Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

União Química

Referência

Dobtan dobutamina cloridrato Solução Injetável

Apresentação

Solução injetável: caixa com 1 ampola de 20 ml. USO PEDIÁTRICO E ADULTO USO RESTRITO A HOSPITAIS COMPOSIÇÃO: Solução injetável Cada ampola contém: cloridrato de dobutamina .............. 280 mg (equivalente a 250 mg de dobutamina base) Veículo: bissulfito de sódio, edetato dissódico, água para injeção.

Indicações

A dobutamina é indicada quando é necessário o suporte inotrópico para o tratamento de pacientes com estados de hipoperfusão nos quais o débito cardíaco é insuficiente para suportar as demandas circulatórias. É indicada também quando é necessário o suporte inotrópico para o tratamento de pacientes nos quais a pressão de enchimento ventricular anormalmente aumentada pode levar a um risco de congestão pulmonar e edema.

Contra-indicações

O produto não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula ou com estenose hipertrófica subaórtica. Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento. Não deve ser utilizado durante a gravidez e a lactação. NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.

Advertências

Gerais: durante a administração de dobutamina, como qualquer catecolamina parenteral, a pressão sanguínea, a freqüência cardíaca, a taxa de infusão devem ser monitoradas. Quando a terapia é iniciada, é aconselhável a monitoração eletrocardiográfica antes que uma resposta estável seja alcançada. Quedas repentinas na pressão sanguínea são descritas em associação com uma terapia de dobutamina. A diminuição da dose ou a interrupção da infusão tipicamente resulta num rápido retorno da pressão sanguínea a níveis basais, mas raramente a intervenção pode ser necessária e reversibilidade pode não ser imediata. Também devem ser monitoradas com pressão capilar pulmonar e o débito cardíaco. Aumento na freqüência cardíaca ou na pressão sanguínea – a dobutamina pode causar um aumento pronunciado na freqüência cardíaca ou na pressão sanguínea, especialmente na pressão sistólica. Aproximadamente 10% dos pacientes, em estudos clínicos, tiveram aumento da freqüência cardíaca de 30 batimentos por minuto, ou mais, e cerca de 7,5% tiveram aumento igual ou maior que 50 mmHg na pressão sistólica. Geralmente a redução da dose reverte prontamente esses efeitos. Como a dobutamina facilita a condução átrioventricular, pacientes com fibrilação atrial tem risco de desenvolver resposta ventricular rápida. Pacientes com hipertensão pré-existente parecem ter um risco aumentado de desenvolver uma resposta pressora exagerada. Atividade ectópica: a dobutamina pode precipitar ou exacerbar atividade ectópica ventricular, mais isso raramente tem causado taquicardia ventricular. Enchimento ventricular prejudicado e obstrução do esvaziamento ventricular: os agentes inotrópicos incluindo dobutamina, não melhoram a hemodinâmica na maioria dos pacientes com obstrução mecânica importante que prejudica o enchimento ventricular ou o esvaziamento ventricular, ou ambos. A resposta inotrópica pode ser inadequada em pacientes com distensibilidade ventricular reduzida. Estas condições estão presentes no tamponamento cardíaco, estenose da válvula aórtica e cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva. Efeitos inotrópicos benéficos podem ser vistos em alguns pacientes se o coração é dilatado ou sob efeitos excessivos de antagonistas de beta receptores adrenérgicos. Reações de hipersensibilidade: pode ocasionalmente incluir erupção cutânea, prurido de couro cabeludo, eosinofilia, febre e broncoespasmo. Uso após infarto agudo do miocárdio: a experiência clínica com a dobutamina após infarto do miocárdio é insuficiente para estabelecer a segurança do medicamento para este uso. Há consenso que qualquer agente que aumente a força contrátil e a freqüência cardíaca pode aumentar a área de infarto por intensificação da isquemia, mas não é conhecido se a dobutamina exerce tal efeito. Hipotensão: em geral, quando a pressão arterial é menor que 70 mmHg na ausência de um aumento do enchimento ventricular, a hipovolemia pode estar presente e pode ser necessário tratamento com soluções repositoras de volume antes da dobutamina ser administrada. Carcinogênese, mutagênese, diminuição da fertilidade: estudos para avaliar o potencial carcinogênico ou mutagênico da dobutamina, ou seu potencial para afetar a fertilidade, não foram conduzidos. Sensibilidade ao sulfito: Dobtan contém bissulfito de sódio, um sulfito que pode causar reações do tipo alérgica, incluindo sintomas anafiláticos e de risco de vida em alguns indivíduos susceptíveis a episódios asmáticos menos graves. A prevalência total de hipersensibilidade ao sulfito na população geral é desconhecida e é provavelmente baixa. A sensibilidade ao sulfito tem sido observada mais frequentemente em pessoas asmáticas do que em não asmáticas. Ruptura cardíaca como complicação do infarto do miocárdio: a ruptura cardíaca é uma complicação potencial do infarto do miocárdio. O risco da ruptura cardíaca pode ser influenciada por uma variedade fatores, incluindo localização, momento e duração do infarto. Foram raramente repostados casos de ruptura cardíaca durante o teste de estresse com dobutamina. Esses eventos ocorreram durante a examinação de pré-descarga em pacientes hospitalizados com infarto do miocárdio recente (entre 4 e 12 dias). Pacientes considerados com risco de apresentar uma ruptura cardíaca o teste com dobutamina, devem ser cuidadosamente avaliados. Gravidez: como ainda não há estudos conclusivos dos efeitos da droga sobre o feto, o cloridrato de dobutamina não deve ser usado durante a gravidez, a menos que, a critério médico, os benefícios superem os possíveis riscos para o feto. Amamentação: não se sabe se este medicamento é excretado no leite materno humano. Por precaução recomenda-se que o aleitamento seja interrompido enquanto durar o tratamento. Pediatria: a dobutamina tem sido administrada em crianças com baixo débito cardíaco resultante de insuficiência cardíaca descompensada, cirurgia cardíaca, choque cardiogênico ou séptico. Os efeitos hemodinâmicos da dobutamina podem ser quantitativamente ou qualitativamente diferentes quando comparados aos dos adultos. O aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial parece ser mais freqüente e mais intenso nas crianças. A pressão capilar pulmonar, ao contrário dos adultos, pode não abaixar e mesmo pode até se elevar. Essas características hemodinâmicas devem ser consideradas quando se administrar a dobutamina em crianças.

