As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
SanofiApresentação
cx. c/ 5 fr.-amp. a 33,6 MUI (263 mg) de lenograstim acompanhados de 5 seringas pré-enchidas diluentes (1 ml) + 2 agulhas (19 G para reconstituição e 26 G para administração).Indicações
Granocyte é indicado para:
· Redução na duração da neutropenia em pacientes (com neoplasias nãomielóides)
submetidos a terapia mieloablativa seguida por transplante de medula
óssea (TMO) em casos onde há alto risco de neutropenia severa prolongada.
· Redução da duração de neutropenia severa e complicações a ela associadas, em
pacientes sendo tratados com quimioterapia citotóxica reconhecidamente
associada à significante incidência de neutropenia febril.
· Mobilização de células progenitoras (autólogas e alogênicas) periféricas
sangüíneas (PBPCs).
Observação: A segurança do uso com agentes antineoplásicos
caracterizados por mielotoxicidade cumulativa ou agindo predominante sobre a
linhagem de plaquetas (nitrosouréia, mitomicina) não foi estabelecida nesta
situação. A administração pode aumentar a toxicidade destes
agentes, particularmente sobre as plaquetas.Contra-indicações
Granocyte não deve ser administrado em pacientes com conhecida
hipersensibilidade ao princípio ativo ou aos demais componentes da fórmula.
Não deve ser utilizado para aumentar a intensidade da dose de quimioterapia
citotóxica além dos esquemas estabelecidos, visto que Granocyte pode reduzir
a mielotoxicidade, sem afetar a toxicidade global de medicamentos citotóxicos.
Granocyte não deve ser administrado concomitantemente a quimioterápicos
citotóxicos.
Granocyte não deve ser administrado em pacientes com neoplasia mielóide
que não seja a leucemia mielóide aguda de novo. Também não deve ser
administrado em pacientes com leucemia mielóide aguda de novo com idade
inferior a 55 anos e/ou em pacientes com leucemia mielóide aguda de novo com
citogenética favorável, exemplo: t (8; 21), t (15; 17) e inv (16).Advertências
Crescimento de célula maligna
Granocyte, fator estimulador da colônia de granulócitos (G-CSF), pode promover o crescimento de células mielóides in vitro, e efeito similar pode ser observado em algumas células não mielóides in vitro.
A segurança e eficácia da administração em pacientes com mielodisplasia, LMA secundária ou leucemia mielóide crônica não foram estabelecidas. Portanto, Granocyte não deve ser utilizado nestas indicações.
Deve-se empregar atenção especial para distingüir o diagnóstico de transformação do blasto da leucemia mielóide crônica do diagnóstico de leucemia mielóide aguda.
Ensaios clínicos não estabeleceram a influência na progressão da síndrome mielodisplásica para leucemia mielóide aguda. Recomenda-se atenção especial quando do uso na síndrome pré-leucêmica. Como alguns tumores com características não específicas podem excepcionalmente expressar um receptor G-CSF, é recomendável monitorar os pacientes para o
crescimento novamente do tumor potencial durante o tratamento com G-CSF.
Hiperleucocitose
Durante os estudos clínicos, não se observou contagem leucocitária maior do que
50 x 109/L em nenhum dos 174 pacientes tratados com 5 µg/kg/dia (0,64 MU/kg/dia)
após transplante de medula óssea. Uma contagem leucocitária maior que 70 x 109/L
foi observada em menos de 5% dos pacientes que receberam quimioterapia e foram
tratados com 5 µg/kg/dia (0,64 MU/kg/dia). Não se relatou
nenhuma reação adversa diretamente atribuível a este grau de hiperleucocitose.
Contudo, devido aos riscos potenciais associados à hiperleucocitose severa, devese
realizar contagem leucocitária em intervalos regulares durante o tratamento com
Granocyte.
Se a contagem leucocitária exceder 50 x 109/L após o nadir esperado,
Granocyte deve ser imediatamente descontinuado.
Quando Granocyte for utilizado para mobilizar as PBPCs, o tratamento deve
ser interrompido caso a contagem leucocitária exceda 70 x 109/L.
