Bulas de Remédios

As bulas constantes no ER Clinic são meramente informativas. Em caso de dúvidas quanto ao conteúdo de algum medicamento, procure orientação de seu médico ou farmacêutico.



Laboratório

Novartis

Apresentação

Liofilizado injetável, acondicionado em frasco-ampola + ampola-diluente. Embalagem com 5 frascos-ampolas + 5 ampolas-diluentes.

Indicações

1. Para fins terapêuticos
Tratamento monoterápico de quelação de ferro para acúmulo crônico de ferro, como porexemplo:- Hemossiderose transfusional, como observado na talassemia maior, anemia sideroblástica,anemia hemolítica auto-imune e outras anemias crônicas;- Hemocromatose idiopática (primária) em pacientes nos quais transtornos concomitantes(ex.: anemia severa, doença cardíaca, hipoproteinemia) impedem a flebotomia;- Acúmulo de ferro associado a porfiria cutânea tardia em pacientes incapazes de tolerarflebotomia.Tratamento de intoxicação aguda por ferro.Tratamento do acúmulo crônico de alumínio, em pacientes com insuficiência renal terminal(em diálise de manutenção), portadores de:- Doença óssea relacionada ao alumínio;- Encefalopatia por diálise; ou- Anemia relacionada ao alumínio.
2. Para fins de diagnóstico
No diagnóstico do acúmulo de ferro ou alumínio.

Contra-indicações

Hipersensibilidade conhecida à substância ativa, exceto quando for possível adessensibilização bem sucedida.

Advertências

A infusão intravenosa rápida pode provocar hipotensão e choque (ex. flushing, taquicardia,colapso e urticária).Altas doses, especialmente em pacientes com baixos níveis plasmáticos deferritina, podem levar a transtornos da visão e audição (veja “Reações adversas”). Pacientescom insuficiência renal que recebam diálise de manutenção e tenham baixos níveis de ferritinasão particularmente propensos a reações adversas; sintomas visuais têm sido relatados apósdoses únicas.
O risco de efeitos colaterais é reduzido, quando se empregaterapia de baixas doses. Se ocorrerem distúrbios visuais ou auditivos, o tratamento comDesferal deve ser imediatamente descontinuado. As alterações induzidas por Desferalsão normalmente reversíveis, se identificadas precocemente. O tratamento com Desferalpode ser retomado posteriormente com dose reduzida e estrita monitoração das funçõesauditiva e visual.Aproximadamente metade do complexo metálico é excretado através dos rins, em pacientescom acúmulo de ferro e função renal normal. Desta forma, deve-se ter cuidado em pacientescom insuficiência renal grave. Os complexos de ferro e alumínio da desferroxamina sãodialisáveis; em pacientes com insuficiência renal, sua eliminação poderá ser aumentadaatravés de diálise.Pacientes com baixos níveis séricos de ferritina em altas doses, ou pacientesjovens (menores de três anos no início de tratamento) têm sido associados à observação deretardo no crescimento (veja “Posologia”). O retardo no crescimento associado a dosesexcessivas, deve ser distingüido do retardo no crescimento de acúmulo deferro.
O retardo no crescimento pelo uso é raro se a dose for mantida abaixode 40 mg/kg; se o retardo no crescimento tem sido associado a doses acima desse valor, entãoa redução da dose pode resultar em um retorno da velocidade de crescimento, porém, a alturaprevista do adulto não é atingida.A síndrome de angústia respiratória aguda tem sido descrita acompanhando tratamento comdoses i.v. excessivamente altas em pacientes com intoxicação aguda por ferroe, também, em pacientes talassêmicos. As doses diárias recomendadas não devem portanto serexcedidas.Foi relatado, em pacientes que sofriam de acúmulo de ferro, que Desferal aumenta asusceptibilidade a infecções, por exemplo, por Yersinia enterocolitica e Yersiniapseudotuberculosis.
Se um paciente sob tratamento com Desferal apresentar febreacompanhada de enterite/enterocolite aguda, dor abdominal difusa ou faringite, o tratamentodeverá ser temporariamente descontinuado, efetuados testes bacteriológicos e iniciadaimediatamente terapia com antibiótico adequado. Quando a infecção ceder, o tratamento comDesferal poderá ser reiniciado.Foram relatados casos muito raros de mucormicose, uma infecção aguda por fungos, empacientes que recebem Desferal por acúmulo de alumínio e/ou ferro, sendo alguns destesfatais. Se ocorrer algum dos sinais ou sintomas suspeitos, Desferal deve ser imediatamentedescontinuado, efetuados testes micológicos e instituído tratamento apropriado. Amucormicose pode ocorrer também em pacientes que não estejam recebendo Desferal,indicando que outros fatores determinantes, tais como diabetes mellitus, transtorno doequilíbrio ácido-base, malignidades hematológicas, drogas imunossupressoras oucomprometimento do sistema imunológico, podem exercer influência no desenvolvimentodessa infecção.A excreção do complexo de ferro pode causar coloração marrom-avermelhada na urina.