Uso na gravidez

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao médico se está amamentando.

Interações medicamentosas

Os efeitos da dobutamina podem ser antagonizados por antagonistas betaadrenérgicos. Durante o tratamento com beta-antagonistas, baixas doses de dobutamina irão manifestar graus variados de atividade alfa-adrenérgica, como vasoconstrição. Devido à interação entre a dobutamina e os antagonistas nos receptores beta ser reversível, estas duas classes de drogas irão competir entre elas. A dobutamina pode: - aumentar os efeitos pressores dos vasoconstritores (epinefrina, norepinefrina, levonordefrina). Pode também aumentar a vasoconstrição com ergotamina: ergonovina; metilergonovina; metisergida; oxitocina; - aumentar os riscos de arritmias cardíacas e de hipertensão arterial grave com: antidepressivos tricíclicos; maprotilina; - ter sua ação inibida ou pode inibir a ação de beta-bloqueadores; - sofrer ou provocar aumento de reações adversas graves com: cocaína; IMAO* (inibidores da monoamina-oxidade) incluindo furazolidona, procarbazina e selegilina. *Pacientes que receberam IMAO até 3 semanas antes podem exigir doses de simpaticomiméticos muito menores que as habituais (chegando mesmo a um décimo da dose usual), para tentar evitar reações adversas graves; - aumentar os riscos de arritmias cardíacas com digitálicos; - aumentar ação ou ter sua ação aumentada por doxapram.

