Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Apresentação

USO ADULTO E PEDIATRICO SOLUÇÃO INJETAVEL Via intravenosa ou subcutânea * - Seringas preenchidas de 0,25 ml, com 500 UI/0,25 ml, (2000 UI/mL), em embalagens contendo 6 unidades; * - Seringas preenchidas de 0,5 ml, com 1.000 UI/0,5 ml, (2000 UI/mL), em embalagens contendo 6 unidades; * - Seringas preenchidas de 0,5 ml, com 2.000 UI/0,5 ml, (4000 UI/mL), em embalagens contendo 6 unidades; * - Seringas preenchidas de 0,3 ml, com 3.000 UI/0,3 ml, (10000 UI/mL), em embalagens contendo 6 unidades; * - Seringas preenchidas de 0,4 ml, com 4.000 UI/0,4 ml, (10000 UI/mL), em embalagens contendo 6 unidades; * - Seringas preenchidas de 1,0 ml, com 10.000 UI/ml, em embalagens contendo 6 unidades; * - Frasco-ampola de 0,5 ml, com 1.000 UI/0,5 ml, (2000 UI/mL), em embalagens contendo 6 unidades; * - Frasco-ampola de 1,0 ml, com 2.000 UI/ml, (2000 UI/ml), em embalagens contendo 6 unidades; * - Frasco-ampola de 1,0 ml, com 4.000 UI/ml, (4000 UI/ml), em embalagens contendo 6 unidades; * - Frasco-ampola de 1,0 ml, com 10.000 UI/ml, em embalagens contendo 6 unidades. Componentes Quantidade por apresentação Eritropoetina recombinante humana 2.000UI 4.000UI 10.000UI Albumina humana 2,5 mg 2,5 mg 2,5 mg Citrato de sódio 5,88mg 5,88mg 5,88mg Acido cítrico 0,06mg 0,06mg 0,06mg Cloreto de sódio 5,84mg 5,84mg 5,84mg Agua para injeção q.s.p. 1,0mL 1,0mL 1,0mL

Indicações

* Tratamento de anemia associada à insuficiência renal crônica; * Tratamento de anemia em pacientes portadores do vírus HIV sob tratamento com zidovudina; * -Tratamento da anemia em pacientes com câncer sob quimioterapia; * Redução de transfusão sanguínea alogeneica em pacientes sob cirurgia.

Contra-indicações

Eritropoetina humana é contra-indicada em pacientes: * - Apresentando hipertensão não controlada; * - Apresentando hipersensibilidade a eritropoetina ou qualquer outro componente da formulação; * - Apresentando Infecções generalizadas.

