As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
LillyReferência
GencitabinaApresentação
Pó estéril liof., somente para uso intravenoso, é apres. em fr. de vidro transparente tipo I de 10 e 50ml de capacidade, c/ cloridrato de gemcitabina, equivalente a 200mg ou 1g de gemcitabina em base livre.Contra-indicações
A gemcitabina é contra-indicada naqueles pacientes c/ hipersensibilidade conhecida à droga.Reações adversas / Efeitos colaterais
Toxicidade hematológica: Devido à gemcitabina ser um supressor da medula óssea, podem ocorrer anemia, leucopenia e trombocitopenia como resultado da administração. A mielossupressão é usualmente leve a moderada e é mais pronunciada para a contagem de granulócitos. Enquanto dois terços dos pacientes apresentaram alguma anemia, somente 7% têm níveis de hemoglobina caindo abaixo de 8g/100ml. Enquanto 19% dos pacientes receberam transfusões, somente 0,2% interromperam o tratamento devido à anemia. A contagem de leucócitos foi deprimida em 61% dos pacientes, contudo, somente 9% dos pacientes tiveram contagem de leucócitos abaixo de 2.000 células/mm3 e apenas 0,1% interromperam o tratamento devido à leucopenia. Sessenta e quatro por cento dos pacientes tiveram contagem reduzida de granulócitos e quase 25% reduziram a contagem abaixo de 1.000 células/mm3. As contagens de plaquetas são reduzidas em 21% dos pacientes, porém, somente 5% experimentam contagens abaixo de 50.000 células/mm3 e apenas 0,4% dos pacientes interromperam o tratamento devido à trombocitopenia. Terapia anterior c/ drogas citotóxicas parece aumentar a freqüência e a gravidade da leucopenia, granulocitopenia e trombocitopenia. Não há evidência de toxicidade hematológica cumulativa. A anemia é contornável c/ o uso de transfusões convencionais. A redução ou a omissão de dose pode ser necessária no caso de leucopenia ou trombocitopenia grave (ver Posologia). Foram relatados raros casos de hemorragia, ocorrendo simultaneamente c/ trombocitopenia, porém, geralmente, foram considerados relacionados c/ a doença. A trombocitopenia também é comumente reportada (7,5% dos pacientes), porém, nenhum paciente interrompeu o tratamento devido a esta reação.
Toxicidade gastrointestinal: Ocorrem anormalidades das enzimas hepáticas transaminases em cerca de dois terços dos pacientes, porém, são usualmente leves, não-progressiva e raramente requerem interrupção do tratamento. Menos de 10% dos pacientes experimentam elevações maiores do que 5 vezes a normal e somente 0,5% interromperam o tratamento por anormalidades na função hepática. Um paciente interrompeu por insuficiência hepática, porém, a avaliação foi complicada por uma história de alcoolismo crônico. Os efeitos na alanina-transaminase (ALT) declinam c/ o tempo apesar da continuação do tratamento. Ocorreram elevações da fosfatase alcalina maiores do que 5 vezes o normal em 6,6% dos pacientes, porém, esta alteração pode ter sido devida a distúrbios ósseos. Foram observados valores de bilirrubina maiores do que 5 vezes o normal em 1,5% dos pacientes, mas 90% apresentaram níveis normais de bilirrubina. Náusea e náusea acompanhada de vômito foram reportadas em cerca de um terço dos pacientes. Esta reação adversa requer terapia em cerca de 20% dos pacientes. É raramente dose-limitante e é facilmente contornável c/ anti eméticos atualmente em uso clínico. Somente 0,9% dos pacientes reportaram vômito intratável e apenas 0,9% dos pacientes interromperam o tratamento devido à náusea e ao vômito. Foi relatado diarréia (transitória a tolerável) por 7% dos pacientes. Diarréia intolerável requerendo terapia foi reportada em 0,5% dos pacientes. Nenhum paciente interrompeu o tratamento devido à diarréia.
Toxicidade renal: Hematúria e proteinúria leves foram relatadas em aproximadamente metade dos pacientes, porém, raramente foram clinicamente significantes e normalmente não foram relacionadas c/ qualquer alteração na creatinina sérica ou no nitrogênio uréico do sangue. Contudo, foram relatados poucos casos de insuficiência renal (0,6% dos pacientes) de etiologia incerta e, por isso, a gemcitabina deve ser usada c/ cuidado em pacientes c/ função renal prejudicada. Foram reportados raros casos de possível síndrome hemolítico-urêmica (0,4%). Não foi observada toxicidade renal cumulativa.
Toxicidade pulmonar: Foi reportada por aproximadamente 10% dos pacientes a ocorrência de dispnéia dentro de poucas horas após a injeção de gemcitabina. Esta dispnéia é usualmente leve e de curta duração, raramente dose-limitante e usualmente diminui espontaneamente sem qualquer tratamento específico. O mecanismo desta toxicidade é desconhecido e a relação c/ a gemcitabina não é clara. Apenas 0,6% dos pacientes interromperam o tratamento devido à dispnéia e somente 0,1% desses casos acreditou-se estarem relacionados c/ a droga.
