Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Baxter

Apresentação

Drg. 50 mg: cx. c/ 50 unidades. fr.-ampola de 200 mg: cx. c/ 10 unidades. fr.-ampola de 1000 mg: caixa c/ 10 unidades.

Indicações

O uso correto da ciclofosfamida requer diagnóstico preciso, avaliação cuidadosa da extensão anatômica da doença, conhecimento do tipo e efeitos de qualquer terapia anterior e avaliação contínua da situação geral e hematológica do paciente. É essencial que instalações clínicas e laboratoriais adequadas estejam disponíveis para monitorização dos pacientes durante o tratamento c/ ciclofosfamida. O curso clínico da doença deve ser registrado em termos objetivos antes do início do tratamento. O gerenciamento cuidadoso dos pacientes recebendo ciclofosfamida auxiliará na obtenção de benefício máximo c/ risco mínimo.

Contra-indicações

A ciclofosfamida está contra-indicada em casos de hipersensibilidade à droga e em pacientes c/ severa depressão funcional da medula óssea A terapia c/ ciclofosfamida só deve ser iniciada 4 a 8 dias após cirurgia. O uso de ciclofosfamida é contra-indicado durante a gravidez e lactação. Também não deve ser utilizado em casos de varicela, herpes zoster e sídrome nefrótica.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Hematopoéticas: Leucopenia é um efeito esperado e é normalmente usado como guia para a terapia. Trombocitopenia e/ou anemia podem ocorrer em alguns pacientes; estes efeitos são quase sempre reversíveis após interrupção da terapia. Gastrointestinais: Anorexia, náuseas e vômitos são comuns e relacionados à dose e à suscetibilidade individual. Há relatos isolados de casos de colite hemorrágica, ulceração da mucosa oral e icterícia durante a terapia. Genitourinárias: Supressão gonadal, resultando em amenorréia ou azoospermia, relatada em alguns pacientes tratados c/ ciclofosfamida, parece ser relacionada à dose e duração da terapia. Este efeito, possivelmente irreversível, deve ser explicado antecipadamente aos pacientes tratados c/ ciclofosfamida. Não se sabe até que extensão a ciclofosfamida pode afetar as gônadas pré-puberais. Fibrose do ovário seguindo à terapia c/ ciclofosfamida também foi relatada. Toxicidade cardíaca: Embora uns poucos casos de disfunção cardíaca tenham sido relatadas c/ o uso de ciclofosfamida, nenhuma relação causal foi estabelecida. A cardiotoxicidade foi observada em alguns pacientes recebendo altas doses de ciclofosfamida de 120 a 270 mg/kg administradas por um período de poucos dias, normalmente como parte de um regime antineoplásico multi-droga intensivo ou em conjunto c/ transplantes. Em poucos casos c/ altas doses de ciclofosfamida, ocorreu insuficiência cardíaca congestiva severa e algumas vezes fatal poucos dias após a primeira dose da droga. O exame histopatológico revelou primariamente miocardite hemorrágica. Nenhuma anormalidade cardíaca residual revelada pelo eletrocardiograma ou ecocardiograma estava presente em pacientes que passaram por episódios de toxicidade cardíaca aparente associada c/ altas doses de ciclofosfamida. Há relatos de que a cardiotoxicidade induzida pela doxorrubicina pode ser potencializada c/ a ciclofosfamida. Cicatrização: A ciclofosfamida pode interferir c/ a cicatrização normal. Retenção inapropriada de água: Com altas doses de ciclofosfamida há relatos de retenção inapropriada de água, resultando em hiponatremia, convulsão, e morte. O efeito é direto sobre os túbulos renais.

Posologia

Terapia antineoplásica: A quimioterapia c/ ciclofosfamida, como c/ outras drogas usadas na quimioterapia contra o câncer, é potencialmente perigosa e podem ocorrer complicações fatais. Recomenda-se que seja administrada apenas por médicos cientes dos riscos associados. A terapia pode ser direcionada à indução ou à manutenção da remissão. Terapia de indução: A dose de ataque intravenosa recomendada para pacientes sem deficiências hematológicas é 40 - 50 mg/kg. Esta dose de ataque inicial total é geralmente administrada em doses divididas por um período de dois a cinco dias. Pacientes c/ tratamento prévio que possa comprometer a capacidade funcional da medula óssea, como radioterapia ou drogas citotóxicas e pacientes c/ infiltração tumoral da medula óssea, podem requerer redução da dose inicial de 1/3 a 1/2. Uma acentuada leucopenia é comumente associada às doses acima mas a recuperação inicia-se normalmente após 7 a 10 dias. A contagem de leucócitos deve ser monitorizada cuidadosamente durante a terapia de indução. Se a terapia inicial é administrada oralmente, uma dose de 1 a 5 mg/kg/dia pode ser administrada dependendo da tolerabilidade apresentada pelo paciente. Terapia de Manutenção: Com freqüência, o tratamento quimioterápico deve ser mantido para suprimir ou retardar o crescimento neoplásico. Uma variedade de posologias têm sido usadas: 1 - 1 a 5 mg/kg p.o. diariamente 2 - 10 a 15 mg/kg i.v. a cada 7 a 10 dias 3 - 3 a 5 mg/kg i.v. duas vezes por semana A menos que a neoplasia seja anormalmente sensível à ciclofosfamida é recomendável administrar a maior dose razoavelmente tolerada pelo paciente. A contagem total de leucócitos é um bom guia objetivo para regulação da dose de manutenção. Normalmente, uma leucopenia de 3,000 a 4,000 células/mm3 pode ser mantida sem risco de infecções sérias ou outras complicações. Terapia Imunossupressora: A doses utilizadas são da ordem de 1 a 3 mg/kg oralmente dependendo da resposta e da toxicidade. NOTA: Soluções de ciclofosfamida injetáveis podem ser aplicadas por via intravenosa, intramuscular, intraperitonial ou intrapleural ou podem ser infundidas por via intravenosa. Pacientes c/ insuficiência renal: Como a ciclofosfamida é excretada pela urina, um ajuste de dose pode ser necessário em pacientes c/ insuficiência renal (ver Farmacocinética - excreção).

excretada pela urina, um ajuste de dose pode ser necessário em pacientes c/ insuficiência renal (ver Farmacocinética - excreção).