Uso na gravidez

GravidezA desferroxamina evidenciou um possível potencial teratogênico em coelhos (veja “Dados desegurança pré-clínicos”). Até o momento, todos os pacientes em que foi relatada aadministração durante a gravidez deram à luz a crianças sem nenhumamalformação. Durante a gravidez, especialmente nos três primeiros meses, o produto somentedeve ser empregado se seu uso for obrigatório.Mulheres com potencial para engravidarEm cada caso, deve-se ponderar os benefícios para a mãe e os riscos potenciais para o feto.LactaçãoNão há dados sobre a passagem da substância ativa para o leite materno.

Interações medicamentosas

O tratamento concomitante com Desferal e proclorperazina, um derivado da fenotiazina,pode conduzir a alteração temporária de consciência.Em casos de acúmulo grave e crônico de ferro, constatou-se, durante terapia combinada comdoses elevadas de vitamina C (acima de 500 mg/dia), uma deterioração da função cardíaca(veja “Precauções” e “Advertências”); tal deterioração mostrou-se reversível quando avitamina C foi retirada.Os resultados de contraste com gálio-67 podem ser distorcidos em função da rápida excreçãourinária de gálio-67 ligado ao Desferal. É recomendável a descontinuaçãocom 48 horas de antecedência à cintilografia.

Reações adversas / Efeitos colaterais

As reações adversas (Tabela 1) encontram-se organizadas de acordo com a freqüência, asmais freqüentes primeiro, segundo a seguinte convenção: muito comum ≥ 1/10, comum ≥1/100 a < 1/10; incomum ≥1/1.000, < 1/100; rara ≥ 1/10.000, < 1/1.000; muito rara<1/10.000, incluindo relatos isolados. Dentro de cada grupo de freqüência, as reaçõesadversas são colocadas em ordem decrescente de gravidade.Muitos sinais e sintomas relatados assim como efeitos adversos podem ser manifestações dedoenças de base (acúmulo de ferro e/ou de alumínio).Tabela 1
Infecções e infestações
Rara:
Muito Raras:
Mucormicose (veja “Precauções” e “Advertências”).
Gastroenterites, infecções por Yersinia (veja “Precauções” e
“Advertências”).
Desordens do sistema
sangüíneo e linfático
Muito rara:
Desordens sangüíneas (incluindo trombocitopenia)
Desordens do sistema
imunológico
Muito raras:
Choque anafilático, reações anafiláticas, edema
angioneurótico.
Desordens do sistema
nervoso
Comum:
Muito raras:
Dor de cabeça
Distúrbios neurológicos, vertigens, precipitação ou
exacerbação da encefalopatia sensorial periférica da diálise
relacionada ao alumínio, neuropatia periférica, parestesia
(veja “Precauções” e “Advertências”).
Desordens visuais
Raras:
Perda da visão, estocoma, degeneração da retina, neurite
óptica, catarata, acuidade visual reduzida, visão borrada,
cegueira noturna, defeitos no campo visual, cromatopsia
(deficiência da visão para cores), opacidade da córnea (veja
“Precauções” e “Advertências”).
Desordens auditivas e do
labirinto
Incomuns:
Perda da audição neurosensorial, tinnitus (veja “Precauções”
e “Advertências”).
Desordens vasculares
Raras:
Hipotensão, caso as precauções de administração não forem
seguidas corretamente (veja “Posologia”, “Advertências” e
“Precauções”).
Desordens respiratórias,
torácicas e mediastinas
Incomum:
Muito raras:
Asma.
Angústia respiratória aguda, infiltação pulmonar (veja
“Precauções” e “Advertências”).
Desordens gastrintestinais
Comum:
Incomuns:
Muito raras:
Náusea.
Vômito, dor abdominal.
Diarréia.
Desordens da pele e dos
tecidos subcutâneos
Comum:
Muito rara:
Urticária.
Rash generalizado.
Desordens
musculoesqueléticas e do
tecido conectivo
Muito comuns:
Comuns:
Artralgia, mialgia.
Retardo no crescimento e alterações ósseas (por exemplo,
displasia metafísica) em altas doses e em crianças pequenas
(veja “Precauções e “Advertências”).
Deordens renais e urinárias
Muito rara:
Comprometimento da função renal (veja “Precauções” e
“Advertências”).
Desordens gerais e do local
de administração
Muito comuns:
Comum:
Reações no local de injeção, incluindo dor, inchaço,
infiltração, eritema, prurido e ferida/ crosta (veja
“Precauções”).
Pirexia.
Incomuns: Infecção no local de injeção incluindo vesículas, edema, ardor
(veja “Precauções”).