Advertências

Hematologia Exacerbação de porfiria foi raramente observada em pacientes com insuficiência renal crônica tratados com eritropoetina recombinante humana. Entretanto, eritropoetina recombinante humana deve ser administrada com cautela em pacientes com porfiria. A incidência de fibrose de medula óssea (complicação conhecida em humanos com insuficiência renal crônica que pode estar relacionada a um hiperparatireoidismo secundário ou fatores desconhecidos) não aumentou em estudos com pacientes adultos sob diálise tratados com eritropoetina recombinante humana durante 12 a 19 meses, comparado a incidência de fibrose de medula óssea em grupo de pacientes não tratados com eritropoetina humana recombinante. O hematócrito em pacientes com insuficiência renal crônica deve ser monitorado duas vezes por semana, pacientes infectados com HIV sob tratamento com zidovudina devem ter o hematócrito monitorado uma vez por semana até a estabilização deste, e medido periodicamente após estabilizado. - Atraso na resposta ou resposta insatisfatória Se os pacientes não responderem ao tratamento ou não mantiverem a resposta a doses dentro da faixa recomendada, as seguintes possíveis etiologias devem ser consideradas: * Deficiência de ferro; * Infecções, processos inflamatórios ou malignos; * Deficiência de ácido fólico ou vitamina B12; * Perda oculta de sangue, como em hemorragia gastrointestinal ou hemorragia relacionada com diálise; * Intoxicação por alumínio; * Hemólise; * Patologia hematológica em curso (como talassemia, anemia refratária ou outra desordem mielodisplásica) Monitoramento de ferro Durante a terapia com eritropoetina humana recombinante, deficiência absoluta ou funcional de ferro pode ser desenvolvida. Deficiência funcional, com níveis normais de ferritina, porém sem saturação de transferrina, pode ser resultante da inabilidade de mobilização dos estoques de ferro suficientemente rápido para suportar o aumento da eritropoese. Saturação de transferrina deve ser no mínimo de 20% e a ferritina deve estar no mínimo em 100ng/mL. Antes e durante o tratamento com eritropoetina humana recombinante, os níveis de ferro, saturação de transferrina (ferro no soro dividido pela capacidade de ligação do ferro) e ferritina séricos, deve ser avaliados.Todos os pacientes sob tratamento com eritropoetina humana recombinante deverão eventualmente necessitar de suplemento de ferro para aumentar ou manter a saturação de transferrina a níveis que suportam adequadamente a eritropoese estimulada pela eritropoetina humana recombinante. Todos os pacientes cirúrgicos em tratamento com eritropoetina humana recombinante devem receber suplementação adequada de ferro durante a terapia para suportar a eritropoese sem depleção dos níveis de ferro. Uso pediátrico Eritropoetina humana recombinante é indicada a crianças e jovens (1 mês a 16 anos) para o tratamento de anemia associada com insuficiência renal crônica, infecção pelo HIV, câncer sob quimioterapia. Segurança e eficácia em pacientes pediátricos com menos de um mês de idade não foi estabelecida. Os estudos demonstraram que não há aumento do risco quando na administração de eritropoetina humana recombinante a pacientes pediátricos quando comparado com os riscos observados neste tratamento em adultos. Em estudos realizados em pacientes pediátricos com as patologias acima citadas, observou-se aumento na hemoglobina e redução na necessidade de transfusão sanguínea. Pacientes com insuficiência renal crônica Pacientes com insuficiência renal crônica sem necessidade de diálise: pressão sanguínea, hematócrito, função renal e balanço eletrolítico devem ser rigorosamente monitorados para que um aumento na sensação de bem-estar não encubra a necessidade de início de diálise em alguns pacientes. Hematologia: Tempo suficiente deve ser dado para determinação da resposividade de um paciente a dosagem de eritropoetina humana recombinante antes do ajuste da dose. Devido ao tempo requerido para eritropoese e a meia-vida das hemácias, um intervalo de 2 a 6 semanas pode existir entre o tempo do ajuste da dose (início, aumento, redução ou descontinuação) e uma alteração significante no hematócrito. Para evitar alcançar o hematócrito alvo muito rápido ou exceder a faixa alvo (hematócrito entre 30% e 36%), as orientações sugeridas para dose e freqüência de ajuste de dose devem ser seguidas. Para pacientes que respondam a eritropoetina humana recombinante com rápido aumento no hematócrito (ex: mais que 4 pontos em um período de duas semanas), a dose de eritropoetina humana recombinante deve ser reduzida devido a possível associação de uma taxa excessiva de elevação do hematócrito com uma exacerbação da hipertensão O tempo de sangramento elevado característico da insuficiência renal crônica diminui até níveis normais após correção da anemia em pacientes adultos tratados com eritropoetina humana recombinante. Redução no tempo de sangramento também ocorre após correção da anemia por transfusão. Monitoramento laboratorial: o hematócrito deve ser