Reações adversas pulmonares
Foram relatados raros efeitos adversos pulmonares (> 0,01% e < 0,1%), incluindo
em particular pneumonia intersticial, após administração de G-CSFs.
O risco destes efeitos pode ser aumentado em pacientes recentemente
diagnosticados com infiltração pulmonar ou pneumonia.
O aparecimento de sinais pulmonares (como tosse, febre e dispnéia) associados a
sinais radiológicos (de infiltração pulmonar) e deterioração das funções pulmonares
podem ser sinais preliminares de síndrome de desconforto respiratório agudo.
Granocyte deve ser descontinuado imediatamente e tratamento apropriado
deve ser iniciado.
No transplante de medula óssea
Deve-se empregar atenção especial para a regeneração das plaquetas, já que os
estudos controlados demonstraram uma média mais baixa na contagem das plaquetas em pacientes tratados com Granocyte do que nos pacientes
recebendo placebo.
O efeito sobre a incidência e severidade da doença enxertoversus-
hospedeiro, aguda e crônica, não foi ainda bem determinada.
Riscos associados ao aumento da dose de quimioterapia
A segurança e a eficácia ainda deve ser estabelecida no
contexto da intensificação da quimioterapia. Granocyte não deve ser utilizado
para diminuir, além dos limites estabelecidos, os intervalos entre os ciclos de
quimioterapia, nem para aumentar as doses da quimioterapia. As toxicidades nãomielóides
foram fatores limitantes em estudos fase II de intensificação dos
esquemas quimioterápicos com Granocyte.
Utilização durante os regimes quimioterápicos citotóxicos
estabelecidos
Não é recomendada a utilização no período de 24 horas antes
da quimioterapia até as 24 horas após a conclusão da quimioterapia (ver item
Interações Medicamentosas).
Precauções especiais na mobilização de células progenitoras sangüíneas periféricas
- Escolha do método de mobilização
Estudos clínicos realizados numa única população de pacientes mostraram que a
mobilização de PBPC foi maior quando utilizou-se Granocyte após
quimioterapia, do que quando utilizado em monoterapia (medidas realizadas pelo
mesmo laboratório). Contudo, a escolha entre estes dois métodos de mobilização
deve ser avaliada em relação aos objetivos globais de tratamento para cada
paciente.
(continua na bula original)Uso na gravidez
A segurança do uso durante a gravidez não foi estabelecida.
Estudos realizados com ratos e coelhos não mostraram evidência de que Granocyte é teratogênico. Verificou-se maior incidência de aborto espontâneo em coelhos, mas nenhuma malformação foi encontrada. Durante a gestação, o possível risco para o feto deve ser avaliado em relação aos benefícios terapêuticos esperados.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Categoria de risco na gravidez: categoria D.
Lactação
Não se tem conhecimento sobre a excreção no leite humano. O uso durante a amamentação não é recomendado.Interações medicamentosas
O tratamento com Granocyte durante as 24 horas anteriores e posteriores à quimioterapia é desaconselhado, devido à sensibilidade das células mielóides de rápida divisão à quimioterapia citotóxica (ver item Advertências).
Possíveis interações com outros fatores de crescimento ou citocinas permanecem por determinadas nos estudos clínicos.
Alimentos
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de alimentos na ação.Reações adversas / Efeitos colaterais
No Transplante de Medula Óssea (TMO)
Nos estudos controlados, a contagem plaquetária média foi mais baixa nos
pacientes tratados com Granocyte do que nos pacientes recebendo placebo, sem aumento no número de casos de hemorragia. O número médio de dias entre o
transplante e a última transfusão plaquetária foi comparável nos dois grupos.
Nos estudos controlados, a incidência de eventos adversos (15% em pelo menos
um grupo de tratamento) mais freqüentemente relatadas foi idêntica em pacientes
tratados com Granocyte ou com placebo.
Os eventos adversos foram os mesmos daqueles usualmente observados nos
protocolos condicionados e aparentemente não estavam relacionados ao
Granocyte. Estes eventos incluem: estomatite, febre, diarréia, rash, dor
abdominal, vômito, alopecia, sépsis e infecção.