Posologia

Tratamento da sobrecarga crônica de ferro O principal objetivo da terapia de quelação no tratamento do acúmulo de ferro, em pacientes jovens é atingir o equilíbrio do ferro e prevenir a hemossiderose, ao passo que em pacientes idosos o equilíbrio negativo do ferro é desejável, a fim de se reduzir lentamente a deposição elevada de ferro e prevenir os efeitos tóxicos desse metal. Crianças e adultos: É recomendável que a terapia com Desferal seja iniciada após as 10 a 20 primeiras transfusões sangüíneas ou quando o nível sérico de ferritina tenha atingido 1000 ng/mL. O retardo no crescimento pode resultar do acúmulo de ferro ou de doses excessivas. Se a quelação for iniciada antes dos três anos de idade, o crescimento deve ser monitorado com cuidado e a dose diária média não deve exceder 40 mg/kg. A dosagem e o modo de administração devem ser determinados individualmente e adaptados durante a terapia, de acordo com a gravidade da sobrecarga de ferro no paciente. A fim de se avaliar a resposta à terapia de quelação, a excreção urinária de ferro em 24 horas deve ser monitorada diariamente e estabelecida a resposta ao aumento das doses. Uma vez estabelecida a dose apropriada, as taxas de excreção de ferro pela urina devem ser avaliadas em intervalos de algumas semanas. Alternativamente a dose diária média pode ser ajustada de acordo com os valores de ferritina a fim de manter um índice terapêutico menor do que 0,025 (ou seja, dose diária média (mg/kg) dividida por nível de ferritina sérica (mcg/L) inferior a 0,025).
Geralmente a dose diária média situa-se entre 20 e 60 mg/kg. Em geral, pacientes com níveis séricos de ferritina menores que 2000 ng/mL exigem cerca de 25 mg/kg/dia. Os pacientes com níveis séricos de ferritina entre 2000 e 3000 ng/mL exigem cerca de 35 mg/kg/dia. Os pacientes com ferritina sérica elevada podem requerer doses de até 55 mg/kg/dia. Não é aconselhável regularmente exceder doses diárias médias de 50 mg/kg/dia, exceto quando for necessária uma intensiva quelação em pacientes que tenham completado o crescimento. Se os valores de ferritina forem diminuídos para valores abaixo de 1000 ng/mL, o risco de toxicidade do Desferal é aumentado; é importante monitorar particularmente esses pacientes de forma cuidadosa e provavelmente considerar a diminuição da dose semanal total. As doses administradas são as doses diárias médias. Uma vez que a maioria dos pacientes recebem a droga em um período inferior a 7 dias por semana, a dose real por infusão geralmente difere da dose diária média; isto é, se a dose diária média necessária for de 40 mg/kg/dia e o paciente usar a bomba 5 dias por semana, cada infusão deve conter 56 mg/kg. Foi demonstrado que a quelação regular com Desferal aumenta a expectativa de vida em pacientes com talassemia.
A infusão subcutânea lenta por período de 8 a 12 horas, por meio de bomba de infusão leve e portátil, é considerada efetiva e especialmente conveniente para pacientes ambulatoriais, mas pode também ser administrada durante 24 horas. Desferal deve ser utilizado com a bomba por 5 a 7 vezes por semana. Desferal não foi formulado para suportar injeção subcutânea em bolus.
Infusão intravenosa durante transfusão de sangue: A disponibilidade de uma conexão intravenosa durante transfusões de sangue torna possível administrar-se uma infusão intravenosa sem inconveniente adicional ao paciente. Isso é especialmente útil a pacientes que respondem inadequadamente a infusões subcutâneas. A solução não pode ser colocada diretamente na “bolsa de sangue” mas deve ser adicionada ao tubo através de um adaptador em forma de “Y” localizado próximo ao local da injeção venosa. A bomba do paciente deve ser usada para administrar Desferal de forma usual. Pacientes e enfermeiras devem ser alertados para não acelerar a infusão, porque uma injeção intravenosa, em bolus, pode conduzir a um colapso agudo (veja “Precauções” e “Advertências”). Infusão
intravenosa contínua:
Quando se realizar quelação intensiva, podem ser utilizados sistemas intravenosos implantados. A infusão intravenosa contínua é indicada a pacientes incapacitados para a infusão subcutânea contínua e naqueles que tenham problemas cardíacos secundários ao acúmulo de ferro. A dose depende do grau de acúmulo de ferro no paciente. A excreção urinária de ferro em 24 horas deve ser mensurada regularmente quando for necessária uma quelação intensiva (i.v.) e um ajuste adequado da dose.
Deve-se ter cuidado ao esvaziar o equipo para evitar uma infusão inesperada residual que pode estar presente no espaço morto do equipo, acarretando um colapso agudo (veja “Precauções” e “Advertências”).
Administração Intramuscular
Como as infusões subcutâneas são mais efetivas, as injeções intramusculares somente são administradas quando infusões subcutâneas não forem viáveis. Qualquer que seja a via de administração escolhida, a dose de manutenção individual a ser selecionada dependerá da taxa de excreção de ferro do paciente. Utilização concomitante de vitamina C: Os pacientes com acúmulo de ferro normalmente se tornam deficientes de vitamina C, provavelmente pela oxidação da vitamina pelo ferro. Como adjuvante da terapia quelante, doses diárias de até 200 mg de vitamina C podem ser administradas fracionadamente, iniciando-se após o primeiro mês de tratamento regular com Desferal (veja “Precauções” e “Advertências”). A vitamina C aumenta a disponibilidade do ferro para quelação. Em geral, 50 mg são suficientes para crianças menores de 10 anos e 100 mg para crianças de mais idade. Doses maiores de vitamina C são ineficazes no aumento adicional de excreção de complexos de ferro.