determinado duas vezes por semana até estabilização na faixa alvo e a dose de manutenção deve ser determinada. Após cada ajuste de dose, o hematócrito deve ser monitorado duas vezes por semana por pelo menos 2 a 6 semanas até estabilização do hematócrito em resposta a alteração de dose. O hematócrito deve então ser monitorado em intervalos regulares. Uma contagem sanguínea diferencial completa com contagem de plaquetas deve ser realizada regularmente. Durante os ensaios clínicos, elevação modesta das plaquetas e glóbulos brancos pode ser observada. Mesmo sendo estatisticamente significantes, essas alterações são foram clinicamente significantes e os valores permanecem nos níveis normais. Em pacientes com insuficiência renal crônica, parâmetros como uréia sanguínea, ácido úrico, creatinina, fósforo e potássio devem ser monitorados regularmente. Durante os ensaios clínicos em pacientes adultos sob diálise, observou-se modesto aumento na uréia sanguínea, creatinina, fósforo e potássio. Em alguns pacientes com insuficiência renal crônica sob tratamento com eritropoetina humana recombinante sem tratamento com diálise, observou-se modesto aumento nos níveis de ácido úrico e fósforo. Mesmo sendo estatisticamente significativas as alterações, os valores permaneceram, dentro da faixa normalmente observada em pacientes com insuficiência renal crônica. Dieta: Como o hematócrito aumenta e os pacientes experimentam uma melhora no bem-estar e na qualidade de vida, a importância em seguir a dieta e as prescrições para diálise deve ser reforçada. Em particular, hipercalemia tem ocorrido em aproximadamente 0,11 episódios por paciente por ano sob tratamento com eritropoetina recombinante humana, normalmente associada à fraca obediência à medicação, dieta e/ou diálise. Diálise: Terapia com eritropoetina humana recombinante resulta em um aumento no hematócrito e redução no volume plasmático que pode afetar a eficiência da diálise. Em estudos realizados até o momento, o aumento resultante no hematócrito não afetou adversamente o funcionamento do dialisador ou a eficiência da hemodiálise. Durante a hemodiálise, os pacientes tratados com eritropoetina humana recombinante podem necessitar de um aumento na anticoagulação com heparina para prevenção de coágulos no rim artificial. Informações aos pacientes: Nas situações em que o médico determina que um paciente pode auto-administrar de forma segura e eficaz a eritropoetina humana recombinante o paciente deve ser instruído quanto à dosagem e forma de administração adequados. O paciente deve ser informado sobre os sinais e sintomas de uma reação alérgica e avisado sobre ações apropriadas; o paciente deve ser instruído sobre a importância do descarte adequado e alertado sobre a não reutilização de agulhas, seringas ou produto violado. Reservatório resistente à perfuração deve ser disponibilizado para descarte de seringas e agulhas usadas pelo paciente. O reservatório deve ser descartado de acordo com as indicações do médico. - Pacientes infectados com HIV sob tratamento com zidovudina Exacerbação da hipertensão não foi observada em pacientes portadores de HIV sob tratamento com zidovudina em tratamento com eritropoetina humana recombinante. - Pacientes com câncer sob quimioterapia Hipertensão: hipertensão associada com aumento significante do hematócrito, foi raramente observado em pacientes tratados com eritropoetina humana recombinante. Entretanto, a pressão arterial em pacientes tratados com eritropoetina humana recombinante deve ser cuidadosamente monitorada, particularmente em pacientes com história de hipertensão ou doença cardiovascular. Eventos trombóticos: Em estudo duplo-cego, controlado por placebo, 3,2% (n=2/63) dos pacientes tratados com eritropoetina humana recombinante e 8% (n=8/68) dos pacientes tratados com placebo apresentaram eventos trombóticos (embolismo pulmonar, acidente cerebrovascular) Potencial de fator de crescimento: eritropoetina humana recombinante é um fator de crescimento que estimula principalmente a produção de hemácias. Porém, a possibilidade que eritropoetina humana possa agir como um fator de crescimento tumoral para vários tipos de tumores, particularmente malignidades mielóides, não pode ser excluída. - Pacientes cirúrgicos Eventos trombóticos/vasculares: Em estudos clínicos pericirurgicos em pacientes ortopédicos, a incidência de eventos vasculares/trombóticos observada em pacientes tratados com eritropoetina humana recombinante foi similar a observada em pacientes que receberam placebo e tinham hemoglobina pré-tratamento entre 100 e 130g/L. Em pacientes com hemoglobina maior que 130g/L tratados com 300UI/Kg de eritropoetina recombinante humana, a possibilidade deste tratamento estar associado ao aumento do risco de eventos vasculares/trombóticos pós-operatórios não deve ser descartada. Hipertensão: a pressão arterial pode aumentar no período pericirurgico em pacientes sob tratamento com eritropoetina humana recombinante. Dessa forma, a pressão arterial deve ser cuidadosamente monitorada.