Reações adversas / Efeitos colaterais

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, como: aumento na freqüência cardíaca, pressão sangüínea baixa, inflamação no local da aplicação, náuseas, cefaléia, dor no peito, palpitações, dificuldade na respiração. Se ocorrerem sintomas como sensação de intranqüilidade, agitação, vermelhidão na face, palpitações, coceira, pulsação no ouvido, tosse, espirro, dificuldade de respirar, entre 1 e 15 minutos da administração do medicamento, é necessário procurar auxílio médico com urgência. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

Posologia

Devido à sua meia-vida curta, o cloridrato de dobutamina deve ser administrado em infusão endovenosa contínua. Após o início de uma infusão com velocidade constante ou após a mudança de velocidade, uma concentração plasmática estável de dobutamina é atingida após aproximadamente 10 minutos. Assim, não são necessárias e recomendadas doses de ataque ou dose única elevada. Doses recomendadas: a velocidade de infusão necessária para manter o débito cardíaco variou de 2,5 a 10 mcg/kg/min, na maioria dos pacientes. Freqüentemente, doses de 10 a 20 mcg/kg/min são necessárias para uma melhora hemodinâmica adequada. Em raras ocasiões, velocidades de infusão de até 40 mcg/kg/min foi relatada. A velocidade de administração e a duração da terapia devem ser ajustadas de acordo com a resposta do paciente como determinada pelos seguintes sinais clínicos: parâmetros hemodinâmicos tais como freqüência cardíaca e ritmo, pressão arterial e, quando possível, débito cardíaco e medida da pressão de enchimento ventricular (venosa central, capilar pulmonar e atrial esquerda) e sinais de congestão pulmonar e perfusão (fluxo urinário, temperatura externa e estado mental). Concentrações de até 5.000 mcg/ml foram administradas a pacientes humanos (250 mg/50 ml). O volume final administrado deverá ser determinado pela necessidade de líquidos requerida pelo paciente. Ao invés de interromper a terapia com cloridrato de dobutamina de maneira abrupta, é aconselhável diminuir a dose gradualmente. Unidade de dose: A maioria dos relatórios sobre o cloridrato de dobutamina expressa a dose em relação à massa corporal (por exemplo, mcg/kg/min), essa prática é útil para relacionar as doses para lactentes, crianças e adultos. Entre os adultos, a massa corporal tem mínima influência no efeito do cloridrato de dobutamina uma vez que a dose deve ser facilmente calculada em mcg/min. A dose de cloridrato de dobutamina pode ser iniciada com 100 a 200 mcg/min e aumentada gradualmente até 1.000 a 2.000 mcg/min ou mais, dependendo da resposta clínica hemodinâmica de cada paciente. Reconstituição e soluções compatíveis: O cloridrato de dobutamina deve ser diluído no momento da administração a pelo menos 50 ml em frasco contendo uma das seguintes soluções: glicose 5%, glicose 5% e cloreto de sódio 0,45%, glicose 5% e cloreto de sódio 0,9%, glicose 10%, ringer lactato, glicose 10% e ringer lactato, glicose 5% e ringer lactato, cloreto de sódio 0,9%, lactato de sódio. Essas soluções devem ser utilizadas dentro de 24 horas. Não adicionar o cloridrato de dobutamina à solução de bicarbonato de sódio a 5% ou a qualquer outra solução fortemente alcalina. Devido ao potencial de incompatibilidade física é recomendado que o cloridrato de dobutamina não seja misturado com outras drogas na mesma solução. O cloridrato de dobutamina não deve ser usado em conjunto com outros agentes ou diluentes contendo bissulfito de sódio e etanol. Velocidade de infusão: As velocidades de infusão dependem da concentração de cloridrato de dobutamina na solução a ser infundida. A seguinte tabela dá uma orientação de velocidade de infusão (ml/kg/min), requerida por 3 diferentes concentrações de cloridrato de dobutamina freqüentemente usadas (250, 500 e 1.000 mcg/ml), a fim de se administrar as doses (mcg/kg/min) são indicadas na primeira coluna da tabela: Dose necessária (mcg/kg/min) 0,5 Velocidades de administração de várias concentrações de dobutamina (ml/kg/min) 250 mcg/ml(*) ............................. 0,002 500 mcg/ml(**) ........................... 0,001 1000 mcg/ml(***) ...................... 0,0005 Dose necessária (mcg/kg/min) 1,0 Velocidades de administração de várias concentrações de dobutamina (ml/kg/min) 250 mcg/ml(*) ............................. 0,004 500 mcg/ml(**) ........................... 0,002 1000 mcg/ml(***) .................... 0,00010 Dose necessária (mcg/kg/min) 2,0 Velocidades de administração de várias concentrações de dobutamina (ml/kg/min) 250 mcg/ml(*) ............................. 0,008 500 mcg/ml(**) ........................... 0,004 1000 mcg/ml(***) ...................... 0,0020 Dose necessária (mcg/kg/min) 2,5 Velocidades de administração de várias concentrações de dobutamina (ml/kg/min) 250 mcg/ml(*) ............................. 0,010 500 mcg/ml(**) ........................... 0,005 1000 mcg/ml(***) ...................... 0,0025 Dose necessária (mcg/kg/min) 5,0 Velocidades de administração de várias concentrações de dobutamina (ml/kg/min) 250 mcg/ml(*) ............................. 0,020 500 mcg/ml(**) ........................... 0,010 1000 mcg/ml(***) ...................... 0,0050 Dose necessária (mcg/kg/min) 7,5 Velocidades de administração de várias concentrações de dobutamina (ml/kg/min) 250 mcg/ml(*) ............................. 0,030 500 mcg/ml(**) ........................... 0,015 1000 mcg/ml(***) ...................... 0,0075 Dose necessária (mcg/kg/min) 10,0 Velocidades de administração de várias concentrações de dobutamina (ml/kg/min) 250 mcg/ml(*) ............................. 0,040 500 mcg/ml(**) ........................... 0,020 1000 mcg/ml(***) ...................... 0,0100 Dose necessária (mcg/kg/min) 12,5 Velocidades de administração de várias concentrações de dobutamina (ml/kg/min) 250 mcg/ml(*) ............................. 0,050 500 mcg/ml(**) ........................... 0,025 1000 mcg/ml(***) ...................... 0,0125 Dose necessária (mcg/kg/min) 15,0 Velocidades de administração de várias concentrações de dobutamina (ml/kg/min) 250 mcg/ml(*) ............................. 0,060 500 mcg/ml(**) ........................... 0,030 1000 mcg/ml(***) ...................... 0,0150 * Uma ampola (250 mg) acrescentada a um litro de diluente. ** Duas ampolas (500 mg) acrescentadas a um litro de diluente ou uma ampola (250 mg) acrescentada em 500 ml de diluente. *** Quatro ampolas (1000 mg) acrescentadas em um litro de diluente ou uma ampola (250 mg) acrescentada em 250 ml de diluente.