Tratamento de intoxicação aguda por ferro
Desferal é um adjunto ao tratamento padrão geralmente utilizado para se tratar a intoxicação aguda por ferro.
O tratamento com Desferal é indicado em qualquer uma dessas situações:
- todos os pacientes sintomáticos que apresentem mais do que sintomas passageiros menores (ou seja, mais do que um episódio de vômito ou evacuação de fezes amolecidas); - pacientes com evidências de letargia, dor abdominal significativa, hipovolemia, ou acidose; - pacientes com resultados positivos de radiografia abdominal demonstrando radiopacidades múltiplas (a grande maioria desses pacientes vão desenvolver intoxicação sintomática por ferro); - qualquer paciente sintomático com nível sérico de ferro maior que 300 a 350 mcg/dL, não levando em consideração a capacidade ligante de ferro total. Sugere-se também a utilização de um tratamento conservador, sem teste ou terapia com Desferal, quando os níveis séricos de ferro estiverem entre 300 a 500 mcg/dL em pacientes assintomáticos, assim como naqueles com vômitos não sangüinolentos auto-limitados ou diarréia sem outros sintomas.
A administração intravenosa contínua é a via preferida e recomendada. A taxa de infusão é de 15 mg/kg por hora e deve ser reduzida assim que a situação permitir, usualmente após 4 a 6 horas, de modo que a dose total intravenosa não exceda a dose recomendada de 80 mg/kg em qualquer período de 24 horas. Acredita-se que os critérios sugeridos a seguir constituam os quesitos mais adequados para a interrupção.
A terapia de quelação deve ser continuada até que todos os critérios seguintes sejam satisfeitos:
- Os pacientes devem estar livres dos sinais e sintomas da intoxicação sistêmica de ferro (ou seja, sem acidoses, sem piora da hepatotoxicidade); - Idealmente, um nível sérico de ferro adequado deve ser normal ou baixo (quando níveis de ferro diminuirem para valores inferiores a 100 mcg/dL). Como os laboratórios não podem mensurar exatamente as concentrações séricas de ferro na presença, considerase aceitável descontinuar o medicamento quando todos os outros critérios estiverem presentes e as concentrações de ferro mensuradas não estiverem elevadas; -Teste repetido de radiografia abdominal deve ser obtido em pacientes que inicialmente demonstraram múltiplas radiopacidades para assegurar que elas desapareceram antes da descontinuação, porque as mesmas são utilizadas como marcadores da absorção contínua de ferro;
-Se inicialmente o paciente desenvolveu uma urina avermelhada (vinho-rosé) com o tratamento, é razoável que a cor da urina volte ao normal antes do medicamento ser descontinuado (a ausência de cor avermelhada na urina não é suficiente, por si só, para indicar a descontinuação do tratamento). A eficácia do tratamento é dependente de uma excreção urinária adequada, a fim de assegurar que o complexo ferro-ferrioxamina seja excretado do organismo. Se ocorrer oligúria ou anúria, podem se tornar necessárias diálise peritonial, hemodiálise ou hemofiltração. Tratamento de sobrecarga de alumínio em pacientes portadores de insuficiência renal terminal
Os complexos de alumínio e de ferro são dialisáveis.
Em pacientes com insuficiência renal, sua eliminação será aumentada por diálise. Pacientes com evidências de sintomas ou com disfunção orgânica causados por acúmulo de alumínio podem ser tratados com Desferal. Mesmo em pacientes assintomáticos, o tratamento com Desferal deve ser considerado, se os níveis séricos de alumínio forem consistentemente superiores a 60 ng/mL e estiverem associados a um teste de infusão positivo (ver a seguir), particularmente se os achados da biópsia óssea apresentarem evidência de doença óssea relacionada ao alumínio. Desferal deve ser administrado em dose de 5 mg/kg uma vez por semana (veja “Instruções de uso/manuseio”). Para pacientes com níveis séricos de alumínio, após o teste com desferroxamina, de até 300 ng/mL, deve-se administrar Desferal através de infusão i.v. lenta, durante os últimos 60 minutos da sessão de diálise. Para pacientes com níveis séricos de alumínio, após o teste com desferroxamina, acima de 300 ng/mL, Desferal deve ser administrado através de infusão i.v. lenta, 5 horas antes da sessão de diálise. Após completar os três primeiros meses de curso do tratamento com Desferal, acompanhado de um período de wash-out (intervalo) de 4 semanas, deve-se realizar um teste de infusão.
Se dois testes de infusão sucessivos, executados com intervalo de 1 mês, resultarem em níveis séricos de alumínio menos do que 50 ng/mL acima do valor basal, não se recomenda tratamento adicional com o fármaco. Em pacientes sob diálise peritoneal ambulatorial contínua ou sob diálise peritoneal cíclica contínua, deve-se administrar Desferal uma vez por semana em dose de 5 mg/kg antes da troca final do dia. É recomendado a utilização da via intraperitoneal nesses pacientes. Entretanto, Desferal também pode ser administrado por via intramuscular, por infusão intravenosa lenta ou por via subcutânea.