Uso na gravidez

Não existe nenhum estudo adequado e corretamente controlado em mulheres grávidas. Eritropoetina humana recombinante somente deve ser usada durante a gravidez se o benefício potencial justificar o possível risco ao feto. Em estudos com ratas, observou-se decréscimo no ganho de peso, retardo no aparecimento de pelos abdominais, na abertura dos olhos e ossificação. Eritropoetina humana recombinante não apresentou efeito adverso quando administrado a 500UI/Kg em coelhas grávidas (do dia 6 ao dia 18 de gestação). Amamentação Não se sabe se a eritropoetina humana recombinante é excretada no leite humano. Cuidado deve ser tomado quando na administração deste medicamento a mulheres que esteja amamentando.

Interações medicamentosas

Não foram observadas evidências de interações medicamentosas entre eritropoetina humana recombinante e outros fármacos durante os ensaios clínicos.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Comuns Muitos pacientes apresentam dor de cabeça, febre baixa e fadiga. Apenas alguns podem apresentar dor muscular e atralgia no início do tratamento com eritropoetina recombinante humana. A maioria dos sintomas são aliviados durante o tratamento contínuo não sendo necessário a descontinuidade deste. Se os sintomas mencionados persistirem, a interrupção temporária da administração de eritropoetina humana recombinante pode ser considerada3. Reações alérgicas Rush de pele e urticária podem ocorrer raramente. Existem relatos raros de reações alérgicas potencialmente sérias incluindo urticária com sintomas respiratórios associados ou edema. É indicada a injeção de uma pequena dose de eritropoetina humana recombinante antes do início do tratamento para certificação de que nenhuma reação anormal ocorrerá. Entretanto, se uma reação anafilática ocorrer, o tratamento com eritropoetina recombinante humana deve ser descontinuado imediatamente e terapia apropriada deve ser iniciada. Sistema cardiovascular Hipertensão ou outros sintomas causados pela exacerbação de hipertensão e encefalopatia hipertensiva existentes pode ocorrer, como dor de cabeça, distúrbios de consciência, convulsão e em alguns casos até encefalohemorragia. Dessa forma, durante o tratamento, a pressão arterial deve ser monitorada periodicamente, a dosagem de eritropoetina humana recombinante deve ser reduzida ou interrompida e a dosagem dos redutores de pressão deve ser ajustada. Sistema hematológico A viscosidade do sangue pode aumentar com o aumento do hematócrito. Para alguns pacientes sob hemodiálise a dosagem de heparina deve ser aumentada para prevenção de hemaglutinação no rim artificial. Fígado Os níveis de TGO e TGP podem sofrer elevação Sistema gastrointestinal Náusea, vômitos, anorexia e diarréia podem ocorrer ocasionalmente.

