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Laboratório
PfizerApresentação
Diabinese 250 mg em emb. c/ 30 e 100 compr.Indicações
Diabetes tipo 2
Diabinese (clorpropamida) está indicado para uso em associação com uma dieta para reduzir a
glicemia em pacientes com diabetes tipo 2, cuja hiperglicemia não pode ser controlada apenas com
a dieta.Contra-indicações
Diabinese (clorpropamida) é contra-indicado a pacientes portadores de:
1. Conhecida hipersensibilidade à qualquer componente da fórmula;
2. Cetoacidose diabética com ou sem coma. Esta condição deve ser tratada com
insulina;
3. Diabetes tipo 1Reações adversas / Efeitos colaterais
A maioria das reações adversas está associada à dose, é transitória e responde bem à redução da
dose ou a descontinuação do medicamento. Entretanto, a experiência clínica tem até então
demonstrado que, assim como ocorre com outras sulfoniluréias, algumas reações adversas
associadas à hipersensibilidade podem ser graves, sendo que alguns óbitos foram relatados.
Geral: reação tipo dissulfiram é raramente relatada com o uso (clorpropamida) (vide
Interações Medicamentosas-).
Sistema Nervoso Central e Periférico: tontura e dor de cabeça.
Reações endócrinas: em raras ocasiões, Diabinese causou uma reação idêntica à síndrome de
secreção inapropriada do hormônio antidiurético (ADH). As características dessa síndrome resultam
da excessiva retenção de água e incluem hiponatremia, baixa osmolalidade sérica e alta osmolalidade
urinária. Essa reação também foi relatada com outras sulfoniluréias.
Reações Gastrintestinais: as reações mais comuns são os distúrbios gastrintestinais; menos de
5% dos pacientes relataram náusea e menos de 2% relataram diarréia, vômito, anorexia e aumento
do apetite. Outros distúrbios gastrintestinais ocorreram em menos de 1% dos pacientes. Esses
distúrbios tendem a estar associados à dose e podem desaparecer com a redução da mesma.
Reações Hematológicas: leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia hemolítica, anemia
aplástica e pancitopenia foram relatadas com as sulfoniluréias.
Fígado e Sistema Biliar: icterícia colestática pode ocorrer raramente; neste caso, o uso de
Diabinese deve ser descontinuado. Porfiria hepática foi raramente relatada com o uso de
clorpropamida.
Reações Metabólicas/Nutricionais: hipoglicemia (vide Advertências e Precauções e
Superdosagem-).
Pele/Apêndices: prurido foi relatado em menos de 3% dos pacientes. Outras reações alérgicas
dermatológicas, tais como urticária e erupções maculopapulares foram relatadas em
aproximadamente 1% ou menos dos pacientes. Essas reações podem ser transitórias e podem
desaparecer mesmo que Diabinese continue sendo utilizado; se as reações dermatológicas
persistirem, a medicação deverá ser descontinuada.
Assim como com outras sulfoniluréias, porfiria cutânea tardia e reações de fotossensibilidade
foram relatadas.
Erupções cutâneas que progridem para eritema multiforme e dermatite esfoliativa também foram
relatadas.Posologia
1. Não existe um regime posológico fixo para o tratamento de diabetes tipo 2 com Diabinese
(clorpropamida) ou outros agentes hipoglicêmicos. A glicose sangüínea do paciente deverá ser
monitorada periodicamente para determinar a sua dose mínima eficaz, para detectar falha
primária, isto é, resposta hipoglicemiante inadequada à máxima dose recomendada, e falha
secundária, isto é, perda da resposta hipoglicemiante adequada após um período inicial de
eficácia.
2. O nível de hemoglobina glicosilada deverá ser também avaliado ao se analisar a resposta do
paciente ao tratamento.
3. A administração em curto prazopoderá ser suficiente durante períodos transitórios
de perda de controle em pacientes geralmente bem controlados com a dieta. A dose total diária é
geralmente tomada uma única vez, junto com café da manhã. Ocasionalmente, casos de
intolerância gastrintestinal poderão ser reduzidos ao se dividir a dose diária.
4. UMA DOSE DE ATAQUE INICIAL NÃO É NECESSÁRIA E NÃO DEVE SER
ADMINISTRADA.