Teste
Esse teste é baseado no princípio de que Desferal, em pessoas normais, não é capaz de elevar a eliminação do ferro e do alumínio acima de determinado limite. 1. Teste para acúmulo de ferro em pacientes com função renal normal. 500 mg devem ser injetados por via intramuscular. Coletar então a urina durante 6 horas consecutivas e determinar a concentração de ferro. Excreção de 1 a 1,5 mg (18 a 27 mcmol) durante esse período de 6 horas sugere acúmulo de ferro; valores superiores a 1,5 mg (27 mcmol) podem ser reconhecidos como patológicos. Esse teste somente produz resultados confiáveis nos casos onde a função renal é normal. 2. Teste de infusão para acúmulo de alumínio em pacientes com insuficiência renal terminal. Recomenda-se esse teste em pacientes com níveis séricos de alumínio que excedam a 60 ng/mL, associados a níveis séricos de ferritina acima de 100 ng/mL. Imediatamente antes de iniciar a sessão de hemodiálise, deve-se retirar uma amostra de sangue para determinar o nível sérico basal de alumínio. Durante os últimos 60 minutos da sessão de hemodiálise, administra-se uma dose de 5 mg/kg em infusão intravenosa lenta (veja “Instruções de uso/manuseio”). No início da próxima sessão de hemodiálise (isto é, 44 horas após a infusão acima mencionada), retira-se uma segunda amostra de sangue para determinar novamente o nível sérico de alumínio. O teste é considerado positivo se observarmos um aumento superior a 150 ng/mL no nível sérico basal de alumínio. O teste negativo, entretanto, não exclui absolutamente o diagnóstico de acúmulo de alumínio.
Instruções de uso/manuseio
Quando administrado por via parenteral, Desferal deve ser utilizado como solução a 10% em água. Injetar 5 mL de água para injeção no frasco contendo 500 mg de pó. Agitar bem o frasco. Somente soluções límpidas e incolores a levemente amareladas devem ser utilizadas. A solução a 10% pode ser diluída posteriormente em soluções habitualmente utilizadas em infusões (cloreto de sódio 0,9%, glicose 5%, solução de Ringer, solução de Ringer lactato, solução peritoneal de diálise, assim como Dianeal 137 glicose 2,27%, Dianeal PD4 glicose 2,27%, e CAPD/DPCA 2 glicose 1,5%). Quando administrado por via intramuscular o volume pode ser reduzido chegando-se a uma concentração máxima de 25% (2 mL de diluente por frasco de 500 mg). Caso o local da aplicação ainda não permita a administração deste volume, a dose deve ser administrada em dois ou mais locais no músculo. Para o teste de infusão e para o tratamento de acúmulo crônico de alumínio, os 5 mL de solução no frasco são uma dose adequada (5 mg/kg) para um paciente com 100 kg de peso corpóreo. De acordo com o peso real do paciente, a quantidade adequada de solução é retirada do frasco e adicionada a 150 mL de solução salina a 0,9% (solução de cloreto de sódio). Desferal dissolvido pode também ser acrescentado ao meio de diálise e administrado por via intraperitoneal em pacientes sob DPAC ou DPCC. A utilização por meio de bomba portátil de infusão, em casos de acúmulo crônico de ferro, é descrita a seguir:
1 - Aspirar a água para injeção utilizando-se uma seringa.
2 - Após limpar com álcool a rolha de borracha do frasco, injetar o conteúdo da seringa no frasco.
3 - Agitar bem o frasco para dissolver o produto.
4 - Aspirar a solução obtida para a seringa.
5 - Fixar o tubo de extensão à seringa, conectar o tubo de extensão à agulha tipo butterfly, e então completar o espaço vazio do tubo com solução da seringa.
6 - Colocar a seringa na bomba de infusão.
7 - Para infusão, a agulha tipo butterfly deve ser inserida sob a pele do abdômen, do braço ou da coxa. É importante limpar a pele cuidadosamente com álcool e em seguida inserir a agulha até as abas, sob uma dobra, beliscando-a com a outra mão. A ponta da agulha deve mover-se livremente, quando a agulha for balançada. Se isso não ocorrer, é sinal de que a ponta da agulha deve estar muito próximo à pele. Repetir a inserção da agulha em outro local, após limpá-lo com álcool.
8 - Fixar então a agulha na posição, com auxílio de uma fita.
9 - Os pacientes normalmente adaptam a bomba ao corpo com uma cinta ou com alça a tiracolo. Muitos pacientes referem-se ao uso durante a noite como o mais conveniente. Incompatibilidades
- Solução injetável de heparina. - Solução fisiológica salina (0,9%): não deve ser utilizada como solvente para o liofilizado, mas depois da reconstituição da solução com água para injeção, pode-se utilizar a solução fisiológica salina para diluições posteriores.
Cuidados para armazenagem
O frasco-ampola contendo o liofilizado deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30ºC). O produto deve ser usado imediatamente depois de reconstituído (o começo do tratamento deve ser em 3 horas). Quando a reconstituição é feita sob condições assépticas validadas, o produto pode ser armazenado por um período máximo de 24 horas em temperatura ambiente, antes da administração.