Posologia

A dosagem deve ser ajustada de acordo com a gravidade da anemia, idade e outros fatores relacionados. Pacientes com insuficiência renal crônica A faixa de dose inicial recomendada de eritropoetina humana recombinante é de 100 a 150 UI/Kg corpóreo três vezes por semana para pacientes adultos. A dose inicial recomendada para pacientes pediátricos sob diálise é de 50UI/Kg três vezes por semana. A dose de eritropoetina humana recombinante deve ser reduzida se o hematócrito se aproximar de 36% ou aumentar em mais de 4 pontos em um período de 2 semanas. A dose de eritropoetina humana recombinante deve ser individualizada para manutenção do hematócrito na faixa adequada. Eritropoetina humana recombinante pode ser administrada por via intravenosa ou subcutânea. Em pacientes em hemodiálise, eritropoetina humana recombinante pode ser administrada na linha venosa ao final da diálise, evitando a necessidade de outro acesso venoso. Sugestões gerais para pacientes com insuficiência renal crônica: Dose inicial Adultos: 100 a 150UI/Kg três vezes por semana; injeção intravenosa ou subcutânea Pacientes pediátricos: 50UI/kg três vezes por semana; injeção intravenosa ou subcutânea Reduzir a dose quando: hematócrito atingir 36% ou aumentar mais que 4 pontos em duas semanas Aumentar a dose se: hematócrito não aumentar de 5 a 6 pontos em 8 semanas de terapia e estiver abaixo da faixa sugerida. Dose de manutenção: determinação individual Meta sugerida: hematócrito entre 30% e 36% Durante a terapia, parâmetros hematológicos devem ser monitorados regularmente. Avaliação de ferro antes do início da terapia A taxa de ferro deve ser avaliada antes e durante a terapia com eritropoetina humana recombinante, incluindo saturação de transferrina (deve estar no mínimo em 20%) e ferritina sérica (deve estar no mínimo a 100ng/mL). Todos os pacientes eventualmente necessitarão de suplemento de ferro para manter ou aumentar a saturação de transferrina em níveis necessários à manutenção da eritropoese estimulada pela eritropoetina humana recombinante. Ajuste de dose Um intervalo de tempo é necessário para maturação dos precursores eritróides e liberação destes na circulação resultando em aumento do hematócrito. Além disso, o tempo de permanência das hemácias na circulação afeta o hematócrito e pode variar dependendo da uremia. Dessa forma, o tempo necessário para alteração clínica significativa no hematócrito (aumento ou redução) a qualquer ajuste de dose pode ser de 2 a 6 semanas. Ajuste de dose não deve ser feito mais de uma vez a cada mês exceto se clinicamente indicado. Após cada ajuste de dose, o hematócrito deve ser determinado duas vezes por semana por pelo menos 2 a 6 semanas Se o hematócrito está aumentando e aproximando-se de 36%, a dose deve ser reduzida para manter o hematócrito na faixa determinada. Caso a redução na dose não interrompa a elevação do hematócrito e este exceda 36%, o tratamento deve ser temporariamente interrompido até que o hematócrito inicie redução, nesse momento a terapia deve ser reiniciada na menor dose. Nos casos em que o hematócrito sofrer elevação de mais de 4 pontos em um período de 2 semanas, a dose deve ser imediatamente reduzida. Após a redução da dose, o hematócrito deve ser monitorado duas vezes por semana durante 2 a 6 semanas, e posteriores ajustes de dose devem ser realizados como especificado na dose de manutenção. Caso um aumento no hematócrito de 5 a 6 pontos não seja observado em 8 semanas e o nível de ferro esteja adequado, a dose de eritropoetina humana recombinante deve ser elevada. Aumentos posteriores devem ser realizados em intervalos de 4 a 6 semanas até que se atinja a resposta desejada Dose de manutenção A dose de manutenção deve ser individualizada para cada paciente em diálise. Nos estudos realizados a dose mediana de manutenção foi de 75UI/Kg três vezes por semana, com variação entre 12,5 e 525UI/Kg três vezes por semana. Aproximadamente 10% dos pacientes necessitaram de dose de 25UI/Kg ou menos e aproximadamente 10% necessitaram de dose maior que 200UI/Kg três vezes por semana para manutenção do hematócrito na faixa sugerida. Em pacientes pediátricos sob hemodiálise a dose mediana de manutenção foi de 167UI/Kg/semana variando de 49 a 447UI/Kg/semana e em pacientes sob diálise peritoneal a dose foi de 76UI/Kg/semana variando entre 24 a 323 UI/Kg/semana, administrados em várias doses (duas ou três vezes por semana), para atingir a faixa de 30% a 36%. Nos casos em que o hematócrito permaneça baixo ou sofra redução, os níveis de ferro devem ser dosados. Se a saturação de transferrina estiver abaixo de 20%, suplemento de ferro deve ser administrado. Se a saturação de transferrina for maior que 20%, a dose de eritropoetina humana recombinante deve ser elevada. Tal aumento de dose não deve ser realizado mais que uma vez por mês, pois o aumento no hematócrito pode ser observado entre 2 a 6 semanas. Em pacientes com insuficiência renal crônica que não estejam sob diálise, a dose de manutenção também