As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.
Laboratório
PfizerApresentação
100 mg embalagem contendo 1 frasco-ampola + 1 frasco-ampola de diluente de 30 mL;Indicações
Ecalta* (anidulafungina) é indicado para o tratamento da candidíase invasiva em pacientes adultos, incluindo candidemia.Contra-indicações
Ecalta* (anidulafungina) é contra-indicado a pacientes com hipersensibilidade a
anidulafungina, a outros medicamentos da classe da equinocandina (por exemplo, a
caspofungina) ou a qualquer outro componente da fórmula.
Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância a frutose, não devem utilizar Ecalta*.Advertências
A taxa de infusão* (anidulafungina) deve ser igual ou inferior a 1,1 mg/minuto. Os
eventos adversos associados à infusão não são freqüentes quando a taxa de infusão da
anidulafungina não excede 1,1 mg/minuto.
Eventos Hepáticos
Anormalidades laboratoriais nos testes de função hepática foram observadas em indivíduos
saudáveis e em pacientes tratados com a anidulafungina. Em alguns pacientes que
apresentavam patologias de base graves, que recebiam múltiplas medicações
concomitantes a anidulafungina, ocorreram anormalidades hepáticas clinicamente
significativas. Casos isolados de disfunção hepática, hepatite ou piora na insuficiência
hepática foram relatados, não tendo sido estabelecida uma relação causal com a
anidulafungina. Pacientes que desenvolveram anormalidades nos testes de função hepática
durante o tratamento com a anidulafungina devem ter esses testes monitorados, e em casos
de piora da função hepática devem ser ponderados os riscos e os benefícios de manter o
tratamento.
Atenção: Ecalta* contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos.Uso na gravidez
Os estudos em animais não demonstraram toxicidade reprodutiva seletiva (vide
Características Farmacológicas – Dados de Segurança Pré-clínica). Não existem dados
adequados ou bem controlados com relação à utilização da anidulafungina em mulheres
grávidas. Portanto, a anidulafungina só deve ser utilizada durante a gravidez se o benefício
potencial à mãe superar o risco potencial ao feto.
Ecalta* é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez. Portanto,
este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação
Os estudos em animais demonstraram a excreção da anidulafungina no leite materno. Não
se sabe se anidulafungina é excretada no leite materno humano. A decisão em
continuar/descontinuar a amamentação ou de continuar/descontinuar o tratamento com a
anidulafungina deve ser realizada considerando o benefício da amamentação à criança e o
benefício da anidulafungina à mãe.Interações medicamentosas
Os estudos pré-clínicos in vitro e in vivo e os estudos clínicos demonstraram que a
anidulafungina não é um substrato, indutor ou inibidor clinicamente relevante das
isoenzimas do citocromo P450. Os estudos de interação só foram realizados em adultos. A
anidulafungina apresenta clearance renal insignificante (< 1%). São esperadas interações
mínimas com medicações concomitantes (vide Características Farmacológicas –
Propriedades Farmacocinéticas).
Os estudos in vitro demonstraram que a anidulafungina não é metabolizada pelo citocromo
P450 humano ou por hepatócitos humanos isolados e, a anidulafungina não inibe
significativamente as atividades das isoformas do CYP (1A2, 2B6, 2C8, 2C9, 2C19, 2D6,
3A) humano em concentrações clinicamente relevantes.
Nenhuma interação fármaco-fármaco clinicamente relevante foi observada com os seguintes
fármacos ao serem administrados concomitantemente com a anidulafungina:
- ciclosporina (substrato do CYP3A4): em um estudo com 12 indivíduos adultos saudáveis
que receberam 100 mg/dia de anidulafungina após uma dose de ataque isolada de 200 mg
e em combinação com 1,25 mg/kg de ciclosporina oral duas vezes ao dia, o pico de
concentração plasmática (Cmax) no estado de equilíbrio (steady state) da anidulafungina
não foi significativamente alterado pela ciclosporina; a área sob a curva tempo-concentração
(AUC) no estado de equilíbrio foi aumentada em 22%. Um estudo in vitro demonstrou que a
anidulafungina não apresenta efeito no metabolismo da ciclosporina. Os eventos adversos
observados neste estudo foram consistentes com àqueles observados em outros estudos
onde a anidulafungina foi administrada isoladamente. Não é necessário ajuste de dose de
ambos os fármacos quando eles são co-administrados.
