Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Cristália

Apresentação

Pó Liófilo inj.: 300 mcg Cart. c/ 1 fr.-ampola c/ pó liófilo inj. + 1 ampola c/ 1 ml de diluente

Indicações

O GRAMOSTIM é um imunomodulador, estimulando a proliferação de colônias de granulócitos e macrófagos. É indicado para leucopenia secundária à quimioterapia, reduzindo o risco de infecção. Acelera a recuperação medular em pacientes submetidos a transplante de medula óssea. Indicado também para síndrome mielodisplásica, anemia aplástica ou infecções, incluindo a AIDS. Nos casos de pacientes com retinite associada à AIDS, é usado como terapia adjuvante ao tratamento com ganciclovir, reduzindo a gravidade da neutropenia induzida pelo ganciclovir e possibilitando a adesão da posologia recomendada de ganciclovir.

Contra-indicações

Está contra-indicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade ao Molgramostim ou a qualquer componente presente em sua fórmula. E, em pacientes com antecedentes de púrpura trombocitopênica auto-imune e malignidades mielóides.

Reações adversas / Efeitos colaterais

A maioria das reações adversas está relacionada com as doenças subjacentes ou simultâneas, não se podendo determinar a relação causa-efeito com o Molgramostim. Foram observadas reações adversas leves ou moderadas que raramente foram graves ou perigosas ao paciente. As reações registradas com maior frequência foram: febre, náuseas, dispnéia, diarréia, erupção cutânea, rigidez, reação no local da injeção quando utilizada a via subcutânea, vômitos, anorexia, dor musculoesquelética e astenia. Com menor frequência podem ocorrer: dor torácica inespecífica, estomatite, cefaléia, aumento da sudorese, dor abdominal, prurido, tontura, edema periférico, parestesia e mialgia. Muito raramente podem ocorrer: anafilaxia, broncoespasmo, insuficiência cardíaca, síndrome de derrame capilar, distúrbios cerebrovasculares, confusão, convulsões, hipotensão, anomalias do ritmo cardíaco, hipertensão intracraniana, derrame pericárdico, pericardite, derrame pleural, edema pulmonar e síncope. Foram também observados em exames laboratoriais: plaquetopenia, hemoglobinemia, albuminemia e eosinofilia.

Posologia

As doses posológicas deste medicamento variam de acordo com as patologias. Recomenda-se ajustar as doses para manter a contagem leucocitária a níveis desejados. A máxima dose diária não deve exceder 10 mcg/kg de peso corporal. Leucopenia associada a síndromes mielodisplásicas ou anemia aplástica: 3 mcg/kg de peso corporal por dia, administrada por via subcutânea. Uma vez alcançados os níveis ótimos de leucócitos (< 10.000/mm3), a partir do 20 ou 40 dia de tratamento, ajustar a dose diária. Leucopenia associada a infecção (incluindo HIV): A dose recomendada é de 1 a 5 mcg/kg administrada por via subcutânea, uma vez ao dia. Em pacientes com AIDS tratados simultaneamente com zidovudina, ou zidovudina combinada com interferona, a dose recomendada é de 1 a 3 mcg/kg/dia administrada por via subcutânea. É necessário um período de 2 a 4 dias para se observar a resposta terapêutica inicial na contagem de leucócitos. Deve-se ajustar a dose a cada 3 a 5 dias para manutenção do nível leucocitário desejado (< 10.000/mm3). Retinite por citomegalovírus relacionada à AIDS como terapia coadjuvante ao ganciclovir: recomenda-se a dose de 5 mcg/kg administrada por via subcutânea, uma vez ao dia. Após a administração da 5a dose, ajustar a dose para manutenção da contagem absoluta de neutrófilos e contagem de leucócitos desejado ( 1.000/mm3 e < 20.000/mm3, respectivamente. Quimioterapia contra o câncer: Este medicamento é administrado para acelerar a reversão da leucopenia induzida pela quimioterapia. É crítica a relação entre a dose e o programa de administração do medicamento com a quimioterapia, ou seja, não deve ser administrado simultaneamente com a quimioterapia. O tratamento deve ter início 24 horas após a última dose de quimioterapia, administrando-se durante 7 a 10 dias, uma dose de 5 a 10 mcg/kg de peso corporal por via subcutânea. Deve haver um período de descanso de ao menos 48 horas entre o tratamento com Molgramostim e o início de um novo ciclo de quimioterapia. É recomendado iniciar-se com dose de 5 mcg/kg/dia. A dose adotada deve ser mantida, a menos que a contagem de leucócitos exceda a 10.000 por mm3, ou que ocorra uma reação adversa atribuída ao fármaco. Aumentos de dosagem, perante a falta de resposta, devem ser feitos nos ciclos subsequentes. A resposta adequada é estabelecida com base na velocidade de recuperação da contagem leucocitária. Transplante de medula óssea: Dose de 10 mcg/kg de peso corporal por dia, por via intravenosa. Administrar a infusão durante 4 a 6 horas, começando no dia seguinte ao transplante Continuar a administração até que a contagem de neutrófilos seja maior ou igual a 1000 por mm3 . A duração máxima do tratamento é de 30 dias.

Informações

Molgramostim é um fator estimulante de colônias de granulócitos e macrófagos de origem recombinante humana. É uma proteína hidrossolúvel, não glicosilada, com isoleucina na posição 100. Possui 127 aminoácidos, tem peso molecular igual a 14.477 Daltons. É sintetizada por cepa de Escherichia coli portadora de um plasmídeo de engenharia genética que contém um gene humano do GM-CSF. Molgramostim interfere na regulação da hematopoiese e na ativação das células mielóides maduras, estimulando in vitro a proliferação e a diferenciação das células precursoras hematopoiéticas resultando na produção de granulócitos, monócitos, macrófagos e linfócitos T. Apresenta excelentes efeitos sobre a atividade funcional dos neutrófilos maduros, incluindo aumento da fagocitose das bactérias, aumento da citotoxicidade em direção às células malignas e aumento do metabolismo oxidativo dos neutrófilos.

os maduros, incluindo aumento da fagocitose das bactérias, aumento da citotoxicidade em direção às células malignas e aumento do metabolismo oxidativo dos neutrófilos.