deve ser individualizada. Doses entre 75 e 150UI/Kg/ semana tem demonstrado manter o hematócrito entre 36% e 38% por até 6 meses. Resposta retardada ou reduzida Mais que 95% dos pacientes com insuficiência renal crônica respondem com aumento clinicamente significativo no hematócrito, e praticamente todos os pacientes se tornaram independentes de transfusão após aproximadamente 2 meses do início da terapia com eritropoetina humana recombinante. Se um paciente não responde ou não mantem a resposta, outras etiologias devem ser consideradas e avaliadas. Pacientes portadores do vírus HIV sob tratamento com zidovudina Antes do início do tratamento com eritropoetina humana recombinante, é recomendado que o nível de eritropoetina sérica endógena seja determinado (antes de transfusão sanguínea). Evidencias sugerem que pacientes sob tratamento com zidovudina apresentando eritropoetina sérica maior que 500mUI/mL em geral não respondem à terapia com eritropoetina humana recombinante. Dose inicial Para pacientes adultos com eritropoetina sérica menor ou igual a 500mUI/mL recebendo dose menor ou igual a 4200mg de zidovudina/semana, a dose inicial de eritropoetina humana recombinante recomendada é de 100UI/Kg por via endovenosa ou subcutânea três vezes por semana durante 8 semanas. Para pacientes pediátricos, deve-se observar as precauções indicadas a esses pacientes. Aumento de dose: durante a fase de ajuste de dose, o hematócrito deve ser monitorado semanalmente. Se a resposta não estiver satisfatória em termos de redução na necessidade de transfusão ou aumento do hematócrito após 8 semanas de terapia, a dose de eritropoetina humana recombinante pode ser aumentada em 50 a 100UI/Kg três vezes por semana. A resposta deve ser avaliada a cada 4 a 8 semanas e a dose ajustada em incrementos de 50 a 100UI/Kg três vezes por semana. Se o paciente não responder satisfatoriamente a uma dose de 300UI/Kg três vezes por semana, não deve responder a doses maiores. Dose de manutenção : após atingir o efeito desejado (redução na necessidade de transfusão e/ou aumento no hematócrito), a dose de eritropoetina para manutenção da resposta, deve ser determinada baseada em fatores como a variação na dose de zidovudina e presença de infecções intercorrentes ou episódios inflamatórios. Se o hematócrito exceder 40%, a dose deve ser descontinuada até que o hematócrito atinja 36%. A dose deve ser reduzida de 25% quando o tratamento for recomeçado e deve-se determinar a dose para manutenção do hematócrito desejado. Pacientes com câncer sob quimioterapia Aproximadamente 75% nos pacientes submetidos aos testes clínicos (n=83/110) apresentaram níveis séricos de eritropoetina endógena menor que 132mUI/mL, e aproximadamente 4% (n=4/110) dos pacientes apresentaram níveis séricos de eritropoetina endógena maior que 500mUI/mL. Em geral, pacientes com menores níveis de eritropoetina endógena respondem melhor ao tratamento com eritropoetina humana recombinante. Apesar de não se ter especificado até que nível de eritropoetina endógena os pacientes respondem ao tratamento, não recomenda-se o tratamento com eritropoetina humana recombinante aos pacientes com níveis maiores que 200mUI/mL. O hematócrito deve ser monitorado semanalmente até que se estabilize. Dose inicial A dose inicial recomendada de eritropoetina humana recombinante para adultos é de 150UI/Kg, por via subcutânea três vezes por semana. Para pacientes pediátricos deve-se verificar as precauções indicadas a estes pacientes. Ajuste da dose Se a resposta não for satisfatória após 8 semanas de terapia, a dose de eritropoetina humana recombinante pode ser aumentada até 300UI/Kg três vezes por semana. Nos casos em que os pacientes não responderem satisfatoriamente ao tratamento com 300UI/Kg três vezes por semana, provavelmente não responderão a maiores doses. Se o hematócrito exceder 40%, o tratamento deve ser interrompido até que o hematócrito atinja 36%. A dose deve ser reduzida de 25% quando o tratamento for reiniciado e deve-se então determinar a dose para manutenção do hematócrito desejado. Se a dose inicial de eritropoetina humana recombinante resultar em aumento de mais de 4 pontos percentuais em um período de 2 semanas, a dose de eritropoetina humana recombinante deve ser reduzida. Pacientes sob cirurgia Antes do início do tratamento com eritropoetina humana recombinante deve-se dosar os níveis de hemoglobina, os quais devem estar entre 100 e 130g/L. A dose recomendada de eritropoetina humana recombinante é de 300UI/Kg/dia por via subcutânea durante 10 dias antes da cirurgia, no dia da cirurgia e durante 4 dias após a cirurgia. Um esquema alternativo é 600UI/Kg de eritropoetina humana recombinante por via subcutânea em doses únicas semanais (21, 14 e 7 dias antes da cirurgia e no dia da cirurgia) Todos os pacientes devem receber suplementação de ferro adequada. A suplementação com ferro deve ser iniciada antes ou no início do tratamento com eritropoetina humana recombinante e deve permanecer durante o tratamento.