5. Ao se iniciar o tratamento de pacientes com diabetes tipo 2, deve-se enfatizar o uso de dieta
como primeira forma de tratamento. Restrição calórica e perda de peso são essenciais no
tratamento do paciente diabético obeso. A dieta isolada pode ser eficaz no controle de glicemia e
nos sintomas de hiperglicemia. A importância das atividades físicas regulares deve ser também
enfatizada e os fatores de riscos cardiovasculares devem ser identificados e medidas corretivas
aplicadas quando possível.
O uso deve ser visto pelo clínico e pelo pacie nte como um tratamento adicional à
dieta, e não como substituto à dieta ou como mecanismo conveniente para se evitar restrições da dieta. Além disso, a perda do controle glicêmico sob dieta controlada pode ser transitória,
requerendo uma administração por curto prazo.
6. Durante o tratamento de manutenção, a administração deverá ser interrompida se
uma redução satisfatória da glicemia não for mais alcançada, baseando-se em avaliações clínicas
e laboratoriais regulares. Ao considerar o uso de clorpropamida em pacientes assintomáticos,
deve-se observar que o controle da glicemia em pacientes com diabetes tipo 2 não dependente
de insulina ainda não foi definitivamente estabelecido como eficaz na prevenção das
complicações cardiovasculares ou neurológicas a longo prazo do diabetes.
7. Diabinese também pode ser eficaz no controle de certos pacientes que tenham demonstrado
resposta inadequada ou falha primária ou secundária a outras sulfoniluréias. Pacientes que
necessitem doses elevadas ou uso freqüente de outros hipoglicemiantes orais podem ter controle
facilitado com o uso.
8. Seleção de pacientes: o paciente mais adequado ao tratamento é aquele com diabetes tipo 2,
estável e não controlável somente por dieta. História anterior de coma diabético não se
contrapõe necessariamente ao sucesso do controle terapêutico com Diabinese. Um período de
observação pode ser indicado para determinados pacientes, os quais se esperaria uma resposta a
este tipo de medicação, mas nos quais fracassaram as tentativas iniciais, ou após estarem
recebendo outras sulfoniluréias, ou em pacientes cujo controle do diabetes com tais agentes não
tenha sido satisfatório. Diabinese pode mostrar-se eficaz e proporcionar um melhor controle
deste tipo de diabetes. A avaliação final da resposta em pacientes qualificados como candidatos
ao tratamento com Diabinese consiste numa experiência terapêutica de pelo menos 7 dias.
Durante este período, a ausência de cetonúria juntamente com um controle satisfatório indicam
que o paciente é responsivo e capaz de ser controlado com o medicamento. Entretanto, o
desenvolvimento de cetonúria dentro do período de 24 horas após a retirada da insulina em geral
indica uma resposta insuficiente. O paciente será considerado não responsivo caso não apresente
redução satisfatória da glicemia ou deixe de obter uma melhora clínica objetiva ou subjetiva, ou
caso apresente cetonúria ou glicosúria. A insulina é indicada no tratamento destes pacientes.
Tratamento inicial
O paciente diabético estável de meia idade, com diabetes tipo 2 de grau leve a moderadamente
grave, deve iniciar com a dose diária de 250 mg (um comprimido). Devido ao fato do paciente
diabético geriátrico parecer ser mais sensível ao efeito hipoglicêmico das sulfoniluréias, seu
tratamento deve ser iniciado com doses menores de clorpropamida: 125 mg diários. Não é
necessário um período de transição ao transferir pacientes em uso de outros hipoglicemiantes orais
para clorpropamida. O medicamento anterior pode ser descontinuado em qualquer ocasião, e a
clorpropamida iniciada imediatamente. Ao prescrever a clorpropamida, deverá ser dada a devida
consideração a sua maior potência. A grande maioria dos pacientes de meia idade com diabetes tipo
2, estável, de grau leve ou moderadamente grave, em tratamento com insulina, pode passar a usar
diretamente o medicamento oral, com descontinuação imediata da insulina. Nos pacientes que
necessitam de mais de 40 unidades diárias de insulina, o tratamento com clorpropamida pode ser
iniciado com uma redução de 50% de insulina durante os primeiros dias, e com reduções
subseqüentes dependendo da resposta.
Durante o período de retirada da insulina, o paciente deve fazer o auto-monitoramento para avaliar
os níveis de glicose, pelo menos três vezes ao dia. No caso de resultados anormais, o médico deve
ser notificado imediatamente. Em alguns casos é aconselhável considerar a hospitalização durante o
período de transição.
