As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
SanofiApresentação
1,5 mg - cartucho contendo 3 frascos-ampola de rasburicase liofilizada e 3 ampolas com diluenteIndicações
Tratamento e profilaxia da hiperuricemia aguda com o objetivo de evitar a insuficiência
renal em pacientes com neoplasia hematológica maligna de carga tumoral elevada e
risco de lise ou redução tumoral rápida no início do tratamento quimioterápico
(Síndrome de Lise Tumoral).Contra-indicações
Hipersensibilidade à rasburicase ou a algum de seus excipientes. Deficiência de
G6PD ou outras alterações metabólicas celulares que incorram em aumento da
susceptibilidade ao stress oxidativo e anemia hemolítica.Advertências
Precaução deve ser requerida em pacientes com história de alergias atópicas.
Advertências
Fasturtec pode induzir respostas alérgicas em seres humanos. A experiência
clínica com Fasturtec mostra que os pacientes devem ser atentamente
monitorizados quanto ao surgimento de efeitos indesejados de natureza alérgica,
especialmente reações cutâneas e broncoespasmo. Se ocorrer uma reação alérgica
grave ou reação anafilática, o tratamento deverá ser imediatamente interrompido,
sendo instituídas medidas terapêuticas apropriadas.
Atualmente não há dados suficientes a partir de pacientes tratados previamente
com Fasturtec para se recomendar profilaxia ou terapia com ciclos múltiplos
de tratamento. Detectaram-se anticorpos anti-rasburicase tanto em pacientes
tratados como em voluntários sadios, porém o significado clínico-terapêutico deste
achado é incerto.
A administração reduz os níveis de ácido úrico abaixo dos seus
níveis normais. Através deste mecanismo se reduz o risco de deterioração da
função renal causada pela precipitação de cristais de ácido úrico nos túbulos
renais. A Síndrome de Lise Tumoral pode causar também hiperfosfatemia,
hipercalemia e hipocalcemia. Fasturtec não é diretamente eficaz no
tratamento destes distúrbios.
Não há dados ou estudos que abordem potenciais efeitos sobre a
capacidade individual de dirigir veículos ou operar máquinas.
Não há dados que apoiem o uso concomitante ou seqüencial e
alopurinol.Uso na gravidez
Não estão disponíveis dados clínicos sobre gravidez. Fasturtec tem demonstrado ser teratogênico em coelhos nas doses administradas de 10, 50 e 100 vezes do que nas doses administradas nos seres humanos e em ratos nas doses administradas de 250 vezes do que nas doses administradas nos seres humanos.
Não têm sido realizados estudos em animais com relação aos efeitos no desenvolvimento do parto e pós-natal. O risco potencial para os seres humanos é desconhecido. Fasturtec deve ser utilizado durante a gravidez somente se o benefício potencial para a mãe justificar o risco potencial para o feto.
Lactação
É desconhecido se Fasturtec é excretado no leite humano, portanto, não deve ser utilizado em mulheres que estejam amamentando.Interações medicamentosas
Não se esperam interações medicamentosas com outros fármacos.Reações adversas / Efeitos colaterais
Devido ao fato ser administrado como tratamento de suporte
concomitantemente à quimioterapia citorredutora para distúrbios neoplásicos em
seu estado avançado, é de se esperar uma incidência elevada de efeitos adversos
devido tanto à enfermidade subjacente quanto ao seu tratamento concomitante.
Efeitos indesejáveis possivelmente atribuíveis a Fasturtec relatados em
estudos clínicos com 347 pacientes:
Efeitos adversos Incidência no grupo estudado
Comuns:
febre 6,8%
vômitos 1,4%
náuseas 1,7%
Incomuns:
diarréia 0,9%
cefaléia 0,9%
Reações alérgicas:
broncoespasmo 0,6% 1 (grau 4)
Além disto, em 1,4% dos pacientes estudados se registrou rash (qualquer grau)
durante o período de tratamento, possivelmente relacionado a Fasturtec.
Devido ao fato de que a degradação enzimática do ácido úrico em alantoína produz
peróxido de hidrogênio, observou-se anemia hemolítica em algumas populações de
risco tais como indivíduos portadores de deficiência de G6PD.