Superdosagem

Sinais e sintomas: a toxicidade com cloridrato de dobutamina é usualmente devida à excessiva estimulação dos betareceptores cardíacos. A duração de ação do cloridrato de dobutamina é geralmente curta (T1/2 = 2 min), devido ser rapidamente metabolizado pela catecol-ometiltransferase. Os sintomas de toxicidade incluem: anorexia, náusea, vômito, tremor, ansiedade, palpitações, dor de cabeça, falta de ar e dor no peito anginosa e não específica. Os efeitos inotrópicos e cronotrópicos positivos da dobutamina sobre o miocárdio podem causar hipertensão, taquiarritmias, isquemia miocárdia e fibrilação ventricular. Pode ocorrer hipotensão resultante da vasodilatação. Se o produto for ingerido, pode ocorrer absorção imprevisível desde a boca até o trato gastrintestinal. Tratamento: Para tratar uma superdosagem considerar a possibilidade de superdosagem de múltiplas drogas, interação entre drogas e cinética inusitada da droga no paciente. As ações iniciais a serem tomadas em caso de superdosagem com cloridrato de dobutamina são: interromper a administração, estabelecer a passagem de ar e assegurar oxigenação e ventilação. Medidas de ressuscitação devem ser iniciadas imediatamente. Taquiarritimia ventricular grave pode ser tratada com sucesso com propranolol ou lidocaína. A hipertensão usualmente responde à redução na dose ou interrupção do tratamento. Proteger a passagem de ar e manter ventilação e perfusão; se necessário, monitorar e manter meticulosamente dentro dos limites aceitáveis, os sinais vitais, gases do sangue, eletrólitos séricos, etc., no paciente. A absorção de drogas no trato gastrointestinal pode ser diminuída administrando carvão ativado ao invés de esvaziamento gástrico. Repetir as doses de carvão ativado para possibilitar a eliminação de algumas drogas que não tenham sido absorvidas. Assegurar a passagem de ar quando empregar esvaziamento gástrico ou carvão ativado. Diurese forçada, diálise peritoneal, hemodiálise ou hemoperfusão com carvão ativado não foram estabelecidas como benéficas para caso de superdosagem com cloridrato de dobutamina.