Superdosagem

Não existe dados disponíveis para condutas em superdosagem.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica Mecanismo de ação Eritropoetina em adultos, é sintetizada por células sensíveis à pressão de oxigênio localizadas próximas aos túbulos renais, é sintetizada no fígado em pequenas quantidades. Quando os receptores de pressão parcial de oxigênio percebem a falta de oxigênio, as células secretoras de eritropoetina são estimuladas a produzir tal proteína. A eritropoetina irá então alcançar a medula óssea através da circulação sanguínea e estimular os precursores de hemácias a proliferarem e diferenciarem, aumentando assim o número de hemácias circulantes e satisfazendo a necessidade de oxigênio nos tecidos. Experimentalmente, a eritropoetina humana recombinante apresenta diversos efeitos nos progenitores hematopoeticos. Na linhagem eritróide, a eritropoetina humana recombinante parece agir associado a outros fatores de crescimento como fator de célula progenitora (SCF), IGF-I e IL-3 para garantir a expansão e maturação de eritrócitos imaturos. Em particular, a eritropoetina recombinante humana apresenta capacidade de interromper o ciclo apoptótico normal de progenitores eritróides quando estes passam de CFU-E para o estágio eritroblástico basofílico. Concomitante a esta redução na apoptose, outros fatores como o SCF irão estimular a proliferação da população de progenitores, enquanto IGF-I promoverá liberação de hemácias através da maturação direta dos eritrócitos. Em conjunto com IL-3, eritropoetina também parece exercer efeito em precursores eritróides jovens. Tanto IL-3 quanto eritropoetina induzem a proliferação de BFU-E, porém somente a eritropoetina parece ser capaz de estimular a diferenciação/maturação de BFU-E. Eritropoetina também tem participação no desenvolvimento de megacariócitos. Sozinha ou em conjunto com a trombopoetina, eritropoetina estimula a proliferação de CFU-Meg e induz o processo de formação do megacariócito, evento preliminar a fragmentação citoplasmática e formação das plaquetas. Quando na insuficiência renal, a produção de eritropoetina é reduzida, levando a um quadro de anemia que pode ser revertido com a administração de eritropoetina recombinante humana. A atividade biológica _in vitro_ e _in vivo_ da eritropoetina recombinante não difere daquela de origem natural . Farmacocinética Absorção Eritropoetina humana recombinante administrada por via intravenosa é eliminada a uma taxa com cinética de primeira ordem apresentando meia-vida de circulação variando entre aproximadamente 4 a 13 horas em pacientes adultos e pediátricos com insuficiência renal crônica. Níveis detectáveis de eritropoetina no plasma são mantidos por pelo menos 24 horas. Após injeção subcutânea em pacientes com insuficiência renal crônica, o pico de concentração plasmática pode ser observado entre 5 a 24 horas após administração e é reduzido lentamente. Não se observa diferença aparente na meia-vida entre pacientes adultos que não estejam sob tratamento com diálise cujo nível de creatinina sérica seja maior que 3 e pacientes adultos sob diálise. Em voluntários normais, a meia-vida da eritropoetina humana recombinante administrada por via intravenosa é aproximadamente 20% menor que a meia-vida desta substância em pacientes com insuficiência renal crônica. A farmacocinética da eritropoetina humana recombinante não foi estudada em pacientes infectados com HIV. O perfil farmacocinético da eritropoetina humana recombinante em crianças e adolescentes apresenta-se semelhante ao observado nos pacientes adultos. Poucos dados estão disponíveis em relação aos pacientes neonatos. Distribuição A eritropoetina recombinante humana é em sua maioria observada no fígado e rim e uma captação específica ocorre na medula óssea. Em pessoas saudáveis, menos de 10% de eritropoetina recombinante humana é excretada na sua forma original enquanto a maioria será eliminada por sistema não renal.