Devido ao fato de que Fasturtec degrada o ácido úrico, a dosagem laboratorial
deste elemento poderá ser influenciada se o sangue for coletado a partir de
paciente sob tratamento. Portanto, as seguintes precauções deverão ser tomadas
para se evitar resultados falsos: (1) dosar o ácido úrico a partir de plasma, (2) os
tubos de vidro deverão ser pré-refrigerados, (3) o anticoagulante deverá ser a
heparina, (4) o tubo preenchido deverá ser transportado sob refrigeração (4ºC a
8ºC), o sangue analisado até 4 horas após a coleta, e (5) o sangue deverá ser
centrifugado em aparelho refrigerado (4ºC a 8ºC).Posologia
A dose recomendada é de 0,2 mg/kg/dia. Fasturtec é
administrado uma vez ao dia por via endovenosa diluído em 50 ml de solução salina
(soro fisiológico 0,9%) e infundido durante 30 minutos, no início ou logo após a
quimioterapia nos casos de profilaxia. A duração do tratamento e da profilaxia varia de
4 a 7 dias. Não é necessário ajustar a dose na vigência de insuficiência renal ou
hepática.
Instruções de uso e de manipulação
Fasturtec deve ser reconstituído com o diluente que acompanha o produto e
somente depois diluído em solução de cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9% p/v).
Reconstituição da solução
Adicionar o conteúdo da ampola de diluente ao frasco-ampola contendo rasburicase.
Misturar, girando-o muito suavemente, sob condições assépticas controladas e
validadas. Não agitar.
Examinar visualmente, antes de seu uso. Somente deverão ser utilizadas soluções
transparentes, sem partículas.
Toda a solução não utilizada deverá ser desprezada.
O solvente não contém conservantes, portanto a solução reconstituída deverá ser diluída
sob condições assépticas e controladas.
A solução reconstituída deve ser conservada entre 2 e 8 ºC, bem como após sua
diluição. Não congelar.
Diluição antes da perfusão:
O volume de solução necessário (determinado segundo o peso do paciente) deve ser
rediluído em solução de cloreto de sódio a 9 mg/ml (0,9% p/v) para se obter um volume
total de 50 ml. A solução reconstituída é estável por 24 horas, porém, devido a mesma
não conter conservantes, aconselha-se que seja diluída e injetada imediatamente.
Perfusão
A solução final deverá ser injetada durante 30 minutos
Incompatibilidades
Fasturtec não deve ser misturado com qualquer outro fármaco durante sua
administração. Deverá ser infundido em via separada de outros fármacos ou, se isto não
for possível, se deverá lavar, com solução salina, o acesso venoso entre a aplicação do
outro fármaco e. Não se deve utilizar nenhum filtro durante a
perfusão. Fasturtec não pode ser diluído em solução glicosada. Deve ser
conservado entre 2ºC e 8ºC. Não deve ser congelado.Superdosagem
Sinais e Sintomas
De acordo com o mecanismo de ação, uma superdosagem poderá
acarretar níveis plasmáticos baixos ou não detectáveis de ácido úrico ou um aumento na
produção de peróxido de hidrogênio.
Conduta
Portanto, naqueles pacientes em que houver superdosagem, deve ser monitorizado o
surgimento de hemólise e medidas gerais de suporte devem ser iniciadas, visto que não
foi identificado antídoto específico para Fasturtec.
Pacientes idosos
Não existem estudos ou dados que apontem para uma conduta posológica ou clínicofarmacológica
diferenciada nesta população.Informações
Fasturtec é uma enzima urato-oxidase recombinante. O princípio ativo rasburicase
é obtido por modificação genética de uma cepa de Saccharomyces cerevisae.
Rasburicase é uma proteína tetramérica com subunidades idênticas com massa
molecular de aproximadamente 34 kDa.
Propriedades farmacodinâmicas
Em seres humanos, o ácido úrico é a última etapa da via catabólica das purinas. A
elevação aguda dos níveis plasmáticos de ácido úrico subseqüente a uma grande lise de
células malignas e durante a quimioterapia citorredutora pode levar à deterioração da
função renal e à insuficiência renal, ligadas à precipitação de cristais de ácido úrico nos
túbulos renais. A rasburicase é um agente uricolítico de potência elevada que catalisa a
oxidação enzimática do ácido úrico em alantoína, um produto hidrossolúvel, excretado
facilmente por via renal.