Superdosagem

Sinais e sintomas A administração inadvertida de uma sobredose ou uma administração intravenosa inadvertida em bolus /infusão intravenosa rápida pode ser associada a hipotensão, taquicardia e distúrbios gastrintestinais; perda da visão aguda mas transitória, afasia, agitação, cefaléia, náusea, bradicardia, assim como relatos de insuficiência renal aguda. Tratamento Não há antídoto específico. Desferal deve ser descontinuado e adotadas medidas sintomáticas apropriadas. Desferal é dialisável.

Características farmacológicas

Farmacodinâmica
Grupo farmacoterapêutico
- agente quelante; código ATC: V03AC01.Mecanismo de ação
- A desferroxamina (DFO) forma complexos predominantemente com osíons trivalentes de ferro e alumínio: as constantes de formações dos complexos são 1031 e 1025,respectivamente. A afinidade da DFO para íons divalentes tais como Fe2+, Cu2+, Zn2+, Ca2+ ésubstancialmente menor (constantes de formação de complexos de l014 ou menores). Aquelação ocorre em base molar de 1:1, de modo que 1 g de DFO pode, teoricamente, ligar-se a85 mg de Fe3+ ou 41 mg de Al3+.Em decorrência de suas propriedades quelantes, a DFO é capaz de deslocar o ferro na formalivre, encontrado tanto no plasma como nas células, dando origem ao complexo ferrioxamina(FO). Na excreção urinária de ferro do FO, o íon origina-se predominantemente do turnover(quantidade metabolizada) plasmático de ferro, sendo que o ferro fecal reflete, principalmente,a quelação intra-hepática de ferro. O ferro pode ser quelado a partir da ferritina e dahemossiderina, mas a quelação é relativamente lenta em concentrações clínicas relevantes deDFO. Entretanto, a DFO não remove o ferro da transferrina, da hemoglobina ou de outrassubstâncias contendo grupo heme.A DFO pode também mobilizar e quelar o alumínio, formando um complexo aluminoxamina(AlO).
Efeitos farmacodinâmicos
- Uma vez que ambos os complexos, FO e AlO, são completamenteexcretados, a DFO promove a excreção de ferro e alumínio através da urina e das fezes,reduzindo assim os depósitos patológicos de ferro ou de alumínio nos órgãos.
Farmacocinética
Absorção
- A desferroxamina é rapidamente absorvida após a injeção intramuscular em bolusou a infusão subcutânea lenta, mas pouco absorvida a partir do trato gastrintestinal, na presençade mucosa intacta. A biodisponibilidade absoluta é menor do que 2% após a administração oralde 1g da desferroxamina.Durante a diálise peritonial, a desferroxamina é absorvida se administrada no líquido dediálise.
Distribuição
- Em voluntários sadios, as concentrações plasmáticas máximas de 15,5mcmol/litro (8,7 mcg/mL) foram registradas trinta minutos após uma injeção intramuscular de10 mg/kg de DFO. Uma hora após a injeção, a concentração máxima de ferrioxamina foi de 3,7mcmol/litro (2,3 mcg/mL). Concentrações de DFO de 30,5 mcmol/L são alcançadas no steadystate (estado de equilíbrio) após infusão intravenosa de 2 g (cerca de 29 mg/kg) dedesferroxamina em voluntários sadios, por um período superior a 2 horas; a distribuição deDFO é muito rápida com uma meia-vida de 24 minutos. Menos de 10% da DFO liga-se aproteínas séricas in vitro.
Biotransformação - Quatro metabólitos da DFO foram isolados e identificados na urina depacientes com acúmulo de ferro. Observou-se a ocorrência das seguintes reações debiotransformação com a DFO: transaminação e oxidação, resultando em um metabólito ácido;beta-oxidação, também resultando em um metabólito ácido; descarboxilação e N-hidroxilação,resultando em metabólitos neutros.