- voriconazol (inibidor e substrato do CYP2C19, CYP2C9 e CYP3A4): em um estudo
com 17 indivíduos saudáveis que receberam 100 mg/dia de anidulafungina isolada após
dose de manutenção (de 200 mg) após ataque de 200 mg de voriconazol oral duas vezes
ao dia , a Cmax e a AUC no estado de equilíbrio da anidulafungina e do voriconazol não
foram significativamente alteradas pela co-administração. Não é necessário ajuste de dose
de ambas as medicações quando co-administradas.
- tacrolimo (substrato do CYP3A4): em um estudo com 35 indivíduos saudáveis que
receberam dose única oral de 5 mg de tacrolimo isoladamente, 100 mg/dia de
anidulafungina isoladamente após dose de ataque de 200 mg e ambos os fármacos em
combinação, a Cmax e a AUC no estado de equilíbrio da anidulafungina e do tacrolimo não
foram significativamente alteradas pela co-administração. Não é necessário ajuste de dose
de ambas as medicações quando co-administradas.
- anfotericina B lipossomal: a farmacocinética da anidulafungina foi avaliada em 27
pacientes (100 mg/dia de anidulafungina) que receberam concomitantemente a anfotericina
B lipossomal (doses de até 5 mg/kg/dia). A análise farmacocinética da população
demonstrou que, a farmacocinética da anidulafungina não foi significativamente alterada
pela co-administração com a anfotericina B quando comparado com os dados de pacientes
que não receberam tratamento com a anfotericina B. Não é necessário ajuste de dose da
anidulafungina.
- rifampicina (potente indutor do CYP450): a farmacocinética da anidulafungina (50 ou 75
mg/dia de anidulafungina) foi avaliada em 27 pacientes que receberam concomitantemente
rifampicina (doses de até 600 mg/dia). A análise farmacocinética da população demonstrou
que quando comparado com os dados de pacientes que não receberam a rifampicina, a
farmacocinética da anidulafungina não foi significativamente alterada pela co-administração
com a rifampicina. Não é necessário ajuste de dose da anidulafungina.Reações adversas / Efeitos colaterais
Novecentos e vinte e nove (929) pacientes receberam anidulafungina intravenosa em
estudos clínicos (672 em estudos de Fase 2/3 e 257 em estudos de Fase 1). Dos 669
pacientes dos estudos de fase 2/3 dos quais os dados de segurança estão disponíveis,
quinhentos e cinco (505) receberam anidulafungina por >= 14 dias.
Três estudos (um comparativo vs fluconazol e 2 não comparativos) avaliaram a eficácia da
anidulafungina (100 mg) em pacientes com candidemia e outras infecções por Candida em
tecidos profundos. Nestes três estudos, um total de 204 pacientes receberam
anidulafungina, 119 por >= 14 dias. Os eventos adversos foram tipicamente leves a
moderados e raramente levaram a descontinuação.
Os eventos adversos relacionados ao fármaco (MedDRA) listados a seguir, foram relatados
com freqüências correspondentes a comum (>= 1/100, <= 1/10) e incomum (>= 1/1000, <
1/100). Dentro de cada grupo de freqüência, os eventos adversos são apresentados em
ordem decrescente de gravidade.
Os eventos adversos relacionados à infusão foram relatados com a anidulafungina, incluindo
rash, urticária, rubor, prurido, dispnéia e hipotensão. Estes eventos podem ser minimizados
através da infusão da anidulafungina em uma taxa que não exceda 1,1 mg/minuto.
Infecções e Infestações
Incomum: fungemia, candidíase, clostridium colitis, candidíase oral.
Sistema Hematológico e Linfático
Comum: trombocitopenia, coagulopatia.
Incomum: trombocitemia.
Metabolismo e Nutrição
Comum: hipercalemia, hipocalemia, hipomagnesemia.
Incomum: Hiperglicemia, hipercalcemia, hipernatremia.
Sistema Nervoso
Comum: convulsão, cefaléia.
Visuais
Incomum: dor nos olhos, perturbação visual, visão borrada.
Cardíacos
Incomum: fibrilação atrial, arritmia sinus, extra-sístole ventricular, bloqueio direito do ramo do
feixe de His.
Vasculares
Comum: rubor.
Incomum: trombose, hipertensão, rubor.
Gastrintestinais
Comum: diarréia.
Incomum: dor abdominal superior, vômito, incontinência fecal, náusea, constipação.
Hepatobiliares
Comum: elevação da gama-glutamiltransferase, elevação da fosfatase alcalina plasmática,
elevação do aspartato aminotransferase (TGO), elevação da alanina aminotransferase
(TGP).