A oxidação enzimática do ácido úrico conduz à formação estequiométrica de peróxido
de hidrogênio. A elevação deste metabólito acima dos seus níveis normais pode ser
compensada por anti-oxidantes endógenos, e somente incorre em risco naqueles
pacientes portadores de deficiência de G6PD ou de outras anemias herdadas envolvendo
susceptibilidade ao stress oxidativo.
Em voluntários sadios, observou-se uma notável queda nos níveis plasmáticos de ácido
úrico relacionada ao intervalo de dose de 0,05 mg/kg a 0,2 mg/kg.
Em um estudo comparativo de fase III randomizado utilizando a dose recomendada
(EFC 2975), observou-se uma ação significativamente mais rápida em
relação ao alopurinol. Às 4 horas após a primeira dose, observou-se uma diferença
significativa (p < 0,0001) na alteração percentual média em relação aos níveis basais de
concentração plasmática de ácido úrico no grupo (- 86,0%),
comparativamente ao grupo do alopurinol (- 12,1%). O tempo transcorrido até a
primeira confirmação de normalização do ácido úrico em pacientes hiperuricêmicos foi
de 4 horas para Fasturtec e de 24 horas para alopurinol. Este rápido controle dos
níveis de ácido úrico nesta população está acompanhado de melhora na função renal e
permite uma excreção eficaz do fosfato sérico, evitando assim uma deterioração
posterior da função renal devido a uma precipitação de cálcio/fósforo.
Propriedades farmacocinéticas
Após infusão a uma dose de 0,2 mg/kg/dia, as concentrações séricas
em estado de equilíbrio são alcançadas em 2 a 3 dias. Não se observou um acúmulo
inesperado. A faixa de volume de distribuição é de
110 a 127 ml/kg, a qual é similar ao volume vascular fisiológico. O clearance renal é de
aproximadamente 3,5 ml/h/kg, e a meia-vida de eliminação de 19 horas. Os pacientes
incluídos nos estudos farmacocinéticos foram principalmente crianças e adolescentes.
Segundo estes dados, parece que o clearance renal se eleva (aproximadamente 35%) em
crianças e adolescentes em comparação a adultos, resultando em uma exposição
sistemática, porém inferior. Não se espera a ligação de rasburicase às proteínas
plasmáticas, portanto há menor possibilidade de interações farmacológicas. Espera-se
que a degradação metabólica da rasburicase, por ser uma proteína, siga a via catabólica
de outras proteínas, i.e., hidrólise peptídica.
A eliminação renal é considerada uma via secundária de eliminação.
Não se espera que a função hepática alterada afete a farmacocinética da rasburicase.
Dados pré-clínicos
Os dados pré-clínicos não mostram risco especial para os seres humanos baseado
nos estudos convencionais de farmacologia, segurança, doses repetidas na
toxicidade e genotoxicidade. A interpretação dos estudos pré-clínicos é dificultada
devido à presença de urato-oxidase endógena nos modelos padrão de animais.
Fasturtec não tem demonstrado ser teratogênico em coelhos nas doses
administradas de 10, 50 e 100 vezes do que nas doses administradas nos seres
humanos e em ratos nas doses de 250 vezes do que nas doses administradas nos
seres humanos.ue a função hepática alterada afete a farmacocinética da rasburicase.
Dados pré-clínicos
Os dados pré-clínicos não mostram risco especial para os seres humanos baseado
nos estudos convencionais de farmacologia, segurança, doses repetidas na
toxicidade e genotoxicidade. A interpretação dos estudos pré-clínicos é dificultada
devido à presença de urato-oxidase endógena nos modelos padrão de animais.
Fasturtec não tem demonstrado ser teratogênico em coelhos nas doses
administradas de 10, 50 e 100 vezes do que nas doses administradas nos seres
humanos e em ratos nas doses de 250 vezes do que nas doses administradas nos
seres humanos.