Toxicidade alérgica: Uma erupção cutânea é observada em aproximadamente 25% dos pacientes e está associada c/ prurido em cerca de 10% dos pacientes. A erupção é usualmente leve, não é dose-limitante e responde à terapia tópica. Descamação, vesiculação e ulceração foram raramente reportadas. Interrupções por toxicidade cutânea foram reportadas por apenas 0,3% dos pacientes. A gemcitabina é bem tolerada durante a infusão, c/ somente poucos relatos de reação no local da injeção. A gemcitabina não parece ser uma droga vesicante. Não há relatos de necrose no local da injeção. Foi reportado broncoespasmo após a infusão de gemcitabina em menos de 1% dos pacientes. O broncoespasmo geralmente é leve e transitório, porém pode requerer terapia parenteral. Foi relatado um raro caso de reação anafilactóide. A gemcitabina não deve ser administrada a pacientes c/ hipersensibilidade conhecida à droga (ver Contra-indicações).
Neurotoxicidade: Ocorre sonolência leve a moderada em aproximadamente 10% dos pacientes. Somente 0,1% dos pacientes interromperam o tratamento devido à sonolência. Freqüentemente é reportada astenia c/ outros sintomas de gripe (ver sintomas de gripe), mas também é reportada como um sintoma isolado. A astenia foi a causa de interrupção do tratamento de 1,4% dos pacientes. As parestesias foram reportadas em 3,4% dos pacientes, porém, somente 0,2% reportaram-nas como graves.
Sintomas de gripe: Uma sintomatologia semelhante à da gripe é reportada por aproximadamente 20% dos pacientes. É usualmente leve, de curta duração, raramente dose-limitante e 1,5% dos pacientes reportaram como grave. Os sintomas mais comumente reportados são febre, dor de cabeça, dor nas costas, calafrios, mialgia, astenia e anorexia. Tosse, rinite, mal-estar, sudorese e insônia também são comumente reportados. Febre e astenia são também freqüentemente reportadas como sintomas isolados. O mecanismo desta toxicidade é desconhecido. Os relatórios recebidos indicam que o paracetamol pode proporcionar alívio sintomático. Somente 0,1% dos pacientes reportaram interrupção do tratamento devido aos sintomas de gripe. As porcentagens de pacientes que interromperam o tratamento devido a febre, mal-estar ou mialgia foram 0,4%, 0,3% e 0,1%, respectivamente.
Edema e edema periférico: Edema e edema periférico foram reportados por aproximadamente 30% dos pacientes. Também têm sido reportados alguns casos de edema facial. Foi relatado infreqüentemente edema pulmonar (1%). Edema e edema periférico são usualmente leves a moderados, raramente dose-limitante, às vezes são reportados c/ dolorosos e geralmente são reversíveis após a suspensão do tratamento c/ gemcitabina. O mecanismo desta toxicidade é desconhecido. Contudo, não foi associado c/ qualquer evidência de insuficiência hepática, renal ou cardíaca. O edema resultou em interrupção do tratamento de 0,7% dos pacientes.
Alopecia: Em geral, 86,7% dos pacientes não tiveram nenhuma perda de cabelo. Perda de cabelo mínima a moderada foi reportada por 13% dos pacientes. Apenas 0,5% dos pacientes reportaram alopecia completa; porém, reversível.
Outras reações adversas: As seguintes reações adversas também foram reportadas: toxicidade oral, descrita principalmente como irritação ou eritema, ocorreu em 7% dos pacientes. Contudo, requereu apenas uma dieta líquida em 0,2% dos pacientes. Foi reportada constipação leve por 6% dos pacientes. Poucos casos de hipotensão foram relatados, c/ apenas 0,1% dos pacientes interrompendo o tratamento devido a esta reação. Sem relação c/ a droga, foram reportados nos estudos alguns casos de infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca congestiva e arritmia.Posologia
Adultos: A dose recomendada de gemcitabina é de 1.000mg/m2 administrada por infusão intravenosa de 30 minutos e deve ser repetida uma vez por semana durante três semanas, seguido por um período de descanso de uma semana. Este ciclo de quatro semanas é então repetido. A redução da dose é aplicada baseada na toxicidade experimentada pelo paciente. Os pacientes recebendo gemcitabina devem ser monitorados em semanas alternadas quanto à contagem de plaquetas, leucócitos e granulócitos e, se necessário, a dose de gemcitabina pode ser reduzida ou suspensa na presença de toxicidade hematológica. Também devem ser feitas verificações periódicas das funções hepática e renal, incluindo transaminases e creatinina sérica em pacientes recebendo gemcitabina. A gemcitabina é bem tolerada durante a infusão c/ apenas uns poucos casos de reação no local da injeção. Não houve relatos de necrose no local da injeção. A gemcitabina pode ser facilmente administrada em base ambulatorial. Pacientes idosos: A gemcitabina tem sido bem tolerada em pacientes c/ mais de 65 anos de idade. Os dados farmacocinéticos sugerem que não há influência da idade sobre o metabolismo da droga. Insuficiências hepática e renal: A gemcitabina deve ser usada c/ cuidado em pacientes c/ insuficiência hepática ou renal, pois não há estudos em pacientes nessas condições. Crianças: A gemcitabina não foi estudada em crianças.o há estudos em pacientes nessas condições. Crianças: A gemcitabina não foi estudada em crianças.