Incomum: anormalidade nos testes de função hepática, colestase, elevação das enzimas
hepáticas, elevação das transaminases.
Pele e Tecidos Subcutâneos
Comum: rash, prurido.
Incomum: urticária, prurido generalizado.
Musculoesqueléticos e nos Tecidos Conectivos
Incomum: dor nas costas.
Gerais e Condições no Local da Aplicação
Incomum: dor no local da infusão.
Alterações Laboratoriais
Comum: elevação da bilirrubina plasmática, redução na contagem de plaquetas, elevação
na creatinina plasmática, prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma.
Incomum: elevação da amilase plasmática, redução do magnésio plasmático, redução do
potássio plasmático, eletrocardiograma anormal, elevação da lipase, elevação da contagem
de plaquetas, elevação da uréia plasmática.
Na avaliação de segurança da população completa de pacientes de estudos Fase 2/3 (N =
669), os seguintes eventos adversos adicionais, todos incomuns (>= 1/1000, < 1/100), foram
observados: neutropenia, leucopenia, anemia, hiperuricemia, hipocalcemia, hiponatremia,
hipoalbuminemia, hipofosfatemia, ansiedade, delírio, estado de confusão, alucinação
auditiva, tontura, parestesia, mielinólise pontina central, disgeusia, síndrome de Guillain-
Barré, tremor, alteração na percepção visual de profundidade, surdez unilateral, flebite,
tromboflebite superficial, hipotensão, linfangite, dispepsia, boca seca, úlcera esofágica,
necrose hepática, edema angioneurótico, hiperidrose, mialgia, monoartrite, insuficiência
renal, hematúria, pirexia, calafrio, edema periférico, reação no local da injeção, elevação da
creatina fosfoquinase plasmática, elevação da lactato desidrogenase plasmático, redução na
contagem de linfócitos.Posologia
Cada frasco-ampola* (anidulafungina) contém 100 mg de anidulafungina.
Materiais para cultura, identificação da espécie de fungo e outros testes laboratoriais
relevantes (incluindo histopatologia) devem ser realizados antes do início da terapia, com o
objetivo de isolar e identificar o(s) organismo(s) causador(es). A terapia pode ser instituída
antes que os resultados da cultura e de outros testes laboratoriais sejam conhecidos.
Entretanto, uma vez que estes resultados estejam disponíveis, a terapia antifúngica deve ser
ajustada de acordo.
Candidíase Invasiva em Pacientes Adultos, Incluindo Candidemia
Uma dose única de ataque de 200 mg deve ser administrada no dia 1, seguida de 100 mg
diariamente a partir de então. A duração do tratamento deve ser baseada na resposta clínica
do paciente. Em geral, a terapia antifúngica deve continuar por no mínimo 14 dias após a
última cultura positiva.
Ecalta* deve ser reconstituído com o diluente que acompanha o produto para uma
concentração de 3,33 mg/mL e subseqüentemente diluído para uma concentração de 0,36
mg/mL, seguindo as instruções descritas no item Modo de Usar e Cuidados de
Conservação Depois de Aberto.
É recomendado que Ecalta* seja administrado a uma taxa máxima de infusão que não
exceda 1,1 mg/min (vide Modo de Usar e Cuidados de Conservação Depois de Aberto).
Uso na Insuficiência Renal e Hepática
Não é necessário ajuste de dose para pacientes com insuficiência hepática leve, moderada
ou grave. Não é necessário ajuste de dose para pacientes com qualquer grau de
insuficiência renal, incluindo aqueles submetidos à diálise. A anidulafungina pode ser
administrada sem considerar o horário da hemodiálise (vide Características Farmacológicas
– Propriedades Farmacocinéticas).
Outras Populações Especiais
Não é necessário ajuste de dose para pacientes adultos com base no sexo, peso, raça,
idade ou relacionado ao fato do paciente ser portador do vírus HIV.
Uso em Crianças e Adolescentes
A experiência em crianças é limitada (vide Características Farmacológicas – Propriedades
Farmacocinéticas). Até que dados adicionais estejam disponíveis, a utilização em pacientes
com idade inferior a 18 anos não é recomendada, a menos que o potencial benefício
justifique o risco.
Dose Omitida
Como Ecalta* é de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo
médico que acompanha o caso. Se o paciente não receber uma dose deste medicamento, o
médico deve redefinir a programação do tratamento.