Características farmacológicas

CARACTERÍSTICAS: A dobutamina é um agente inotrópico de ação direta. Sua atividade primária resulta da estimulação dos receptores beta 1 do coração; tem poucos efeitos alfa 1 (vasoconstritor) e beta 2 (vasodilatador). A dobutamina não depende da liberação de norepinefrina endógena e, portanto, não depende das reservas cardíacas desse mediador (ao contrário da dopamina). Os efeitos sobre a freqüência cardíaca, a condução intracardíaca e a pressão arterial são moderados e inferiores àqueles observados após uma dose equipotente de isoproterenol (isoprenalina). A fraca elevação da pressão arterial se explica pela compensação do aumento do débito cardíaco concomitante com a diminuição da resistência vascular periférica. A dobutamina aumenta o volume sistólico e o débito cardíaco. Diminui a pressão ventricular do enchimento (reduz a pré-carga) e as resistências vascular pulmonar e sistêmica total. Como a dobutamina não age sobre os receptores dopaminérgicos, não dilata seletivamente os vasos renais ou esplâncnicos; assim, a dobutamina pode melhorar o débito sanguíneo renal, a taxa de filtração glomerular, o débito urinário e excreção de sódio. Experimentos clínicos mostraram que a dobutamina não aumenta ou aumenta pouco o consumo de oxigênio pelo miocárdio, salvo nos casos onde a freqüência cardíaca ou a pressão arterial, ou ambos, aumentou. A dopamina demonstrou facilitar a condução átrioventricular em estudos eletrofisiológicos no homem e em casos de pacientes com fibrilação ou flutter atrial. A alteração da concentração sináptica de catecolaminas, tanto com a reserpina quanto com antidepressivos tricíclicos, não altera as ações da dobutamina em animais, indicando que as ações da dobutamina não dependem de mecanismos pré-sinápticos. A velocidade de infusão efetiva de dobutamina varia amplamente de paciente para paciente, e a titulação é sempre necessária. Farmacocinética: início da ação: 1 a 2 minutos, entretanto podem ser necessários até 10 minutos para o início da ação quando a velocidade de infusão é baixa; meia-vida plasmática: 2 minutos; meia-vida de eliminação: cerca de 9 minutos; duração de ação: menos de 5 minutos; metabolização: ocorre no fígado, gerando produtos inativos; eliminação: renal. O cloridrato de dobutamina é um agente inotrópico de ação direta, cuja atividade primária é resultante da estimulação dos receptores adrenérgicos cardíacos; produz efeitos cronotrópicos, hipertensivos, arritmogênicos e vasodilatadores comparativamente leves. Em contraste com a dopamina, não libera noradrenalina e suas ações não são dependentes da noradrenalina armazenada no coração. Estudos em animais demonstram que o cloridrato de dobutamina produz menor aumento na freqüência cardíaca e menor diminuição na resistência vascular periférica que o isoproterenol para um dado efeito inotrópico. Em humanos, o cloridrato de dobutamina aumenta o volume sistólico e o débito cardíaco, diminui a pressão ventricular de enchimento e a resistência vascular pulmonar e sistêmica total. A curva da função ventricular é desviada para cima e para a esquerda como um reflexo do aumento da contratilidade do miocárdio. A freqüência cardíaca não é aumentada significativamente pela dose usual de cloridrato de dobutamina; contudo, pode ocorrer taquicardia significante com altas doses (usualmente maior que 10 mcg/kg/minuto). A pressão arterial geralmente não é alterada significativamente pelo cloridrato de dobutamina porque o efeito do aumento no débito cardíaco é balanceado pelo decréscimo concomitante na resistência vascular periférica. Aumentos e decréscimos na pressão arterial foram relatados. Pacientes com hipertensão arterial pré-existente, mesmo aqueles que são normotensos, parecem mais sensíveis a suportar o estímulo pressor. Em animais, o cloridrato de dobutamina demonstrou diminuição da vasoconstrição e hipóxia pulmonar. Isso pode resultar em uma perfusão aumentada das áreas pouco ventiladas. Esse efeito pode diminuir a saturação de oxigênio arterial em alguns pacientes, mas em menor extensão do que com a dopamina ou isoproterenol. Devido ao aumento do débito cardíaco em tais pacientes, o transporte de oxigênio é geralmente aumentado. O cloridrato de dobutamina demonstrou prevenir ou reverter parcialmente a diminuição do débito cardíaco que ocorre em pacientes durante a ventilação mecânica com pressão expiratória final