Cinco a sete dias após o início do tratamento, o nível sérico de clorpropamida atinge um platô. A
dosagem pode ser subseqüentemente ajustada para aumento ou redução, sendo que os aumentos
não deverão ser superiores a 50-125 mg em intervalos de 3 a 5 dias para obtenção do controle
ideal. Ajustes mais freqüentes em geral não são aconselháveis.
Terapia de manutenção
A maioria dos pacientes de meia idade com diabetes tipo 2, estável, moderadamente grave é
controlada com aproximadamente 250 mg diários (um comprimido). Vários investigadores
constataram que alguns pacientes com diabetes de menor intensidade são bem controlados com
doses diárias de 125 mg (1/2 comprimido) ou menos. Muitos dos pacientes diabéticos mais graves
podem requerer 500 mg diários (dois comprimidos) para um controle adequado.
OS PACIENTES QUE NÃO RESPONDEM ADEQUADAMENTE À DOSE DE 500 mg
DIÁRIOS GERALMENTE NÃO RESPONDERÃO A DOSES MAIS ELEVADAS.
Doses de manutenção superiores a 750 mg diários (três comprimidos) devem ser evitadas.
Para diminuir o risco de hipoglicemia em pacientes de risco incluindo pacientes idosos, debilitados
ou desnutridos, pacientes com ingestão calórica irregular e pacientes com distúrbios da função renal
ou hepática, a dose inicial e de manutenção deverá ser conservadora para evitar reações
hipoglicêmicas (vide Advertências e Precauções- e Posologia - Terapia Inicial-).
Diabinese (clorpropamida) em pacientes com Diabetes Insipidus
Alguns estudos até esta data demonstraram que a clorpropamida também é útil no tratamento do
diabetes insipidus idiopático.
O médico deve manter-se permanentemente consciente da possibilidade
de ocorrência de reações hipoglicêmicas nestes pacientes, particularmente quando doenças
subjacentes ou outras causas não relacionadas implicarem na redução da ingestão de alimentos. Em
tais casos, Diabinese deve ser temporariamente descontinuado e o tratamento deve ser substituído
por hormônio antidiurético.
No tratamento de diabetes insipidus a dose normalmente utilizada é de 125 a 500 mg diários.
Devido ao risco de desenvolvimento de hipoglicemia nestes pacientes, é aconselhável iniciar o
tratamento com a dose mais baixa, ajustando-a gradativamente conforme necessário. Os pacientes
sob tratamento devem ser orientados quanto à possibilidade e tratamento de reações hipoglicêmicas,
especialmente durante infecções intercorrentes ou outros períodos de redução da ingestão de
alimentos. Em tais circunstâncias a terapia com Diabinese deve ser imediatamente descontinuada e
o médico comunicado.Informações
A clorpropamida é um hipoglicemiante oral, da classe da sulfoniluréia. Embora a clorpropamida seja
um derivado sulfonamídico, é desprovida de atividade antibacteriana.
Mecanismo de ação
Seu exato mecanismo de ação não é completamente conhecido, mas não se trata de uma insulina
oral. Acredita-se que o mecanismo de ação da clorpropamida se dê através do estímulo da síntese e
liberação da insulina endógena, efeito dependente do funcionamento das células beta no pâncreas. O
efeito extra-pancreático pode ser parte do mecanismo de ação das sulfoniluréias orais.
Há evidências de que uma melhora na função das células beta-pancreáticas, com conseqüente
melhora na tolerância à glicose, pode ocorrer durante o tratamento prolongado com clorpropamida.
Assim, em indivíduos com diabetes mellitus assintomática, manifestada principalmente por uma
tolerância anormal à glicose, o uso continuado de clorpropamida pode resultar na normalização- de
sua tolerância à glicose.
A potência da clorpropamida é aproximadamente seis vezes a da tolbutamida. Alguns resultados
experimentais sugerem que sua eficácia aumentada pode ser o resultado de uma excreção mais lenta
e da ausência de uma desativação significativa.cose, o uso continuado de clorpropamida pode resultar na normalização- de
sua tolerância à glicose.
A potência da clorpropamida é aproximadamente seis vezes a da tolbutamida. Alguns resultados
experimentais sugerem que sua eficácia aumentada pode ser o resultado de uma excreção mais lenta
e da ausência de uma desativação significativa.