuficiência renal O ajuste de dose nos pacientes com prejuízo da função renal deve ser considerado como se segue: clearance de creatinina estimado entre 10 - 40 ml/min - reduzir a dose (Zalcitabina) para 0,750 mg a cada 12 horas; clearance de creatinina estimado <10 ml/min - reduzir a dose (Zalcitabina) para 0,750 mg uma vez ao dia. Insuficiência hepática Recomendações para o ajuste de dose não podem ser dadas para pacientes com prejuízo da função hepática por causa da limitada experiência. Crianças Recomendações para a dosagem em crianças menores que 13 anos não podem ser dadas uma vez que a experiência neste grupo etário é limitada. Ajuste posológico em casos de efeitos indesejáveis durante a terapia combinada Para toxicidades que são provavelmente associadas com Hivid (Zalcitabina) (por ex.: neuropatia periférica, úlceras esofagianas e orais severas, pancreatites, testes de função hepática elevadas especialmente em pacientes com hepatite B crônica), a dose do Hivid (Zalcitabina) deve ser reduzida ou o Hivid (Zalcitabina) deve ser interrompido ou descontinuado como apropriado (videPrecauções). Para os pacientes com terapia combinada com Hivid (Zalcitabina) e outros agentes antiretrovirais, o ajuste da dose ou a interrupção para cada droga deve ser baseada no conhecimento do perfil de toxicidade para as drogas individualmente. Deve ser observada a informação completa do produto para cada droga usada na combinação para a descrição de reações adversas conhecidas associadas às drogas.

Superdosagem

Existe pouca experiência com superdosagem aguda do Hivid (Zalcitabina) e as seqüelas são desconhecidas. Não há nenhum antídoto conhecido para superdosagem com Hivid (Zalcitabina). Não se sabe se a zalcitabina é dialisável, tanto por hemodiálise ou diálise peritoneal. Em um estudo inicial de determinação da dose na qual a zalcitabina foi administrada em doses 25 vezes maiores (0,25 mg/kg a cada 8 horas) do que a dose atualmente preconizada, um paciente interrompeu o Hivid (Zalcitabina) após uma semana e meia de tratamento devido ao aparecimento de erupção cutânea e febre. Nos estudos iniciais de fase I, todos os pacientes recebendo Hivid (Zalcitabina), numa dose aproximadamente 6 vezes maior do que a dose diária recomendada atualmente, apresentaram neuropatia periférica por volta da 10ª semana. Cerca de 80% dos pacientes que receberam aproximadamente, duas vezes a dose atual recomendada, apresentaram neuropatia periférica por volta da 12ª semana.

Informações

A zalcitabina é um agente análogo sintético do nucleosídeo natural 2-desoxicitidina, no qual o agrupamento hidroxila 3 foi substituído por um hidrogênio. Dentro das células a zalcitabina é convertida ao seu metabólito ativo, dideoxicitidina 5-trifosfato (ddCTP) pelas enzimas celulares. A dideoxicitidina 5-trifosfato serve como um substrato alternativo a desoxicitidina trifosfato (dCTP) para a transcriptase reversa do HIV. Inibe a replicação in vitro do HIV por inibição competitiva da síntese do DNA viral devido ao término prematuro de sua cadeia. Estudos comparativos da atividade antiviral da zalcitabina contra o HIV-1 e HIV-2 in vitro não revelaram diferença significante na sensibilidade entre as duas viroses quando a atividade foi determinada pela medida do efeito citopático viral. Hivid (Zalcitabina) tem mostrado reduzir os níveis de HIV em indivíduos infectados. Uma correlação foi estabelecida entre a redução da carga viral e o retardo na progressão para doença e morte.

de antiviral da zalcitabina contra o HIV-1 e HIV-2 in vitro não revelaram diferença significante na sensibilidade entre as duas viroses quando a atividade foi determinada pela medida do efeito citopático viral. Hivid (Zalcitabina) tem mostrado reduzir os níveis de HIV em indivíduos infectados. Uma correlação foi estabelecida entre a redução da carga viral e o retardo na progressão para doença e morte.