positiva (FEEP). O cloridrato de dobutamina não age nos receptores da dopamina, portanto, não dilata seletivamente os vasos renais ou viscerais. O cloridrato de dobutamina pode melhorar o fluxo de sangue renal, o índice de filtração glomerular, o fluxo urinário e a excreção de sódio, aumentando o débito cardíaco e a vasodilatação não seletiva. O cloridrato de dobutamina exibe também efeitos inotrópicos em crianças, mas a resposta hemodinâmica é um pouco diferente daquela dos adultos. Apesar do débito cardíaco aumentar nas crianças, há uma tendência da resistência vascular sistêmica e da pressão ventricular de enchimento diminuírem menos e da freqüência cardíaca e da pressão arterial aumentarem mais em crianças do que em adultos. A pressão capilar pulmonar pode aumentar durante a infusão de cloridrato de dobutamina em crianças com menos de um ano de idade. Foi observada facilidade na condução atrioventricular, durante a administração de cloridrato de dobutamina, em estudos eletrofisiológicos em pacientes normais e com fibrilação atrial. Como todos os agentes inotrópicos, o cloridrato de dobutamina aumenta o consumo de oxigênio no miocárdio; aumenta também o fluxo de sangue coronário e o fornecimento de oxigênio ao miocárdio. As alterações na demanda de oxigênio dependem de vários fatores, incluindo os seguintes: a) alterações no diâmetro ventricular, o que determina o nível de tensão na parede necessário para gerar a pressão intraventricular durante a sístole; b) alteração na pós-carga, geralmente proporcional às alterações na pressão sistólica e c) alterações na freqüência cardíaca. Quando o uso de um agente inotrópico em um paciente com um coração falho e dilatado resulta na diminuição do diâmetro ventricular, a demanda de oxigênio pode aumentar pouco ou quase nada, uma vez que a póscarga e a freqüência cardíaca não aumentam muito. Em geral, o cloridrato de dobutamina não causa um desequilíbrio entre o consumo e o fornecimento de oxigênio, tanto nos animais quanto nos humanos com doença cardíaca. Aumentos na oferta de oxigênio tem freqüentemente excedido o consumo de oxigênio durante a infusão de cloridrato de dobutamina, de maneira que a saturação de oxigênio no seio coronário aumenta. A fração de extração arteriovenosa de ácido lático, uma evidência indireta do metabolismo aeróbico não alterado, é geralmente mantida durante a administração de cloridrato de dobutamina. Em alguns casos, a extração de lactato do miocárdio diminui. A produção de lactato foi relatada em poucos pacientes e ocorreu especialmente quando a freqüência cardíaca e/ou a pressão arterial aumentaram excessivamente durante a infusão ou quando não havia disfunção ventricular antes da administração de cloridrato de dobutamina. Em pacientes com angina pectoris, sem insuficiência cardíaca, a infusão de cloridrato de dobutamina mimetizou os efeitos do exercício, aumentando a demanda miocárdica de oxigênio em excesso ao suprimento coronário de oxigênio, produzindo, dessa maneira, sinais clínicos reversíveis de isquemia miocárdica. Estes sinais incluem dor anginosa, depressão do segmento ST e alterações de perfusão na cintilografia por Tálio. A extensão do infarto do miocárdio e a incidência e gravidade da arritmia ventricular não foram aumentadas em pacientes com infarto agudo do miocárdio tratados com cloridrato de dobutamina por 24 horas, em comparação a pacientes que não receberam o tratamento. Em animais, a administração de cloridrato de dobutamina, imediatamente após a ligação de artérias coronárias, reduz a extensão do infarto em comparação com controles recebendo solução salina ou dopamina. Em outros animais com infarto experimental, aos quais foi administrado cloridrato de dobutamina em doses que aumentaram a freqüência cardíaca e a contabilidade do miocárdio, houve sinais eletrocardiográficos de aumento de isquemia. Estudos recentes em animais sugerem que deterioração funcional e possível aumento de lesões experimentais do miocárdio durante a administração de drogas inotrópicas, incluindo o cloridrato de dobutamina, estão relacionados ao seu efeito cronotrópico ao invés do inotropismo positivo. Quando o cloridrato de dobutamina foi infundido em doses para produzir efeitos inotrópicos significantes com um aumento mínimo da freqüência cardíaca, não houve evidência de aumento de danos ao miocárdio. Em pacientes com insuficiência cardíaca, congestiva, a