Eliminação
- Tanto a DFO como a FO apresentaram eliminação bifásica após injeçãointramuscular em voluntários sadios; a meia-vida de distribuição aparente para a DFO é de 1hora e para a FO é de 2,4 horas. A meia-vida terminal aparente é de 6 horas para ambos. Dadose injetada, 22% aparecem na urina, 6 horas após a injeção, como DFO e 1% como FO.
Características em pacientes:
Em pacientes portadores de hemocromatose, os níveisplasmáticos máximos de 7,0 mcmol/litro (3,9 mcg/mL) foram registrados para a DFO e 15,7mcmol/litro (9,6 mcg/mL) para a FO, uma hora após a injeção intramuscular de DFO de 10mg/kg. Esses pacientes eliminaram a DFO e a FO com meias-vidas de 5,6 e 4,6 horas,respectivamente. Seis horas após a injeção, 17% da dose foi excretado através da urina comoDFO e 12% como FO.Em pacientes com talassemia a infusão intravenosa contínua de 50 mg/kg/24 horas de DFOresultou em níveis plasmáticos de DFO equivalentes a 7,4 mcmol/L (4,1 mcg/mL) no steadystate (estado de equilíbrio). A eliminação de DFO do plasma foi bifásica, com meia-vida médiade distribuição de 16,8 minutos e uma meia-vida terminal aparente de 3 horas.
O clearance(depuração) plasmático total foi de 0,5 L/h/kg e o volume de distribuição no steady state(estado de equilíbrio) foi estimado em 1,35 L/kg. A exposição ao principal metabólito ligantedo ferro foi ao redor de 54% da exposição ao DFO, baseado nos valores de AUC. A meia-vidade eliminação monoexponencial aparente do metabólito foi de 1,3 horas.Em pacientes dialisados por insuficiência renal, que receberam 40 mg/kg de DFO por infusãoi.v. durante uma hora, a concentração plasmática ao final da infusão foi de 152 mcmol/litro(85,2 mcg/mL), quando a infusão foi administrada no intervalo das sessões de diálise. Quandoa infusão foi administrada durante a diálise, as concentrações plasmáticas de DFO estiveramentre 13% e 27% mais baixas. As concentrações de FO foram, em todos os casos, deaproximadamente 7,0 mcmol/litro (4,3 mcg/mL) e para AlO de 2-3 mcmol/litro (1,2-1,8mcg/mL). Após a descontinuação da infusão, a concentração plasmática de DFO diminuiurapidamente, com uma meia-vida de 20 minutos. Uma fração menor da dose foi eliminada commeia-vida maior (de 14 horas). As concentrações plasmáticas de AlO continuaram a aumentaraté 48 horas após a infusão e atingiram valores de aproximadamente 7 mcmol/litro (4 mcg/mL). Após a diálise, a concentração plasmática de AlO diminuiu para 2,2 mcmol/litro (1,3mcg/ mL).
Dados de segurança pré-clínicos
A administração subcutânea de doses altas de DFO em ratos, cachorros e gatos, por váriassemanas, causaram opacificação do cristalino com formação de catarata.DFO não mostrou efeitos genotóxicos/mutagênicos em ensaios in vitro (teste de Ames) e noensaio in vivo (teste de micronúcleos em ratos). Estudos de carcinogenicidade a longo prazonão foram realizados.A DFO não foi teratogênica em ratos e camundongos. Em fetos de coelhos que foram expostosa doses tóxicas no útero materno, foram encontradas algumas malformações no esqueleto axial.Embora os resultados deste estudo sejam considerados de caráter preliminar, a teratogenicidadeinduzida por DFO em coelhos não pode ser excluída sob as condições experimentaisempregadas.