Na Neutropenia Induzida por Quimioterapia
A segurança quando utilizado em associação com agentes
citotóxicos caracterizados por mielotoxicidade cumulativa ou toxicidade
predominante sobre a linhagem das plaquetas (nitrosouréia, mitomicina), não foi
estabelecida. O uso pode resultar em aumento da toxicidade
destes agentes, principalmente sobre as plaquetas.
Em estudos clínicos, a incidência dos eventos adversos relacionados foi à mesma
nos pacientes tratados com Granocyte assim como naqueles tratados com
placebo.
Os efeitos mais freqüentemente relatados foram semelhantes àqueles observados
em pacientes tratados com quimioterapia: alopecia, náusea, vômito, febre e cefaléia.
Relatou-se uma incidência levemente maior de dor óssea (aproximadamente 10%) e
reação no local da injeção (aproximadamente 5%) em pacientes tratados com
Granocyte.
Na Mobilização de Células Progenitoras Sangüíneas Periféricas
Quando Granocyte é administrado em indivíduos sadios, os eventos adversos
clínicos mais comumente relatados foram: cefaléia (30%), dor óssea (23%), dor
lombar (17,5%), astenia (11%), dor abdominal (6%) e dor (6 %).
(continua na bula original)Posologia
Deve ser usado somente pela via intravenosa ou subcutânea.
A dose recomendada é de 150 µg (19,2 MUI)/m2/dia,
terapeuticamente equivalente a 5 µg (0,64 MUI)/kg/dia para:
• transplante de medula óssea;
• quimioterapia citotóxica;
• mobilização de PBPC após quimioterapia.
Um frasco-ampola pode, portanto, ser utilizado em pacientes
com superfície corpórea de até 1,8 m2.
Para mobilização de PBPC com Granocyte em monoterapia, a dose
recomendada é 10 µg (1,28 MUI)/kg/dia.
Adultos
· Em Transplante de Medula Óssea
Granocyte deve ser administrado diariamente na dose recomendada de 150 µg
(19,2 MUI)/m2/dia diluída em solução salina isotônica através de infusão intravenosa
de 30 minutos; ou através de injeção subcutânea, iniciando-se um dia após o
transplante (ver item INSTRUÇÕES DE USO). A administração das doses deve
continuar até que se alcance o nadir esperado e a contagem neutrofílica retorne ao
nível estável compatível com a interrupção do tratamento, com no máximo, e se
necessário, 28 dias consecutivos de tratamento.
Espera-se que, no décimo quarto dia após o transplante de medula óssea, 50% dos
pacientes já tenham alcançado a recuperação neutrofílica.
· Em Quimioterapia Citotóxica
Granocyte deve ser administrado diariamente na dose recomendada de 150 µg
(19,2 MUI)/m2/dia através de injeção subcutânea, iniciando-se no dia seguinte ao
término da quimioterapia (ver item INSTRUÇÕES DE USO). A administração diária
de Granocyte deve se estender até que se alcance o nadir esperado e a
contagem neutrofílica retorne a um nível estável compatível com a interrupção do
tratamento, com no máximo, e se necessário, 28 dias consecutivos de tratamento.
Mesmo que ocorra um aumento transitório da contagem neutrofílica nos 2 primeiros
dias de tratamento, com a continuação do tratamento, o nadir neutrofílico
subseqüente geralmente ocorre mais cedo e recupera-se mais rapidamente.
· Na mobilização de células progenitoras do sangue periférico
Após a quimioterapia, Granocyte deve ser administrado diariamente na dose
recomendada de 150 µg (19,2 MUI)/m2/dia através de injeção subcutânea, iniciandose
no dia seguinte ao término da quimioterapia até que se alcance o nadir esperado
e a contagem neutrofílica retorne a um intervalo normal compatível com a
interrupção do tratamento.
Deve-se realizar leucoaferese quando a contagem de leucócitos aumentar após o
nadir ou após a avaliação das células CD 34+ no sangue, com um método validado.
Para pacientes que não tenham sido submetidos à quimioterapia extensiva, a
realização de uma leucoaferese é geralmente suficiente para obter a contagem
mínima necessária (> 2,0 x 106 células CD 34+/kg).