infusão de cloridrato de dobutamina, com duração menor que uma hora, provoca o aumento do débito cardíaco e diminuição da pressão capilar pulmonar. Entretanto, essas melhoras hemodinâmicas não são acompanhadas por um aumento na tolerância ao exercício. Por outro lado, as infusões por períodos prolongados (até 72 horas) ou as infusões repetidas a intervalos regulares, durante várias semanas ou meses, aumentam a tolerância ao exercício e melhoram o estado clínico. Esse aumento de tolerância ao exercício pode ocorrer mesmo sem haver aumento na função ventricular de repouso. O mecanismo de melhora da função ventricular, após infusões prolongadas ou intermitentes de cloridrato de dobutamina, não é bem entendido. Contudo, em estudos envolvendo infusões prolongadas de cloridrato de dobutamina em humanos foram relatadas alterações bioquímicas e ultra-estruturais nas mitocôndrias que poderiam explicar a melhora demorada. O cloridrato de dobutamina foi usado em combinação com dopamina. Em geral, a combinação não aumenta o débito cardíaco mais do que uma dose equivalente de cloridrato de dobutamina. Entretanto, a combinação de cloridrato de dobutamina/dopamina: a) aumenta a pressão arterial sistêmica (o que seria benéfico para os pacientes hipotensos); b) aumenta o fluxo de sangue nos rins, fluxo de urina e excreção de sódio e c) previne o aumento da pressão de enchimento ventricular que tende a ocorrer com dopamina, diminuindo assim o risco de congestão pulmonar e edema, especialmente em pacientes com a função ventricular esquerda comprometida. O cloridrato de dobutamina também tem sido usado em combinação com outros vasodilatadores, tais como nitroglicerina ou nitroprussiato, especialmente em pacientes com doença cardíaca isquêmica. Esta combinação potencializa o aumento do débito cardíaco e a diminuição da resistência vascular sistêmica e da pressão ventricular de enchimento, observada com ambas as drogas administradas isoladamente. A freqüência cardíaca e a pressão sangüínea são aumentadas ao mínimo ou não variam pela administração concomitante de cloridrato de dobutamina e um vasodilatador. Sendo o cloridrato de dobutamina um agonista betaadrenérgico, os seus efeitos podem ser neutralizados pelos antagonistas dos receptores beta-adrenérgicos. Por esse motivo, nos pacientes em tratamento com antagonistas beta-adrenérgicos, a administração de doses baixas de cloridrato de dobutamina causa manifestações de atividade alfaadrenérgica, tal como vasoconstrição em graus variados. Como a interação entre o cloridrato de dobutamina e os antagonistas beta-adrenérgicos é reversível, essas duas classes de drogas são competitivas entre si. Assim, doses elevadas de cloridrato de dobutamina neutralizam progressivamente o efeito dos antagonistas dos receptores betaadrenérgicos. Apesar de ação do cloridrato de dobutamina estar entre 1 a 2 minutos, dez minutos podem ser necessários para alcançar concentrações plasmáticas estáveis e os efeitos máximos com uma dada velocidade de infusão. Em infusão de 5 mcg/kg/min, a concentração plasmática média é aproximadamente 100 mg/ml em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. A depuração plasmática do cloridrato de dobutamina em humanos é de 2,4 l/min/m2, o volume de distribuição é cerca de 20% do peso corporal e a meia-vida é menor que 3 minutos. As principais vias de metabolização incluem metilação seguida por conjunção. Os metabólitos são eliminados por mecanismos renais e biliares. Na urina de humanos, os produtos de maior excreção incluem conjugados de dobutamina e 3-ometil dobutamina. O derivado 3-o-metil é inativo. A tolerância parcial ao cloridrato de dobutamina desenvolve-se durante infusões contínuas prolongadas e torna-se estatisticamente significante em 72 horas é mais que 70% do que a obtida no final de 2 horas em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. Este fenômeno pode ser causado por uma diminuição no número de receptores beta-adrenérgicos. INDICAÇÕES: A dobutamina é indicada quando é necessário o suporte inotrópico para o tratamento de pacientes com estados de hipoperfusão nos quais o débito cardíaco é insuficiente para suportar as demandas circulatórias. É indicada também quando é necessário o suporte inotrópico para o tratamento de pacientes nos quais a pressão de enchimento ventricular anormalmente aumentada pode levar a um risco de congestão pulmonar e edema.