O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.Superdosagem
Assim como com qualquer superdosagem, medidas de suporte gerais devem ser utilizadas
quando necessário.
Durante os estudos clínicos uma dose única de 400 mg de anidulafungina foi
inadvertidamente administrada como dose de ataque. Nenhum evento adverso clínico foi
relatado. Em um estudo com 10 indivíduos saudáveis que receberam uma dose de ataque
de 260 mg seguido de 130 mg diariamente, a anidulafungina foi bem tolerada sem
apresentar toxicidade dose limitante; 3 dos 10 indivíduos apresentaram elevação de
transaminase (<= 3 x LSN – Limite Superior da Nomarlidade) assintomática e transitória.
A anidulafungina não é dialisável.Informações
A anidulafungina é uma equinocandina semi-sintética, um lipopeptídeo sintetizado a partir de
um produto da fermentação do Aspergillus nidulans.
A anidulafungina inibe seletivamente a 1,3-beta-D glucana sintase, uma enzima presente nas
células fúngicas, mas não nas mamíferas, inibindo a formação da 1,3-beta-D glucana, um
componente essencial da parede celular do fungo. A anidulafungina demonstrou atividade
fungicida contra espécies de Candida e atividade contra regiões do crescimento celular ativo
da hifa do Aspergillus fumigatus.
Atividade in vitro
In vitro, a anidulafungina é ativa contra Candida spp. incluindo C. albicans, C. glabrata, C.
krusei, C. parapsilosis, C. tropicalis, C. dubliniensis, C. lusitaniae e C. guilliermondii e
espécies de Aspergillus incluindo A. fumigatus, A. flavus, A. niger e A. terreus. Sua atividade
não é afetada pela resistência a outras classes de agentes antifúngicos (fluconazol em
particular).
As MICs (Concentração inibitória mínima) foram determinadas de acordo com o método
padrão de referência M27 para leveduras aprovado do Clinical and Laboratory Standard
Institute (CLSI).
A relação entre a resposta clínica e a atividade in vitro permanece para ser elucidada.
Atividade in vivo
A anidulafungina administrada por via parenteral foi eficaz contra Candida spp. em modelos
de ratos e coelhos imunocompetentes e imunocomprometidos. O tratamento com a
anidulafungina prolongou a sobrevida e também reduziu a carga da Candida spp. no órgão.
As infecções experimentais incluíram infecções disseminadas por C. albicans em coelhos
neutropênicos, infecção esofágica/orofaríngea por C. albicans resistente ao fluconazol em
coelhos neutropênicos e infecção disseminada por C. glabrata resistente ao fluconazol em
camundongos neutropênicos. A anidulafungina também demonstrou atividade contra o
Aspergillus fumigatus em modelos de infecção em ratos e coelhos.
Em combinação com outros agentes antifúngicos
Os estudos in vitro da anidulafungina em combinação com o fluconazol, itraconazol e
anfotericina B não sugeriram antagonismo da atividade antifúngica contra espécies de
Candida. A significância clínica destes resultados é desconhecida. Os estudos in vitro
avaliaram a atividade da anidulafungina em combinação com itraconazol, voriconazol e com
a anfotericina B contra Aspegillus spp. A combinação da anidulafungina com a anfotericina B
demonstrou indiferença em 16 das 26 cepas, enquanto que a combinação de anidulafungina com itraconazol ou voriconazol demonstrou-se sinérgica em 18 das 26 cepas. A significância
clínica destes resultados é desconhecida.
Mecanismo de Resistência
Uma vez que um ponto de corte não foi estabelecido para qualquer equinocandina, a
resistência potencial pode ser assumida caso exista um aumento significativo nas MICs de
determinada cepa. Nenhum aumento nas MICs da anidulafungina foi observado em isolados
dos estudos clínicos. Além disso, não foi observada resistência tanto in vitro quanto em
estudos com animais. Entre um número de isolados com MICs com equinocandina
elevados, apenas um isolado que apresentava uma mutação no gene que codifica a sintase
da enzima alvo 1,3-beta-D glucan foi relatado como tendo MIC com anidulafungina
aumentada, sugerindo ausência completa de resistência cruzada entre as equinocandinas.na
elevados, apenas um isolado que apresentava uma mutação no gene que codifica a sintase
da enzima alvo 1,3-beta-D glucan foi relatado como tendo MIC com anidulafungina
aumentada, sugerindo ausência completa de resistência cruzada entre as equinocandinas.