Na mobilização de PBPC em monoterapia, Granocyte deve ser administrado
diariamente na dose recomendada de 10 µg (1,28 MUI)/kg/dia através de injeção
subcutânea, durante 4 a 6 dias. Deve-se realizar leucoaferese entre o quinto e
sétimo dias.
Em pacientes que não tenham sido submetidos à quimioterapia extensiva, a
realização de uma leucoaferese é geralmente suficiente para obter a contagem
mínima aceitável (> 2,0 x 106 células CD 34+/kg).
Em doadores sadios, a dose de 10 µg/kg administrada por via subcutânea durante
5-6 dias promove um nível de células CD 34+ > 3 x 106/kg de peso corpóreo em 83%
dos indivíduos, detectado em uma única leucoaferese e em 97%, detectado em 2
leucoafereses.
A terapia somente deve ser administrada em centro oncológico e/ou hematológico
especializado.
Conduta necessária caso haja esquecimento de administração
Somente o médico poderá estabelecer o procedimento adequado no caso de ocorrer algum
desvio do esquema posológico estabelecido.Superdosagem
A interrupção do tratamento com Granocyte geralmente resulta na diminuição
de 50% dos neutrófilos circulantes, num intervalo de 1 a 2 dias, com retorno aos
níveis normais dentro de 1 a 7 dias.
Observou-se contagem leucocitária de aproximadamente 50 x 109/L em um dos três
pacientes que receberam a dose mais elevada de 40 µg/kg/dia (5,12 MUI/kg/dia) de
Granocyte no quinto dia do tratamento.
Os efeitos da superdosagem com Granocyte não foram estabelecidos.
No homem, doses de até 40 µg/kg/dia não foram associadas a nenhum efeito tóxico,
exceto dor musculoesquelética.Informações
Granocyte [rHuG-CSF] pertence a um grupo de citocinas, proteínas
biologicamente ativas, que regulam o crescimento e a diferenciação celular.
rHuG-CSF é um fator que estimula as células precursoras de neutrófilos e
demonstrou aumentar a contagem das células CFU-S e CFU-GM no sangue
periférico.
Granocyte induz um aumento marcante da contagem neutrofílica no sangue
periférico 24 horas após a administração. As elevações da contagem neutrofílica
são dose dependentes no intervalo de 1 - 10 µg/kg/dia. Na dose recomendada, administrações repetidas levam a um aumento da resposta neutrofílica. Os
neutrófilos produzidos em resposta ao Granocyte mostram funções
quimiotáxica e fagocitária normais.
Como ocorre com outros fatores hematopoiéticos de crescimento, o G-CSF tem
mostrado propriedades estimulantes sobre células endoteliais humanas in vitro.
O uso nos pacientes com transplante de medula óssea ou que
são tratados com quimioterapia citotóxica levam a uma diminuição significante na
duração de neutropenia e complicações relacionadas.
A administração, em monoterapia ou após a quimioterapia,
mobiliza as células precursoras do sangue periférico (PBPCs), que pode ser
coletada ou infundida após alta dose de quimioterapia, no lugar de, ou em
associação, ao transplante de medula óssea. A infusão de PBPCs obtidas por
moblilização com Granocyte demonstrou capaz de reconstituir a hematopoiese
e acelerar o enxerto.
Conseqüentemente, o tempo de independência de transfusão plaquetária foi
reduzido após transplante de medula óssea autóloga.ulantes sobre células endoteliais humanas in vitro.
O uso de Granocyte nos pacientes com transplante de medula óssea ou que
são tratados com quimioterapia citotóxica levam a uma diminuição significante na
duração de neutropenia e complicações relacionadas.
A administração de Granocyte, em monoterapia ou após a quimioterapia,
mobiliza as células precursoras do sangue periférico (PBPCs), que pode ser
coletada ou infundida após alta dose de quimioterapia, no lugar de, ou em
associação, ao transplante de medula óssea. A infusão de PBPCs obtidas por
moblilização com Granocyte demonstrou capaz de reconstituir a hematopoiese
e acelerar o enxerto.
Conseqüentemente, o tempo de independência de transfusão plaquetária foi
reduzido após transplante de medula óssea autóloga.