Resultados de eficácia

Eschbach e colaboradores demonstraram em estudos multicêntrico de fase III recuperação dos níveis do hematócrito e hemoglobina até o desejado, em 97% dos pacientes com anemia causada por Insuficiência Renal Crônica, quando tratados com eritropoetina humana recombinante . Além disso, os pacientes envolvidos no estudo relataram aumento no nível de energia e atividade, resultando em melhora na qualidade de vida.

Modo de usar

Eritropoetina recombinante humana (rh-EPO) deve ser usada sob prescrição médica. Pode ser administrada por via subcutânea ou intravenosa, 2-3 vezes por semana. A dosagem deve ser ajustada de acordo com a severidade da anemia, idade e outros fatores relacionados. Não agitar. Agitação vigorosa e prolongada pode desnaturar a glicoproteína, resultando em sua inativação biológica. Não utilizar se apresentar alguma partícula ou coloração anormal. Não diluir ou administrar em conjunto com outros medicamentos. A eritropoetina recombinante humana deve ser mantida sob refrigeração (2-8¦C), protegida da luz. Não deve ser colocada com a região superior voltada para o chão, não deve ser congelada ou agitada.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Uso em idosos Observar as precauções, contra-indicações, advertências e só administrar a posologia prescrita pelo médico.

Armazenagem

A eritropoetina recombinante humana deve ser mantida sob refrigeração (2-8¦C), protegida da luz. Não deve ser colocada com a região superior voltada para o chão, não deve ser congelada ou agitada.

Dizeres legais

Registro M.S.: 1.1836.0015.001-6 Registro M.S.: 1.1836.0015.002-4 Registro M.S.: 1.1836.0015.003-2 Registro M.S.: 1.1836.0015.004-0 Registro M.S.: 1.1836.0015.005-9 Registro M.S.: 1.1836.0015.006-7 Registro M.S.: 1.1836.0015.007-5 Registro M.S.: 1.1836.0015.008-3 Registro M.S.: 1.1836.0015.009-1 Registro M.S.: 1.1836.0015.010-5 Farmacêutico(a) responsável: Tatiana Lima - CRF/RJ-7426 Shenzhen SPEC Bio-Pharmaceutical Industry CO., LTDBantian SPEC Industry Zone, Longgang District, Shenzhen, China Silvestre Labs Química e Farmacêutica Ltda. Av. 24 s/no - Cidade Universitária - Ilha do Fundão CEP: 21941-590 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (21) 2560-0830 - Fax (21) 2564-5750 www.silvestrelabs.com.br - silvestrelabssilvestrelabs.com.br

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