Armazenagem

O frasco-ampola contendo o liofilizado deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30ºC). O produto deve ser usado imediatamente depois de reconstituído (o começo do tratamento deve ser em 3 horas). Quando a reconstituição é feita sob condições assépticas validadas, o produto pode ser armazenado por um período máximo de 24 horas em temperatura ambiente, antes da administração.

Dizeres legais

VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Reg. MS - 1.0068.0053
Farm. Resp.: Marco A. J. Siqueira - CRF-SP 23.873
Lote, data de fabricação e de validade: vide cartucho
Fabricado por: Novartis Pharma Stein AG, Stein, Suíça.
Importado e distribuído por: Novartis Biociências S.A.
Av. Ibirama, 518 - Complexos 441/3 - Taboão da Serra - SP
CNPJ: 56.994.502/0098-62
Indústria Brasileira
® = Marca registrada de Novartis AG, Basiléia, Suíça.

Bula para o Paciente

Ação esperada: Desferal tem como substância ativa a desferroxamina, um agente capaz depromover a excreção de ferro e alumínio do organismo.
Cuidados de armazenamento: O produto deve ser conservado em temperatura ambiente(entre 15ºC e 30ºC). O produto deve ser usado imediatamente depois de reconstituído (ocomeço do tratamento deve ser em 3 horas). Quando a reconstituição é feita sob condiçõesassépticas validadas, o produto pode ser armazenado por um período máximo de 24 horas emtemperatura ambiente, antes da administração.
Prazo de validade: O prazo de validade está impresso no cartucho. Não utilize o produto apósa data de validade.
Gravidez e lactação: Informe ao seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência dotratamento ou após o seu término. Informe ao seu médico se está amamentando. Desferalnão deve ser utilizado durante a gravidez ou no período de lactação, a não ser por estritaindicação médica.
Cuidados de administração: Siga corretamente as orientações do seu médico, respeitandosempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Interrupção do tratamento: Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seumédico.
Reações adversas: Informe ao seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis.Desferal é geralmente bem tolerado; porém, dependendo da individualidade de cadapaciente, algumas reações indesejáveis podem ocorrer esporadicamente. Tais reações incluemvermelhidão da pele, coceira, tontura, sudorese, dificuldade para respirar, visão borrada,zumbidos, febre, dor de garganta, diarréia e mal-estar.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DASCRIANÇAS.
Ingestão concomitante com outras substâncias: Informe ao seu médico sobre qualquermedicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento, inclusive vitamina C.Contra-indicações: Desferal é contra-indicado a pacientes com hipersensibilidadeconhecida à desferroxamina.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SERPERIGOSO PARA SUA SAÚDE.

u médico se está amamentando. Desferalnão deve ser utilizado durante a gravidez ou no período de lactação, a não ser por estritaindicação médica.
Cuidados de administração: Siga corretamente as orientações do seu médico, respeitandosempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Interrupção do tratamento: Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seumédico.
Reações adversas: Informe ao seu médico sobre o aparecimento de reações desagradáveis.Desferal é geralmente bem tolerado; porém, dependendo da individualidade de cadapaciente, algumas reações indesejáveis podem ocorrer esporadicamente. Tais reações incluemvermelhidão da pele, coceira, tontura, sudorese, dificuldade para respirar, visão borrada,zumbidos, febre, dor de garganta, diarréia e mal-estar.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DASCRIANÇAS.
Ingestão concomitante com outras substâncias: Informe ao seu médico sobre qualquermedicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento, inclusive vitamina C.Contra-indicações: Desferal é contra-indicado a pacientes com hipersensibilidadeconhecida à desferroxamina.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO. PODE SERPERIGOSO PARA SUA SAÚDE.