Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Cristália

Apresentação

Cartuchos contendo 1,5 ou 10 frascos-ampola com 4 UI de hormônio de crescimento, acompanhado de diluente (1 ml).

Indicações

Eutropin (hormônio de crescimento humano recombinante) está indicado em crianças com nanismo devido à deficiência do hormônio de crescimento e na Síndrome de Turner. Eutropin não tem indicação em crianças com baixa estatura e epífises ósseas consolidadas.

Contra-indicações

Não deve ser administrado: - em situações de hipersensibilidade conhecida ao hormônio do crescimento; em pacientes com Diabetes mellitus; quando houver qualquer evidência de tumores ativos (craniofarioangioma e outras neoplasias intra e extracranianas); em pacientes com epífises fechadas.

Advertências

- Lesões intracranianas têm que ser inativas e a terapia anti-tumor completa para se instituir a terapia hormonal. Pacientes com deficiência em hormônio de crescimento secundário, por lesão intracraniana, devem ser examinados, frequentemente, em função de progressão ou reaparição do processo da doença. Deve-se suspender o tratamento se houver qualquer evidência de crescimento de tumor. - Quando a deficiência do hormônio for secundária à doença maligna intracraniana, deve-se examinar periodicamente a possibilidade de sua recidiva. - Visto que o não-tratamento do hipertireoidismo pode interferir no efeito do Eutropin, os pacientes devem realizar periodicamente testes da funcionalidade da tireóide e tratá-la com o hormônio da tireóide, quando indicado. Eventualmente pode ocorrer hipotireoidismo durante o tratamento com hormônio de crescimento o que torna necessário, da mesma forma, a realização de testes de função tireoideana, quando houver sintomas que levem a essa suspeita. - Devido ao estado de resistência à insulina criado, que pode ser induzido pelo hormônio de crescimento humano, testes regulares de urina para evidenciar intolerância da glicose/ ou glicosúria devem ser realizados em todos os pacientes. - A terapia de glicocorticóides concomitante pode inibir o efeito do crescimento promovido pelo medicamento. Pacientes com deficiência de ACTH coexistente devem administrar, cuidadosamente, repetidas doses de glicocorticóides de forma a evitar o efeito inibidor do crescimento. - O Eutropin deve ser administrado com cautela em pacientes com não-dependência de insulina de Diabetes mellitus, por causa da ação diabetogênica do hormônio de crescimento, que inclui a indução de hipoglicemia e cetose. - Em função da formação de anticorpos para o hormônio de crescimento humano, que pode ocorrer no caso de um tratamento longo, antibióticos de hormônio de crescimento devem ser prescritos periodicamente. - O medicamento deve ser administrado com cautela em pacientes com doença cardíaca ou renal. Um edema brando e passageiro pode ser desenvolvido.

Uso na gravidez

O uso seguro durante a gravidez tem sido comprovado. Contudo, o medicamento não é recomendado para administração em gestantes.

Interações medicamentosas

O uso de glicocorticóide pode ter ação negativa sobre o medicamento, inibindo o seu efeito sobre o crescimento.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Há possibilidade de, apesar de raras, serem observadas ocorrência de algumas reações adversas como: - Náuseas e dores no abdômen, artralgias associadas ao crescimento, espistóse, elevação do GOT, GPD, ALP, a nível hepático, podem ocorrer no soro. - Casos de febre e/ou dor no local da injeção, edema, dor de cabeça, lipoatrofia, aumento de leucócitos e ácido tatty livre, leucemia já foram reportados. - O risco de aumento de câncer de mama também já foi relatado. - O estado de hipertireoidismo pode ser desenvolvido durante o tratamento. Em casos de hipersensibilidade - rara - ao medicamento, há ocorrência de prurido generalizado ou rachadura na pele pela injeção. - O uso de hormônio de crescimento pode, ocasionalmente, levar ao aparecimento de anticorpos específicos contra somatotrofina, o que pode ser responsável pela falha no tratamento.

Posologia

A dose deve ser estabelecida pelo médico, de modo individual. De modo geral, é recomendada a dosagem de 0,5 UI/kg de peso corporal, por semana, ou 12 UI/m² da área superficial do corpo, por semana. Na Síndrome de Turner pode ser utilizada a dose de 0,1 UI/kg, de 5 a 7 dias por semana. A dosagem semanal deve ser dividida em 3 injeções subcutâneas. O local da injeção subcutânea deve variar da região bráque à femural e abdominal, não devendo se repetir o mesmo local a intervalos curtos. Caso haja preferência pela via intramuscular, a dose indicada é de 0,14 a 0,2 UI/kg, três vezes por semana. Antes da aplicação, o pó liofilizado no frasco deve ser diluído em água destilada para injeção. Não agitar o frasco bruscamente. Dissolver completamente o pó seco, movimentando levemente o frasco para cima e para baixo várias vezes. Após reconstituição, Eutropin deve ser usado o mais rápido possível.

Superdosagem

A superdosagem aguda poderia conduzir, inicialmente, à hipoglicemia e, subsequentemente, à hiperglicemia. A superdosagem a longo prazo poderia resultar em sinais e sintomas de acromegalia consistente, com o efeito conhecido de excesso de hormônio de crescimento humano.

Informações

O hormônio de crescimento (hGH) é uma cadeia única, com peso molecular entre 21.000 e 23.000 daltons e 191 aminoácidos. O seu pico de concentração é na puberdade, decrescendo gradualmente. Há décadas ele já existe como terapêutica de reposição, mas a sua quantidade era muito pequena, uma vez que era extraído de hipófises de cadáveres. A tecnologia do DNA recombinante tornou possível a produção de um r h GH semelhante ao hGH natural. O hormônio somatotrófico com base na mediação da somatomedina induz o desenvolvimento somático e o crescimento ósseo. Sua ação se manifesta principalmente a nível do metabolismo protéico em sentido metabólico, isto é, promovendo a síntese celular das proteínas e dos ácidos nucléicos. Após o início do tratamento com o hormônio do crescimento, ocorre uma retenção de nitrogênio, como demonstrado pela redução de sua excreção urinária e dos baixos níveis séricos e urinários da uréia. No que respeita ao metabolismo dos carboidratos, observa-se que as crianças com hipopituitarismo apresentam, algumas vezes, episódios de hipoglicemia em jejum, que tendem a melhorar com o tratamento com o hormônio do crescimento. Ao nível de metabolismo lipídico, o hormônio do crescimento determina mobilização dos lipídeos, com redução das gorduras de depósito e aumento dos ácidos graxos livres no plasma. Quanto ao metabolismo mineral, o hormônio do crescimento favorece a retenção do sódio, potássio e fósforo, enquanto aumenta a excreção dos íons de cálcio.

de depósito e aumento dos ácidos graxos livres no plasma. Quanto ao metabolismo mineral, o hormônio do crescimento favorece a retenção do sódio, potássio e fósforo, enquanto aumenta a excreção dos íons de cálcio.