As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
BristolReferência
Anfotericina BApresentação
fr.-ampola c/ 50 mg de anfotericina B para uso endovenoso.Contra-indicações
Fungizon é contra-indicado em pacientes que demonstram hipersensibilidade à anfotericina B ou a algum outro componente da formulação, a menos que, na opinião do médico, a condição que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensível somente à terapia c/ anfotericina B.Reações adversas / Efeitos colaterais
Embora alguns pacientes possam tolerar a dose total de anfotericina B sem dificuldades, a maioria apresenta algumas intolerâncias, particularmente durante o início da terapia. Sua intolerância poderá ser minimizada pela administração de aspirina, outros antipiréticos (por ex. : acetaminofeno), anti-histamínicos ou antieméticos. A meperidina (25 a 50 mg IV) tem sido utilizada em alguns pacientes para diminuir a duração dos calafrios e da febre após a terapia c/ anfotericina B.
A administração intravenosa de doses baixas de corticosteróides, imediatamente antes ou durante a infusão de anfotericina B, pode ajudar a diminuir as reações febris. A corticoterapia deverá ser mantida ao mínimo (vide INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
A adição de heparina (1000 unidades por infusão), a mudança do local de aplicação, o uso de agulha pediátrica (scalp) e o esquema de dias alternados podem diminuir a incidência de tromboflebite. O extravasamento pode causar irritação química.
As reações adversas mais comuns são:
Geral - febre (às vezes acompanhada de calafrios que ocorrem habitualmente 15 a 20 minutos após o início do tratamento); mal-estar e perda de peso.
Gastrintestinal - anorexia, náusea, vômitos, diarréia, dispepsia e dor epigástrica espasmódica.
Hematológicas - anemia normocrômica e normocítica.
Locais - dor no local da aplicação intravenosa, c/ ou sem flebite, ou tromboflebite.
Músculo-esquelético - dor generalizada, incluindo dores musculares e articulares.
Neurológicas - enxaqueca.
Renais - diminuição e anormalidades da função renal, incluindo: azotemia, aumento da creatinina sérica, hipocalemia, hipostenúria, acidose tubular renal e nefrocalcinose, geralmente reversíveis c/ a interrupção da terapia. Entretanto danos de caráter permanente ocorrem c/ freqüência, especialmente nos pacientes recebendo grandes quantidades cumulativas (acima de 5 g) de anfotericina B. Terapia concomitante c/ diuréticos pode representar fator de pré-disposição ao comprometimento renal, ao passo que a repleção ou a suplementação de sódio podem reduzir a ocorrência de nefrotoxicidade.
Os seguintes efeitos adversos também foram relatados:
Geral - rubor.
Alérgicos - reações anafilactóides ou outras reações alérgicas.
Cardiovasculares - parada cardíaca, arritmias, incluindo fibrilação ventricular, dispnéia, hipertensão, hipotensão, choque.
derm.s - erupção cutânea, particularmente a maculopapular, prurido.
Gastrintestinais - anormalidades nos testes da função hepática, icterícia, insuficiência hepática aguda, gastrenterite hemorrágica, melena.
Hematológicas - agranulocitose, alterações da coagulação, trombocitopenia, leucopenia, eosinofilia, leucocitose.
Neurológicos - convulsões, perda de audição, zumbido, vertigem transitória, visão turva ou diplopia, neuropatia periférica, encefalopatia (vide PRECAUÇÕES), outros sintomas neurológicos.
Pulmonares - dispnéia, broncoespasmo, edema pulmonar não-cardíaco, pneumonite hipersensitiva.
Renais - hipomagnesemia, hipercalemia, insuficiência renal aguda, anúria, oligúria.Posologia
Fungizon deve ser administrado por infusão intravenosa lenta. Deve-se aplicar a infusão intravenosa durante um período de aproximadamente 2 a 6 horas, observando-se as precauções usuais para a terapêutica intravenosa. A concentração recomendada para infusão é de 0,1 mg/ml (1 mg/ 10ml).
Visto que a tolerabilidade dos pacientes à anfotericina B varia muito, a dose deve ser individualizada e ajustada às necessidades específicas de cada paciente (p. ex. : local e intensidade da infecção, agente etiológico, etc). A terapêutica é iniciada, normalmente, c/ uma dose diária de 0,25 mg/kg de peso corpóreo administrada por um período entre 2 a 6 horas. Apesar de não estar comprovado o prognóstico de intolerância, pode ser preferível aplicar uma dose-teste inicial (1 mg em 20 ml de solução glicosada a 5%), administrada intravenosamente por 20 a 30 minutos. A temperatura do paciente, pulso, respiração e pressão arterial devem ser anotados a cada 30 minutos durante 2 a 4 horas. Um paciente c/ uma infecção fúngica severa rapidamente progressiva, c/ boa função cardiopulmonar e que tolere a dose-teste sem uma reação severa, pode receber 0,3 mg/kg de anfotericina B intravenosamente por um período de 2 a 6 horas. Uma segunda dose menor, i.e., 5 a 10 mg, é recomendada para os pacientes c/ disfunção cardiopulmonar ou para os que apresentaram reação severa à dose-teste. As doses podem ser gradualmente aumentadas em 5 a 10 mg/dia para uma dose diária final de 0,5 a 1,0 mg/kg.
Atualmente os dados disponíveis são insuficientes para definir a dose total e a duração do tratamento necessárias para a erradicação de micoses específicas (p.ex.: mucormicose). A dose ideal é desconhecida. A dose diária total pode chegar até 1,0 mg/kg de peso corpóreo ou até 1,5 mg/kg quando administrada em dias alternados, em infecções causadas por patógenos menos sensíveis.
CUIDADO:
Em nenhuma circunstância a dose total diária deverá exceder a 1,5 mg/kg. Uma superdosagem de anfotericina B pode resultar em parada cardio-respiratória.a deverá exceder a 1,5 mg/kg. Uma superdosagem de anfotericina B pode resultar em parada cardio-respiratória.