Uso em idosos, crianças e em outros grupos de risco

Em geral, a escolha da dose para os pacientes idosos deve ser cautelosa, geralmente começando com a dose mais baixa da faixa terapêutica, devido à maior freqüência de diminuição da função hepática, renal ou cardíaca e pelas terapias e doenças concomitantes.

Armazenagem

Conserve o produto na embalagem original, em temperatura ambiente (15 a 30oC). As soluções diluídas devem ser utilizadas dentro de 24 horas. O medicamento não deve ser congelado. PRAZO DE VALIDADE: 18 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho). Não use medicamentos com o prazo de validade vencido.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Número do lote, data da fabricação e data da validade: vide cartucho Registro MS – 1.0497.0256 UNIÃO QUÍMICA FARMACÊUTICA NACIONAL S/A Rua Cel. Luiz Tenório de Brito, 90 – Embu- Guaçu - SP CEP 06900-000 SAC 0800 11 1559 CNPJ 60.665.981/0001-18 – Indústria Brasileira Farm. Resp.: Ishii Massayuki – CRF-SP no 4863 Produzido na unidade fabril: Rua José Pedro de Souza, 105 – Pouso Alegre – MG CEP 37550-000 CNPJ 60.665.981/0005- 41 Indústria Brasileira Farm. Resp.: Tiago César da Silva Andrade – CRF-MG no 17931 EE 021802 D

ro de Souza, 105 – Pouso Alegre – MG CEP 37550-000 CNPJ 60.665.981/0005- 41 Indústria Brasileira Farm. Resp.: Tiago César da Silva Andrade – CRF-MG no 17931 EE 021802 D